26 fevereiro 2010

O TAMANHO DA SAUDADE

Joaquim Pires Simões
PSarg. OPRADET/OPCART
da Força Aérea Portuguesa
02-04-1936 / 26-02-1999


Permanece no ar o teu sorriso sadio
E a ternura do teu olhar ainda hoje a sinto,
Resiste ao tempo o teu encanto luzidio
E com as tuas graças Paizinho eu já brinco.

Permanece no ar o teu suave perfume
E os conselhos que davas ainda os recordo,
Resiste ao tempo sem qualquer queixume
Aquele teu abraço quente e forte.

Permanece no ar a tua grandeza
Num apelo maior de um não à tristeza,
Paizinho Querido que amor tão presente...

Carrego no peito o tamanho em saudade
Da tua ausência já sem idade
Nesta viagem do tempo que o tempo não sente!


Ana Martins
Escrito a 22 de Janeiro de 2010

PAIZINHO 11 NOS JÁ SE PASSARAM, MAS TU CONTINUAS VIVO NOS NOSSOS CORAÇÕES E PENSAMENTOS, E ASSIM SERÁ ENQUANTO A VIDA ME ACORDAR!

22 fevereiro 2010

Liberdade de perguntar !!!

Quem disse que toda a piada de Joãozinho tem que ser indecente?Sócrates foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhado de uma comitiva.
Depois de apresentar todas as maravilhosas realizações de seu governo, disse às criancinhas que iria responder perguntas.

Uma das crianças levantou a mão e Sócrates perguntou:
- Qual é o seu nome, meu filho?
- PAULINHO. (lembre-se bem deste nome)
- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho três perguntas:

1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?

Sócrates fica desnorteado, mas neste momento a campainha para o recreio toca, ele aproveita e diz que responderá depois do recreio.

Após o recreio, Sócrates diz:
- Porreiro Pá, onde estávamos? Acho que eu ia responder perguntas. Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Sócrates aponta para ele.
- Pode perguntar, meu filho. Como é o seu nome?
- Joãozinho, e tenho cinco perguntas:

1ª)Onde estão os 150.000 empregos prometidos na sua campanha eleitoral?
2ª)Quem meteu ao bolso o dinheiro do Freeport?
3ª)O senhor sabia dos escândalos do Face Oculta?
4ª)Por que é que a campaínha do recreio tocou meia hora mais cedo?
5ª)Onde está o PAULINHO??

16 fevereiro 2010

(Des)Governador do Banco de Portugal


          Este senhor Vitor Constâncio, que tantas amarguras nos tem causado como Governador do Banco de Portugal, acaba de ser eleito para Vice-Governador do Banco Central Europeu! Fiquei sériamente apreensivo, afinal nós por cá, a julgarmos o homem como incompetente, parece que é do melhor que há a nível europeu!
          A minha apreensão vai no sentido de que afinal, para se ser bem sucedido não será pelo bom desempenho e competência, mas sim pela subserviência política e claro no mapa da " Eurolândia ", o perfil deste nosso desgovernador, assenta como uma luva. Assim é efectivamente num jogo de geoestratégia da actual família política que gere a Europa! Em benefício e crédito de Portugal, não consigo observar nenhuma vantagem, como nos querem fazer querer por ter um português numa alta instância financeira europeia.
         Estes "polítiqueiros" existem para se servirem e não para servirem o país! É triste ver este senhor a aconselhar a manutenção de baixos salários e a miséria do povo, quando para ele entram milhares no bolso no desempenho de um mau serviço ao país, de notar que no ranking dos salários dos presidentes dos bancos centrais, Vítor Constâncio é o terceiro mais bem pago do mundo, com 250 mil mil euros de vencimento anual, 18 vezes mais que o rendimento per capita nacional, só atrás do governador do banco de Honk Kong (que recebe 896 mil euros por ano) e do da Itália (que aufere 650 mil euros por ano), sendo agora premiado com mais um tacho e mais 50.000 euros anuais, passando a auferir cerca 300.000 euros anuais, portanto mais 20%!
         Segundo Eugénio Rosa ( economista ) " (...) Neste momento, o discurso habitual quer do governo quer das entidades patronais, quer do próprio governador do Banco de Portugal, e mesmo de muitos órgãos de comunicação social, é que a crise que enfrenta o nosso País exige sacrifícios, mas do que normalmente acabam por referir é sobre a "necessidade de contenção salarial", ou seja, de sacrifícios sim mas apenas para os trabalhadores.
          É um dos argumentos mais matraqueados é que a produtividade dos trabalhadores portugueses é muito baixa, procurando assim fazer pensar que a culpa da baixa produtividade é dos trabalhadores. Interessa, por isso, continuar a desmontar este discurso governamental e patronal.(...) tendo em conta os salários que recebem, a produtividade dos trabalhadores portugueses, em termos relativos, até superior à produtividade dos trabalhadores dos outros países da União Europeia. (...) os valores mais elevados de produtividade estão sempre associados a salários mais elevados, não sendo por isso legitimo esperar aumentar significativamente a produtividade em Portugal sem aumentar simultaneamente o nível de remunerações que continua a ser o mais baixo de toda a União Europeia.(...) Um novo modelo de desenvolvimento económico para Portugal tem que assentar em trabalho qualificado, com remunerações que se aproximem da média da U.E., e em segurança no emprego. E é evidente que esse modelo só será também possível com uma repartição muito mais justa da riqueza do que aquela que se verifica em Portugal actualmente, pois essa repartição diferente é condição indispensável para a existência de um mercado interno em crescimento continuado que é a base do desenvolvimento efectivo de qualquer país.(...)" Resistir.Info

13 fevereiro 2010

AINDA NÃO CHEGAMOS AO FUNDO DO ABISMO !!!!!!


.
Caros Compatriotas Portugueses


Ainda não chegamos ao fundo do poço ..............

Quando a banca internacional não mais financiar nosso governo, ai sim será o ai jesus.

Portanto, ainda vamos a meio do caminho para o inferno, preparem-se !!!!!!!!!!!

Temos os dois submarinos a chegar ( mil e duzentos milhões de euros / um bilhão e duzentos milhões de euros ).

Temos um bilhão e setecentos e setenta milhões de euros que vamos " emprestar " ao fmi.

Temos 140 milhões de euros que vamos doar à angola.

Temos os gastos com soldados e policias em timor / bosnia / afeganistão / etc ... , que nos custam milhões todos os anos.

Temos os milhões que doamos aos países africanos todos os anos.


O que esperavam ????? flores ????


Não podemos viver acima de nossas possibilidades. agora vamos pagar muito cara a factura, e não podemos nem reclamar.

Fomos nós que colocamos estes cabrões da assembleia da república a nos governar.

Aos portugueses só resta esperar o pior, e aguentar o que ai vem .....................


Há males que vem para bem. o muro de betão bem forte que estamos a ir de encontro, será um santo remédio para todos nós.

Iremos aprender bem depressa que o dinheiro não cai do céu, somente com trabalho arduo e honesto se gera riqueza.

Os chicos espertos que proliferam por por portugal, devem se estar a rir até não poder mais.

Gentalha como cavaco silva, que tem tres chorudas reformas pagas por nós os otários dos contribuintes portugueses, e muitos e muitos outros mais, devem-se rir de todos nós, cavaco é um parvalhão, para não dizer outra coisa pior ..................................................

Umas sugestões para aliviar a crise:

  • cortar em todas as reformas para um tecto maximo 2.500,00 euros por mes, não há segurança social que aguente o descalabro que se vê todos os dias.
  • cortar a mama de duas e tres reformas, todos os cidadãos só terem direito a uma reforma ( como todos os mortais contribuintes ).
  • cortar a mama de doarmos aos países corruptos africanos, o dinheiro de nossos impostos.
  • investigar e fechar todas as fundações públicas criadas desde 1995 ( era gueterres ) até aos dias de hoje. que não passam de cabides de emprego para os boys, e fonte de corrupção e desperdicío de nossos impostos.
  • vender os dois submarinos que compramos por 1,2 mil milhões de euros.
  • vender os cinco aviões de patrulha p3-orion em que gastamos 500 milhões de euros.
  • vender os tanques de guerra pandur que nos custaram 400 milhões de euros.
  • vender os 40 aviões de guerra f-16 ( obsoletos ) que nos custaram 500 milhões de euros.
  • reduzir a quantidade de generais e mamadores das forças armadas para padrões de nosso tamanho territorial, somos um país de pequena dimensão.
  • cortar os salários dos deputados em 50%, o exemplo tem que vir de cima.
  • cortar as reformas dos deputados que com " 12 anos de serviços " tem direito a se reformar. reforma igual a todos os cidadãos portugueses apenas aos 65 anos ( estes mamões não são seres divinos e intocáveis ).
  • cortar os salários dos magistrados e funcionários publicos e impor um tecto de 2.500,00 euros mensais máximo para os salários mais elevados.
  • cortar a mama do banco de portugal, de vitor constancio e restantes mamões com salários de 350.000,00 euros por ano, mais as regalias de seguros de saúde + cartão de crédito+ carros / etc/ etc/ etc ...........

Estes pequenos gestos de lógica e bom senso, seriam suficientes para corrigirmos o rumo de nosso país.

Mas há uma coisa muito importante, deviamos correr com estes Cabrões da Assembleia da Repúblicas das Bananas Portuguesa.

Estes tipos, são do pior que há !!!!!!!!!!!!!!!!!

Temos que acabar com a mama inesgotável de nossos impostos !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Bem, por hoje já terminei, agora vou trabalhar para sustentar esta corja que desgoverna nossas vidas.

Estou na Argélia a trabalhar e ainda não vi o bin laden, ainda bem, rsrsrrsrsrsrsrsrsrs.

Um abraço a quase todos, excluindo os cabrões dos políticos / TODOS .

Ramiro Lopes Andrade

obs: Um abraço a todos deste blooge, foi o meu primeiro post, achei que agora era a altura ideal, devido aos graves factos que estão a ocorrer em portugal.

cumprimentos

ramiro lopes andrade

10 fevereiro 2010

"As noticias que a comunicação social não dá"

III CONGRESSO NACIONAL DOS ECONOMISTAS

A revolta do Presidente da AMI,  Dr. Fernando Nobre

"Temos 40% de pobres"
O presidente da AMI, Fernando Nobre, criticou hoje a posição das associações patronais que se têm manifestado contra aumentos no salário mínimo nacional. Na sua intervenção no III Congresso Nacional de Economistas, Nobre considerou "completamente intolerável" que exista quem viva "com pensões de 300 ou menos euros por mês", e questionou toda a plateia se "acham que algum de nós viveria com 450 euros por mês?"

Numa intervenção que arrancou aplausos aos vários economistas presentes, Fernando Nobre disse que não podia tolerar "que exista quem viva com 450 euros por mês", apontando que se sente envergonhado com "as nossas reformas".

"Os números dizem 18% de pobres... Não me venham com isso. Não entram nestes números quem recebe os subsídios de inserção, complementos de reforça e outros. Garanto que em Portugal temos uma pobreza estruturada acima dos 40%, é outra coisa que me envergonha..." disse ainda.

"Quando oiço o patronato a dizer que o salário mínimo não pode subir.... algum de nós viveria com 450 euros por mês? Há que redistribuir, diminuir as diferenças. Há 100 jovens licenciados a sair do país por mês, enfrentamos uma nova onda emigratória que é tabu falar. Muitos jovens perderam a esperança e estão à procura de novos horizontes... e com razão", salientou Fernando Nobre.

O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma".

No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: "Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais".

Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros enquanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável! Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis"..

OBS: Texto gentilmente enviado pela minha amiga e colega, Maria Fernanda Monteiro.

07 fevereiro 2010

" A Receita do Costume " ou aos mesmos de Sempre !

Por: Manuel António Pina
in Jornal de Notícias de 03/Fev/2010   

O Governador do Banco de Portugal é um homem surpreendente.
Como Portas diz (onde isto chegou, eu de acordo com Portas!), "fica surpreendido com o BPP, fica surpreendido com o BCP, fica surpreendido com o BPN, fica surpreendido com o valor do défice, fica surpreendido com o valor do endividamento (...)". Constâncio cobra por mês 17 mil euros dos nossos impostos para vir regularmente a público manifestar-se surpreendido com o que se passa sob o seu nariz e, no entanto, é incapaz de surpreender seja quem for. Lebre do Governo sempre que há que preparar terreno para más notícias, chegou a vez de vir opinar que, depois do congelamento dos salários, é preciso aumentar o IVA, alegremente libertando o Governo (é para isso que serve um governador do Banco de Portugal) do compromisso eleitoral de não o fazer. De uma só e inventiva cajadada, o socialista  Constâncio  faz-se assim, de novo sem surpresa, núncio do FMI, que ontem deu instruções ao Governo para que vá buscar aos salários os milhões gastos em "ajudas" aos bancos. É a receita do costume, os do costume (quem havia de ser?) que paguem a crise.

A vida é tão estúpida que nem a própria estupidez a reconhece…



Tropecei nos silêncios de pedras calcinadas defronte a uma esquina de vidro, ao longe a coluna dorsal do mar dobrava-se em delicadas vértebras, lambendo as sequelas enraizadas de salitre na “Vesperata” onde a luz e as sombras se encontram.
Quis sentir-lhes o sabor…saboreei o primeiro trago na inocência a ilusão, o segundo o despotismo enfadava a razão, o terceiro trago servia para sustentar qualquer condição.
A vida é tão estúpida que estupidez alguma a reconhece quando no lamaçal a morte se finge acordada.

04 fevereiro 2010

AGÊNCIAS DE NOTAÇÃO E PARAÍSOS FISCAIS

20-Fev-2009

As empresas de consultoria e agências de notação, de que recentemente se tem falado muito, têm sido das principais promotoras da injustiça fiscal. Neste texto de 2005, incluído no nosso dossier Offshores: o mundo obscuro dos paraísos fiscais, denuncia-se o papel de 4 delas no mundo.
As empresas de consultoria têm sido os principais promotores da injustiça fiscal. Muito do planeamento que tem criado o actual ambiente de injustiça fiscal aconteceu nos meios legais e comerciais britânicos, nos quais as consultorias tendem a estar mais à frente do que os advogados no que se refere ao aconselhamento fiscal.

Texto extraído de "Tribute-nos se for capaz" da Rede para a Justiça Fiscal, Setembro de 2005

As empresas de consultoria têm-se organizado consideravelmente em empresas transnacionais ou em parcerias, levados principalmente pela necessidade de serem capazes de realizar auditorias das empresas transnacionais que têm como clientes, sob os estatutos dos países mais desenvolvidos.

Após muitas fusões, incorporações e a falência da Arthur Andersen, actualmente há somente quatro grandes firmas de contabilidade no mundo. Elas são (por ordem do seu tamanho actual):

PricewaterhouseCoopers (PWC);
Deloitte Touche Tohmatsu;
KPMG;
Ernst & Young.
Juntas estas firmas obtiveram um rendimento anual de 55 mil milhões de dólares. Cada uma delas opera em pelo menos 139 países. A KPMG possuía escritórios em mais de 30 dos Estados identificados pela OCDE em 1998 por oferecerem práticas fiscais inaceitáveis, apesar de ter fechado ou mudado o nome de alguns destes escritórios desde então. Todas elas possuem escritórios em todos os principais paraísos fiscais do mundo.

Cada uma delas tem estado fortemente envolvida na promoção das actividades em paraísos fiscais. PWC, Ernst &Young e particularmente a KPMG foram altamente criticadas por promoverem a venda, nos EUA, do que o Sub-Comité Permanente do Senado Norte-Americano chamou de "produtos fiscais" em 2003.[1] Este comité descobriu que alguns destes produtos eram quase certamente ilegais. Eles descobriram que a KPMG gerou pelo menos 180 milhões de dólares a partir da venda de tais esquemas e que, colectivamente, os esquemas vendidos por elas acarretaram ao tesouro Americano até 85 mil milhões em perdas de arrecadação.

Deloitte e Andersen (uma firma que foi substancialmente incorporada) foram criticadas pelo Senado dos EUA pelo trabalho que fizeram para a Enron, no relatório sobre a falência da companhia. A Enron declarou lucros de 2,3 mil milhões de dólares entre 1996 e 1999, mas não pagou qualquer imposto. Para isso, estabeleceu uma rede de quase 3.500 empresas, sendo pelo menos 440 delas registradas só nas Ilhas Caimão.

A KPMG foi altamente criticada pelo Tribunal Americano de Falências pelo seu papel na criação de esquemas de poupança fiscal, nos quais faltava consistência económica, em nome da WorldCom antes da sua falência. Estes esquemas foram desenhados para que a empresa poupasse milhares de milhões em impostos, por meio do que posteriormente foram considerados arranjos inteiramente artificiais, envolvendo o licenciamento do que a KPMG chamou de "gerenciamento preventivo". Dada a falência espectacular da companhia, não é difícil de perceber que tal gerenciamento preventivo teve pouco valor real.

Além disso, a evidência do comportamento inapropriado de tais firmas não vem somente dos EUA. Em 2005, a Tribunal de Justiça Europeu apresentou um parecer sobre um esquema promovido pela KPMG para evitar o pagamento dos impostos sobre vendas, ou IVA, no Reino Unido. No seu material promocional de vendas do esquema, a KPMG admitiu que sabia que as autoridades fiscais do Reino Unido considerariam o esquema como "elisão fiscal inaceitável". Apesar disso, eles o promoveram como um produto fiscal a pessoas que ainda não eram clientes da firma. O tribunal concluiu que a protecção fiscal da KPMG era uma tentativa inapropriada para evitar o IVA.

Evidentemente estas firmas não estão sozinhas na promoção da cultura de elisão fiscal ou do uso de paraísos fiscais. Mas elas são particularmente responsáveis por uma série de razões:

- O seu tamanho significa que dominam o mercado da contabilidade no mundo;

- Elas são tão grandes que outra falência significaria um colapso no mercado mundial de auditorias por uma falta de opções de firmas capazes de realizar a actividade. Em razão disso, elas pleiteiam privilégios especiais, mas não parecem reconhecer os seus deveres para com a sociedade em troca disso;

- Elas promovem fortemente a causa da responsabilidade social corporativa, porque vêem uma oportunidade de fazer dinheiro a partir disso. Mas não demonstram reconhecer o papel crítico que exercem na promoção da ‘irresponsabilidade' social corporativa na elisão fiscal;

- Apesar de, sem dúvida, evitarem as actividades mais sórdidas e criminais da tributação offshore e dos mercados de contabilidade, a respeitabilidade que a sua presença confere a muitos dos paraísos fiscais mundiais promovem uma aparente legitimidade que os paraísos não deveriam ter;

- Estas firmas desejam aparentar como se fossem baluartes da sociedade, promovendo frequentemente eventos artísticos, académicos, e até mesmo institutos de ética, mas parecem não desejar ter um olhar crítico sob as suas próprias actividades. Por exemplo, a KPMG é dirigida a partir de uma base secreta na Suíça. Apesar das firmas apresentarem suas contas, elas têm sido muito relutantes em fazê-lo. A PWC, por exemplo, apenas começou a apresentá-las nos últimos dois anos, mas os dados fornecidos não são de maneira alguma suficientes para compreender e examinar minuciosamente as operações comerciais nas dimensões que realizam;

- Estas firmas utilizam-se das suas posições privilegiadas como consultoras governamentais para promover os seus interesses e dos seus clientes. Por exemplo, em 2004, parceiros da KPMG e da PWC em Jersey apresentaram os seus nomes num documento que apoiava a introdução de um imposto regressivo sobre vendas, mas ao mesmo tempo fizeram um lóbi para que fossem isentas de tal imposto, com o intuito de "proteger a sua posição competitiva". É evidente que estas firmas estão activamente envolvidas politicamente na criação das estruturas fiscais responsáveis pela maior parte da injustiça fiscal existente no mundo.

Em razão disso, estas firmas têm uma responsabilidade especial no sentido de:

- Deixar de apoiar as práticas de paraísos fiscais;

- Parar todas as formas de planeamento tributário que não cumpram a cobrança de impostos;

- Cessar a promoção de políticas fiscais que aumentem a injustiça fiscal.

Elas têm ainda um dever adicional. Os seus membros dominam a administração da maioria dos institutos profissionais de contabilidade ao redor do mundo e estas entidades promovem "códigos éticos de conduta". Pesquisas da TJN (Rede para a Justiça Fiscal) não encontraram sequer um destes códigos de conduta que condene o uso de paraísos fiscais, de planeamento tributário "agressivo" ou promova comportamentos de conformidade fiscal entre os seus membros. Tendo em vista a sua posição privilegiada, estas quatro grandes empresas têm o dever de apoiar uma mudança de ética no exercício da profissão de consultoria para que todas estas actividades sejam abolidas.

Investigações do Comité Permanente do Senado dos EUA (2003), The Tax Shelter Industry: the role of accountants, lawyers and financial professionals, Washington DC, US Senate.

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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