30 novembro 2011



Devemos exigir ser informados com clareza, para compreender.
Devemos escrever de forma a sermos compreendidos pelos menos letrados, Devemos evitar linguagem hermética e demasiado elevada, como se estivéssemos a escrever para a avó, pouco erudita.

27 novembro 2011

Património Imaterial da Humanidade!


FADO FADO FADO




Não precisei de muito, para sentir um enorme orgulho pelo reconhecimento mais do que merecido, do nosso FADO, nem de soltar uma lágrima de alegria. Parabéns FADO!!!

Envenenamento no Mar da Somália pela Europa - USA - China.



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Vi este filme no site de videos:


http://dotsub.com/view/8446e7d0-e5b4-496a-a6d2-38767e3b520a



Estamos a envenenar o meio ambiente com resíduos tóxicos no mar, e atingimos toda a cadeia alimentar humana, nossa cuspidez e ganancia é tanta, que estamos a nos envenenar a nós próprios !!!!!!



Colocamos rejeitos industriais tóxicos, e rejeitos não tratados de usinas nucleares no mar.



Depois mandamos nossos navios pesqueiros destruir o meio ambiente nestas mesmas aguas contaminadas com radiação e toxinas, para nos venderem este pescado contaminado.



Isto é um suicído coletivo mundial. Nostros hermanos espanhois, para não gastarem cerca de 80 milhões de euros anuais em reciclagem de resíduos nucleares de suas centrais, carregam navios com estes dejetos, os enviando para as aguas territoriais da Somália, a um custo muito inferior, gerando uma poluição ambiental sem precedentes.



Mas não são só Espanhois, são também Americanos, Chineses, Russos, Franceses, Ingleses, Alemães, etc ................... a fazerem o mesmo.



Vejam este filme no dotsub.com, antes que desapareça, ou então tirem para vossos computadores com o programa gratuito ( atube catcher ).



Informem-se.



O conhecimento é o primeiro passo para a liberdade !!!!!!!!!



Um abraço.



Ramiro Lopes Andrade


26 novembro 2011

Despesas e iluminação feérica

Notícia de 22 de Outubro dizia que Barcelos apaga as luzes, mas paga férias, e que o presidente da Câmara prometeu resistir aos cortes nos subsídios e querer pagar aos funcionários com as poupanças que faz na iluminação pública.

Agora, em 25 de Novembro surge a notícia de que a Câmara de Alenquer ameaça retirar lâmpadas dispensáveis se a EDP não o fizer. A Câmara está na disposição de retirar centenas de lâmpadas de iluminação pública que considera desnecessárias depois de andar há mais de dois anos, segundo o presidente da autarquia, Jorge Riso, a tentar que a EDP o faça.

É escandalosa a iluminação feérica dos espaços públicos, muito acima do necessário e conveniente, que resulta em pesada factura a pagar pelos impostos dos contribuintes, só para benefício da EDP.
A imagem mostra uma avenida de Cascais que, como muitas outras, abusa da quantidade e potência das lâmpadas de iluminação pública. Para cúmulo, perto do local da foto, há um espaço privado, rigorosamente vedado com rede de arame, em cujo interior, em locais junto ao limite mais distante do espaço público, estão quatro candeeiros da iluminação pública, iguais aos da praceta contígua.

Os exemplos de Barcelos e de Alenquer merecem ser seguidos pelos restantes municípios, mas infelizmente, parece haver interesses ocultos que impedem a adequada gestão do dinheiro público.

22 novembro 2011

Este país não é para mulheres de bigode

  



Com senso ou sem senso vai-se constatando que as estatísticas já não são causas comuns hipotéticas mas absurdas medianas aos trambolhões. A moda está em desuso e dizer-se, “mulher de bigode, ninguém a phode” é desviar o padrão das infortunas variáveis a casos extremos. Não fugindo da variante (N), a do bigode que não está em vogue mas ninguém a phode, na aldeia da Picha, Toninha bigodes recebe uma visita inesperada. As estatísticas bateram-lhe à porta.

- Ò mãe tá aqui uma mulher pra ti!

- Quem é Xico? Despacha a mulher que eu estou a fazer o jantar.

- Não posso mãe a gaja diz que é daquela cena das estatísticas A mãe preocupadíssima vem a correr e interpela o filho: 

- Já podias ter dito, é sempre a mesma coisa, só me deixas ficar mal, não sei a quem saíste com esse palavreado, manda a senhora entrar.

- A minha mãe disse pra entrar.

Amélia dos Capuchos, colaboradora da Biblioteca Municipal de Pedrógão Grande, estava varada com a recepção mas tinha que acatar com as suas obrigações uma vez que se comprometeu com a junta de freguesia.

- Boa noite, eu sou a Amélia venho da junta e precisava que me respondesse a um inquérito para o INE ou então eu deixo ficar os impressos a senhora preenche e passo cá amanhã. Toninha quando ouviu falar na junta mudou de imediato de postura:

- Nada disso senhora doutora faça o favor de se sentar, quer tomar alguma coisa, um cafezinho, um licor?

- Sou uma simples funcionária da biblioteca, não sou doutora, dona…

- Toninha, Toninha bigodes, pode tratar-me assim e sinta-se em casa senhora doutora, ora deixe-se de modéstias, os méritos devem ser conhecidos.

Amélia já não tinha controlo sobre Toninha e de nada servia contrapor, só queria era apreçar os impressos e dar de frosques.

- Obrigada dona Toninha pela atenção, é um simples inquérito sobre a qualidade de vida dos habitantes da Picha.

- Claro, senhora doutora, pergunte o que quiser.

- Quantas pessoas vivem nesta casa?

- Ora bem, eu, o meu esposo mais conhecido pelo Picha pequena, a minha Milinha da racha e o meu filho Xico esperto e o meu cão torrão, se não me enganei nas contas, somos cinco.

- Costumam ler livros ou jornais? Pergunta Amélia sem tirar os olhos do bigode da Toninha.

- Eu leio muito pouco mas gosto de ler, só que já me falta a vista, leio a Maria e o jornal, a página onde colocam os falecidos para ver se vem alguém cá da terra a Maria ajuda-me a compreender como anda o mundo. Isto está muito mal senhora doutora veja lá que nesta ultima edição vinha lá um rapazinho a perguntar o que devia fazer, tinha nascido com três tomatinhos e não sabia o que havia de fazer à vida dele, o pobrezinho tinha lá aquela coisa dos complexos, e o raio da Dr.ª que responde àquelas desgraças, respondeu-lhe que ele devia sentir-se feliz por ser um homem avantajado e mais…só desgraças, outro a namorada ficava chateada quando o rapaz praticava o coito interrompido mas nessa já nem li a resposta ora se ela ficava chateada por o fulano ter a picha interrompida ai até eu ficava ao menos o outro tinha três tomates já dava prà fazer uma rica salada.

Toninha bigodes desata a rir e manda uma grande bufarda à Amélia, esta sorriu entre dentes e respondeu:

- Pois, pois…e o seu marido, os seus filhos gostam de ler?

- Gostam sim senhora, o meu Xico é um rapaz muito esperto, acabou este ano o curso das novas oportunidades já vai fazer dezanove anos para o ano, coitadinho teve que deixar a escola porque era hiperactivo é uma doença muito complicada, só lhe dá para dormir de dia e depois à noite vai até ao centro com os amigos da Venda da Gaita, veja a senhora doutora ele parece que só fala inglês desde que acabou o curso, eu vou chamá-lo para ele lhe responder. – Xico! Ó Xico anda cá a senhora doutora quer falar contigo.

Amélia corava como um presunto e a voz ia enfraquecendo:

- Não vale apena incomodar o gaiato, ele deve ter muitos afazeres.

- Nada disso, senhora doutora e voltava a berrar: - ò Xico!

- Poça mãe, não sou mouco, que queres? Dizia o gaiato com cara de mau.

- Vá lá Xiquinho a senhora doutora quer saber se gostas de ler, senta-te aí.

- Ya, doutora tá-se bem, eu gosto de ler tipo a Bola, os filmes dobrados em português, as revistas do meu pai, tem lá cada monumento, quer que lhe mostre?

Apressadamente Amélia sem demora responde:

- Não Chico, acredito que sim…

Toninha toda contente olha para o filho e diz:

- Eu sabia que ias seguir a profissão do teu pai, és o meu orgulho. Puxa-lhe pelas bochechas com um sorriso enorme.

- Ó mãe bebeste? Deixa-te dessas cenas. Levantou-se e voltou para o quarto.

A mãe com o bigode mais aguçado virou-se para a Amélia:

- Eu não lhe disse que o meu Xico era um menino muito esperto? Por este caminho vai seguir o dom do pai. Sabe o meu esposo é mestre-de-obras, ele é unha com carne com o senhor presidente da junta as empreitadas cá da aldeia são todas feitas pelo meu esposo e por metade do preço mas ele é muito correcto a factura vai sempre com o dobro do valor conforme o senhor presidente lhe pede, a verdade se diga também não pagamos aquela coisa do imposto, sabe como é uma mão lava a outra. Quem tem amigos não morre na cadeia. Bem agora já sabe que o meu marido lê livros sobre obras e monumentos. Agora a minha filha já é mais sobre dança.

Amélia interrompe:

- Dança? Mas ela é bailarina tirou algum curso, formou-se?

- Não senhora doutora, ela abandonou os estudos aos 14 anos, quando acabou a quarta classe, foi um desgosto, ela tinha tanto jeito nas línguas, sempre que chegava a casa (parece que a estou a ver) corria para mim toda feliz e dizia, “- mãezinha hoje o Serôdio da venda deu-me um linguado”, no início cheguei a fazer figura de idiota pensei que era peixe depois ela explicou-me que era uma língua nova. A minha Milinha da racha tem vinte e dois anos, já trabalha como bailarina desde dos dezassete e lá vai ganhando o bocadito dela.

Amélia não hesitou, ironicamente abreviou-se:

- É bailarina numa discoteca e trabalha à comissão ou a recibos verdes?

Toninha bigodes desatou novamente às gargalhadas:

- A senhora doutora agora teve graça, é à comissão, as pessoas que lá vão ficam verdes mas é de inveja, porque a minha filha não é para o bico de qualquer um da forma como ela dança ainda vai parar ao Teatro do Las Férias.

Amélia levantou-se, pedindo licença:

- Dona Toninha bigodes bem tenho de ir, o dever chama-me, ainda me faltam mais dois inquéritos mas…

Toninha interrompeu:

- Já vai senhora doutora mas e o resto das perguntas?

- Não se incomode dona Toninha bigodes conseguiu responder a todas elegantemente e digo-lhe mais, como diz o ditado “uma mulher de bigode ninguém a come…”, ahahahahahah, até qualquer dia e dê cumprimentos à família.

- Obrigada senhora doutora, você também tem a sua graça, mas olhe que o ditado não é assim, ahahahah, dê lá cumprimentos ao senhor presidente e disponha sempre que quiser, tenha uma boa noite.



- Ai Jesus, lá se foi caralho do pernil assado que comprei na venda do Picha frita…



Viva as estatísticas, os vigaristas, viva a educação!



Conceição Bernardino



20 novembro 2011

Portugueses fogem para o Brasil em massa.




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Como já tinha dito, a emigração em massa já começou a fazer mossa em Portugal.


Neste ano de 2011, de janeiro a junho, 328826 portugueses solicitaram autorização de trabalho no Brasil, e já fazem vida lá.


É uma sangria de quadros que nos custou muitos anos de estudos, e milhões de euros em nossos impostos gastos na formação. Estas pessoas que saem, muito provavelmente não retornarão, por incompetencia de nossos politicos.


É o que merecemos, os melhores, os mais bem instruídos, os mais capazes se vão para sempre ......... ficará a turba que só vê futebol / fado / fátima e novelas imbecis.


Que pena, boa sorte a todos os que foram e que ainda vão, em breve lhes farei companhia.....


Ramiro Lopes Andrade


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http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,brasil-vira-meca-para-mao-de-obra-imigrante,800496,0.htm



No Brasil, os estrangeiros que mais procuram oportunidades de trabalho são os portugueses. No ano passado, a regularização de passaportes pelo Ministério da Justiça contemplou 276.703 portugueses até junho 2010. De janeiro a junho de 2011, esse número pulou para 328.826.


Foram 52.123 a mais do que no período anterior. Em seguida, aparecem os bolivianos. O Brasil acertou a situação de 35.092 deles em 2010 e outros 50.640 agora, em 2011. E há ainda crescimento no reconhecimento da migração de chineses e paraguaios.


Para o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, a crescente procura por oportunidades de trabalho no Brasil é resultado de uma mistura entre o momento da economia brasileira e a crise do emprego nos países centrais. Segundo Abrão, há ainda dois aspectos relevantes. "Do ponto de vista político, o Brasil adquiriu maior visibilidade internacional e teremos também importantes eventos nos próximos anos", observa, referindo-se à Copa do Mundo e à Olimpíada.


Por outro lado, argumenta, há a forte demanda de empresas brasileiras que se beneficiam com a chegada de profissionais de alta qualificação.


Números do Ministério do Trabalho também apontam esse aumento de estrangeiros no mercado de trabalho formal. O País tem hoje taxas de desemprego na casa dos 6%, que é próximo do chamado pleno emprego. Segundo estudos do ministério, o total de autorização "temporária" para estrangeiros passou de 40 mil em 2009 para 53 mil em 2010. Comparados só os dois últimos primeiros semestres, a tendência se mantém. No primeiro semestre de 2010 foram 20 mil. No mesmo período de 2011, 24,6 mil.


Permanentes


Houve aumento também na concessão para "permanentes". De 1.428 (janeiro-junho de 2010) para 1.861 (janeiro-junho de 2011), segundo o Ministério do Trabalho. O número de "especialistas com vínculo empregatício" foi de 1.714 (janeiro-junho de 2010) para 2.024 (janeiro-junho de 2011). E entre os trabalhadores estrangeiros com prazo de 90 dias de autorização, sem vínculo empregatício, classificados também no item "assistência técnica", o número subiu de 3,7 mil para 5 mil.


Nas autorizações de trabalho permanente para profissionais como diretores de empresas e gerentes, o Brasil inclui cerca de 700 deles por semestre em seu mercado de trabalho. Os estrangeiros da categoria "investidor pessoa física" são cerca de 430 a mais por semestre, segundo o Ministério do Trabalho.

De onde surgiram os 383 milhões de euros da Família de José Socrates

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Como um tipo que há 15 anos era um Zé Ninguem, e passado este tempo consegue que a Santa Mãezinha, o Titio, e os Priminhos tenham em contas OFFSHORE, trezentos e oitenta tres milhoes de euros depositados ?????????????


A resposta deve estar neste video sacado do YOU TUBE.


As amizades e os favores pagam-se bem pagos .........................


Iguais a estes, existem muitos, e muitos outros mais ........................


Será que algum dia o Zé Povinho vai acordar ?????



18 novembro 2011

BOICOTE À EDP NESTE DOMINGO DIA 20 DE NOVEMBRO ÀS 15H

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http://amafiaportuguesa.blogspot.com/2011/11/boicote-edp-neste-domingo-dia-20-de.html


a EDP obtém lucros astronómicos mas continua a aumentar o preço da electricidade em tempo de crise



A EDP mantém um nível de lucros totalmente incompatível com o estado do país e com os sacrifícios exigidos a todos nós.


A EDP tem mais poder que o Governo de Portugal e conseguiu (vá-se lá saber por que vias...) impedir uma medida que visava minorar os brutais aumentos da energia que se estão a verificar - e que vão, certamente, aumentar ainda mais os ditos lucros.


A EDP mantém um monopólio (não de jure, mas de facto) uma vez que a concorrência não oferece aos consumidores domésticos (por exemplo) taxas bi-horárias.


PROPOSTA: - no dia 20 de Novembro de 2011, às 15:00, a nível nacional, vamos, todos nós consumidores domésticos, desligar TUDO durante uma hora (os nossos congeladores aguentam mais do que isso quando há uma "anomalia" na rede que nos deixa sem energia e as baterias dos nossos portáteis também); - vamos repetir a acção até a EDP ter de nos PEDIR para parar com a coisa.


Na qualidade de bons cidadão, que todos somos, pararemos mas só se os preços forem ajustados de forma a que os lucros da EDP se acertem pelo razoável, pelo socialmente justo e pelo moralmente correcto. Se gostarem da ideia, espalhem... veremos no que dá.


15 novembro 2011

Este país não é para ignorantes


  


Na sexta-feira passada na taberna do tio Manel ouvi os meus compinchas da bisca falarem da Manif. Geral, curioso perguntei ao Tono azeitonas se era alguma festa daquelas que um gajo leva a patroa e dá um pezinho de dança mas nem ele sabia ao certo. O Artur da Rolha que tem a mania de se armar em esperto só porque enfia a rolha ao pessoal à custa da batotice, disse que era a inauguração de uma loja. Quando cheguei a casa a minha Alzira já tinha o tacho pronto, falei-lhe do assunto mas ela estava mais interessada no capítulo cinquenta e quatro da novela das vinte e uma, fui obrigado a berrar para o raio da mulher me ouvir mas pelo jeito quem me ouviu foi a vizinha, a velha veio-me bater à porta para eu falar mais baixo que queria bater uma soneca.
Fiquei com a Manif. enfiada na carola assim à primeira vista o nome soava-me a banco mas depois pensei se derem umas agendas e coisa e tal já não é mau de todo. No sábado levantei-me pela fresca e pus-me a caminho apanhei a carreira das oito no apeadeiro da Sardinha e lá fui eu para Lisboa.
Quando lá cheguei entrei num edifício muito alto e perguntei a um velho que estava sentado num sofá cheio de estilo onde era a Manif. o homem olhou-me de lado e respondeu:
- Aqui é o Ritz o Manif. não conheço.
Pensei com os botões das minhas ceroulas, o velho só pode estar a gozar com a minha cara, olhei-o novamente:
- Ò senhor por acaso não está a gozar com a minha cara pois não? Então na minha terra não se fala de outra coisa, da tal Manif. Geral e o amigo está a dizer-me que não conhece, haja paciência.
- Ah essa coisa não é aqui é na praça Marquês de Pombal, (comuna da merda).
- Bem parece que já nos entendemos, obrigada mas disse mais alguma coisa?
O velho nem me respondeu, virou as costas e retirou-se, deve ser daqueles que não sabe o que é uma rica bisca mas pronto cada um é como cada qual.
Lá consegui chegar ao Marquês das Pombas e nada, nem sombra da Manif. nem anúncios com setinhas ou aquelas que dizem desvio, mas que grande porra e agora? Bem só me resta…
Olhei para o lado estava mesmo ali um homem com umas grandes barbas sentado numa caixa de papelão, nem é tarde nem é cedo aqui vai:
- Bom dia senhor, diga-me uma coisa é aqui a Manif.? O homem riu-se às gargalhadas:
- Quem a Geral? Sim amigo mas está fechada só abre às duas e meia, o melhor é beber um copito e encher o bucho que isto vai aquecer.
- Já reparei, vim cheio de roupa e aqui está calor, lá na Sardinha o tempo estava a mudar de cara e quando chove, chove por todo o lado mas muito obrigadinho.
- Olhe amigo o tempo é igualzinho aos políticos não chovem nem deixam chover, não sei se entende. Olhei meio aparvalhado e fiz de conta que entendi:
- Ah sim claro, mais uma vez obrigadinho.
Políticos? Quem são esses? Deve ser alguma piada aqui de Lisboa o melhor é encontrar por ai uma tasca onde possa dar ao dente que o rato já aperta.
Olhei para o cebolas, possa ainda só são onze para as meias sou mesmo burro podia ter perguntado lá ao Tono a que horas abria a Manif, agora ando aqui a matar moscas, ena pá tantos chineses, isto é que estamos a evoluir, parece aquelas ruas que dão nos filmes até vendem espadas de Sá Morais antigas, dava cá um jeitaso para cortar as silvas lá da horta.
Ora, ora já passeie, já matei o bicho são duas para as dez o melhor é despachar-me antes as portas da Manif. abram e apanhe uma carrada de gente à minha frente. Hei caramba tanta gente não devia ter saído daqui, espera tanto barulho está tudo aos gritos, já deve ter dado confusão o povo não pode ver nada à borla, tantas bandeiras até parece que vão receber o papa. Cheira-me a esturro é melhor perguntar aqui à dama que berra mais que a cabra do Mingas da côdea o que se passa:
- Boa tarde minha senhora está fila para a abertura da Manif.?
- Desculpe, eu entendi bem ou o senhor está a gozar com a minha cara?
- Ò minha senhora sempre fui um homem respeitador, que o diga a minha Alzira que casou virgem, eu venho da Sardinha e não entendo o porquê de tantas bandeiras e dos berros, será que a senhora podia-me informar se é por causa da Manif? Afinal que tipo de loja abriu, não tem brindes para toda a gente é isso?
Senti que a mulher cada vez ficava mais arreliada, só lhe faltava deitar fumo pelas bentas. Que estava eu a fazer de errado?
- Ouça lá o senhor não sabe ler? Não sabe o que é uma manifestação? Vá dar uma voltinha até ao jardim zoológico, vá dar de comer aos patos.
- Pois minha senhora fique sabendo que sei ler muito bem embora tenha um problema num olho, não é à toa que lá na terra me confundem com o Camões aquele que escreveu as Maias por isso a minha alcunha de Miro zarolho ou a senhora pensa que lhe estava a piscar o olho esquerdo só porque ando com ele meio pisco. Manifestação? Qual a dos vinte cinco, deixa-me rir agora mudou de data, saiba a senhora, nessa altura tinha entrado para a tropa, ajudei na revolução era telefonista no quartel e sabe quem levou com os que eram contra os vinte cinco? Pois, pois foi cá o Miro, nunca ouvi tanto palavrão junto mas enchi o livro conforme mandavam as regras. Eu lá preciso de ir ao zoo não sei das quantas dar de comer aos patos se faço isso lá na minha horta todos os dias, a senhora está a ser muito mal-educada com a minha pessoa.
- Acha? Você trabalha? Sabe o que o governo nos está a fazer ou também não vê os noticiários lá na sua terrinha? É preciso ter paciência para aturar
tanta ignorância de uma só vez e ainda me chama de mal-educada? A sério vá visitar o museu dos Jerónimos que o senhor está no sítio errado.
- Eu sou agricultor dos pequenos embora neste momento esteja desempregado a termo incerto, já estou a ficar enervado, a senhora chegou aqui há pouco eu já cá ando desde manhã, pois fique sabendo que enquanto esperei que a Manif. abrisse passei por imensas lojas que diziam “liquidação total”, entrei em todas e perguntei se tinham trabalho para vender e sabe quais foram as respostas que me deram, sabe? Que estava esgotado e agora tem resposta, tem? Governo? Não sabia que neste país havia um governo os meus compinchas da sueca passam a vida a dizer que andamos todos desgovernados desde dos setenta e quatro, por acaso não sou muito de ver televisão, só mesmo quando dá bola, mas ouço muito a rádio da renascença principalmente quando dá os discos pedidos, eu nunca pedi nada, não gosto de pedir nada a ninguém, vivo com o que tenho e com a graça de Deus. Onde aos Jerónimos? Sempre gastei da mercearia do senhor Abreu não gosto desses supermercados grandes que vende gato por lebre, olhe aproveite a senhora e cumpra o com o que trás ao peito nesse colante “Eu vou! E tu não?”, vá lá e aproveite os saldos dos Jerónimos.
A porra da mulher levantou o pau da bandeira apontou-o na minha direcção só tive tempo de levantar a bacia que comprei prà minha Alzira e catrapumba, a porcaria da bacia desfez-se em duas, lá se foram os meus quatro euros, arre ninguém diga que está bem. Só parei na Sardinha que é terra sossegadinha. Comprei uma agenda na vinda e lá consegui convencer os meus compinchas que a Manif. Geral era uma agência nova dos vinte e cinco dos setenta e quatro.

Viva o povo, viva os direitos humanos!   



 PS: este texto é uma crítica ao governo em tom sarcástico, peço desculpa aos mais sensíveis              

Conceição Bernardino

Cartas entre um Alemão e um Grego - o quão parecido é com Portugal




Alemão e Grego - Cartas muito interessantes, em especial a 2ª.





Há algum tempo, foi publicada , na revista, Stern uma “carta aberta” de um cidadão alemão, WalterWuelleenweber, dirigida a “caros gregos”, com um título e sub-título: Depois da Alemanha ter tido de salvar os bancos, agora tem de salvar também a Grécia Os gregos, que primeiros fizeram alquimias com o euro, agora, em vez de fazerem economias, fazem greves .




Caros gregos,



Desde 1981 pertencemos à mesma família.



Nós, os alemães, contribuímos como ninguém mais para um Fundo comum, com mais de 200 mil milhões de euros, enquanto a Grécia recebeu cerca de 100 mil milhões dessa verba, ou seja a maior parcela per capita de qualquer outro povo da U.E.Nunca nenhum povo até agora ajudou tanto outro povo e durante tanto tempo.



Vocês são, sinceramente, os amigos mais caros que nós temos.



O caso é que não só se enganam a vocês mesmos, como nos enganam a nós.



No essencial, vocês nunca mostraram ser merecedores do nosso Euro.



Desde a sua incorporação como moeda da Grécia, nunca conseguiram, até agora, cumprir os critérios de estabilidade. Dentro da U.E., são o povo que mais gasta em bens de consumo



Vocês descobriram a democracia, por isso devem saber que se governa através da vontade do povo, que é, no fundo, quem tem a responsabilidade.



Não digam, por isso, que só os políticos têm a responsabilidade do desastre.



Ninguém vos obrigou a durante anos fugir aos impostos, a opor-se a qualquer política coerente para reduzir os gastos públicos e ninguém vos obrigou a eleger os governantes que têm tido e têm.



Os gregos são quem nos mostrou o caminho da Democracia, da Filosofia e dos primeiros conhecimentos da Economia Nacional.Mas, agora, mostram-nos um caminho errado.



E chegaram onde chegaram, não vão mais adiante!!!



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Na semana seguinte, Stern publicou uma carta aberta de um grego, dirigida a Wuelleenweber:



Caro Walter



Chamo-me Georgios Psomás.



Sou funcionário público e não “empregado público” como, depreciativamente, como insulto, se referem a nós os meus compatriotas e os teus compatriotas.



O meu salário é de 1.000 euros. Por mês, hem!... não vás pensar que por dia, como te querem fazer crer no teu País. Repara que ganho um número que nem sequer é inferior em 1.000 euros ao teu, que é de vários milhares.



Desde 1981, tens razão, estamos na mesma família.



Só que nós vos concedemos, em exclusividade, um montão de privilégios, como serem os principais fornecedores do povo grego de tecnologia, armas, infraestruturas (duas autoestradas e dois aeroportos internacionais), telecomunicações, produtos de consumo, automóveis, etc...... Se me esqueço de alguma coisa, desculpa.



Chamo-te a atenção para o facto de sermos, dentro da U.E., os maiores importadores de produtos de consumo que são fabricados nas fábricas alemãs.



A verdade é que não responsabilizamos apenas os nossos políticos pelo desastre da Grécia.



Para ele contribuíram muito algumas grandes empresas alemãs, as que pagaram enormes “comissões” aos nossos políticos para terem contratos, para nos venderem de tudo, e uns quantos submarinos fora de uso, que postos no mar, continuam tombados de costas para o ar.Sei que ainda não dás crédito ao que te escrevo.



Tem paciência, espera, lê toda a carta, e se não conseguir convencer-te, autorizo-te a que me expulses da Eurozona, esse lugar de VERDADE, de PROSPERIDADE, da JUSTIÇA e do CORRECTO.



Estimado Walter,Passou mais de meio século desde que a 2ª Guerra Mundial terminou.



QUER DIZER MAIS DE 50 ANOS desde a época em que a Alemanha deveria ter saldado as suas obrigações para com a Grécia.



Estas dívidas, QUE SÓ A ALEMANHA até agora resiste a saldar com a Grécia (Bulgária e Roménia cumpriram, ao pagar as indemnizações estipuladas), e que consistem em:




1. Uma dívida de 80 milhões de marcos alemães por indemnizações, que ficou por pagar da 1ª Guerra Mundial;



2. Dívidas por diferenças de clearing, no período entre-guerras, que ascendem hoje a 593.873.000 dólares EUA.



3. Os empréstimos em obrigações que contraíu o III Reich em nome da Grécia, na ocupação alemã, que ascendem a 3,5 mil milhões de dólares durante todo o período de ocupação.



4. As reparações que deve a Alemanha à Grécia, pelas confiscações, perseguições, execuções e destruições de povoados inteiros, estradas, pontes, linhas férreas, portos, produto do III Reich, e que, segundo o determinado pelos tribunais aliados, ascende a 7,1 mil milhões de dólares, dos quais a Grécia não viu sequer uma nota.



5. As imensuráveis reparações da Alemanha pela morte de 1.125.960 gregos (38,960 executados, 12 mil mortos como dano colateral, 70 mil mortos em combate, 105 mil mortos em campos de concentração na Alemanha, 600 mil mortos de fome, etc., et.).



6. A tremenda e imensurável ofensa moral provocada ao povo grego e aos ideais humanísticos da cultura grega.



Amigo Walter, sei que não te deve agradar nada o que escrevo. Lamento-o.



Mas mais me magoa o que a Alemanha quer fazer comigo e com os meus compatriotas.



Amigo Walter: na Grécia laboram 130 empresas alemãs, entre as quais se incluem todos os colossos da indústria do teu País, as que têm lucros anuais de 6,5 mil milhões de euros.



Muito em breve, se as coisas continuarem assim, não poderei comprar mais produtos alemães porque cada vez tenho menos dinheiro.



Eu e os meus compatriotas crescemos sempre com privações, vamos aguentar, não tenhas problema. Podemos viver sem BMW, sem Mercedes, sem Opel, sem Skoda. Deixaremos de comprar produtos do Lidl, do Praktiker, da IKEA.



Mas vocês, Walter, como se vão arranjar com os desempregados que esta situação criará, que por ai os vai obrigar a baixar o seu nível de vida, Perder os seus carros de luxo, as suas férias no estrangeiro, as suas excursões sexuais à Tailândia?



Vocês (alemães, suecos, holandeses, e restantes “compatriotas” da Eurozona) pretendem que saíamos da Europa, da Eurozona e não sei mais de onde.



Creio firmemente que devemos fazê-lo, para nos salvarmos de uma União que é um bando de especuladores financeiros, uma equipa em que jogamos se consumirmos os produtos que vocês oferecem: empréstimos, bens industriais, bens de consumo, obras faraónicas, etc.



E, finalmente, Walter, devemos “acertar” um outro ponto importante, já que vocês também disso são devedores da Grécia:



EXIGIMOS QUE NOS DEVOLVAM A CIVILIZAÇÃO QUE NOS ROUBARAM!!! Queremos de volta à Grécia as imortais obras dos nosso antepassados, que estão guardadas nos museus de Berlim, de Munique, de Paris, de Roma e de Londres.



E EXIJO QUE SEJA AGORA!! Já que posso morrer de fome, quero morrer ao lado das obras dos meus antepassados.





Cordialmente,



Georgios Psomás


11 novembro 2011

O Sancho é real D. Quixote








Não tentes calar a minha voz

Com o fato metálico de chapa ridícula

Onde não há lanças nem archotes nem árvores suspensas.



- O Sancho é real D. Quixote!



Enche os bolsos de lendas antigas

Mastiga os pássaros caídos na valeta

E acena às crianças pobres um futuro miserável



Não tentes calar a minha voz

Com o relinchar de um cavalo de pau

Onde as ferraduras são feitas de trevos e vertigens



- O Sancho é real D. Quixote!



As cidades adormecem por baixo de outras cidades

Onde as lixeiras e o lodo do rio trás à tona o condenado de Victor Hugo

O cio cresce na boca dos saqueadores e a saliva afia a guilhotina





- Já crescem cabeças nos campos de trigo D. Quixote



Conceição Bernardino

06 novembro 2011

Ganância...

Já lá vai o tempo, em que coloquei aqui, o meu último Post. Sim, eu sei. Sei que faz muito tempo, tanto tempo que já nem me lembro. O que eu queria, era poder escrever com mais assiduidade, com mais tempo, mas esse tempo, não me tem ajudado. O post de hoje, é uma pequena reflexão que quero fazer, aos últimos acontecimentos do mundo, do país e do meu círculo de amizades.

No Mundo, e devido à ganância do ser humano, apenas e só, este tem-se tornado um sítio muito difícil de frequentar, com as proezas mais absurdas e canalhas, a que o ser humano pode chegar, para atingir o maior lucro e riqueza possível, por causa da Ganância, a ganância de enriquecer, a ganância do poder. Alguns destes seres mortais, que não passam disso mesmo, uns simples mortais, tentam-se convencer a eles, e aos outros, de que quanto maior for a sua ganância, maior será a sua vida em tempo de comum mortal, sinónimo de adiamento da morte. Estão redondamente enganados, a única coisa certa da vida, é a morte. Mas da maneira que isto se põe, e hoje já vemos disto, é que quem tiver muita ganância, consegue por vezes adiar a morte, porque dessa ganância, advém o poder e os recursos, para a fazer adiar. Mas para já, o único consolo que me resta, é que essa ganância, ainda não conseguiu acabar com a morte.

Depois desta introdução, à minha maneira de ver a ganância, existem uns gananciosos europeus, sim, também existe disso por cá, pelo velho continente, que tudo fazem, para serem ainda os mais gananciosos do mundo, e competem à porfia, com outro grande ganancioso, este bem mais ganancioso, do que os próprios gananciosos do mundo, falo obviamente, dos EUA. Não tenho qualquer espécie de xenofobia contra os EUA, aliás, para mim os EUA são o exemplo de que há de melhor e de pior por este mundo fora. Estes gananciosos Americanos, durante décadas, com a sua sede de ganância pelo petróleo, fomentaram ditaduras, guerras, impuseram camufladamente através dos seus carrascos da CIA, em países estratégicos e com grandes fontes naturais deste ouro negro, impuseram dizia eu, ditadores, como SADAM, KHADAFI, MUBARACK, etc. Enquanto estes senhores, tiveram o apoio e o conluio dos EUA, conspirando muitas vezes contra os seus vizinhos e povos Árabes, e deixaram os EUA sugar-lhes o petróleo, houve uma paz podre e duradoura. Mas eis que, um ditador é um ditador, e chega a uma altura, e a sua ganância fala mais alto, e ele fecha a torneira do petróleo, e rebenta logo uma rebelião. Esquece-se o ditador, que não existe maior ganancioso, que aquele que o lá colocou, e a sua ganância, não chega aos calcanhares da ganância toda junta do mundo ocidental. Isto é o que se passa, e vai continuar a passar, quer na Europa, nos EUA, em todo o mundo ocidental.

Tive, no plano pessoal, neste últimos tempos, tido um aprofundar de conhecimentos, uma profunda reflexão, para me encontrar e encontrar os outros. Existe hoje em mim, uma grande certeza, que é,  a de que, nós, os seres humanos gananciosos, nada temos nosso, tudo o que damos por adquirido, não é mais do que uma ilusão de óptica e da mente. Mesmo o mais forte, cai por terra. Quando, nos apercebemos, que a morte, a maleita, a doença e a infelicidade e solidão, estão presentes no nosso dia-a-dia, resta-nos apenas, alcançar a nossa paz de espírito. Tenho a certeza, que a irei encontrar. Não estou doente, mas convivo com a doença de familiares e amigos, convivo com ela, olhos nos olhos, aceitando-a, combatendo-a, e constato, que nada sou, nada somos. Somos e seremos sempre, aquilo que quisermos ser, gananciosos, ladrões, vigaristas, sérios, alegres, maus carácter, honestos, terroristas, etc. Seremos sempre, sempre! 

O que me levou, a fazer esta refexão, e a escrever este texto, foi as palavras ditas por um homem que sempre me inspirou, embora não fosse um familiar directo, mas em que eu sempre vi nele um exemplo, pelo trabalho, pela paixão, pela força que demosntrava, pelo exemplo que dava, e pelo amor que emprestava ao seu semelhante e aos seus animais. Não posso esquecer, numa altura em criança, que depois de ver uma asneira própria de criança, com uma dose de alguma crueldade, contra um animal, em que eu participava, me dizer, olhando-me nos olhos:
- Todo aquele, que não consegue, amar o seu fiel e melhor amigo, será sempre incapaz de se amar a si próprio e aos outros... (falo de um cão, que era meu, e que lhe fazia algumas patifarias, próprias de criança, mas capazes de magoar o animal)
Este homem, este amigo, este professor, sempre foi pessoa anti crueldade, fosse ela de que espécie fosse, contra quem fosse. Amava o seu cão, como quem ama um filho e a sua esposa. Tinha um brilho especial, uma presença forte, um ar de segurança. Quando estive com ele, da ultima vez, ontem, o amor estava lá, o carinho, a sabedoria, mas a força, a garra e a presença, tinha sido afectada, e bastante, pela doença do século, o Acidente Vascular Cerebral.

Aqui, é que um gajo sente, aquilo que somos, para onde vamos ou podemos ir, e aquilo em que nos tornamos. Elas não matam mas moem. Tenho, por ele aquele sentimento de sempre, e não consegui evitar a lágrima, que fez questão de me segurar na mão, apertando-a forte, e dizendo-me:
- Estou VIVO, ainda não foi desta.

Por isso, aos gananciosos, deste país e deste mundo, digo de viva voz, que não somos nada nem ninguém. Se alguma coisa temos certa, é a morte, que virá mais depressa ou mais devagar, dependendo daquilo que nos foi destinado.

Quero com isto dizer, e desejar, um excelente domingo a todos vós, e gritar bem alto:

- ESTOU VIVO!!!

Carlos Rocha

03 novembro 2011

Este país não é para finados


                  

Já andamos todos finados se nos vão finar mais o que será do povinho, ora bem frito ora cuzidinho, com a Merkel a dar-nos um toucinho reproduz-se o fiado e paga-se dobrado. Coelho nem vê-lo está pela hora da morte quando acena a pata sai qualquer coisa à caçador, ou fode o pobre ou manda merda pelo ventilador e zás que se faz tarde é preciso bajular os troikanos, medida acima medida abaixo e mamam todos do mesmo tacho.
Corta aqui, corta ali, corta…rebobina, acção…isto de andar na phoda já parece coisa da moda, tangas e ceroulas e volta-se afinar mais uns trocadilhos aos finados e que se phoda quem quiser…obedecer, alinhar e toca andar de cu para o ar. Venham de lá mais dois submarinos, um porta-aviões, uma OTA e um TGV que o povo arrota e diga-se de passagem que a loja de conveniências tem todos os modelos e cá os camelos largam o cordão à bossa. A Banca ganha a Merkel agradece o portas dá o aval o deve cresce e haver vamos as carteiras da corja bruta que nos pedem sacrifícios
mas não andam de trotineta, são BMW’S senhor e tem cavalos…os burros andam todos a reboque, zurram, zurram, são afinadinhos.
“- Abram o camarote, estica bem a medida Austero, preciso de mais uns três milhões para tapar um buraquito que apareceu ao meu compadre, o das escutas”.
Viva a equidade fiscal!      


Conceição Bernardino



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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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