Texto original em http://resistir.info/
Em Abril de 1943 os judeus do Gueto de Varsóvia foram massacrados pela máquina militar do III Reich nazi. Em Dezembro de 2008 os palestinos do Gueto de Gaza são massacrados pela máquina militar do IV Reich nazi-sionista. Ambos os povos exerceram o seu direito inalienável à revolta contra a opressão. É hipócrita e cínica a atitude do governo português a recomendar que cessem os ataques de ambos os lados. Com essa argumentação pretende-se comparar a resistência digna do povo palestino e a acção criminosa do invasor sionista que massacra a população civil e destrói a infraestrutura de Gaza, depois de sustentar durante meses um bloqueio total contra o seu povo. Este genocídio só é possível porque o lobby judeu mundial concede-lhe o combustível necessário, porque os EUA dá cobertura política, economica e bélica ao agressor, porque a União Europeia lhe deu um sinal verde e porque grande parte da população israelense dá apoio à limpeza étnica promovida pelo governo nazi-sionista. Só o levantamento generalizado no mundo árabe e a solidariedade internacional, com todo tipo de protestos por toda a parte, poderá deter essa acção criminosa. Neste momento é importante reiterar a solidariedade com o governo legítimo do Hamas e repudiar a posição cúmplice do actual presidente da Autoridade Nacional Palestina, sr. Mahmud Abbas. Este, apesar da carnificina em curso, optou por acusar o Hamas pelo que está a acontecer e de forma submissa procura negociar com os assassinos do seu povo.
DA RESPONSABILIDADE COLECTIVA DE UM POVO As novas atrocidades cometidas pelo estado judeu colocam questões candentes. O bombardeamento indiscriminado da população de Gaza pelos caças F-16 da entidade sionista até agora já provocou quase 300 mortos e 900 feridos. Isto vem na sequência de um sitiamento prolongado, em que se priva aquela população de alimentos, combustíveis e medicamentos. A palavra genocídio tem razão de ser. Ele está a ser efectuado desde há anos. É um genocídio em câmara lenta. A cumplicidade/passividade da União Europeia e dos governos de muitos países árabes (a começar pelo do Egipto) é notória. Mas acima de tudo é notória a conivência de grande parte dos cidadãos de Israel. Na década de 1930 o cidadão médio da Alemanha podia alegar desconhecimento dos crimes perpetrados pelo nazismo. O aparelho de propaganda hitleriano jamais mencionava o holocausto em curso. A existência dos campos de concentração e dos fornos crematórios era cuidadosamente escondida. Os media da Alemanha nazi nunca mencionavam a existência de tais infâmias. E o que se passa hoje em Israel? Os crimes do estado sionista são bem conhecidos. A realidade do apartheid é evidente para todos, basta olhar as muralhas que esquartejam a Palestina. Os assassinatos das sinistras polícias políticas de Israel são (em parte) divulgados nos media. As 100 toneladas de bombas já despejadas sobre a população indefesa de Gaza são anunciadas nos jornais israelenses. As perseguições ao espoliado povo palestino (10 mil palestinos presos) são notórias. Por isso – ao contrário do povo alemão dos anos 30-40 – o povo de Israel não pode alegar ignorância. Assim, exceptuando as forças democráticas e progressistas (como o PCI, o Hadash e algumas personalidades dignas) deve-se colocar o problema da responsabilidade colectiva dos cidadãos israelenses que permanecem passivos ou dão apoio (inclusive com o seu voto) a um governo que comete tais atrocidades. O repúdio à barbárie nazi-sionista deve ser universal. As manifestações contra o massacre já começaram nos EUA e em outros países. O apêlo ao boicote a Israel e ao desinvestimento deve transformar-se em realidade.
4 comentários:
Caro Víctor,
Temos que lamentar os sofrimentos infligidos ao povo de Gaza que, estando inocentes, são vítimas dos efeitos laterais de uma guerra entre Israel e o Hamas. Se as notícias desta madrugada são verdadeiras, o maior inimigo dos palestinianos é o Hamas. Israel decidiu fazer um cessar fogo e cumpriu, mas o Hamas mostrou o que é e, a pesar desse gesto de Israel e do início da retirada das forças israelitas, decidiu voltar a lanças rockets para território israelita.
Israel disse que interromperia a sua paragem se o Hamas voltasse a lanças rockets.
Quem é afinal o inimigo dos habitantes de Gaza?
E guerra acho que se deve condenar ambas as partes e exigir a paz. Mas em casos tão nítidos, se as notícias são verdadeiras, fica provado que quem quer guerra é o Hamas, alimentando ódios antigos que quer perpetuar no futuro, com graves prejuízos para os inocentes palestinianos de Gaza. Estes farão o seu juízo e reagirão como entenderem, se o Hamas não os reprimir.
Abraço
A. João Soares
Olá Victor, eu concordo em parte com o que diz o amigo A João Soares, e em parte por uma razão muito simples, é que segundo isto:
"Se as notícias desta madrugada são verdadeiras, o maior inimigo dos palestinianos é o Hamas"
Ora toda a gente sabe da máquina de propaganda em prol dos ISRAELITAS, dos EUA, etc. Claro que ISRAEL veste a pele de cordeiro, sendo um lobo voraz, e com sede de sangue.
Vamos ver, como noutras alturas, o tempo vai dar-me razão. Olhem o que aconteceu com a propaganda das armas de destruição maciça de SADAM, e do IRAQUE, e estas nunca existiram...
Abarços do Beezz
É verdade que há sempre pessoas conduzidas para nos enganar. Outras, como eu contudo, também embarcamos em algumas dessas conduções. Mas aqui neste caso pouco há a dizer, sempre houve muitas divergências entre palestinianos, talvez tantas ou menos do que as que existem entre os portugueses. Só que nós temos tido a sorte de não estarmos colonizados por outro País. Ou melhor; servimos bem de lacaios. Mas a Faixa de Gaza está colonizada!!!!!!!!!!!!!!!
Por aqui só podem haver dois mal feitores: terrorismo norte-americano e sionismo-nazi-fascista israelita.
Já se os palestinianos não se entendem ou não querem entender é problema deles.
David Santos
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