31 dezembro 2008
VOU ABRIR...PORTAS E JANELAS
Seja mais azul, e menos cinzento
Do que este que agora termina
Precisamos todos de uma nova aragem...de um novo sol
pelo vosso carinho
Pela vossa compreenção.
Um feliz 2009!
30 dezembro 2008
Aqui deixamos, também o registo de solidariedade, para com o povo do Zimbábue, que Robert Mugabe, termine de vez, com a ditadura e a repressão sobre o seu povo. Que 2009, seja o virar da página, neste povo que muito tem sofrido!
Apelo pelo Zimbábue
29 dezembro 2008
Brasil: Polícia brasileira mata e escapa impunemente
No momento em que o mundo celebrava o Dia dos Direitos Humanos, os blogueiros brasileiros protestavam contra mais uma morte causada por uma abordagem desastrada da polícia acabando em impunidade no Rio de Janeiro.
Em julho passado, um garoto de 3 anos foi morto por dois policiais militares que confundiram o carro que a mãe dele dirigia pelo carro roubado que eles estavam perseguindo. O carro da família foi alvo de 17 disparos, três dos quais atingiram João Roberto. Nessa quinta-feira, William de Paula, um dos policiais envolvidos no caso, foi absolvido em júri popular da acusação de assassinato duplamente qualificado, por 4 votos a 3.
Ele foi sentenciado a sete meses de trabalhos comunitários por ter causado lesões leves na mãe de João, Alessandra Amorim Soares e no irmão Vinicius Amorim, na ocasião com apenas 9 meses de idade.
A absolvição do policial, assim como o fato de que o júri entendeu que ele teria agido de acordo com o que se esperava dele, chocou não apenas a família do garoto: a maioria dos blogueiros também considerou a sentença leve demais, um sinal de impunidade. Eles juntam-se à família ao clamar por justiça.
28 dezembro 2008
A SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DE PORTUGAL
BOM DIA A TODOS, E FELIZ ANO NOVO.
ACORDEI HOJE COM UM FLASH, E DERREPENTE ..... BUUMMMM, A SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DE PORTUGAL.
VAMOS ALUGAR A ILHA DAS FLORES NOS AÇORES PARA OS AMERICANOS COLOCAREM LÁ OS PRISIONEIROS DE GUANTANAMO !!!!!!!!!!!!!!!
ISSO MESMO!!!!! VAMOS ALUGAR A ILHA DAS FLORES POR UMA PIPA DE MASSA, UNS 1500 MILHÕES DE EUROS POR MES..................... MAS COM UMA CONDIÇÃO....OU MELHOR ALGUMAS CONDIÇÕES..........
- O ALUGUER SERÁ DE NO MINIMO 50 ANOS.
- TEREMOS UMA COTA PARA CIDADÃOS NACIONAIS DE 10000 PRISIONEIROS
- NÃO SERÃO PERMITIDAS VISITAS DE PROSTITUTAS, TEMOS QUE DAR O RESPEITO.
- OS PRISIONEIROS PORTUGUESES PODERÃO TER QUALQUER ORIENTAÇÃO SEXUAL ( PEDOFILOS / PANELEIROS / BANQUEIROS / POLITICOS / MAGISTRADOS / EMBAIXADORES / POLICIAS / ETC .......... ) TUDO MUITO DEMOCRÁTICO E REPRESENTATIVO DA SOCIEDADE PORTUGUESA.
E COM ESTA BRILHANTE IDEIA MATAMOS DOIS COELHOS COM UMA SO CACETADA, DIMINUIMOS NOSSA DIVIDA EXTERNA QUE É DE 415 BILIÕES DE DOLARES, E MANDAMOS PARA A ILHA DAS FLORES ALGUNS DE NOSSOS MAIS ILUSTRES CIDADÃOS, A SABER .....
- JOSE SOCRATES
- PAULO PEDROSO
- JAIME GAMA
- VALE AZEVEDO
- PAULO TEIXEIRA
- MIRA AMARAL
- CELESTE CARDONA
- PAULO PORTAS
- JORGE COELHO
- ETC ... ETC ...... ETC ....................... A LISTA É MUITO LONGA
COMO SOU ENGENHEIRO CIVIL, ADORARIA CONSTRUIR A PRISÃO, E SERIA MUITO BARATO DE CONSTRUIR.
ERA FACIL !!!!!! NO CENTRO DA ILHA DAS FLORES HA UM VULCÃO EXTINTO. CERCAVA TODO O CENTRO DO VULCÃO , CONSTRUIA UMA VALA AO REDOR. PUNHA LÁ CENTENAS DE CROCODILOS DO RIO NILO FAMINTOS, E PRONTO, JA ESTAVA....... LINDO.
JA SONHO COM O ESPETACULO DO ZEZINHO SOCRATES SENDO DEVORADO POR UM CROCODILO FAMINTO, E ELE A GRITAR ( ME SALVA DIOGO INFANTE , ME SALVA )
HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHA
BOM ANO NOVO A TODOS OS PARTICIPANTES DA VOZ DO POVO, ISTO SÓ FOI UMA BRINCADEIRA, TEMOS QUE RIR UM POUCO, O ANO QUE AI VEM VAI SER TERRIVEL, HA MALES QUE VEM PARA BEM, PODE SER QUE O ZÉ POVINHO ACORDE DE VEZ, E TOMEM ALGUMA ATITUDE...........................
FELIZ 2009 A TODOS.
RAMIRO LOPES ANDRADE
ramirolopesandrade.blogspot.com
24 dezembro 2008
NUNCA SABERÃO SEQUER QUE EXISTE NATAL
NATAL!
A união em esplendor,
Pena que passa, que finda
Sem deixar ecos de amor!
É Natal nasceu Jesus
Veio ao mundo pra mostrar,
Que na partilha do amor
Está a paz a palpitar!
Ana Martins
22 dezembro 2008
FELIZ NATAL
A cada dia escrevo uma nova poesia
Sem me importar se são belas ou triviais
Frutos de minha modesta inspiração e nostalgia
Lidas por olhos que quiçá verei jamais.
Sem o lirismo dos poetas consagrados
Falam da vida sonhos e esperanças
Buscam exaltar o amor imaculado
Feito criança...totalmente desarmado.
O tempo voa e um novo ano se anuncia
Da fé renovada renasce a alegria
Promessas de paz como nos olhos ternos de Maria
Me envolvo nos braços de minha amada poesia.
Abro meu coração amigo para vos desejar
Um mundo de paz, luz e bondade
O melhor que busquei sem jamais alcançar
Onde reine a certeza do amor e caridade.
Agradeço comovida a vossa amizade
As mensagens enviadas, a vontade de servir
Como hóstia consagrada a se dividir Feliz Ano Novo!!!
Obrigado por vocês existirem.!!
21 dezembro 2008
VAI SER DIFÍCIL DE LER MAS ACORDA A NOSSA CONSCIENCIA
Recordo o poema da criança de 3 anos, 'Meu nome é Sara'
O meu nome é ''Sara'' Tenho 3 anos Os meus olhos estão inchados, Não consigo ver.
Eu devo ser estúpida, Eu devo ser má, O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?
Eu gostaria de ser melhor, Gostaria de ser menos feia. Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.
Eu não posso falar, Eu não posso fazer asneiras, Senão fico trancada todo o dia. Quando eu acordo estou sozinha, A casa está escura, Os meus pais não estão em casa. Quando a minha mãe chega, Eu tento ser amável, Senão eu talvez levaria Uma chicotada à noite.
Não faças barulho! Acabo de ouvir um carro, O meu pai chega do bar do Carlos. Ouço-o dizer palavrões. Ele chama-me. Eu aperto-me contra o muro.
Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos. Tenho tanto medo agora, Começo a chorar.
Ele encontra-me a chorar, Ele atira-me com palavras más, Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho. Ele esbofeteia-me e bate-me, E berra comigo ainda mais, Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.
Ele já a trancou. Eu enrolo-me toda em bola, Ele agarra em mim e lança-me contra o muro. Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos, E o meu dia continua com horríveis palavras...
'Eu lamento muito!', eu grito Mas já é tarde de mais O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável. O mal e as feridas mais e mais, 'Meu Deus por favor, tenha piedade! Faz com que isto acabe por favor!'
E finalmente ele pára, e vai para a porta, Enquanto eu fico deitada, Imóvel no chão.
O meu nome é 'Sara' Tenho 3 anos, Esta noite o meu pai *matou-me*..
Existem milhões de crianças que assim como a 'Sara' são mortos. E tu podes ajudá-los. E se porque tu ficaste sensibilizada(o), faz qualquer coisa!!
Tudo o que vos peço, é que reconhecam que estas coisas acontecem, e que pessoas como o pai da 'Sara' vivem na nossa sociedade. Faz circular este poema porque mesmo se isto parece doido pode talvez mudar indirectamente as nossas vidas.
nunca se sabe...
Por favor faz circular isto se fores contra o abuso das crianças
19 dezembro 2008
Professores desmotivados
Por isso, comungo o sentimento de Ferreira Fernandes perante as conclusões do inquérito que refere e lamento que o ministério da Educação não mostre capacidade para motivar os professores em benefício do Portugal de amanhã, pelo contrário, está a obter o efeito contrário, como o inquérito demonstra.
Vale a pena ler o pequeno mas significativo artigo:
A MAIS DRAMÁTICA DAS SONDAGENS
Ferreira Fernandes
O inquérito a professores foi feito a 1100 pessoas, um "universo", como se diz na linguagem das sondagens, que torna as conclusões credíveis. O inquérito foi organizado por uma entidade ligada à Federação Nacional dos Sindicatos da Educação que não deve regozijar-se com as conclusões, logo dando ainda maior credibilidade. E o que diz o inquérito? Que 75% mudavam de profissão se pudessem. Que 81%, se pudessem, pediam a aposentação. Que 26% voltariam a escolher a profissão de professores. Do inquérito - uma das mais dramáticas sondagens que já li sobre meu país - eu gostaria muito de acreditar, apesar dos considerandos, que ele é falso. Que três em quatro professores o sejam porque não se podem safar disso, é dramático. Que mais de quatro em cinco professores partiria já para a reforma, é dramático (considerando, o que não me parece abuso, que 81% dos professores não estão na véspera do seu 65.º aniversário). Não sei se é culpa do país, não sei se é culpa dos professores. Sei é que são conclusões desesperantes. E, já que estamos no fim da linha, só me apetece dizer: olá, 26% dos professores! Só vocês me interessam.
18 dezembro 2008
O LÁPIS AZUL DA CENSURA...
Não tenho respostas, nem nunca as irei ter, mas fiz o meu dever, DIVULGUEI, pois “A MIM NINGUÉM ME CALA!!!”
17 dezembro 2008
ACORDEMOS O SILÊNCIO!
Acordem o silêncio do mundo
Que dorme no muro da indiferença
Sobre os escombros da incerteza
E da inquietação.
Soem trombetas de alerta
Alertem consciências moribundas
Dos poderes da ganância
Que nos devoram
Nos sugam a razão.
Soem gritos silenciosos
Sufocados nas gargantas
Pelo fumo da mentira
Pela poeira da corrupção.
Que se ergam raios de sol
Neste céu cinzento
De nuvens carregadas
Onde a nossa alma
Se alaga
Pela chuva da desilusão.
15 dezembro 2008
UMA LEITURA TEOLÓGICA DOS PROBLEMAS MODERNOS
"A doutrina social da Igreja não é uma «terceira via» entre capitalismo liberalista e colectivismo marxista, nem sequer uma possível alternativa a outras soluções menos radicalmente contrapostas: ela constitui por si mesma uma categoria. Não é tampouco uma ideologia, mas a formulação acurada dos resultados de uma reflexão atenta sobre as complexas realidades da existência do homem, na sociedade e no contexto internacional, à luz da fé e da tradição eclesial. A sua finalidade principal é interpretar estas realidades, examinando a sua conformidade ou desconformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho sobre o homem e sobre a sua vocação terrena e ao mesmo tempo transcendente; visa, pois, orientar o comportamento cristão. Ela pertence, por conseguinte, não ao dominio da ideologia, mas da teologia e especialmente da teologia moral." (ponto 41 - algumas orientações particulares )
14 dezembro 2008
PERIGO NA ESTRADA
Infelizmente é mesmo verdade.
Temos que pensar que já não estamos num Portugal onde nada acontecia.............
Ontem 6ª feira por Volta das 2 da manhã familiares meus circulavam De carro aqui no IC21 (a via rápida do Barreiro) no sentido de sul Para norte, campo do Galitos para o Hospital, quando de repente se Aperceberam que estava no meio da estrada o corpo de uma pessoa, o Qual se encontrava com calças de ganga e blusão azul-escuro e também Com um gorro na cabeça, o meu cunhado só se apercebeu quando chegou Com o carro muito próximo e teve de fazer uma manobra brusca para não Passar por cima (vinha +/- a 120km) mas não parou, pois não havia Mais nenhum carro a circular. Uns metros mais à frente encontravam Um Ford Fiesta do ano 2003, que o meu cunhado não conseguiu tirar Totalmente a matricula.
O meu cunhado pertence às autoridades deste País e sabe que o que Aconteceu Ali era a preparação para um assalto, tanto que depois deu a volta pelos Fidalguinhos e demorou no máximo 10 minutos, após ter contactado os colegas da PSP do Barreiro a relatar o que aconteceu, e verificou que no local já não se encontrava nem o corpo QUE ERA UM BONECO INSUFLÁVEL, NEM O CARRO. Este é um tipo de assalto que começa a ser comum no nosso País, Portanto muita atenção! Passem esta história aos vossos familiares e amigos, e lembrem-se
de nunca pararem, alertem mais tarde as autoridades.
Lição prática !!!
Tenho que dar meus parabéns a esse estagiário que elaborou essa pesquisa tão perfeita, pois o resultado que ele conseguiu obter é a mais pura realidade.
Preste atenção a essa interessante pesquisa de um estagiário de Matemática:
Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para facturar pelo menos € 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = € 6,00. Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá facturado: 25 x 8 x 6 = € 1.200,00. Será que isso é uma conta maluca? Bom, 6 euros por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 cêntimos e sim 20, 50 e, às vezes, até 1,00. Mas, tudo bem, se ele facturar a metade: € 3,00 por hora terá € 600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.
Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de € 1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranquilo debaixo de uma árvore por mais 9 mudanças do sinal de trânsito, sem nenhum chefe para 'encher o saco' por causa disto. Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.
De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na Panetiere (padaria em frente ao CEFET). Então lhe perguntei quanto ela facturava por dia. Imagine o que ela respondeu? É isso mesmo, de 35 a 40 euros em média o que dá (25 dias por mês) x35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média € 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.
Moral da História : É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR) e, pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo... Esforce-se como mendigo, ganhe mais do que um estagiário ou um professor. Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arranjar emprego. Lembre-se : Mendigo não paga 1/3 do que ganha para sustentar um bando de ladrões. Viva a Matemática. Que país é este? Hein !?...
- Use lâmpadas económicas!
12 dezembro 2008
Um movimento de massas anarquista
Como se não bastasse, a agitação grega espalhou-se entretanto até Espanha – a Madrid e a Barcelona – e um atacante lançou um engenho incendiário, na noite do dia anterior, contra o consulado grego em Moscovo. Em Bordéus, no sudoeste de França, dois carros foram incendiados diante do consulado da Grécia. De acordo com uma fonte policial, 15 estabelecimentos universitários e uma centena de liceus em Atenas e Salónica, a segunda maior cidade grega, estão ocupados desde o início da semana por estudantes e jovens, em sinal de protesto contra a morte do adolescente. A Grécia está, desta forma, mergulhada numa onda de violência urbana sem precedentes desde a restauração da democracia, em 1974.
Não há autoridade ou forma de poder que consiga travar uma onda tão violenta e vasta como esta, utilizando os seus meios tradicionais. Um movimento tão espontâneo como este mergulha definitivamente as suas raízes num descontentamento generalizado das massas populares face ao sistema estabelecido. O porquê e o quando este movimento teve o seu início não é tão importante quanto o seu significado perante a forma de funcionamento das democracias ocidentais. Encurralados em sistemas partidários rígidos, os regimes parlamentares encontram-se de costas voltadas às verdadeiras necessidades do povo que deveriam representar. Um movimento de massas anarquista e libertário de tal amplitude mina, em última análise, a forma como os actuais regimes democráticos neoliberais estão organizados. Elitistas e corruptos.
08 dezembro 2008
por: Philippe Riutort
Ano de edição 1999
ISBN: 972-662-692-7
Editora Gradiva
O QUE É A SOCIOLOGIA?
Como se pode ser sociólogo?
A sociologia enquanto disciplina científica teve o seu aparecimento no decurso do século XIX. É precedida por múltiplos saberes saídos de diversas correntes do pensamento que procuram explicações e sobretudo «remédios» para os «problemas» ligados às transformações sociais de grande amplitude que atingiram as sociedades europeias a partir do fim do século XVIII. A emergência de «questões sociais» de um novo género gera assim o nascimento da sociologia, que, progressivamente, ao emancipar-se da filosofia social, formula as suas próprias interrogações de alcance científico, com a ajuda de princípios enunciados desde o fim do século passado pelos seus «pais fundadores».
I. A emergência da sociologia no século XIX
1. A sociologia surge enquanto disciplina científica no decurso do século XIX.
O século XIX é marcado na Europa por profundas mutações. As transformações políticas inscrevem-se no prolongamento da Revolução Francesa. O afundamento do Antigo Regime conduz a que fique em causa a ordem tradicional, fundada na monarquia absoluta, a divisão da sociedade em ordens, assim como o lugar central concedido à religião na vida social. A Revolução Francesa, ao proclamar a igualdade jurídica entre os cidadãos, põe em questão os fundamentos da ordem política. Esta não procede daí em diante da vontade do príncipe, posto que o absolutismo é recusado em nome da proclamação de novos princípios, tais como a liberdade, a razão, o progresso ... As transformações económicas e sociais estão ligadas à revolução industrial, que, do fim do século XVIII ao princípio do século XIX, com origem na Grã-Bretanha, ganha progressivamente os outros países europeus e, seguidamente, os Estados Unidos e o Japão. Caracteriza-se pela passagem de uma sociedade rural a uma sociedade urbana, o que arrasta uma profunda mudança das estruturas sociais existentes (desaparecimento progressivo, por exemplo, das solidariedades camponesas fundadas num conjunto de tradições e de práticas de sociabilidade tais como as festas populares, os ritos de passagem ...). O sociólogo alemão Ferdinand Tönnies (1855-1936) sublinha, em 1887, a oposição entre dois tipos de organização social: a comunidade e a sociedade. A primeira, dominada pelos vínculos tradicionais, a afectividade e o espírito de grupo, apoia-se principalmente na família e nas solidariedades locais, enquanto a segunda, que assenta mais no interesse individual, no cálculo e nas relações impessoais, tende a impor-se no seio da sociedade industrial.
Em paralelo, a revolução agrícola realizada no decurso do século xviii permite progressivamente às actividades industriais beneficiar de um afluxo de mão-de-obra. O desenvolvimento da indústia acompanha-se, com efeito, de uma urbanização maciça que provém sobretudo do êxodo rural. A organização da sociedade encontra-se então profundamente transformada, o que modifica sensivelmente os «equilíbrios» estabelecidos entre grupos sociais: assiste-se, assim, no decurso do processo de urbanização, à formação da classe operária, ao crecimento contínuo da burguesia, assim como ao declínio relativo da nobreza.
Os principais sociólogos do século XIX interrogam--se sobre a amplitude das transformações das sociedades europeias que se desenrolam sob os seus olhos no momento em que concebem as suas obras. O pensamento de três figuras centrais da sociologia do século XIX e do início do século XX estão profundamente impregnados disso mesmo.
Émile Durkheim (1858-1917), fundador da escola francesa de sociologia, preocupado com os fundamentos da coesão social e da sua evolução, estuda assim a passagem da solidariedade mecânica, fundada na similitude, característica das sociedades tradicionais, à solidariedade orgânica, fundada na complementaridade e produzida pelo processo de divisão do trabalho, que se afirma na sociedade industrial.
Karl Marx (1818-1883), militante revolucionário, filósofo, economista, mas igualmente sociólogo, ao tornar-se o teórico de um socialismo que anuncia como científico, interessa-se pelo processo de desenvolvimento capitalista e tenta revelar as suas contradições internas, insistindo particularmente nas oposições de classe, segundo ele, inelutáveis no seio da sociedade capitalista e que prefiguram o advento de uma sociedade sem classes: a sociedade comunista.
Max Weber (1864-1920), um dos primeiros e dos principais sociólogos alemães, abre o caminho à sociologia comparativa ao interrogar-se sobre as particularidades da civilização ocidental, caracterizada, segundo ele, por um processo de racionalização ou, segundo a sua célebre fórmula, de «desencantamento do mundo», que é traduzido pelo recurso crescente à previsão e ao cálculo, assim como ao abandono progressivo dos impulos mágicos no conjunto dos domínios da vida social: da ciência à arte, passando pela religião, pelo poder político e pela economia.
Se as obras dos principais sociólogos do século XIX e do início do século XX dão testemunho das preocupações sociais do seu tempo, elas sustentam-se igualmente num saber prévio, que se prende já ao desencadear de conhecimentos, a partir de uma observação minuciosa da sociedade.
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Suciologicus
04 dezembro 2008
Uma greve histórica
A Plataforma Sindical dos Professores anunciou, em conferência de imprensa, que esta greve teve o que designou como uma participação "histórica". "É a maior greve de sempre dos professores em Portugal, salientou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma e secretário-geral da Fenprof, que recordou a paralisação de 1989 como a segunda maior depois desta e onde os números se ficaram pelos 90 por cento. Mário Nogueira escusou-se a comentar os números avançados pelo governo. "Nem sequer os discutimos, o que nós registamos daquilo que foi dito pelo governo foi que pela primeira vez teve a capacidade de dizer que estávamos perante uma greve significativa".
Pondo de lado esta típica guerra de números, na qual o governo aposta em minimizar a magnitude deste movimento laboral, a conclusão que podemos tirar desta greve dos professores é que se criou um fosso entre a atitude arrogante do poder e a luta de todo um vasto conjunto de profissionais que exigem peremptoriamente o respeito pelos seus direitos. A alternativa a este, como a todos os modelos autoritários de poder, encontra-se nos movimentos contestatários que percorrem horizontalmente a sociedade. Esta teria sido a ocasião para um governo democrático reconhecer que errou e agir em conformidade com esse facto. No entanto, o governo PS continua agarrado à sua confortável maioria absoluta, permitindo-se ignorar, desta forma, as vozes do povo que o elegeu.
01 dezembro 2008
Supervisão financeira deve ser eficaz
Goste-se ou não do estilo de Francisco Louçã, discorde-se ou não de que lhe falta serenidade e gravata para ser primeiro-ministro, o certo é que está a desempenhar com muito vigor e patriotismo o seu actual papel de oposição. Na notícia que se transcreve, vê-se que trata com muito realismo e objectividade o problema do sistema financeiro, da sua investigação, inspecção, controlo e acompanhamento e da forma simplista como o Governo se serve do dinheiro dos nossos impostos para salvar empresas privadas suprindo erros dos administradores e saltando por cima da responsabilidade dos accionistas, donos dessas empresas. O argumento tem sido que isso defende interesses dos clientes dos bancos, o que é uma falácia pois esses clientes têm sido lesados permanentemente pela ganância dos bancos que lhes impingem teimosamente soluções e facilidades que só os prejudicam mas que aumentam os lucros dos banqueiros. À frente dos banqueiros, os governos devem colocar os reais interesses dos cidadãos mais desprotegidos e que são explorados pelo capitalismo selvagem que beneficia de todos os apoios.
As críticas mais eficazes e construtivas dum sistema não vêm de dentro, mas de fora, como este caso nos mostra. Vejamos o texto.
BE propõe inquérito ao «lixo tóxico» de todos os bancos
domingo, 30 de Novembro de 2008
O Bloco de Esquerda (BE) propôs hoje a realização de um inquérito ao «lixo tóxico» de todos os bancos para determinar quanto valem as operações financeiras das instituições.
«Para definitivamente acabar com a delapidação de fundos públicos, para proteger um efeito de dominó de prejuízos atrás de prejuízos, o BE quer propor que o Governo, através do Banco de Portugal, faça um inventário do lixo tóxico nos fundos de pensões, nos fundos de investimento e nos balanços dos bancos», disse o líder do BE.
Francisco Louçã falava numa conferência de imprensa, em Lisboa, durante a qual apresentou algumas propostas de novas regras de supervisão bancária.
O inquérito proposto pelo BE destina-se a avaliar «quanto valem as operações financeiras de todos os bancos, de tal modo que sejam obrigados a corrigir os seus balanços, se necessário, em função do valor real daquilo que têm e se necessário aumentar o capital em 2009», disse.
«Se o inventário não for feito agora ele vai-nos entrar pela porta do cavalo, porque vai haver um banco atrás de outro que vai ter problemas e que vai pedir socorro ao Estado. E que em vez de actuar por via dos seus accionistas que são responsáveis pelo seu capital, vão pedir dinheiro ao Governo», afirmou o líder do BE.
«Vamos ter um Ministério das Finanças na lufa-lufa de salvar bancos atrás de bancos, sem nunca fazer perguntas. Quem especulou, quem perdeu, porque é que perdeu, onde perdeu e não é responsável pelo que perdeu? Nunca se fazem as perguntas e nunca se pedem responsabilidades a não ser ao contribuinte», acusou Francisco Louçã.
Sobre o aval financeiro pedido ao Estado pelo Banco Privado Português (BPP), que apresentou como garantias activos no valor de 500 milhões de euros, o BE propôs também a venda destas garantias.
«Das duas uma, ou essas acções e esses activos valem mesmo os 500 milhões de euros que o banco diz e servem para pagar as suas dívidas, provocadas pela sua acção, ou não valem nada e o Estado não pode aceitar uma garantia que não vale nada», declarou Louçã.
«Em última análise serão sempre os contribuintes a pagar com os seus impostos esta vertigem de operações financeiras sem nenhum sentido e pelos quais os banqueiros não são responsabilizados», acrescentou.
O líder do BE anunciou ainda a apresentação de um projecto de lei, na próxima semana, para responder à delinquência económica e financeira.
O projecto de lei «determinará a proibição de créditos a sociedades cujos donos são incógnitos ou anónimos, em offshore, determinará a obrigatoriedade do registo de operações de transferência de capital de Portugal para paraísos fiscais, determinará a tributação dos movimentos especulativos de curto prazo e agravará a pena a todos os banqueiros e administradores que contribuam para o branqueamento de capitais», anunciou.
Diário Digital / Lusa
30 novembro 2008
Para ajudar a sair da crise
Reparem bem, nada tenho contra os ricos, apenas penso que, se o são, não devem receber apoios do estado porque não precisam…
No Natal, e sempre, seja amigo do ambiente
Este Natal ofereça uma prenda ao ambiente
Bruno Abreu
Natal ecológico. Fazer as suas próprias bolas de Natal e plantar um pinheiro podem parecer ideias um pouco trabalhosas e um bocado difíceis de concretizar. Mas pense que assim vai ter um Natal mais genuíno e que no fim poderá dar outra prenda aos seus: um ambiente mais protegido e equilibrado
A imaginação pode ser o seu maior aliado para um Natal sustentável
Parece difícil, mas para ter um Natal amigo do ambiente só precisa de duas coisas: imaginação e vontade. O resto é o mais fácil. Basta seguir o conjunto de ideias que lhe damos e, no final, vai ver que teve uma quadra mais sustentável e que ofereceu um presente a si e ao mundo, contribuindo para um ambiente mais protegido e equilibrado.
O pinheiro tornou-se o centro da celebração do Natal, o que fez surgir a questão: natural ou artificial? Em princípio, nem um nem outro. Mas como as crianças não passam sem o pinheiro a luzir, opte por um natural. No entanto, atenção: certifique-se de que foi criado com o propósito de ser utilizado nesta época. Se possível, compre um que venha com raízes e plante-o num vaso com terra adequada. Não se esqueça de o regar.
Passadas as festas, plante-o num jardim ou numa floresta perto de si. Se não quiser comprar um pinheiro, entre em contacto com a sua autarquia. Por esta altura, muitas câmaras municipais oferecem os pinheiros que recolhem nas limpezas das matas, cortados com a devida autorização. Lembre-se que existem espécies de animais e plantas em extinção, e o azevinho é uma delas. Não compre azevinho verdadeiro, há imitações que podem ser usadas por muitos anos, ou então use a sua criatividade.
Na decoração da sua árvore de Natal evite embarcar em modas: Escolha enfeites que possam ser usados muitos anos. Em alternativa, pode sempre fazer as suas próprias decorações, reutilizando certos materiais. Basta a imaginação.
Aproveite para fazer as decorações com as crianças. Assim passa tempo com elas e pode incutir-lhes o espírito de protecção ambiental. Escolha lâmpadas de LED: duram muito e não gastam quase nada. Há ainda as compras. Seja para comprar presentes ou apenas para ir buscar o bacalhau para a ceia, opte pelos transportes públicos ou partilhe o veículo com um familiar ou amigo. Poupa no combustível, no ambiente e, se estiver indeciso, tem sempre alguém a quem pedir um conselho.
Nos presentes, tenha muita atenção ao que compra: cuidado com as substâncias perigosas. Tente saber por familiares ou amigos do que precisa a pessoa a quem vai dar o presente. Caso não saiba mesmo o que dar, ofereça um cheque-prenda. Assim tem a certeza de que vai dar a prenda certa.
Depois do Natal, guarde o papel de embrulho para reutilizar noutras ocasiões. Muitas embalagens, caixas e papéis dos presentes podem ser usados pelas crianças para fazerem máscaras, porta-lápis, capas, etc. Não os deite fora. Mas, se não precisar mesmo deles, separe as embalagens - papel, plástico e metal - e coloque-as no ecoponto. Para as limpezas depois da festa, use produtos biodegradáveis ou então recargas.
BLOQUEADOS...
Então, na zona de trás-os-montes, mais propriamente Alijó, Murça, Sabrosa, Valpaços, Carrazedo de Montenegro, Ribeira de Pena, Boticas, e toda a zona envolvente, onde o ministro "Coveiro" sob a égide deste Governo, fechou Sap´s e Maternidades.
Este fim de semana, com a queda de neve, os ditos bons acessos, A7, A24, IP4, estão bloqueados devido ao nevão que cai fortemente naquela zona. E agora pergunto eu, se, a circulação automóvel esta cortada, neste momento Vila Real, e todos as outras cidades que referi estão isoladas, se houver uma situção de emergência, como se poderá resolvê-la? Ou as Ambulâncias, não são veículos automóveis? Pelo ar, de helicópetero, com o forte nevão, quem será o piloto que se arrisca a voar? Será seguro?
Este país já me mete nojo, já me deixa de queixo caído, já não me merece o minímo de respeito, qualquer político de merda, filho da P****, que se lá vivê-se, teria neste momento o coração nas mãos como milhares de transmontanos, que rezam todos dias, para que não lhes aconteça nada de grave na sua saúde, e ainda mais com condições metereológicas destas, onde se torna ainda mais difícil, um qualquer socorro, que por si só, é uma aflição naquele distrito.
Depois, quando acontecem as coisas, as desculpas secedem-se, e a culpa, como vem sendo hábito neste país, morre solteira.
OBS: peço desculpa pelo tom, mas a revolta é gritante, que me apetecia estoirar os miolos a essa gentalha toda, que nos anda a gamar desde o 25 de ABRIL de 74.
29 novembro 2008
O povo está desperto?
As pessoas têm vindo a apertar o cinto desde que o governo, subserviente a Bruxelas, decretou que ia reduzir o défice até ao valor determinado pela União Europeia. À custa de imensos sacrifícios, as pessoas, as famílias, lá sofreram esse embate/embuste de ter que reduzir a sua já difícil vida ao mínimo indispensável. Pergunto-me também como é que se reduz um orçamento familiar, quando ele não existe sequer, como no caso dos desempregados.
Agora, o sistema económico global – um sistema indiferente às pessoas, contabilizadas como números – entrou em profunda crise. Nacionalizam-se bancos, injecta-se dinheiro noutros, entre tantas outras medidas para garantir, na medida do impossível, a sobrevivência deste sistema capitalista neoliberal globalizado. Medidas tomadas por governos e Estados, nomeadamente o nosso, o português. Assistimos agora a um novo cenário de dramatização política. A “crise” irá, mais uma vez, adiar a melhoria das condições de vida do povo?
28 novembro 2008
Agua potável impropria para Consumo Humano. Portugal, mais uma vez alertado por Bruxelas. Portugal mais uma vez desmente e consente.
Bruxelas alerta para água potável imprópria para consumoHoje às 14:56
A Comissão Europeia voltou a alertar de que há zonas em Portugal em que a água da rede pública não é segura para consumo humano. Bruxelas dá um prazo de dois meses a Lisboa para apresentar uma justificação pelo incumprimento das regras, sob pena da aplicação de multas.
• Francisco Ferreira diz que problema da água potável imprópria para consumo deve afectar cerca de 200 mil habitantes
Quase oito anos depois da entrada em vigor das normas da União Europeia, Bruxelas diz que a água potável em Portugal continua a não ser segura para consumo humano em muitos locais, apesar de não adiantar quais.
Há três anos, o Tribunal de Justiça comunitário avisava Portugal, pela primeira vez, de que a água potável infringia as regras por não cumprir sete dos requisitos impostos pela directiva da água.
Entre as falhas apontadas por Bruxelas está a existência de bactérias, bem como níveis irregulares de alumínio e ferro.
O comissário responsável pelo Ambiente considera inaceitável que, passado tanto tempo, Portugal não garanta ainda a segurança da água potável em todo o país, alertando para a ameaça da saúde humana caso o problema subsista.
Deste modo, Portugal tem dois meses para apresentar uma justificação à CE; caso contrário, Bruxelas pode pedir ao Tribunal de Justiça a aplicação de multas por cada dia em que o incumprimento persista.
Ouvido pela TSF, Francisco Ferreira, da Quercus, admitiu que o problema da água potável imprópria para consumo deverá residir no Interior Centro e Norte, afectando cerca de 200 mil pessoas.
Por seu lado, o Ministério do Ambiente remeteu qualquer esclarecimento para um comunicado que deverá ser emitido ainda hoje.
Resposta do Ministério do Trabalho Português depois da noticia de Bruxelas
Em resposta, o Ministério do Ambiente esclareceu, em comunicado, que os dados a que se refere a Comissão Europeia dizem respeito aos anos de 1999 e 2000 e que tem sido feito um grande esforço para garantir a qualidade da água em Portugal.
Ainda assim, a tutela reconheceu a necessidade de melhorar a situação em algumas regiões, especialmente no interior do país, em localidades com menos de cinco mil habitantes e com vários tipos de carências.
26 novembro 2008
ISTO VAI BEM, VAI...
O antigo presidente do BPN agora detido, Oliveira e Costa, ajudou a financiar a campanha eleitoral do Presidente da República, doando 15 mil euros do seu bolso enquanto estava à frente do banco que agora foi nacionalizado.
O 24 Horas apurou um total de 97 482 euros recebidos pela campanha de Cavaco, provenientes de personalidades com ligações ao BPN – o que representa 4,5% dos 2190 milhões de euros reunidos pelos responsáveis.
Segundo a lista de donativos à campanha de Cavaco Silva entregue pelos responsáveis da candidatura ao Tribunal Constitucional, José Oliveira e Costa doou em nome individual 15 mil euros para a campanha de Cavaco Silva, eleito no ano de 2006, escreve o 24 Horas.
Na lista de donativos em nome individual (a lei proíbe donativos por parte das pessoas colectivas) entregues à campanha de Cavaco encontram-se ainda várias personalidades ligadas ao banco recentemente nacionalizado, entre ex-administradores e accionistas de referência.
Entre os restantes nomes que apoiaram Cavaco Silva financeiramente estão os empresários Joaquim Coimbra, João Pereira Coutinho, Américo Amorim, Stanley Ho e o ex-presidente do BCP Paulo Teixeira Pinto.
IN “24 HORAS”
Enquanto cidadão, contribuínte deste país, sinto-me revoltado, enganado, não pelo Aníbal, esse eu já o conheço à muito, e sei do que é capaz, aliás, ele bem tenta sacudir a água do capote, mas tem muitas culpas encapotadas no banco que ele, com a ajuda dos dinheiros de BRUXELAS a fundo perdido, ajudou a criar. Daí, ele confiar piamente no Dias Loureiro, outro que tal, servente da OPUS DEI. Sinto-me enganado, pelo povo, pelo sistema, pela merda entranhada debaixo das unhas, dos tais que vestem colarinhos brancos. Estou ansioso, para que mesma, salte em cachão, para fora das unhas entranhando-se nas golas, e lhes empestem a alma, e manchem para sempre estes crápulas, até quando teremos de suportar tamanhas “FILHA DA PUTICES“?
25 novembro 2008
Gritos açamados
Os gemidos soltavam-se em almofadas abafadas de despesismo, os insultos e as pancadas, pareciam sussurros mal definidos para silenciar a monstruosidade de uma cobardia insuportável.
Os dias passavam e o ruído aumentava, os berros faziam-se ouvir pela casa toda juntamente com a violação. Em seguida voltava a pancadaria de qualquer forma, de qualquer jeito.
O corpo de minha mãe já se confundia com um daqueles monstros da banda desenhada.
Já não suportava mais ouvir, aquelas palavras que minimizavam a dor, na sede de um temor aterrador. Encobriam a severa delinquência, daquele homem que parecia tão carinhoso a quem eu chamava de pai.
Os anos passavam as denuncias não chegavam, as desculpas mantinham-se, eu fui crescendo no silêncio que se conturbava com a brutalidade, daquele quarto.
A idade passou, não me lembro de ter sido criança...
Ainda contínuo a ouvir os gritos da minha pobre mãe açamados, nas mãos daquele ser repulsivo.
Esta é uma história verídica contada na primeira pessoa, de alguém que não posso expor o nome...
Que me pede para que nunca calem estas barbaridades!
Conceição Bernardino
Olha-me sem me veres…
viver é um evento obscuro de uma beleza tão rara
que afaga a própria existência do que não existe
olha-me sem temeres o que já não temes.
(Inventa-me de novo no teu esplendor)
Não me olhes ao espelho onde a minha imagem
já não projecta reflexos
nem me guardes como uma bíblia sem salmos
quero-me assim límpida para te profanar
na imortalidade dos mortais.
Procura-me nas forças do mundo intangível
onde nos encontramos intactos
de qualquer frugalidade imediata
leva-me mas olha-me sem me veres.
Conceição Bernardino
DIA INTERNACIONAL CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Imagem de Isabel Filipe
AMOR BANDIDO!
Corre-lhe nas veias
O sangue inflamado
Pelo estigma da dor
Que lhe ensombra a vida.
Escapa-lhe dos lábios
Em voz sumida
O medo, o terror
Da vida oprimida!
Noites perdidas
Pela angustia sentida
E desamor vivido...
Violência doméstica,
Paixão insana,
Amor bandido!
O odor do medo
Desvenda o segredo
E causa a ruptura...
Viveu no degredo
Um amor que elegeu...
Penitência dura!
Ana Martins
Escrito a 16 de Setembro de 2008
Alertas (se fores vítima...se fores testemunha)
Não ter medo de denunciar!! Ligar em caso de urgência 800202148.
Apresentar queixa às autoridades competentes.
Pedir apoio à APAV- Associação de Apoio à Vítima
Telef. 707200077 - Podes também enviar um email: apav.sede@apav.pt
22 novembro 2008
Sobre o perfil de um ex-ministro
Dentro desta orientação, transcrevo uma parte do artigo do DN de hoje «Uma explicação curiosa», por encontrar nela algo de muito estranho e porque, possivelmente, se poderá aplicar, de uma forma ou de outra, a outros políticos governantes ou com aspirações a sê-lo.
«Dias Loureiro, na entrevista a Judite de Sousa (já que o PS não o quer no Parlamento), disse coisas pouco habituais num homem experiente, ex-ministro, gestor de sucesso. Sobretudo, repetiu "não sei", "não sabia", "acreditei", "era o que me diziam", "não achava nada".
Esclareceu ainda que no BPN "não havia reuniões" (supõe-se que da Administração do banco) e que Oliveira e Costa "falava (despachava?) individualmente" com cada colaborador. O mais que a sua atenção conseguiu foi "ouvir vozes", um "bruáaa", detectar "ali um certo mal-estar", o que até o levou em Abril de 2001 a referir isso mesmo a um elemento do Banco de Portugal.»
Sobre o mesmo assunto o artigo do JN «Dias Loureiro: "Nunca cometi qualquer crime"», diz que o ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), ex-detentora do BPN, nunca teve conhecimento de alegadas fraudes e que sempre confiou em Oliveira e Costa. E declarou, na Grande Entrevista da RTP1, "nunca fiz nada que possa constituir crime. Estou de consciência tranquila". E referiu-se a Oliveira e Costa como um "homem brilhante, inteligente e trabalhador incansável", acrescentando que não acredita que este tenha agido em benefício pessoal. Porém, perante os primeiros rumores que punham em causa a gestão do grupo reuniu-se com o vice-governador do Banco de Portugal para que este "estivesse atento" ao BPN. Não porque desconfiasse de alguma coisa, mas para estar mais tranquilo (!).
O título do artigo do JN «BPN: Miguel Beleza tratou de encontro entre Dias Loureiro e António Marta mas não confirma a sua realização» dispensa explicações. Mas, segundo notícias mais recentes, António Marta do BdP nega que tenha havido tais contactos.
Um administrador que afirma claramente "não sei", "não sabia", "acreditei", "era o que me diziam", "não achava nada", como justifica o salário e as benesses que estava a usufruir por estar a desempenhar nominalmente tal cargo? Onde está a sua moralidade? Como se pode compreender que uma pessoa com o seu currículo oficial e com o cargo por que estava a ser pago, tenha alertado o Banco de Portugal, sem nada de concreto saber e apenas baseado em "ouvir vozes", um "bruáaa", detectar "ali um certo mal-estar"?
O mais curioso é que desempenha as funções de conselheiro de Estado para que foi convidado e, questionado sobre se vai manter-se nelas, limitou-se a afirmar que "o lugar está sempre à disposição do presidente da República". Quer dizer que ele, vivendo alheado, indiferente e guiando-se apenas por rumores e vozes, sem procurar merecer o dinheiro que ganha, sente que não tem obrigação ética de pedir a exoneração do cargo político que desempenha, remunerado por todos os contribuintes?
Trata-se de um perfil curioso, que poderá não ser único no panorama nacional em que ele se insere ou inseriu.
21 novembro 2008
SE FOR VERDADE, FICO TRISTE, SINCERAMENTE!
“Este ano não vai haver presépio! Lamentamos, mas:
- Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura e esta foi retirada do estábulo até decisão governamental;- Os camelos estão no governo;- Os cordeirinhos estão tão magros e tão feios que não podem ser exibidos;- A vaca está louca e não se segura nas patas;- O burro está na escola a dar aulas de substituição;- Nossa Senhora e São José foram chamados à escola para avaliar o burro;- A estrelinha de Belém perdeu o brilho porque o Menino Jesus não tem tempo para olhar para ela;- O Menino Jesus está no Politeama em actividades de enriquecimento curricular e o tribunal de Coimbra ordenou a sua entrega imediata ao pai biológico;- A ASAE fechou temporariamente o estábulo pela falta da manjedoura e, sobretudo, até serem corrigidas as péssimas condições higiénicas do estábulo, de acordo com as normas da UE.”
19 novembro 2008
LEIAM ESTE TEXTO.
Colegas,
Suponho que todos se sintam sensibilizados por sentirem que, no passado Sábado, fizeram parte de “algo maior”, que fizeram parte da história…
Pois na história, por maior e mais significativa que tenha sido a manifestação, é onde todos e cada um dos 120 000 irá ficar se, chegados às escolas, nada fizerem para mudar as coisas.
Sei que muitos se sentiram desiludidos com as consequências práticas da primeira manifestação e que muitos temem a repetição do mesmo com esta segunda manifestação. Alguns sentem-se desiludidos, ou mesmo ultrajados, com as declarações da Sr.ª ministra da Educação na televisão…Seremos assim tão ingénuos que estávamos à espera que ela viesse às televisões pedir desculpa, dizer que se tinha enganado e que se iria empenhar, connosco, no combate aos verdadeiros males do nosso ensino?! Não me façam rir!
Porque não há-de a ministra se sentir segura, se ela sabe que 90% dos professores que aos Sábados vêm gritar para as ruas chegam às escolas, na segunda-feira seguinte, e continuam a colaborar na política das aparências…
Ela conta com o nosso medo, conta com a nossa inércia, conta com o nosso “seguidismo”…Não lhe interessa resolver nada do que está mal, interessa-lhe apenas a nossa colaboração. E ela sabe que a está a ter em centenas de escolas, as mesmas de onde vieram muitos dos 120 000. A esse medo chama-se CONIVÊNCIA!
Sejamos honestos! Em causa não está a avaliação, mas TUDO o resto. Toda a política da aparência que está a conduzir o sistema de ensino público português para o mesmo caminho que o nosso famigerado sistema nacional de saúde.
Quem, de entre nós, tendo um pouco de dinheiro, não prefere recorrer a uma clínica privada do que perder horas num centro de saúde ou num hospital público?! Pois o mesmo irá acontecer ao sistema de ensino público português, caso não nos revoltemos contra esta política que, perante as dificuldades, cede.
No futuro, e o futuro é daqui a dois ou três anos, no sistema de ensino público ficarão apenas os que forem incapazes de fugir para o privado: professores e alunos.
Os meninos estão a ter maus resultados a Matemática? Não faz mal, baixa-se o nível de exigência dos exames. Os meninos ficam retidos no final do ano? Não faz mal, inventam-se dezenas de “planos” e de “justificações” e o pessoal, só para não ter que preencher a papelada, continua a “engolir sapos” e a passar os meninos todos no final de cada ano.
É necessário passar a imagem, para a opinião pública, que o governo está muito preocupado com os problemas do ensino? Inventa-se uma “avaliação burocrática de docentes” e a malta colabora, com medo, e vamos para casa todos contentes com o “Bom”…
O sistema público de ensino está a ruir a cada ano e em vez de enfrentarmos os problemas de frente e assumir o que está mal, incluindo o que está errado dentro da classe docente, continuamos a colaborar com o “sistema”…Ou seja, o “Titanic” afunda-se, mas nós continuamos a dançar ao som da orquestra…Pois bem, se houver alguém que acredite que este sistema de avaliação vai melhorar o nosso sistema de ensino, que entregue os objectivos pessoais.
Se houver alguém que acredita que os professores que se esforçam, que sempre se esforçaram, vão ser “premiados”, que entregue os objectivos pessoais.
Se alguém acredita que os nossos colegas que sempre fizeram do ensino a sua “segunda profissão” e se gabam de usar indiscriminadamente os 102 irão ser penalizados, que entregue os objectivos pessoais.
Se alguém acredita que este processo nos irá ajudar a melhorar os nossos métodos de ensino e a ser melhores professores, que entregue os objectivos pessoais.
Se alguém acredita que este processo irá permitir detectar os nossos erros e corrigi-los, beneficiando indirectamente os nossos alunos, que entregue os objectivos pessoais.Mas NÃO ENTREGUEM OS OBJECTIVOS POR MEDO! Não cedam à chantagem do medo e às ameaças da ministra. Todos temos muito a perder, mas há coisas que não têm preço…Uma delas é a nossa dignidade profissional.
Nós somos professores e, na nossa profissão, todos os dias somos confrontados com ameaças directas à nossa autoridade. Quando não temos mais argumentos para convencer os nossos alunos pela razão, o que é que fazemos?! Ameaçamos! É a última arma que resta, quando faltam mais argumentos…Sabemos bem como é!
Pois bem, temos uma ministra que, há muito, desistiu de nos convencer pela razão, pois nós bem sabemos da hipocrisia desta pseudo-avaliação. Que lhe resta? A ameaça…Como não pode mandar os professores para a “rua” com uma falta disciplinar, ameaça-nos com a não progressão na carreira. E nós? Nós, pelos vistos, cedemos com um sorriso nos lábios…Seremos assim tão ingénuos que pensamos que, se alinharmos no “esquema” e entregarmos os objectivos, nada nos irá acontecer?!
Seremos tão ingénuos ao ponto de pensar que, se alinharmos com o “sistema”, o nosso emprego estará assegurado para sempre?
Será que as pessoas não compreenderam que os tempos mudaram e que já não há certezas no que toca a um emprego para toda a vida, nem mesmo para quem trabalha para o Estado?
ACORDEM e olhem à vossa volta…Estamos a entrar numa das piores crises financeiras que o mundo ocidental já conheceu… Alguém acredita que o seu emprego estará seguro indefinidamente só por não contrariar o “chefe”?! Os tempos mudaram e não voltam atrás, nem mesmo para quem é funcionário público.
A escola de Silves está cheia de pessoas normais, não de super-heróis. As pessoas que estão a boicotar a avaliação na minha escola são pessoas honestas e cumpridoras da lei. Pagam impostos e não têm cadastro criminal. Não são loucas, nem irresponsáveis e, por isso, também têm medo.
Estão habituadas a ensinar aos seus alunos e filhos a cumprir as leis. Mas sabem que antes de qualquer lei, está a lealdade e a rectidão perante as nossas mais profundas convicções.
Os professores de Silves também têm medo das repercussões que este acto de resistência pode ter nas suas carreiras, sobretudo os corajosos avaliadores que arriscam, talvez, um processo disciplinar. De onde lhes vem a coragem? De saber que pior que ter medo de não cumprir esta avaliação, é o medo de olharmos para o espelho e termos vergonha de não termos defendido a nossa dignidade profissional e os nossos alunos.
É disso que se trata, de defender a dignidade do nosso sistema de ensino. É daí que nos vem a força, das nossas convicções…Como poderíamos olhar de frente, olhos nos olhos, os nossos alunos se cedêssemos na luta pelos nossos ideais?
A ministra ameaça-nos como “meninos mal comportados” e nós claudicamos? Em Silves, não!Não sigam o exemplo dos professores do Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues de Silves, sigam a vossa consciência. E se, perante ela, se sentirem bem em entregar os objectivos pessoais, entreguem-nos!
Nós, perante o medo, continuamos a RESISTIR! E desde que o começámos a fazer que dormimos melhor e que temos um outro sorriso…Estamos bem com a nossa consciência e isso não tem preço.
Desde que resisto, que sou MAIS FELIZ! Os meus alunos agradecem…
Pedro Nuno Teixeira Santos, BI 10081573, professor QZP do grupo 230 no Agrupamento Vertical de Escolas Dr. Garcia Domingues (Silves)
(NOTA: se alguém me quiser instaurar um processo disciplinar na sequência deste texto, agradeço o envio de um e-mail e eu envio na resposta, e com agrado, o resto dos meus dados pessoais)
16 novembro 2008
DIVULGUEM
O nosso país não sabe e não se apercebe, mas a grande maioria dos professores que estão no terreno já sabe que 30 anos após o 25 de Abril, estamos a assistir à destruição do sistema de ensino em Portugal.
Os motivos?....fácil:
Poupar nos profissionais (professores) para continuar a embolsar para diminuir o défice e encher os bolsos dos amigos que mamam à grande no Estado, desde administradores a gestores e passando pelos privados que recebem favores cada vez mais inconcebíveis! Até vão poupar nos profissionais que lidam com crianças deficientes (incluindo deficiências profundas, surdos, mudos, cegos, etc...) fechando os estabelecimentos apropriados a estes casos, colocando-as todas inseridas em turmas comuns numa escola normal!!!
Para fazer o quê?
Apenas porque o professor tem o dever de dar aulas? Não !!!!!- É para descredibilizar a Escola Pública e abrir caminho para os negócios privados da Educação que aí vêm! O último grande negócio que lhes faltava! Criar um país de absolutos ignorantes com um papel passado de frequência da escola que será obrigatória como depósito de pessoas, até ao 12º ano. Nunca terão emprego capaz! Não terão capacidade nem conhecimentos para protestar e deitar abaixo uma minoria de ditadorzinhos e exploradores que se alimentará e viverá em extrema riqueza à custa de todos!
" A CULTURA LIBERTA!!! O burro aceita o cabresto!!!"
Aparentar na Europa que temos perto de 100% de alfabetização e frequência da escola até ao 12º ano. Uma colossal mentira!
Para isto, atacam todos os dias os professores, como se fossem os culpados de tudo o que não corre bem no ensino, pelo caminho os pais (4 milhões de votos...) são promovidos a santos e descartados de toda a responsabilidade na educação dos seus filhos (até aplaudem que no 5º e 6º anos os alunos passem a estar 11 horas por dia na escola!!! não querem filhos? Para que os tiveram?) e os alunos são promovidos a semi-deuses, podendo faltar às aulas a gosto, não trabalhando, não tendo disciplina, obrigações nem educação perante outras pessoas e estando garantida a sua passagem seja como for, e se ele não sabe nada, a culpa é do professor, claro! De repente, todos os professores que formaram milhões de Portugueses em 30 anos são incompetentes e maus profissionais, segundo este governo! Talvez devam começar a pensar que toda a base da nossa sociedade começa na educação e formação do nosso povo, senão seriam todos uns pobres labregos a trabalhar por uma Côdea de pão, e são os professores os agentes dessa formação! A base do nosso estilo de vida e da nossa sociedade!
Abram os olhos e digam a outros, pois a campanha de intoxicação das televisões por conta do governo tem impedido que as pessoas fora das Escolas saibam do que se passa!
PASSEM A PALAVRA, POIS ISTO É AINDA MUITO MAIS GRAVE DO QUE PARECE!
A avaliação do desempenho de professores, a divisão da carreira, as quotas, etc., etc., são patranhas para escamotear mais uma poupança para combater o défice!
AMBIÇÃO DESMEDIDA!
Que não me comoves,
Trazes no ar a perdição,
És tu quem espezinha os pobres
Com altivez e amplidão!
Não te rias
Pois não tens beleza
E não te escondas
Que te vejo à distância,
Tens na essência
A verdadeira pobreza,
És vitima da tua ganância!
Não te disfarces
Que não vale a pena,
Não te maquilhes
Que és feia na mesma,
Não fazes parte
Dos meus projectos,
És promiscua
Sai de cena!
Ana Martins
14 novembro 2008
Resposta ao Caro anónimo indignado com a indignação dos professores...
Acho que é mesmo de ler. Nunca tinha pensado nisto desta forma. Incrível como trabalhamos tanto e nem damos por ela.
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores...
Caro anónimo indignado com a indignação dos professores, homens (e as mulheres) não se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que afirmam, isto é, por saberem ou não saberem o que dizem e do que falam.
O caro anónimo mostra-se indignado (apesar de não aceitar que os professores também se possam indignar! Dualidade de critérios deste nosso estimado anónimo... Mas passemos à frente) com o excesso de descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na Páscoa e no Verão, (esqueceu-se de mencionar que também descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado anónimo insurge-se veementemente contra tão desmesurada dose de descanso de que os professores usufruem e de que, ao que parece, ninguém mais usufrui.
Ora vamos lá ver se o nosso atento e sagaz anónimo tem razão. Vai perdoar-me, mas, nestas coisas, só lá vamos com contas.
O horário semanal de trabalho do professor é 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns casos até são apenas dez) são destinadas ao seu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24 horas são passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuniões, em aulas de substituição, em funções de direcção de turma, de coordenação pedagógica, etc., etc.
Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que estão destinadas ao trabalho que é realizado pelo professor fora da escola (já que na escola não há quaisquer condições de o realizar): preparação de aulas, elaboração de testes, correcção de testes, correcção de trabalhos de casa, correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo, investigação e formação contínua. Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos passar a chamar de Simplício, tem 5 turmas, 3 níveis de ensino, e que cada turma tem 25 alunos (há casos de professores com mais turmas, mais alunos e mais níveis de ensino e há casos com menos - ficamos por uma situação média, se não se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de trabalho.
Vamos lá, então, contar:
1. Preparação de aulas: considerando que tem duas vezes por semana cada uma dessas turmas e que tem três níveis diferentes de ensino, o professor Simplício precisa de preparar, no mínimo, 6 aulas por semana (estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo nível são exactamente iguais -- o que não acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma também já está a preparar para a outra turma do mesmo nível). Vamos considerar que a preparação de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho. Se o período tiver 14 semanas, como é o caso do 1.º período do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta tarefa.
2. Elaboração de testes: imaginemos que o prof. Simplício realiza, por período, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado, acredite), quer dizer que consome, num período, 10 horas neste trabalho
3. Correcção de testes: o prof. Simplício tem, como vimos, 125 alunos, isto implica que ele corrige, por período, 250 testes. Vamos imaginar que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que é possível corrigir em tão pouco tempo), demora mais de 104 horas para conseguir corrigir todos os testes, durante um período.4. Correcção de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simplício só manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total são mais de 20 horas (isto é, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o período tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.
5. Correcção de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simplício manda realizar apenas um trabalho de grupo, por período, e que cada grupo é composto por 3 alunos; terá de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos também imaginar que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas até gargalham, ao verem estes números tão minguados), dá um total de 41 horas.
6. Investigação: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por semana a investigar, dá, no período, 28 horas (2h x 14 semanas).
7. Acções de formação contínua: para não atrapalhar as contas, nem vou considerar este tempo.
Vamos, então, somar isto tudo:
84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.
Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do período: 11hx14= 154 horas.
Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor trabalhou, no período, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido destinadas para o efeito.
Vamos ver, de seguida, quantos dias úteis de descanso tem o professor no Natal.
No próximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 serão para realizar Conselhos de Turma, portanto, terá descanso nos seguintes dias úteis: 24, 26, 29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias úteis. Ora 6 dias vezes 7 horas de trabalho por dia dá 42 horas. Então, vamos subtrair às 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351 horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas diárias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simplício tem um crédito sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof. Simplício.
Pois é, não parecia, pois não, caro anónimo? Mas é isso que o Estado deve, em média, a cada professor no final de cada período escolar.
Ora, como o Estado somos todos nós, onde se inclui, naturalmente, o nosso prezado anónimo, (pressupondo que, como nós, tem os impostos em dia) significa que o estimado anónimo, afinal, está em dívida para com o prof. Simplício. E ao contrário daquilo que o nosso simpático anónimo afirmava, os professores não descansam muito, descansam pouco!
Veja lá os trabalhos que arranjou: sai daqui a dever dinheiro a um professor. Mas, não se incomode, pode ser que um dia se encontrem e, nessa altura, o amigo paga o que deve.
NOTA: Estes calculos não foram feitos para todos os professores, pois alguns têm 5 níveis de ensino, saberá o anónimo indignado, o que isso é?
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Carta aberta aos líderes mundiais que comparecerão à cimeira de 15 de Novembro na Casa Branca acerca dos mercados financeiros e a economia mundial
por: Paul Davidson e Henry C.K. Liu
Caros líderes do mundo:
O Inverno de 2008-2009 provará ser o inverno do descontentamento económico global a marcar a rejeição da ideologia enviesada de que mercados financeiros globais não regulamentados promovem a inovação, a eficiência do mercado, o crescimento sem restrições e a prosperidade sem fim ao mesmo tempo que reduzem o risco através da sua difusão por todo o sistema. Durante mais de três décadas a corrente dominante de economistas neoliberais pregou, e os reguladores aceitaram, o mito da eficiência dos mercados não regulamentados, ignorando a lição crítica proporcionada pela análise de John Maynard Keynes da interconexão dos mercados financeiros e do sistema de pagamentos internacional.
Aqueles que não aprendem as lições da história estão destinados a repetir as suas tragédias. Os economistas neoliberais nas últimas três décadas negaram a possibilidade de uma repetição da destruição da Grande Depressão à escala mundial após o colapso da bolha especulativa criada pelos mercados financeiros sem restrições dos EUA dos "Frenéticos anos 20". Eles enganaram-se a si próprios ao pensar que a falsa prosperidade construída sobre a dívida poderia ser sustentável com complacência monetária. Agora a história está a repetir-se, desta vez com o vírus novo e mais letal que infestou os mercados financeiros globais desregulamentados: a "inovadora" titularização de dívidas, as finanças estruturadas e as operações bancárias independentes inundadas com o excesso de liquidez libertado por bancos centrais acomodatícios. Uma maciça estrutura de riqueza fantasma foi construída sobre a areia movediça da manipulação da dívida. Esta bolha da dívida finalmente implodiu em Julho de 2007 e agora está a ameaçar deitar abaixo todo o sistema financeiro global e a provocar um colapso económico a menos que liderança política esclarecida adopte medidas correctivas numa escala global.
O problema das hipotecas sub-prime dos EUA que começou em 2007 redundou como era de esperar num pântano que provocou a falha dos mercados financeiros interconectados e ameaçou a viabilidade de instituições financeiras à escala mundial pelo contágio propagado à velocidade electrónica através de um antiquado e disfuncional sistema internacional de pagamentos.
Para deter o colapso financeiro global, pode-se aprender muito com a visão de Keynes de como o sistema internacional de pagamentos deveria funcionar para permitir a cada país promover uma política de pleno emprego sem ter de temer problemas de balança de pagamentos ou permitir que incidentes financeiros infectem o sistema bancário interno e sistemas financeiros não-bancários.
Uma outra Grande Depressão pode ser evitada se os líderes mundiais reconsiderarem o sistema analítico de John Maynard Keynes que contribuiu para a era dourada do primeiro quarto de século após a Segunda Guerra Mundial. Os signatários e outros há muito advogam uma nova arquitectura financeira internacional baseada numa versão actualizada para o século XXI do Plano Keynes originalmente proposta em Bretton Woods no ano de 1944.
Esta nova arquitectura financeira internacional tem como objectivo criar (1) um novo regime monetário global que opere sem divisa hegemónica, (2) um relacionamento do comércio global que apoie o desenvolvimento interno ao invés de retardá-lo e (3) um ambiente económico global que promova incentivos a cada país para promover o pleno emprego e aumentar os salários da sua força de trabalho.
Atentamente, Paul Davidson
Editor,
Journal of Post Keynesian Economics
Visiting Scholar
Schwartz Center for Economic Policy Analysis,
The New School, New York
Henry C.K. Liu
Visiting Professor of Global Development,
Department of Economics,
University of Missouri-Kansas City
Texto original em: http://henryckliu.com/page174.html e
http://atimes.com/atimes/Global_Economy/JK08Dj06.html
Lista parcial de apoiantes:
Irma Adelman
Professor in Graduate School
University of California at Berkeley
Olivier Allain
Associate Professor in Economics
Université Paris Descartes
France
Philip Arestis
Director of Research
University of Cambridge, UK
Dr. George Argitis
Senior Lecturer
Dept. of Economics
University of Athens
Angel Asensio
University Paris 13
Member of the ADEK and PKSG
H. Sonmez Atesoglu
Professor of Economics
School of Business,
Clarkson University
Potsdam, NY
Rainer Bartel
Associate Professor of Economics
Johannes Kepler University
Linz, Austria
Renaud Bellais, Ph.D.
Associate Professor in Economics
French Army Academy (Saint Cyr)
Manager for European Defence and Security Affairs
Institutional Relations,
EADS ASTRIUM
Paris
Janine Berg
Senior Labour Economist
International Labour Office
Brasilia, Brazil
Dr Dirk Bezemer
University of Groningen
The Netherlands
Dr. Wolfgang Blaas
Associate Professor
Department of Spatial Development,br> Infrastructure and Environmental Planning,
Centre of Public Finance and Infrastructure Policy
Vienna University of Technology
W. Robert Brazelton.
Professor-Emeritus/Economics
University of Missouri-Kansas City
Luiz Carlos Bresser Pereira
Professor Emérito da Fundação Getúlio Vargas
-Brazil
Christopher Brown
Professor of Economics
Arkansas State University
Paul D. Bush
Professor Emeritus of Economics
California State University, Fresno
Fernando J. Cardim de Carvalho
Professor of Economics
Institute of Economics,
Federal University of Rio de Janeiro, Brazil
Àngels Martínez i Castells
Economist.
Former professor of Barcelona University
Massimo Cingolani
Directorate for Operations in the European Union and Candidate Countries
European Investment Bank
Luxembourg
Laurent Cordonnier
Assistant Professor
Faculty of economics and social sciences
Lille 1 University
France
Eugenia Correa
Posgrado de Economía
Universidad Nacional Autónoma de México
Dr. James M. Cypher
Researcher-Professor, Economics
Doctorate in Development Studies
Universidad Autonoma de Zacatecas,
Zacatecas, Mexico
Georgios Daremas
Senior Lecturer
Dept of Communication and Media,
University of Indianapolis, Athens-campus.
Sheila C. Dow
Professor
Department of Economics
University of Stirling
Scotland, UK
Miguel Angel Duran.
Lecturer in Economic Theory
University of Malaga, Spain
Luca Fantacci
Assistant Professor
Department of Institutional Analysis and Public Management
Bocconi University
Milano, Italy
Carmem Feijo
Associated professor
Fluminense Federal University in Rio de Janeiro, and
Executive Secretary
National Association of Postgraduates Programs in Economics.
Marica Frangakis
Member of the Board of the Nicos Poulantzas Institute
Athens, Greece
Jorge GARCIA-ARIAS
Associate Professor of Economics
Department of Economics
University of Leon, Spain
Anna Mª Garriga
economist
Barcelona, Spain
Marilena Giannetti
Department of Public Economics
University of Rome "La Sapienza"
Italy
Alicia Girón
Instituto de Investigaciones Económicas
Universidad Nacional Autonoma de México
Claude Gnos
Associate Professor
Université de Bourgogne and Cemf
France
Ian Gough AcSS
Professor of Social Policy
University of Bath
UK
Eric R. Hake
Assistant Professor
Eastern Washington University
Han Deqiang
Associate Research Fellow
Beijing University of Aeronautics
Geoff Harcourt
Professor Emeritus
Reader in the history of Economic Theory
Cambridge University
Distinguished Fellow of the History of Economics Society
Visisting Professor Fellow, University of New South Wales.
John T. Harvey
Professor of Economics
Texas Christian University
Baban Hasnat
Professor
Dept. of Business Administration & Economics
The College at Brockport
State University of New York
USA
Geoffrey M. Hodgson
Professor of Economics
University of Hertfordshire
Hatfield, UK
Jörg Huffschmid
Professor of economic policy and political economy
University of Bremen, Germany
Edwin le Heron
Sciences Po Bordeaux
France
Bo Jonsson
Retired economist from the Swedish LO and the ITUC (formerly ICFTU)
Member of the administrative board of the European Institute for Asian Studies
Brussels, Belgium
Tadeusz Kowalik
Professor of Economics and Humanities
Polish Academy of Sciences
Warsaw, Poland
Dany Lang
Maître de Conférences at the University of Paris
Lena Lavinas
Assistant Professor of Welfare Economics
Institute of Economics at the Federal University of Rio de Janeiro
Brazil
Frederic S. Lee
Professor
Department of Economics
University of Missouri
Kansas City - USA
Hoesung Lee
Professor of Economics
College of Environment
Keimyung University
Daegu, Korea
Noemi Levy-Orlik
Professor
Economic Department
National Autonomous University of Mexico (UNAM)
Li, Chang-ping
Hebei University-China Village
Construction Reaserch Center Director
Henry van Maasakker
Economist.
Euromemorandumgroup
The Netherlands
Ricardo Paes Mamede
Professor of Economics at ISCTE
Lisbon University Institute
Wesley Colin Marshall
Professor of Economics
Universidad Nacional Autonoma de Mexico
Brent McClintock
Associate Professor of Economics
Department of Economics
Carthage College
Kenosha, Wisconsin
John McCombie
Director,
Cambridge Centre for Economic and Public Policy
Department of Land Economy
University of Cambridge, UK
Sergio Cabrera Morales
Economics Faculty
Universidad Nacional Autónoma de México
Tracy Mott
Associate Professor
Dept. of Economics
University of Denver
Antonio Carlos Macedo e Silva
Instituto de Economia - UNICAMP
Campinas (SP) Brazil
Alcino Ferreira Camara Neto
Dean of Law and Economics
Federal University of Rio de Janeiro
Brazil
Paulette Olson
Professor
Department of Economics
Wright State University
Dayton, Ohio
Ozlem Onaran
Associate Professor
Vienna University of Economics
Austria
Walter O. Ötsch
Head of the Centre for Social and Cross-cultural Competency
Johannes Kepler Universität
Linz, Austria
Athanasios G. Papaioannou
Professor
University of Thessaly
Greece
Jorgen Lindgaard Pedersen
Associate Professor
Technical University of Denmark
Maria Cristina Penido de Freitas
Brazilian Economist,
Ph. D. on Economics by University Paris
Wolfgang Polt
Head of Vienna Office of Joanneum Research
Institute for Technology and Regional Policy
Vienna
Daniela Magalhães Prates
Professor of the Economy Institute of University of Campinas
Brazil
Alcino F. Camara Neto
Professor and Dean
Federal University of Rio de Janeiro
Brazil
Clyde Prestowitz
President
The Economic Strategy Institute
Washington D.C.
Dr. Werner Raza
Austrian Chamber of Labor and
Vienna University of Economics and Business Administration
Austria
Colin L. Richardson
Internet Economist
William Penney
Laboratory
Imperial College, London
Louis-Philippe Rochon
Associate Professor
Laurentian University
Canada
Jacqueline Runje
PRESOM Coordination Assistant
University of Dortmund
Faculty of Spatial Planning
IRPUD Institute of Spatial Planning
Germany
Zdzislaw L. Sadowski
Professor of Development Economics
University of Warsaw
Poland
Irma Erendira Sandoval
Social Science Research Institute
Universidad Nacional Autónoma de México
Prof. Dr. Thomas Sauer
Professor für Volkswirtschaftslehre - of Economics
FB Betriebswirtschaft - Dep. of Business Administration
Fachhochschule Jena - University of Applied Sciences
Jena, Germany
Ingo Schmidt
Labour Studies
Athabasca University
Canada
Prof. Dr. herbert Schui
Former professor of economics
University for Economics and Policy
Hamburg, Germany
M.P. at the Deutscher Bundestag
Parliamentary Group DIE LINKE Economic Spokesman
Mario Seccareccia
Professor of Economics,
University of Ottawa,
Canada
Editor,
International Journal of Political Economy
Mark Setterfield
Professor of Economics
Trinity College, CT USA
Anwar Shaikh
Professor of Economics
Department of Economics, Graduate Faculty
New School for Social Research
Catherine SIFAKIS,
assistant professor of Economics
University P. Mendès France of Grenoble
France
Jeffrey Sommers
Visiting Professor
Stockholm School of Economics in Riga
Dr. Engelbert Stockhammer
Dept of Economics
Vienna University of Economics and Business
Vienna, Austria
Dr. Servaas Storm
Dept of Economics,
faculty TPM,
Delft University of Technology
The Netherlands
James I. Sturgeon
Professor of Economics & Economics Department Chair
University of Missouri-Kansas City
Senator Eduardo Matarazzo Suplicy (PT-SP)
Brazil
Prof. Dr. Claus Thomasberger
Faculty of Economics
University of Applied Sciences
Berlin, Germany
Éric Tymoigne
Assistant Professor
Department of Economics
California State University, Fresno
Cathleen Whiting
Associate Professor of Economics
Willamette University
Gregorio Vidal
Department of Economics, Posgraduate Programme
Universidad Autónoma Metropolitana
Mexico
Roderich Wahsner
Professor Emeritus of Labor Law
University of Bremen
Germany
L. Randall Wray
Research Director
Center for Full Employment and Price Stability
Department of Economics
University of Missouri-Kansas City
Senior Scholar
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dr.Emiel F.M. Wubben
Wageningen University & Researchcenter
Business Administration/ Management Studies Group/ Bedrijfskunde
Social Sciences Group
Wageningen, The Netherlands
Haibo Yan
Associate professor
Postdoctoral Mobile Research Station
Institute of Economics
Chinese Academy of Social Sciences
Bin Yang
Associate Research Fellow
Institute of Industrial Economy
Chinese Academy of Social Sciences
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