Acabem as mordaças em seres calados
Até perante a ofensa,
Qual animal que não pensa
Por isso, são tão regrados.
Acabem as vendas em olhos fechados,
Cegos para o que os rodeia,
Envoltos na cega teia
Por isso, são tão regrados.
Acabem as amarras em condenados,
Serviçais de corpo e alma,
A quem a chicote acalma
Por isso, são tão regrados.
Acabem os tiques, inúteis, estéreis,
Curros e guias de débeis
Que nunca ousarão ir além.
Acabem! Pois castram a nossa essência
E numa afronta à decência,
Reduzem-nos a ninguém.
5 comentários:
Que acabem as as mordaças... Que acabem...
Um Abraço
Acabem as mordaças de todos, com liberdade, mas sem faltar ao respeito do outro. Sem teias nem peias, o homem será livre, mas com compreensão e tolerância pela liberdade dos outros, aqueles que pensam o contrário de nós.
Para isso têm que ser regrados, cumprir a regra de não ir além dos limites onde começa a liberdade do outro, o oposto, o contrário.
A falta de regras conduz a situações de injustiça e barbárie, que em França está, agora, a vitimizar os donos de automóveis que são incendiados e das lojas cujas montras são destruídas e o interior saqueado e vandalizado.
Regras são indispensáveis.
Mas concordo que os obcecados pelas regras, os bem comportadinhos, conformados, resignados, com o medo doentio do pecado, nada contribuem para evitar situações de exploração, de opressão, de ditaduras, de autoritarismo de governos por mentirosos, ambiciosos, gananciosos que, em nome da liberdade, sugam o sangue dos inocentes cidadãos em benefício de uma minoria vampiresca.
Cumprimentos
Fantástico, Mário! Fantástico!
Calem-se, malfeitores! É a verdade que está a passar! Mas quando a verdade passa, meus malfeitores, as vossas rugas cheias de (...), endurecem! Aliás, sempre foram duras como a podridão da vossa mente e...
Fantástico, Mário! Fantástico!
Obrigado, meu grande poeta! Obrigado, homem de carne e osso, mas revestido de nobreza!
Fantástico, Mário! Fantástico!
Obrigado por querer e lutar para meter a verdade em mentes destruídas. Forjadas da maldade e seguidoras das suas origens.
Fantástico, poeta! Fantástico!
David Santos
Bom grito. Os poemas podem ser fortes, este é com certeza. Podem também ser justos e coerentes e belos. Reuniste tudo. Muito bom. Muitos parabéns, Mário.
ACABEM!!!
Mais um belo poema amigo Mário, a ilustrar o que de dentro vem cá para fora...
Abraços do beezz
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