Tenho procurado seguir neste blogue uma linha editorial, segundo a qual dou principal destaque a factos e situações políticas menos conhecidas da opinião pública, precisamente porque essa é uma das formas através da qual o poder prefere actuar: pela calada, em suma. O que não retira, evidentemente, que ache importantíssimo, na minha acção anarquista, comentar os factos óbvios, os que são praticados descaradamente, com a convicção arrogante típica do governante instalado.
E foi o que aconteceu desta vez. O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações – pasta certamente muito pesada, dada a sua extensa designação salazarenta – o Mário Lino, considerou “faraónica” a construção do novo aeroporto de Lisboa na margem Sul do Tejo porque, segundo disse, se trata de uma zona deserta. Uma opção em relação à qual, mais uma vez, o Lino foi categórico e afirmou, em francês, Jamais! Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu Contracorrente sobre esta verdadeira anedota.
Ainda hoje, passados dois dias, e certamente nos tempos que se avizinham, os comentários do Lino ecoam e ecoarão ressentida e repetidamente na cabeça de muita gente, desde os líderes e deputados de todos os partidos com e sem representação parlamentar, passando pela maior variedade de comentadores políticos (entre os quais modestamente me conto), de académicos e autarcas, até ao homem e à mulher mais simples do povo, entre os quais também me conto. Todos justamente indignadíssimos com uma das maiores bujardas que um homem de Estado poderia atirar aos sete ventos. Suplantando, inclusivamente, os delírios tremendos do da Economia, o Manuel Pinho! Como anarquista regozijo-me prazenteiramente, pensando nos extremos auto-destrutivos a que a posse e o exercício do poder podem conduzir, não só um homem, como todo um governo.
(Publicado originalmente n'O Anarquista a 25 de Maio de 2007)
E foi o que aconteceu desta vez. O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações – pasta certamente muito pesada, dada a sua extensa designação salazarenta – o Mário Lino, considerou “faraónica” a construção do novo aeroporto de Lisboa na margem Sul do Tejo porque, segundo disse, se trata de uma zona deserta. Uma opção em relação à qual, mais uma vez, o Lino foi categórico e afirmou, em francês, Jamais! Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu Contracorrente sobre esta verdadeira anedota.
Ainda hoje, passados dois dias, e certamente nos tempos que se avizinham, os comentários do Lino ecoam e ecoarão ressentida e repetidamente na cabeça de muita gente, desde os líderes e deputados de todos os partidos com e sem representação parlamentar, passando pela maior variedade de comentadores políticos (entre os quais modestamente me conto), de académicos e autarcas, até ao homem e à mulher mais simples do povo, entre os quais também me conto. Todos justamente indignadíssimos com uma das maiores bujardas que um homem de Estado poderia atirar aos sete ventos. Suplantando, inclusivamente, os delírios tremendos do da Economia, o Manuel Pinho! Como anarquista regozijo-me prazenteiramente, pensando nos extremos auto-destrutivos a que a posse e o exercício do poder podem conduzir, não só um homem, como todo um governo.
(Publicado originalmente n'O Anarquista a 25 de Maio de 2007)
5 comentários:
Onde terá nascido este ministro?
Ou melhor, porque nasceu este ministro?
Ó Dalila, desculpa lá, mas isto só pode ser obra do diabo! Será que de facto ele não nasceu neste País?
Ora nas palhas deitado, ora nas palhas estendido...
De facto, parece ter nascido numa mangedoura...
Saudações do baninha, toma lá e vai buscar...
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