Ouve-se dizer, com frequência que o crime de colarinho branco fica sempre impune, que há muitos políticos a abusarem impunemente dos dinheiros públicos para seu benefício ou de familiares e amigos.
Porém, ontem, chegaram três notícias de procedimentos judiciais contra autarcas – Felgueiras, Vila do Conde e Abrantes. Elas são um raio de esperança de que a Justiça poderá a estar a preparar-se para vendar os olhos e aplicar a lei a todos os criminosos, independentemente da sua posição social ou política. Será uma forma de acabar com a corrupção e outros vícios nefastos para o desenvolvimento do País e a felicidade e segurança dos cidadãos.
Em 5 de Outubro de 2006, o Jornal de Notícias trazia uma notícia intitulada «Portugal é 16.º no ranking dos subornos», em que constava que «Portugal está a meio da tabela dos países exportadores onde as empresas recorrem ao suborno para operar no estrangeiro. O ranking, feito pela organização não-governamental Transparency International, coloca Portugal em 16.º lugar, entre 30 países analisados, com uma pontuação de 6,47 pontos, numa escala que vai de zero (os mais corruptores) a dez (não há pagamentos de subornos no estrangeiro). Suíça, Suécia, Austrália, Áustria, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Bélgica, Estados Unidos e Japão figuram entre os menos corruptos, estando Taiwan, Turquia, Rússia, China e Índia no extremo oposto». Há, realmente, modelos a imporem-se aos países que desejam actuar com civismo.
Umas das notícias de hoje refere a suspeita de Fátima Felgueiras de ter usado indevidamente fundos camarários para pagar ao seu advogado brasileiro, quando estava fugida no Brasil. Segundo outra, o Tribunal de Contas (TC) condenou o presidente da Câmara de Vila do Conde, Mário de Almeida, e o ex-vice-presidente, Abel Maia, a reporem solidariamente 20 mil euros nos cofres da autarquia. Uma terceira notícia diz que o presidente da Câmara de Abrantes (PS), Nelson de Carvalho, foi constituído arguido no seguimento de uma visita efectuada pela Polícia Judiciária (PJ), no início de Outubro, e que resultou na recolha de um conjunto de documentos. Sobre este caso ele disse: "Na altura recebemos alguns relatórios parcelares sobre a actividade desenvolvida na área financeira, recursos humanos, empreitadas e outros que apontavam para pequenas irregularidades".
Será que estes processos irão até ao fim? Para a purificação da nossa Democracia, seria bom que sim. Conta-se que , há alguns anos, foram condenados dois indivíduos pelo crime de corrupção activa relativa à entrega de um cheque de 50 mil contos a uma alta entidade e esta, julgada em processo separado, foi absolvida por nada ter sido provado. Parece que o cheque se volatilizou no percurso das mãos do corruptos activos para as do passivo! Um mistério para a ciência!
Também ontem veio a notícia de que «o presidente da autarquia de Totana e o chefe da polícia local, na região espanhola de Múrcia, estão entre 10 detidos por alegado envolvimento numa rede de corrupção urbanística, o mais recente de casos idênticos em Espanha». Mas os exemplos que nos chegam de Países desenvolvidos não são raros, mas apenas são seguidos por quem quer! Na Coreia do Sul, em Agosto de 1996 dois antigos Presidentes, apesar de terem sido pilares muito válidos no arranque da construção económica do País, ouviram, vários anos após terem deixado o poder, sentenças por terem cedido à tentação da corrupção, tendo os ex-Presidentes General Park Chung Hee sido condenado à morte e Roh Tae-Wu a 22 anos de prisão.
As notícias de ontem atrás referidas vão ao encontro do muito que se ouve dizer acerca dos poderes autárquicos e central e poderão indiciar que estamos a entrar no bom caminho no combate à corrupção e aos maus costumes na gestão do dinheiro público e acabar com impunidades mal definidas. Isto dá-nos grande esperança de que Portugal se moralizará.
Porém, ontem, chegaram três notícias de procedimentos judiciais contra autarcas – Felgueiras, Vila do Conde e Abrantes. Elas são um raio de esperança de que a Justiça poderá a estar a preparar-se para vendar os olhos e aplicar a lei a todos os criminosos, independentemente da sua posição social ou política. Será uma forma de acabar com a corrupção e outros vícios nefastos para o desenvolvimento do País e a felicidade e segurança dos cidadãos.
Em 5 de Outubro de 2006, o Jornal de Notícias trazia uma notícia intitulada «Portugal é 16.º no ranking dos subornos», em que constava que «Portugal está a meio da tabela dos países exportadores onde as empresas recorrem ao suborno para operar no estrangeiro. O ranking, feito pela organização não-governamental Transparency International, coloca Portugal em 16.º lugar, entre 30 países analisados, com uma pontuação de 6,47 pontos, numa escala que vai de zero (os mais corruptores) a dez (não há pagamentos de subornos no estrangeiro). Suíça, Suécia, Austrália, Áustria, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Holanda, Bélgica, Estados Unidos e Japão figuram entre os menos corruptos, estando Taiwan, Turquia, Rússia, China e Índia no extremo oposto». Há, realmente, modelos a imporem-se aos países que desejam actuar com civismo.
Umas das notícias de hoje refere a suspeita de Fátima Felgueiras de ter usado indevidamente fundos camarários para pagar ao seu advogado brasileiro, quando estava fugida no Brasil. Segundo outra, o Tribunal de Contas (TC) condenou o presidente da Câmara de Vila do Conde, Mário de Almeida, e o ex-vice-presidente, Abel Maia, a reporem solidariamente 20 mil euros nos cofres da autarquia. Uma terceira notícia diz que o presidente da Câmara de Abrantes (PS), Nelson de Carvalho, foi constituído arguido no seguimento de uma visita efectuada pela Polícia Judiciária (PJ), no início de Outubro, e que resultou na recolha de um conjunto de documentos. Sobre este caso ele disse: "Na altura recebemos alguns relatórios parcelares sobre a actividade desenvolvida na área financeira, recursos humanos, empreitadas e outros que apontavam para pequenas irregularidades".
Será que estes processos irão até ao fim? Para a purificação da nossa Democracia, seria bom que sim. Conta-se que , há alguns anos, foram condenados dois indivíduos pelo crime de corrupção activa relativa à entrega de um cheque de 50 mil contos a uma alta entidade e esta, julgada em processo separado, foi absolvida por nada ter sido provado. Parece que o cheque se volatilizou no percurso das mãos do corruptos activos para as do passivo! Um mistério para a ciência!
Também ontem veio a notícia de que «o presidente da autarquia de Totana e o chefe da polícia local, na região espanhola de Múrcia, estão entre 10 detidos por alegado envolvimento numa rede de corrupção urbanística, o mais recente de casos idênticos em Espanha». Mas os exemplos que nos chegam de Países desenvolvidos não são raros, mas apenas são seguidos por quem quer! Na Coreia do Sul, em Agosto de 1996 dois antigos Presidentes, apesar de terem sido pilares muito válidos no arranque da construção económica do País, ouviram, vários anos após terem deixado o poder, sentenças por terem cedido à tentação da corrupção, tendo os ex-Presidentes General Park Chung Hee sido condenado à morte e Roh Tae-Wu a 22 anos de prisão.
As notícias de ontem atrás referidas vão ao encontro do muito que se ouve dizer acerca dos poderes autárquicos e central e poderão indiciar que estamos a entrar no bom caminho no combate à corrupção e aos maus costumes na gestão do dinheiro público e acabar com impunidades mal definidas. Isto dá-nos grande esperança de que Portugal se moralizará.
7 comentários:
Era Bom que assim fosse... Mas conforme isto anda, não vejo jeitos...
Pode ser que se arrase com alguns, mas com todos é impossível, mas parabéns pelo post.
Abraços do Beezz
Caro Bezz.
Seria bom que tais processos fossem até ao fim com isenção e rigor, como devia ser característico da Justiça. Mas os bons exemplos que vêm de fora raramente são seguidos entre nós, sendo preferidos os da lassidão, corrupção, desleixo, compadrio, etc.,etc.
Gostava de ter razão para retirar o ponto de interrogação do título. Mas a minha dúvida é igual à sua.
Porém, o povo pode e deve fazer muito nestes e em outros casos, alertando, trazendo à luz do público cada caso que conheça. Os políticos e outros tipos de homens públicos funcionam ao sabor de pressões e, por isso, a opinião expressa da população produz resultados. É uma questão de atenção ao que se passa e de perder o medo de falar alto.
É urgente que cada um siga o seu lema «a mim ninguém me cala». Quando as pessoas se convencerem de que têm poder para moralisar Portugal, passaremos a ser um País moderno e em franco desenvolvimento. Sem tal moralização, tudo se esvai para os bolsos de coruptos que nada de bom fazem para o País.
Abraço
Caro A João Soares
Isto a meu ver só lá vai com pancada!!! A sério. Pois se nós virmos a verdadeira panóplia de atrocidades e atropelos ás leis da Republica... Deus nos livre de cairmos em acções contra esta corja, logo se arranja uma maneirinha de se moldar a lei conforme lhes convém, depois de alguns atropelos à existente que acaba em águas de bacalhau.
Mas A MIM NINGUÉM ME CALA!!! Frase retirada de um célebre programa que escancarava tudo e todos os quanto prevaricavam, em cujo apresentador foi afastado pelo poder político e interesses instalados, pois o incómodo começou a ser demais...
Só que a mim para me afastarem, tem de me MATAR, pois nem que seja de megafone na mão, irei gritar sempre bem alto:
BASTA DE INJUSTIÇAS, MORTE AOS CURRUPTOS DESTE PAÍS!!!
Abraços do Beezz
Duvido que os grandes caiam nas malhas da justiça. Como no passado roubar é quando se trata de tostões, irregularidades contabilísticas ou contabilidade criativa é mais para os milhões.
Sem querer ser pessimista, vejamos o que vai sair do Banco de Portubal e da CNVM sobre os perdões de dívidas do BCP.
Abraço do Zé
Beezzbloger e Zé Povinho,
Só quem anda a dormir tem ilusões. Mas, como diz o Beezz, é preciso não se acomodar e não se deixar calar.
Se, em democracia, o povo é quem detém a soberania, então o povo deve utilizá-la para que não o explorem de forma ignominiosa. O enriquecimento exagerado dos detentores do Poder é feito à custa do crescente empobrecimento e do esgotamento dos mais necessitados e desprotegidos.
Os governos não têm servido para melhorar as condições de vida do povo, mas apenas dos poucos que rodeiam o Poder, que se sentam à mesa do erário e se esquecem da sua missão que devia ser cumprida com nobreza e dignidade.
Tenho presente que a greve recente da Valorsul prejudicou a população inocente deixando montes de lixo à porta de cada um e nada afectando os causadores do mal-estar dos trabalhadores. Solução mais justa teria sido uma pequena acção directa nas pessoas dos responsáveis pela exploração dos trabalhadores. Teria sido mais justo e eficiente e não prejudicaria o pobre povo inocente e já tão sacrificado.
Abraços
Estou a começar a ter esperança, depois de ler estes comentários, na reacção dos que vêem o quão má está a nossa situação neste País à beira mar plantado. Somos pequeninos mas temos valor como dizia Agostinho da Silva: "Temos que nos "Ocidentalizar" pois há muito norte abaixo do Equador e que passa por cima das nossas cabeças".
É preciso bater o pé com força, fazer barulho, não ficar aninhado,
mostrar aos que estão nas alturas que todos temos direito a viver bem, como eles vivem. Que poupem um pouco para que haja igualdade e, principalmente, que haja respeito pelos direitos humanos.
Adelaide (Milai)
Cara Milai,
Nós somos os CCCC - cidadãos, contribuintes, consumidores, clientes - e os governantes querem, juntar mais um C o de Camelos. Consideram-nos imbecis que acreditamos em todas as propagandas mentirosas com que nos mimoseiam. Isto fica bem evidente no tema referido no post «Ministro perdeu a compostura» no «Do Mirante». Já me fizeram um comentário verbal a dizer que ele não podia ter perdido o que não tem!
Assim váo aqueles que nos deviam servir de exemplo.
Abraço
Enviar um comentário