Olhem para nós
o esterco da humanidade…
…não sintam vergonha.
Somos o lixo reciclável
das incineradoras da morte
fugimos com os bolsos calados,
vazios de silêncio
da bondade nojenta
que é apregoada nos leilões
dos barões obcecados pela ganância
Somos o lixo
sem rumo, sem direcção
somos carne, apenas carne
esquartejada, mutilada, circuncidada
trafica, assassinada
[Pelas mãos isentas de Pilatos]
Somos o estrume
que aduba a raiva dos cães de raça
do fascismo, racismo e da insolência
Olhem para nós
com sangue frio,
é com esse mesmo sangue
que somos mortos.
Nós
homens, mulheres e crianças
os Refugiados que o genocídio
apaga das memórias do mundo.
PS: Este poema é dedicado aos milhões de REFUGIADOS do mundo.
1 comentário:
Olá Conceição, é necessário deixar mensagens de alerta, para que nos habituemos a não olhar só para o nosso próprio umbigo!
Muitos políticos servem-se, a tempos e normalmente, aquando as eleições de ideias de propaganda, no sentido das promessas e apresentam-se como salvadores do mundo, quando na verdade é tudo para " povo ver ", quer dizer show - off eleitoralista.
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