Há indícios que chegam quase por acaso, escondidos em textos que parecem inocentes. Na notícia Fundação Alter Real está a ser investigada por denúncia de uma directora que merece ser lida com atenção, além das dificuldades que o título sugere, encontramos elementos dos «currículos de três pessoas «chave» da fundação, que nada representam para o desempenho das responsabilidades que era suposto terem assumido.
Porquê chamarem fundação a esta instituição? Faz lembrar uma fundação para a segurança rodoviária que foi extinta pouco tempo depois de ter sido criada tal o escândalo que representava e que se traduzia em arranjar tachos para boys sem capacidade para enriquecer sem ser à custa do orçamento .
Vejamos o que se extrai agora desta notícia, acerca dos «gestores» desta instituição agro-pecuária e de arte equestre:
Vitor Barros, presidente da Fundação, exerceu as funções de secretário de Estado do Desenvolvimento Rural nos Governos de António Guterres e foi o candidato derrotado do PS às eleições de 2005 para a Câmara de São Pedro do Sul.
Rui Simplício era assessor parlamentar do Partido Socialista, líder distrital do PS em Portalegre e antigo presidente da Câmara local, foi nomeado em Março deste ano, por proposta de Vítor Barros administrador-delegado da fundação.
Maria Leal Monteiro, directora da coudelaria dirigiu até há poucos meses a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo e foi, no ano passado, a candidata derrotada do PS à Câmara de Alter do Chão. É também um alto quadro do PS mas isso não a impede de manter graves divergências com Vítor Barros e é apontada como uma das autoras das denúncias.
Não é preciso dizer mais nada sobre as intenções das nomeações destas figuras, para os respectivos cargos.
E o resultado é: a situação financeira da FAR, que deveria sustentar-se a si própria com os lucros da produção agro-pecuária, nomeadamente com a venda de cavalos de alta qualidade, vive quase exclusivamente das contribuições do Ministério da Agricultura (700.000 euros em 2010), e tem-se deteriorado significativamente, acumulando-se as dívidas a fornecedores.
2 comentários:
CARO A. JOAO SOARES
E O PAIS QUE TEMOS INFELIZMENTE.
EU ME PERGUNTO ATE QUANDO ????
ISTO VAI ACABAR MUITO MAL ....
RAMIRO
Caro Ramiro Andrade,
Em conformidade com a notícia Trânsito de ex-governantes sem controlo político, haverá que juntar-se a estes «boys» outros que também navegam na crista da onda do favoritismo do Poder, sem qualquer controlo, apesar de estarem contra a lei que os próprios políticos criaram, mas que não cuidam de cumpriur.
Eis: Castro Guerra, Manuel Pinho, Mário Lino, Filipe Baptista, Ascenso Simões, Maria de Lurdes Rodrigues
Isto dá para pensar angustiadamente no tipo de manicómio em que estamos metidos
Um abraço
João
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