Nas folhas secas do meu ventre
sinto o entardecer da aurora,
vestida de luto
Nas andorinhas que não chegam
conto as rugas
na cera derretida,
que ainda desliza no meu rosto
num pavio, quase ignorado
Ceifaram-me o trigo
num Maio, ainda maduro
a terra petrificou-se
de branco marmórea
Nas folhas secas do meu ventre
a fome ainda chama por ti,
a liberdade ficou esquecida
na sombra, da azinheira
que te viu morrer
6 comentários:
Olá, Conceição!
Estou a tremer, acreditas?
Claro que acreditas.
Não tenho palavras para comentar este trabalho. Ainda que não pareça, há coisas que jamais podemos dar como não repetíveis, aparece sempre algo parecido, algo que nos faz ter medo. Ainda há resquícios desse tempo. Pode haver quem não acredite, mas por ignorância ou idiotice, eles ainda andam por aí. Já nem sequer tenho idade para ter medo. Mas, deles, ainda tenho muito.
Abraços para ti, minha querida, abraços.
22/7/10 20:30
Olá conceição adorei o poema, um lindo eco de alerta, ao bem mais precioso da humanidade, é na liberdade de expressão que encontramos o nosso ego e maniestação humana.
Beijinhos
Boa noite Conceição,
um poema muito denso e arrepiantemente verdadeiro!
Beijinhos,
Ana Martins
Ave Sem Asas
Conceição, viva!
Gostei do teu poema, é um hino à liberdade. Estou como o David Santos, convencido que o fascismo está à porta, e anda encapotado nestas modernices de neoliberalismo e ao serviço do capitalismo selvagem, corrupto e apátrida!
Tem uma boa semana.
Bj
PS: Aparece mais vezes, sentimos a tua falta, neste espaço.
Boa tarde,
meus amigos as vossas palavras cada vês me dão mais força para continuar, embora nem sempre tenha tempo de vir aqui, cada um de vocês está comigo...
A si meu querido David, quem eu trato como pai, será sempre a pessoal especial que um dia eu abracei.
aquele beijinho de afecto
a ti Victor o meu muito obrigada por este blog onde é possível gritar...
Viva a liberdade
Muito obrigada a todos
beijinho
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