A empresa Mundo do Calçado será a responsável pela abertura em Portugal de várias lojas monomarca da multinacional inglesa de calçado Clarks, que entrará também no circuito das lojas multimarca com o agenciamento da Calçado de Portugal (CDP). Em comunicado, fonte da CDP confirmou ter sido convidada para ser agente da Clarks no país e tratar do posicionamento daquela marca em várias sapatarias de todo o país.
Paralelamente, a Clarks pretende apostar em Portugal, abrindo lojas monomarca nas principais cidades, tendo para o efeito nomeado como agente a empresa algarvia Mundo do Sapato.
Recorde-se que a Clarks fechou as três fábricas que o grupo tinha em Portugal - Arouca (2001), Castelo de Paiva (2003) e Vila Nova de Gaia (Elefanten, 2004), lançando para o desemprego 1289 trabalhadores. (JN)
A Clarks fechou as fábricas que tinha em Portugal. Mas agora vem abrir lojas para vender os sapatos. Se os portugueses não servem para fazer os sapatos Clarks, já servem para os comprar? Para a maioria dos portugueses o cú não tem nada a ver com as calças....
Paralelamente, a Clarks pretende apostar em Portugal, abrindo lojas monomarca nas principais cidades, tendo para o efeito nomeado como agente a empresa algarvia Mundo do Sapato.
Recorde-se que a Clarks fechou as três fábricas que o grupo tinha em Portugal - Arouca (2001), Castelo de Paiva (2003) e Vila Nova de Gaia (Elefanten, 2004), lançando para o desemprego 1289 trabalhadores. (JN)
A Clarks fechou as fábricas que tinha em Portugal. Mas agora vem abrir lojas para vender os sapatos. Se os portugueses não servem para fazer os sapatos Clarks, já servem para os comprar? Para a maioria dos portugueses o cú não tem nada a ver com as calças....
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6 comentários:
Pois amigo.
E que diz o Governo e as entidades oficiais sobre o comércio que cá se pratica?
- Não têm nada a ver com o assunto?!
José Faria
O Povo Português tem que abrir os olhos, mas andou ocupado com o referendo do aborto e agora com o problema "grave" de num concurso televisivo ter ganho um antigo Presidente do Conselho, em votação popular!!
Convido o governo a privatizar a RTP e a privatizar todas as empresas públicas que lhe dão controle sobre os OCS e logicamente sobre o povo!...
Façam-no e poupem-nos ainda algum dinheiro...ó fazem!
Mário Relvas
EM MEMÓRIA DE FERNANDO PEDRO,
UMA DAS VÍTIMAS DAS EXPLOSÕES DO PAIOL-Moçambique
Neste momento de luto e dor no nosso país, e em que tudo deve ser feito para apurarmos as responsabilidades do trágico acontecimento e tão inaceitável incúria continuada das explosões do paiol, venho com muita mágoa e profunda indignação recordar uma das muitas vítimas cuja memória tem de ser dignificada. É Fernando Pedro, que, regressado da República Democrática Alemã, onde trabalhou vários anos chefiando um dos grupos de jovens moçambicanos que ali se encontravam, foi funcionário e membro fundador da Associação Moçambicana da Língua Portuguesa (AMOLP) e escritor. Trabalhador dedicado, foram várias as profissões por que passou – entre outras, trabalhador portuário, motorista, secretário, assistente administrativo, e, finalmente, docente universitário. Num esforço contínuo para melhorar honestamente as suas condições de vida, frequentou como estudante-trabalhador o Instituto Superior Politécnico Universitário, onde concluiu há poucos meses atrás, com muito bons resultados, a sua licenciatura em Direito. Publicou os livros de crónicas e contos “Tantã, um tambor na Neve” e “Madgermanes na RDA - Vida Cotidiana”, ambos da Editora Ndjira, e ainda contos infantis. Fernando Pedro foi atingido por um dos projécteis em frente da sua residência em Mahlazine, de onde conseguiu retirar a tempo a sua família. O seu corpo ficou completamente despedaçado. Deixou mulher e três filhas, Marlene, Milena e Mirela, esta de apenas seis meses de idade.
Fátima Ribeiro
Em sua memória e homenagem aqui transcrevo um dos seus contos:
O Voto de Nhanengue
De merenda na neneca, Nhanengue caminha no árduo solo da planície. Aquela tortuosa caminhada é-lhe familiar.
Já curva, pesam naqueles ombros flácidos os anos de vivências com as obrigações do sistema africano. Não tivera oportunidade para a livre escolha das melhores coisas da vida: o marido fora-lhe imposto pelos familiares. Os filhos foram aparecendo, teimosamente, como gotas em torneira avariada e o número já não o conhece ao certo; espalhou-os pelo mundo onde se procura a vida e ela ficou esquecida pelas circunstâncias do tempo.
Andando a uma velocidade rápida, ruma à aldeia Munhembete, onde a primeira oportunidade de escolher algo a espera. Na ponta da capulana, está enrolado em forma de cilindro o cartão do eleitor, que é nele onde a velha tem concentrada a sua mente de fumo.
Em Magul, pelas fendas abertas no solo pelos tempos de seca, nasce agora um verde-vivo, gozando a paz dos homens. A cacimba pinga cristalina no solo, abanada pelo vento matinal.
A velhota recorda, agora, os seus tempos de juventude. Dos búfalos e das manadas enormes. Naquele tempo, os rapazes realizavam campeonatos de pancadaria. Os mais valentes tinham como troféu as moças mais belas da aldeia.
"Éramos tão importantes!" Falava baixinho.
A fila é longa junto à mesa eleitoral; Nhanengue vai perdendo forças, mas a esperança lhe faz aguentar. Está alegre e conta coisas dos tempos que já lá vão aos co-eleitores. Há festa em Munhembete!
Nhanengue arranja um canto e senta-se; tira um pedaço de mandioca da panelinha e começa a mastigar. Por causa da falta dos dentes, nota-se o trabalho que faz para comer; rumina lentamente, com o olhar fixo na lista dos candidatos colada num quadro próximo da mesa onde vai votar.
É a sua vez. Levanta-se vagarosamente e caminha a passos lentos rumo à mesa. O jovem, com o distintivo das eleições, molha o seu dedo com tinta vermelha. A velhota caminha em direcção ao quadro onde estão patentes as caras e os símbolos dos partidos. Uma lágrima teimosa rola pelo seu rosto. Pára diante do quadro e pinta com o dedo a cara de um dos candidatos.
- Não é aí vovó! - grita o presidente da mesa.
Nhanegue vira-se, lentamente, e fixa o olhar lacrimejante no homem que falara, Subitamente, roda sobre os calcanhares e cai pesadamente no solo.
Nhanengue morreu! Não teve a possibilidade de um dia escolher algo por vontade própria.
Junho de 1995
(in “Tantã, um tambor na neve”, Editora Ndjira, 1998)
os privados às vezes são brutos...
o governo pouco ou nada pode fazer nada.
o governo nao manda nas privadas estrangeiras obvio, mas sim pode falar com elas, e deve!
Caros.
Penso que existe uma coisa simples que se pode fazer. Deixem abrir a referida loja e no seu dia de abertura coloquem uma pequena faixa do outro lado da estrada onde se possa recordar todos os possíveis compradores de sapatos dos despedimentos que foram efectuados.
Uma medida que não vai contra a lei e nem contra as intenções da empresa.
Simples, eficaz e directo.
Comprimentos
Domingos Araújo.
Caros amigos e ainda há portugueses que compram Ópeis...da Opel da Azambuja?!...perceberam??
Uma boa Páscoa para TODOS sem excepção, até para aqueles me "amam"!!
Abraços
Mário Relvas
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