Pergunto ao rio que corre
Porque está triste e infeliz
Por muito que perguntemos
O rio nada nos diz
Ao percorrermos as margens
Quer para cima, quer para baixo
Pobre rio que anda triste
Sempre e sempre, cabisbaixo
Rio que sofre em silêncio
Sem fazer grande alarido
Porque outros rios maiores
Já fazem, muito ruído
Rio pequeno sem força
Com caudal pouco profundo
Já pouca importância tem
Para poder gritar ao Mundo
Outros rios com mais força
Com muitos afluentes
Juntaram as suas águas
São agora imponentes!
Pobre rio que é pequeno
E sem forças para lutar
Olha triste para as margens
Pois só lhe resta chorar…
Porque está triste e infeliz
Por muito que perguntemos
O rio nada nos diz
Ao percorrermos as margens
Quer para cima, quer para baixo
Pobre rio que anda triste
Sempre e sempre, cabisbaixo
Rio que sofre em silêncio
Sem fazer grande alarido
Porque outros rios maiores
Já fazem, muito ruído
Rio pequeno sem força
Com caudal pouco profundo
Já pouca importância tem
Para poder gritar ao Mundo
Outros rios com mais força
Com muitos afluentes
Juntaram as suas águas
São agora imponentes!
Pobre rio que é pequeno
E sem forças para lutar
Olha triste para as margens
Pois só lhe resta chorar…
2 comentários:
Todas as linhas de água
São importantes,
Não podem secar.
Todos os rios
São necessários,
para encher os oceanos!
Todos os pensamentos
Correm para o mar!
Todos somos Portugal.
E como estamos em maré de lança em RISTE, recordo o épico Camões que muitos tentam imitar mas ele é só ele e não há igual, nem os que levam os Lusíadas para o rio da ironia. Deixo aqui uns versos que recebi há pouco por e-mail:
OS LUSÍADAS - Início do Canto I
(versão actualizada)
As equivalências e os termos assinados,
Que na ocidental raia Lusitana,
Por cursos nunca antes frequentados,
Passaram dos seis dias da semana,
Em betão armado e pré-esforçado,
Mais do que prometia a desfaçatez humana,
Entre gente bem mais douta edificaram
Novo currículum, que tanto sublimaram;
E também as notícias gloriosas
Daqueles feitos, que foram inventando
A Lisura, a Honestidade, as Virtudes valerosas
Das corporações que foram destroçando;
E aquele, que por obras viciosas
Se vai do respeito libertando;
Sobranceiro, entre pares, no plenário,
Cantarei, se a tanto me ajudar o engenho sanitário.
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