A crise foi o pretexto para o governo levar a cabo uma iniciativa no sentido de ajudar as famílias em dificuldades, no que diz respeito ao chamado crédito mal parado, principalmente o crédito à habitação.
Na prática, o que significa é que essas instituições irão comprar as respectivas habitações a um preço mais baixo do que o seu valor real, para depois as arrendarem posteriormente aos antigos proprietários, por uma renda 20% mais baixa do que estavam a pagar pela amortização das mesmas casas.
No meio disto tudo, os bancos é que ficam a ganhar. Porque recebem de imediato o valor total do empréstimo concedido, enquanto as pessoas, embora fiquem a pagar menos 20% na mensalidade, ficam sem as suas casas. E, volvidos dez anos, que é o prazo mínimo instituído pelo governo, se as quiserem resgatar de novo, irão pagar por elas muito mais do que quando contraíram os empréstimos!
Mário Margaride
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