27 fevereiro 2007

INADMISSÍVEL...INTOLERÁVEL...PUNÍVEL...

Recebi por e-mail reenviado por uma amiga de respeitável idoneidade, com o espanto de quem teve dificuldade em compreender. Porém, os nomes do aluno e do professor dão aspecto de verosimilhança. Não sou jornalista para ir averiguar as fontes, mas espero que os visitantes possam dar algum esclarecimento desta situação anómala.

Colegas e alunos,

No dia 28 de Junho de 2004 na sala 133 do Colégio Luís António Verney na realização de orais sobre os trabalhos desenvolvidos na Disciplina de Geologia do Ambiente um aluno (Rui Robalo, nº 15 617) apresentou-me um trabalho que não respondia ao tema proposto e muito clara e notoriamente não tinha sido realizado por este.

Ao informá-lo que reprovara e que teria de voltar na época de Recurso a reacção do indivíduo foi violenta, ofensiva e agressiva. Não me agrediu fisicamente apenas porque alguns colegas, à força, o impediram e o levaram para fora da sala de aula. As ameaças continuaram a ser
gritadas durante largos minutos no corredor.

Nunca antes tinha tido qualquer situação conflituosa com este indivíduo, fora da UE ou nas aulas, até porque a poucas aulas foi.

Passadas cerca de duas horas o indivíduo regressou à sala, onde ainda decorriam orais, e repetiu a cena. Alguns dos alunos, colegas, nesse mesmo dia, avisaram-me para levar a situação muito a sério e ter muito cuidado. Recebi dezenas de ameaças e ofensas por via telefónica e de viva voz, às vezes, aos gritos, na rua. Nos dias seguintes, eu e a minha família
fomos perseguidos e ameaçados de forma tão grave e séria que a policia me protegeu.

A confiança desde indivíduo que algo o protege é tal que assina as mensagens, identifica-se por voz e na inquirição da Policia confirmou o meu depoimento.

Fiz uma exposição ao Reitor, outra ao Departamento a que pertenço.
Nessa altura formulei duas queixas - crime. Uma delas já foi a julgamento e condenou o arguido.

Em Outubro desse ano (2004), no recomeço das aulas, pela insegurança que senti meti baixa médica. Entretanto, passados alguns meses, a 9/11/2004 uma Comissão de Inquérito designada pelo Reitor inquiriu-me. Como estava perante três senhoras, por vergonha e pudor, em pronunciar, tive que escrever as ofensas e ameaças que estava a receber. O indivíduo não compareceu perante a referida Comissão. Não conheço a conclusão desse inquérito, se a tem?

Entretanto continuei a receber o mesmo tipo de ameaças e, cerca de um ano mais tarde (2005) - por altura das notas do semestre par, estas aumentaram muito de tom e tornaram-se bastante mais persistentes e graves, envolvendo a minha família e mesmo o meu falecido pai. Formulei nova queixa – crime onde as ameaças foram registadas.

Na sequência escrevi uma missiva ao Reitor onde relatava os mais recentes (2005) acontecimentos e pedia um ponto da situação. Nunca me foi dada qualquer resposta.

Entretanto este indivíduo continuava e continua a frequentar a Universidade como se nada fosse.

Há cerca de 3 ou 4 meses (2006) as ameaças aumentaram novamente de tom. As chamadas telefónicas chagaram a ser duas dezenas numa noite, normalmente de madrugada.

No dia 16 de Outubro último, pelas 15 horas, junto ao portão do Verney fui agredido pelas costas, repito, pelas costas, derrubado, e quando o chão esmurrado e pontapeado por este indivíduo. Recebi tratamento no Banco de Urgência do Hospital Espírito Santo. No dia seguinte apresentei a quarta queixa-crime na Policia. No dia 18 de Outubro fui observado pela equipa médica de peritos que confirmaram as lesões e a causa. No dia 22 tive que voltar ao Banco de Urgência Hospitalar porque as feridas internas na boca se agravaram e me davam dores horríveis.

Desde então nunca mais consegui dormir uma noite tranquila o que me levou, no dia 23 de Outubro a procurar o médico de família. Nessa consulta aceitei a baixa médica que os outros clínicos já me tinham aconselhado e que tinha recusado.

A minha indignação não se limita "ao professor agredido"; quem me conhece sabe como prezo a cidadania. Como cidadão não me conformo em viver numa sociedade em que um indivíduo tem um comportamento destes impunemente.
Não aceito pertencer a uma instituição que tolera passivamente, não compreendo à luz de quê (?), este tipo de situações.

Entretanto este indivíduo continua a frequentar e a receber aulas como se nada fosse, um dia destes será Engenheiro Geólogo.

Afirmo:
- este individuo não tem capacidade intelectual para conseguir obter aprovação numa única disciplina na Universidade.
- o meu "erro" foi e é ter resistido aos métodos seguidos pelo indivíduo. (muitas vezes me disse que apenas queria uma nota de dez e que ficaria tudo bem)

Pergunto:
- como justifica a Universidade de Évora tamanha inércia com um assunto tão grave?
- como chegou até aqui? (julgo que terá mais de metade da licenciatura feita)
- o que tem de acontecer mais para a Universidade de Évora tomar uma posição conforme?
- o que devo fazer quando me cruzar com este indivíduo num corredor da UE?

Todas estas questões têm resposta e nomes.

Como se torna evidente quis, até agora, preservar a academia de tamanha monstruosidade, esperei dois anos e meio, vou até onde for necessário.

Carlos Alberto Cupeto


NOTA vinda no e-mail: ACONTECE TAMBÈM NO ENSINO SECUNDÁRIO. O GOVERNO NÃO QUER TOMAR NENHUMA POSIÇÃO. É UMA VERGONHA.

PARECE FICÇÃO mas... Aconteceu na Universidade de Évora, são estes os futuros doutores" deste belo país e é esta a nossa justiça, este menino já devia saber que educação ...não é instrução.

5 comentários:

Anónimo disse...

Caro João Soares, em Évora?Não é lá que está o ludovicus rex?

Bem, sobre esta situação vem a propósito a notícia de hoje em que uma mãe agrediu na escola a professora da filha!...

Esta situação descrita neste texto é intolerável.Parece tirada de um filme, de uma americanada!

Também hoje vimos o que se passou na Universidade "Independente" será este o nome?Onde o reitor resolveu atacar uma "Mafia" interior.

O descrito é caso para procedimento criminal, o que parece já ter sido feito e até condenação, pois é afirmado no texto.Agora realmente quem protege o biltre na UE??

Será mais um engenheiro para ajudar a destrui o país?
A educação é primordial e só se consegue com disciplina.Disciplina não significa tortura ou maus tratos, mas DISCIPLINA!

Abraços

MRelvas

Anónimo disse...

So pode ser mais um filho criado sem pai.vergonhoso,saber que aqueles que nem propinas pagao pois o papa esconde assim a sua aussencia pagando tenha um comportamento destes .por muito que seja a favor de dar a outra face .Ai que levava um arraial de facho ai levava pois se nao vais a bem vais a mal.A disciplina tambem se impoe a prepotencia e teimosia ,abraco M.O

victor simoes disse...

Será, que é filho de algum "Barão", ou de alguém também com capacidade para lhe dar um bom emprego, mesmo não tendo competências... poderá ser sempre nomeado!
Só pode, ser um protegido do poder. Se fosse o meu rapaz, já estaria a ver o sol aos quadradinhos. Mas, felizmente o meu tem educação e formação!

A. João Soares disse...

Sugiro ao LUDOVICUS REX que estando em Évora, procure contactar o professor que está na mira do Robalo e lhe diga para consultar este post em DEMOCRACIA EM PORTUGAL, onde um comentador, professor e com físico adequado, se disponibiliza para ir a Évora tomar café com ele e conversar acerca deste caso. Já que as autoridades académicas não exercem a sua autoridade, terá de ser encarada outra solução.
Eu bem quero ser optimista acerca do futuro deste país, mas faltam-me condições reais que me estimulem a esperança. Parece que isto precisa de uma vassourada para limpar toda esta porcaria de gente que só pensa no salário ao fim do mês e procura passar ao lado das mínimas dificuldades. Corja de desonestos e incompetentes. Precisamos de eliminar todas as chefias e substituí-las, nem que seja por contratados estrangeiros, como se faz com o futebol e como já se fez, depois das invasões francesas, com os ingleses, de que é muito citado o Conde de Lippe.
Os actuais chefes só querem dinheiro e nome e imagem na Televisão, com discursos arrogantes cheios de palavras sonantes como autênticos vendedores de banha de cobra.
Esperemos por uma solução a breve prazo

Beezzblogger disse...

Bem, eu nem quero acreditar, isto é pura e simplesmente uma selvajaria... Olhe afinal onde estamos? Eu acho aqui neste caso, que o professor pecou numa situação, tendo ele as ditas testemunhas que tinha, dava-lhe um arraial de faxo, ele anda 15 dias a cagar fininho, mas perdoem-me a expressão... Aquilo que eu faria, era defender-me, após 3 queixas crime, ai dava-lhe uns açoites mas para marcar, pois assim quem comeu foi o professor.

Espero uma melhor solução, mas se o professor precisar eu vou lá dar-lhe educação (até fazia pião).


Abraços do beezz

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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