A História, como qualquer ciência, exige competência, dedicação e honestidade, não devendo ser citada em defesa ou apoio de afirmações tendenciosas, por deturpação ou omissão em benefício de propaganda enganosa. Sem dúvida, que os denominados «factos históricos» estão sujeitos às mais diversas interpretações como é do conhecimento geral daqueles que abordam os temas relacionados com a conquista de Portugal aos mouros, os descobrimentos, os diversos incidentes internos, etc. Mas tudo tem limites de tolerância devidos a condições de pesquisa, ao achamento de novos dados, à competências dos investigadores, etc. A perfeição não é um dom comum. Não é edificante que, para esmagar um ilustre português do século passado, se coloquem num post, apenas os aspectos mais negativos ocorridos durante a sua vigência, perpetrados pelos serviços secretos, como se aí residisse a acção mais significativa de governante. Aliás, violência das polícias têm ocorrido com frequência maior do que o desejado desde o 25 de Abril.
E, pior do que isso, veio no dia seguinte, no mesmo blogue, à imagem do papagaio ou do macaco de imitação, outro post com conteúdo semelhante, senão igual. Para quê a repetição? Não parece ter sido por distracção. Talvez tenha sido pretendido o efeito de repetição próprio da propaganda e da lavagem ao cérebro que diz que uma mentira repetida muitas vezes acaba por ser aceite como verdade? Ou será uma manifestação de competitividade para valorizar a avaliação do respectivos mandantes? As eternas dúvidas de quem gosta de compreender!
Mas a realidade mostra que esse insigne governante, afinal, foi um mau aprendiz se comparado com Estaline, Mao Tse Tung e muitos outros seus contemporâneos. E para além dos defeitos que lhe apontam, não teria nada de bom? E, então, o que leva este «estúpido» povo a votar nele? E quem será o povo estúpido?
Ando a dar tratos de polé à memória a comparar aquilo que se diz com aquilo que vi e vivi desde 1934. Fico muito confuso com as intenções deste «povo» que se diz «sem amarras».
O que é que leva tanta gente a ter saudades dos velhos tempos, como se ouve nos transportes públicos, nas filas de espera das lojas do cidadão, etc., e o que leva uns quantos a dizer só mal? Gostaria de chegar a compreender estes enigmas.
Em minha opinião, várias vezes expressa no blogue A Voz do Povo, uma análise honesta deve mostrar todos os lados do problema, não apenas uma parte tendenciosamente separada do conjunto. Dados históricos merecem muita confiança (embora não toda) mas faltou também dizer algo de positivo, e houve muito, como a recuperação do País da situação caótica em que se encontrava em 1926, o esforço na escolarização, estando hoje a ser fechadas muitas escolas, tantas elas eram. Embora não fosse ainda a moda das auto-estradas e houvesse poucos carros, a rede estradal estava a ser melhorada. O distrito de Viseu, apesar das montanhas possuía uma boa rede, não havia ninguém a dormir nas ruas, pois havia albergues distritais e a sopa do Sidónio, havia a Mocidade Portuguesa em que, além de desportos, se aprendia grande quantidade de matérias de cultura, arte e utilidade prática (primeiros socorros, jornalismo, artes e ofícios) e, principalmente, era uma sã ocupação dos tempos livres (hoje, há a prostituição, a droga e a criminalidade juvenil, como ocupação de estudantes nas horas de ócio). As escolas técnicas preparavam pessoas para o comércio, secretariado, industria. A habilidade negocial, o amor à Pátria e o prestígio internacional do governo permitiram que Portugal não sofresse os horrores da II Guerra Mundial.
Talvez, nos conceitos actuais e vistas as coisas à distância de mais de meio século, não devesse recusar o auxilio americano para a reconstrução do pós-guerra, mas ele tinha vontade de evitar a dependência da grande potência mundial, e de manter o império que herdou dos antepassados. Um erro foi não ter percebido a volta que, após a guerra, o Mundo deu quanto à descolonização e ter teimado no «orgulhosamente sós» e na vaidade e ilusão de «lutar contra os irreversíveis ventos da história». Mas o erro mais grave (como agora está provado) foi o da economia doméstica que o levou a amontoar toneladas de ouro que não beneficiaram o bem-estar do povo e, o que é pior, serviram aos governos do PREC e do PRAEC, para esbanjarem, sem escrúpulos nem honestidade, esse pesado pecúlio, de que hoje já resta muito pouco. Hoje os políticos enriquecem ilegitimamente, como se deduz das propostas de Cravinho, mas o Homem citado nos textos aqui referidos, viveu estoicamente e morreu pobre.
Enfim, há muito de mau e de bom a dizer, e é pena que alguém se preocupe apenas com um lado e não com os outros. Isso é técnica de mau analista, ou de propagandista, de vendedor de banha da cobra, mas não de um comunicador de informação, de um divulgador de conhecimentos isento, imparcial e descomprometido. Com pessoas assim, nada de sério e verdadeiro se aprende, porque a verdade não pode ser fragmentada, é global. É preciso situar os factos nas suas circunstâncias.
Bater repetidamente com a testa na parede, raramente é solução, na vida prática. Em arte, é raro conseguir beleza com um quadro monocromático. Nos problemas sociais, também devemos conjugar todos os tons, sem exclusões, criando harmonias que fortaleçam, fazendo análises imparciais e completas sem colocar a «verdade» de uns factos e ignorar tendenciosamente outras verdades merecedoras de destaque. Não parece sensato gastar energias em confrontos desnecessários e inúteis e em intoxicações ideológicas com meias verdades e deformações torpes, com propagandas vesgas embora com roupagens de cor histórica mas que nada têm a ver com a VERDADE histórica, completa, honesta, isenta, imparcial.
Não parece que um blogue que pretende ser um espaço para emitir opiniões sem amarras, seja utilizado com tal intenção de propaganda, com o interesse não confessado de influenciar o cérebro dos outros, o que é caricatamente explícito com a repetição na mesma lista em dias seguidos. Até já é utilizado o blogue para publicidade comercial gratuita da venda de livros.
Talvez um dos maiores males do antigo regime se devesse, como agora, ao facto de muitos dos portugueses (até aqui, se encontram entre os contributors da Voz do Povo sem amarras) estarem mais preocupados com a incompetência, negligência e prepotência dos governantes americanos do que com os nossos, a quem tudo desculpam e de quem tudo aceitam. Essa auto-resignação originou os exageros de então e justifica os de hoje, com consequências imprevisíveis.
Não imito ninguém, recusando a continuação da minha colaboração, pois a qualidade de contributor mais antigo, como tem afirmado o Amigo Víctor Simões, dá-me responsabilidades (!). Embora, por vezes, um pouco desmotivado, continuarei a participar, consciente de que as minhas ideias livres , descomprometidas, verdadeiramente sem amarras, sejam repelidas por alguns contributors como se fossem fortes pedradas no crânio que, pelos vistos, os deixam sem voz para as comentar. Quem não deve não teme, e não tenho que prestar contas a ninguém mais do que a mim próprio.
Sugiro a leitura dos seguintes dois textos além de muitos comentários em que defendi a honestidade da informação isenta e sem amarras.
1. 061014, em A voz do povo. Salazar. Amá-lo ou odiá-lo. Mas conscientemente,
2. 070220, em Do Mirante. Crítica credível tem que ser isenta, em Do Mirante
13 comentários:
Amigo Soares,
tudo o que diz não é mais do que a pura verdade. Só não vê quem não quer.
Excelente texto sentido!
Fique!
Faz cá falta!
E no meu blog tb!
Abraço
Tiago
Um texto sério, isento e abrangente, como habitualmente.
A amizade passa, por isto,pela seriedade e isenção.
Com posts sérios, com comentários honestos, sejam quais forem as opiniões de cada um.Nunca crítica por crítica ,ou por gozo.
A seriedade de um blog passa pela opinião pensada e livre,nunca pela tendência e opurtunismo.
A Liberdade dá o direito a ser de esquerda, de direita, do centro, seja lá o que isso for, mas não dá o direito de dizer que a democracia é o que eu penso, ou nós grupo pensamos ou queremos que os outros pensem!
Espero que esta lição de vida, sirva para o blog evoluir em pensamentos livres, na certeza de trocas sinceras de opinião em busca de melhoria de algo neste país.Quanto mais não seja em busca de um trabalho sério, sem denegrir os outros.Apaguei perto de 2000 posts meus aqui. Não foi um trabalho de uns minutos, horas, mas de dias seguidos se somasse as horas que aqui passei.
Fi-lo no sentido de algo que aqui e navida não tem razão de existência, fazer bem.O perfecionismo é um pecado que nos leva a carne. Mas não se conseguindo fazer perfeito, bati-me sempre na vida para se fazer o melhor que sei.
Daí a minha desilusão, mas não mais que isso!
Se fosse outro, não estaria agora aqui!
Para a frente é que é caminho!
Os meus cumprimentos amigo João Soares
Mário Relvas
Peço desculpa queria escrever 200 posts...
Meu car amigo joão soares, conforme lhe disse à dias atrás num post seu, defendo a crítica construtiva, pelo menos é isso que tento fazer, quando não sei do que vou falar, nem se quer escrevo, por isso, espero que me ensine, assim como todos vós a criticar construtivamente, a dar opiniões, soluções, sempre dentro do respeito e seriedade que me merecem.
Abraços a todos, e principalmente a si pois o post é seu
Beezzbloger
Obrigado ao amigo que me enviou este texto.
Pena não o ter conseguido publicar...por que é polémico?
Abraços
MR
transcrevo:
Bestiais ou Bestas?
A realidade por detrás do mito.
Idos de 1974 e Portugal vivia uma revolução, que todos bem conhecemos. Decorria o “Verão quente de 75”. Uma revolução que poderia constar dos melhores livros de história mundial, não fosse o facto de o aclamado “criador” ou “construtor” da revolta, Otelo Saraiva de Carvalho, encalhar num pequeníssimo “azar”, diga-mos “inconveniente” com a descoberta e eliminação da “sua” FP25 (ou esquadrão de morte) e talvez Portugal tivesse conseguido uma revolução “à séria”, seguida de uma ditadura militar ou uma guerra civil que durasse anos. E ainda se aclama salvador, salvador uma “ova”. Uma tentativa frustrada foi tudo o que restou e milhares de anos de processos em tribunais militares.
Anos antes já outros teriam tentado a mesma proeza num ou noutro país. Mas houve um em especial que ainda hoje é recordado. E que recordações deverão as gerações guardar?
Nascido nos anos 20, filho de uma família pobre. Formou-se em medicina. Decidiu um dia que queria mudar o continente em que vivia, iniciou a sua viagem, uma viagem épica como referem alguns autores, para mim trata-se de um episódio da sua vida demasiadamente romantizado. Um idealista ferrenho das suas convicções e sobre as quais iria criar a sua pedra basilar do primeiro ao ultimo minuto da sua vida. Iniciou a uma revolução num país que não era o dele. “Tornou-se militar por necessidade” segundo demonstra a sua biografia, quando o amigo precisou ele decidiu trocar o estojo médico pela arma. “…Por necessidade”, quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. Conseguiu o seu primordial objectivo, conseguiu derrubar a ditadura que se impunha nesse mesmo país e derrotou os “opressores do povo”.
Durante a sua luta pela derrota dos opressores liderou milhares, quando apenas começara como guerrilheiro e com apenas 56 homens. Liderou milhares, torturou, assassinou, mutilou milhares, executando milhares de pobres almas que se interpuseram no seu caminho para a ascensão ao poder. A ignorância mais uma vez liderou uma revolução. As atrocidades cometidas por este “líder” e seus apoiantes nesta guerra fazem o livro “A Arte da guerra” do chinês Sun Tzu parecer um livro para crianças.
Liderou uma revolução e ascendeu ao poder, não se conformou com toda esta situação decidiu tentar a sorte em mais três países diferentes, um dos quais fora do continente que tanto ambicionava unir. Existe um ditado Árabe que diz “A ignorância é vizinha da maldade”.
Também os seus “irmãos” e “mentores” de ideologia de outros países conseguiram o mesmo número de atrocidades. Na altura decorria a guerra-fria, com a sua famosa “cortina de ferro” que separa as duas principais ideologias politicas, que iriam modificar o mundo para sempre.
Lenine em 1921, na URSS, posteriormente Rússia; proibiu a ajuda aos famintos, na sua incessante luta contra a igreja ortodoxa. Morreram seis milhões de pessoas. Anos antes a Gulag (espécie de limpeza étnica) matou milhões na Ucrânia, número que nunca será preciso devido ao número de cadáveres que ficaram por descobrir e por identificar. Em 1891 Lenine havia declarado que “ a fome tem várias consequências positivas… A fome destrói a fé não somente no Czar, mas também em deus.”
Crimes que só foram denunciados a partir de 1957. Com Estaline o número triplicou. O número estabilizou em vinte milhões de almas. A Sibéria também foi um campo de concentração e trabalhos forçados.
Mao Tse Tung na China, ordenou a invasão do Tibete onde morreram um milhão de Tibetanos, alguns dos quais enterrados vivos. O seu projecto económico alteraria profundamente a agricultura. Dez milhões de chineses não resistiram há falta de alimento. Ascendendo ao impressionante número de sessenta e três milhões de seres humanos. Número que ainda hoje continua a aumentar
Guerra civil Espanhola, um grupo de homens liderados por Angel Ciutat, ficaram famosos por torturar, esquartejar e matar padres durante a guerra.
Polónia, em 1956, uma multidão que gritava “pão e liberdade” foi brutalmente reprimida. Milhares pereceram à lei da bala.
Hungria, em 1956, uma revolução anti-totalitária leva há morte de três mil pessoas e duzentos mil refugiados.
King II Sung, Correia do norte executou o maior expurgo interno, quinhentas mil pessoas morreram, nesta sua demanda pela estabilidade do país.
Tito,na Jugoslávia. Enver Hoxa na Albânia. Ceaucescu na Roménia, Krushev e Brejnev; todos eles aniquilaram milhares através dos mesmos métodos, tortura e execução. Todos os opositores eram perseguidos, obrigados a considerar-se culpados por crimes que não tinham cometido, enquanto eram barbaramente torturados.
Pinochet, no Chile e apesar de ter renunciado ao cargo de presidente da ditadura que tinha erigido sobe a promessa de imunidade politica, deixou uma herança de três mil mortos, e uma pobreza calculada em cerca de 85% da população, dos quais 75% viviam abaixo do limiar da pobreza.
Este senhor que tantos idolatram e consideram como um herói, talvez o maior herói de uma geração e de todos os tempo, também ele ajudou a elevar este número de mortos. Um número que demonstra uma das maiores chacinas a nível mundial, uma chacina camuflada. Actualmente o número encontra-se em cerca de cem milhões de pessoas. Cem milhões que foram assassinados. Dez vezes a população portuguesa.
O “tal” ídolo ajudou a erigir uma das mais longas, inquebráveis e indobráveis ditaduras que ainda decorrem hoje em dia. Uma ditadura em que o número de mortos ultrapassa os dezoito mil.
Ernesto Guevara de la Serna, filho de Ernesto Guevara Lynch e Célia de la Serna, nasceu em Rosário, Argentina, a 14 de Junho de 1928, morreu no dia 8 de Outubro de 1967 com 39 anos. Percorreu dez mil km numa velha moto, a tal épica viagem. Construiu a ilha cárcere de Cuba, depositou a sua confiança em Fidel Castro, irmão de um dos seus companheiros de armas que conheceu na sua demanda pela libertação da “opressão” do povo cubano. Criou o seu governo (leia-se ditadura militar). Teve a sua polícia politica com o seu famoso “Paredóm”, uma prisão politica onde eram cometidos todo o tipo de atentados aos direitos humanos, um Tarrafal em solo Cubano, um local onde as convenções de Haia e Genebra são completamente postas de lado, em todo o solo cubano é possível encontrar inúmeros campos de trabalho forçado.
Falhou como ministro da economia cubano e como chefe da guerrilha na Colômbia, onde veio a morrer da mesma maneira que ele matava. Mutilaram-lhe as mãos, fuzilaram-no e enterraram-no numa vala comum.
Contudo ele é um herói. É simples na guerra todos matam, não existe santos. Um herói uma porra. Qual será mais desprezível o soldado que executa ordens ou o General que as ordena? Como podem fazer dele um herói quando sobre o ser nome existe mais sangue derramado do que sobre o nome de outro qualquer soldado cubano. Também ele matou com as próprias mãos. Também criou e manipulou tribunais marciais, com uma única sentença: a morte de quem se opunha. Huber Matos foi um dos primeiros. Antigo companheiro do comandante que foi executado sobe o comando de Che só porque discordou de uma ordem.
Por isso da próxima vez envergarem uma camisola, um pin, um crachá com a imagem do tão aclamado herói, façam-no com o mesmo orgulho e convicção que os nazis faziam em relação à suástica, ao símbolo das SS e a Adolf Hitler, com o mesmo orgulho das Brigadas Vermelhas, da Jihad Islâmica, com o mesmo orgulho que os seguidores de Bin Laden e da sua Al Qaeda, com o mesmo orgulho que os guerrilheiros mexicanos têm quando todos os dias raptam milhares de turistas. Mas façam-no, não escondam e sintam-se orgulhosos disso. Diferenças entre eles não devem ser muitas; todos assassinaram e assassinam, todos lutaram e lutam pela libertação do seu povo contra os opositores, todos lideraram e lideram, todos diferentes mas todos iguais.
Se podem orgulhosamente ostentar todos esses ornamentos, que impede então um grupo neo-nazi de usar a saudação nazi em publico, ou o cabelo rapado, ou mesmo uma imagem de Hitler ou Himmler? Não é da mesma maneira vergonhoso? Ou de Mossoulini?
Contra estes cem milhões de mortes a limpeza étnica que matou seis milhões de judeus na segunda guerra mundial parece insignificante, mesmo juntando o número de civis e militares mortos na segunda guerra mundial o número não ultrapassa os vinte milhões.
Da próxima vez que idolatrarem Che Guevara e os seus feitos históricos recordem o povo cubano que todos os dias tenta desesperadamente sair de Cuba, morrendo milhares afogados no Oceano Pacifico, do povo Cubano que todos os dias mergulha na miséria, em que o único meio de subsistência de um povo é o turismo e que por capricho do seu líder e dos seus mísseis nucleares se viu privado de ajuda internacional. Mas isso os seus fieis seguidores já o sabem, ou será que não? Será que tem pachorra para aprender história ou a preguiça é assim tanta que custa imenso?
Os mais ferrenhos dirão que o Comandante Che lutou ao lado do povo pelo povo e para devolver o poder ao povo. Pois claro, já agora digam também que a ditadura é uma das armas da democracia. Sem esquecer, é claro, que Cuba tem o melhor serviço de saúde do mundo e que o presidente pelo menos está no Guinness book como o presidente que faz os discursos mais longos do mundo chegando a atingir as sete horas seguidas. Sempre as mesmas respostas ao longo dos anos.
Os “Diários de Che Guevara” retratam a vida de um homem que apenas sonhava o melhor para o povo, em “Mein Kampft “ de Adolf Hitler encontramos exactamente as mesmas ideias. Coincidência? Não se trata de uma coincidência, apenas de um meio de moldar a opinião pública apelando aos seus sentimentos mais nobres, como o patriotismo e o direito a ter algo só seu, todos ficam comovidos com a “história” do pobrezinho que deixou tudo para lutar por uma causa. Chama-se a isto manipulação de massas. Uma guerra não se ganha só na frente de batalha, é preciso convencer os conquistados que o conquistador apenas os quer ajudar. E assim se fazem os mitos.
A esses que o tanto veneram Che Guevara comparo-os a um prato com presunto e ovos no qual o porco está comprometido a galinha apenas envolvida. Adoram-no porque não tiveram nem tem que viver sobre o seu jugo, adoram-no porque talvez os amigos do grupo, alguns familiares o adoram e talvez porque alguém disse que Che era um tipo porreiro, ou será que realmente concordam com o seu regime de intolerância e opressão. Os que moram em Cuba estão comprometidos, os outros apenas envolvidos.
Para os que veneram que importa que o povo cubano sofra, que importa as condições em que o povo cubano vive. Que importa tudo isso. O que importa é fazer passar a mensagem de que Che Guevara é um ícone para todas as gerações. E ainda se dizem amantes do 25 de Abril e da liberdade, do direito é igualdade. Abram os olhos e comecem a reflectir sobre a verdadeira natureza das coisas, não se deixem ficar apenas pelo que ouvem dos outros e pesquisem, não custa nada e pelo menos não fazem figura de parvos, perante este tipo de coisas que só não vê quem não quer.
Ídolos mortos são exactamente isso, ídolos mortos e nada mais. È crucial criar novos Ídolos.
Já agora sabe dizer-me o que foi a reforma agrícola em Portugal mais propriamente no Alentejo? E como desapareceu o ouro dos cofres Portugueses depois dos quatro primeiros governos provisórios após o 25 de Novembro, liderados por Vasco Gonçalves? Pesquise…
Nota: Este texto foi criado com vista uma revista para jovens. Foi recusado, segundo a editor, "o artigo é demasiado polémico..", sim eu sei que sim... eu dizia-lhes o que era polémico. A minha resposta a tudo o que me disseram foi um simples texto.
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Tenho que fazer uma correcção ao texto do amigo DA.Tal como quando o li vi que não estava bem uma data eu,não querendo mudar,confirmei e tinha razão.
Vasco Gonçalves não governou a partir do 25NOV75, mas antes...O ouro quando chegámos ao 25 de Novembro já era...felizmente que havia muito, conforme o amigo João Soares diz no seu post!
e aproveito para deixar aqui isto:
Vasco dos Santos Gonçalves (Lisboa, 3 de Maio de 1921 — Almancil, 11 de Junho de 2005) foi um militar (General) e um político português da segunda metade do século XX
Surgiu no Movimento dos Capitães em Dezembro de 1973, numa reunião alargada da sua comissão coordenadora efectuada na Costa da Caparica. Coronel de engenharia, viria a integrar a Comissão de Redacção do Programa do Movimento das Forças Armadas. Passou a ser o elemento de ligação com Costa Gomes.
Membro da Comissão Coordenadora do MFA, foi, mais tarde, primeiro-ministro de sucessivos governos provisórios (II a V). Tido geralmente como pertencente ao grupo dos militares próximos do PCP, perdeu toda a sua influência na sequência dos acontecimentos do 25 de Novembro de 1975.
Como primeiro-ministro, foi o mentor da reforma agrária, das nacionalizações dos principais meios de produção privados (bancos, seguros, transportes públicos, Siderurgia, etc.), do salário mínimo para os funcionários públicos, do subsídio de férias (13º mês) e subsídio de Natal.
O seu protagonismo durante os acontecimentos do Verão Quente de 1975 levou os apoiantes do gonçalvismo, na pessoa de Carlos Alberto Moniz, a inclusive comporem uma cantiga em que figurava o seu nome: «Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço!».
Morreu a 11 de Junho de 2005, aos 84 anos, quando nadava numa piscina, em casa de um irmão em Almancil, aparentemente devido a uma síncope cardíaca.
Abraços
Mário Relvas
Aqui fica a minha opinião, se puder deixar sem ofensa a ninguém...
Muitos consideram o 25 de Novembro de 1975 como o epílogo da Revolução Portuguesa.
Não concordo com essa opinião. Em 25 de Novembro foram derrotadas as forças políticas mais radicais, que tinham impulsionado o PREC. A partir daí deu-se o refluxo da maré revolucionária, mas não se encontraram os equilíbrios sociais próprios de uma sociedade democrática estável. O epílogo da Revolução Portuguesa deu-se com a ascensão ao poder de Cavaco Silva, a sua consolidação política e o fim do espectro de uma fase cesarista, consubstanciada em Eanes e no Conselho da Revolução, cesarismo frequente nos finais das revoluções quando as sociedades não conseguem encontrar equilíbrios consensuais.
A primeira quinzena de Julho de 1974 marca o fim da primeira fase da revolução: a fase dos notáveis. Nessa primeira fase tinham confluído os interesses da oficialidade mais jovem, descontente com uma guerra sem solução militar à vista, o liberalismo tecnocrático, ansioso de se pôr em dia com a Europa e que reprovava a ineficácia do aparelho salazarista, e as opções da pequena burguesia esclarecida, favorável a uma estratégia democrática. Essa fase acabara. Entre 8 e 12 de Julho era criado o COPCON (8-7), caía o governo de Palma Carlos (9/7) e Vasco Gonçalves era indigitado 1º ministro (12-7). O poder da rua impunha a sua força.
Para contrariar o protagonismo das forças radicais, Spínola faz apelo à «Maioria Silenciosa». O problema da «Maioria Silenciosa» é que ela é ... silenciosa. Pode exprimir-se nas urnas, mas não tem apetência para acções de rua, a menos que adquira o sentimento da sua força e importância numérica, através do sufrágio. Este apelo de Spínola, embora tivesse apoio de gente do PS, foi prematuro e precipitado.
Mas isso ocorre normalmente em qualquer revolução deste tipo (revolução de Abril, Revoluções Francesas 1789-99 e 1848-51, revolução bolchevique, etc.). Tentativas extemporâneas de inverter uma revolução acabam sempre por a fortalecer.
A elaboração de um «Programa Económico de Transição» coordenado por Melo Antunes foi um acto falhado. Quando começou a ser concebido fazia sentido. Quando foi concluído, veio à luz num país em que cada força política tinha objectivos diferentes e mutuamente opostos e estava convencida de conseguir atingi-los. Um mês depois Spínola é levado a tentar um golpe de estado, para inverter o processo. Dá-se a insurreição da Base Aérea de Tancos e um ataque aéreo ao Quartel do RAL1. Esta intentona, completamente desajeitada, enfraquece as forças que se opõem ao PREC e reforça os elementos radicais. Uma onda de nacionalizações (banca e seguros) abala os fundamentos económicos da sociedade portuguesa.
As eleições de 25 de Abril de 1975 para a Constituinte contaram “a rua”. Não chegavam a 20%. Poderiam ter servido de matéria de reflexão para os líderes que “comandavam a rua”, mas nunca servem. Na Assembleia Constituinte na Rússia os bolcheviques tiveram um peso eleitoral ligeiramente superior (25%), mas como tinham as forças armadas (quase totalmente expurgadas de oficiais) nas mãos, dissolveram a Constituinte e tomaram o poder. Durante a Revolução Francesa, a Montanha dispunha de pouco mais de 10% dos Convencionais. Mas o pavor em que os membros da Convenção Nacional viviam face à violência das secções populares arregimentadas pela Comuna de Paris, levou-os a votarem favoravelmente as decisões mais perversas da Montanha e foram precisas sucessivas cisões no interior da Montanha para que acontecesse o 9 Thermidor e acabasse o terror. Até se auto-destruir, a Montanha dominou a seu bel-prazer.
Mas a Revolução Francesa ocorreu há mais de 2 séculos, numa época em que a consciência cívica e democrática estava ainda em embrião. A Revolução Bolchevique deu-se em plena Grande Guerra, numa época em que o Mundo vivia uma grande instabilidade. O MFA consciente de que as eleições seriam desfavoráveis para o PREC tentou subverter os seus resultados previsíveis através de uma série de medidas prévias à realização das eleições: 1) Institucionalização do MFA através da criação do Conselho da Revolução (CR) e da Assembleia do MFA. O CR ficaria com poderes constituintes até à promulgação da Constituição. 2) Estabelecimento de uma Plataforma de Acordo Constitucional com os partidos, definindo um conjunto de regras a que a Constituição deveria obedecer, consagrando a existência constitucional do CR e da Assembleia do MFA e o direito de veto do CR sobre a Constituição, mas também sobre leis aprovadas na futuras Assembleia Legislativa. 3) À Constituinte ficava vedado ocupar-se da composição ou alteração do governo provisório.
Todos os partidos com pretensões eleitorais assinaram este acordo, pois não tinham alternativa.
Por via disso, e apesar da votação ser, para a «Aliança Povo-MFA», uma catástrofe muito superior à previsível, durante o mês seguinte foram nacionalizados sectores vitais da economia portuguesa: Produção, Transporte e Distribuição de Energia Eléctrica, Petróleos, Siderurgia, Cimentos, Transportes, etc., conjuntamente com a ocupação de terras nos meios rurais e a criação das UCP's, segundo o modelo soviético. Foi o «Socialismo aos empurrões»: a fraqueza eleitoral da «Aliança Povo-MFA» levou às nacionalizações apressadas, de forma a pôr as forças políticas que representavam mais de 80% do eleitoral perante factos consumados. Esta perversão política apenas serviu para arruinar o país, pois logo que as revisões constitucionais o permitiram, a quase totalidade daqueles activos (ou o que restava deles) foi privatizada.
O PS foi o principal vector de combate a esta situação. Sem qualquer mácula de ligações à ditadura, vencedor folgado das eleições e sistematicamente banido dos centros de decisão políticos e económicos, espoliado de acesso à comunicação social, inclusivamente d’A República (19-5-75), assumiu o papel de vítima. Uma semana depois as instalações da Rádio Renascença, propriedade do Episcopado, também eram ocupadas pelos trabalhadores. Em 16 de Julho, alegando estar a ser marginalizado e em vias de ser expulso da vida política, o PS abandona o governo e o PPD segue-lhe o exemplo.
Estes acontecimentos levaram a uma cisão no MFA. Muitos oficiais da elite revolucionária consideravam que se estava a caminhar no sentido inverso às intenções iniciais dos revoltosos, o estabelecimento de uma democracia parlamentar, e que as forças radicais estavam a tomar conta do processo e se caminhava para uma situação totalitária. Esta cisão foi-se aprofundando de uma forma dramática. A ala esquerda do MFA, COPCON (ligado aos esquerdistas) e gonçalvistas (ligados ao PCP e MDP) foi ficando isolada perante os sectores democráticos do MFA, agrupados atrás do Grupo dos Nove, e que se opunham às teses políticas do Documento Guia Povo/MFA, a Bíblia da ala esquerda.
Neste processo a ala esquerda do MFA acabou derrotada na Assembleia do MFA e Vasco Gonçalves obrigado a demitir-se, em fins de Agosto. Pinheiro de Azevedo sucedeu-lhe. Em face da fraqueza da ala gonçalvista do MFA, o PCP deixou-se arrastar para alianças pontuais com os grupos radicais de esquerda, julgando, porventura, que conseguiria liderar o processo. Ora isso era insensato: a ala gonçalvista não tinha força militar e o COPCON, que a tinha, estava completamente dominado pelos radicais de esquerda. Nesta via, o PCP andaria sempre a reboque dos esquerdistas.
Em Novembro a situação era insustentável e só podia resolver-se mediante a derrota militar de uma das facções. No dia 12, uma manifestação de trabalhadores da construção civil sequestra os deputados no Palácio de S.Bento. No dia 15 dá-se o juramento de bandeira no RALIS (ex-RAL1) onde os soldados quebram as normas militares que regulamentam o juramento de bandeira e fazem-no de punho fechado.
A exibição dos ícones revolucionários empolga os mais radicais, mas afugenta todos os outros. Os elementos radicais do COPCON ficaram isolados entre as forças armadas. No dia 20, o Conselho da Revolução decide substituir Otelo Saraiva de Carvalho por Vasco Lourenço no comando da Região Militar de Lisboa. Entretanto o Governo anuncia a suspensão das suas actividades alegando "falta de condições de segurança para exercício do governo do país". O próximo disparate dos elementos radicais das FA seria o detonador para a sua liquidação.
Tal ocorreu em 25 de Novembro quando paraquedistas da Base Escola de Tancos ocupam o Comando da Região Aérea de Monsanto e seis bases aéreas, contestando a decisão da sua passagem à disponibilidade. Era o momento esperado. Os militares ligados ao Grupo dos Nove e a maioria das FA decidem intervir militarmente. O PCP, confrontado com essa decisão, capitulou e comprometeu-se a não convocar os seus militantes e apoiantes para qualquer acção de rua. A alternativa seria um massacre inútil e a ilegalização do PCP.
O Presidente da República Costa Gomes decreta o Estado de Sítio na Região de Lisboa e elementos do Regimento de Comandos da Amadora cercam e tomam o Comando da Região Aérea de Monsanto ocupado pelos insurrectos, e depois atacam e conseguem a rendição do Regimento da Polícia Militar, unidade militar próxima da esquerda revolucionária.
Carlos Fabião e Otelo são destituídos, respectivamente, dos cargos de Chefe de Estado Maior do Exército e de Comandante do COPCON e Ramalho Eanes, o estratega 25 de Novembro, torna-se Chefe de Estado Maior do Exército.
Em 2 de Abril de 1976 é aprovada a Constituição da República de 1976 pela Assembleia Constituinte. Em 27 de Junho Ramalho Eanes é eleito Presidente da República e em 23 de Setembro dá-se a tomada de Posse do I Governo Constitucional, chefiado por Mário Soares.
Nos dias seguintes ao 25 de Novembro o PC foi apoiado e "salvo" pelo célebre discurso de Melo Antunes quando ele disse que o PC era essencial à revolução portuguesa. Melo Antunes pretendia que o poder se baseasse na existência de um equilíbrio. Sem o PC esse equilíbrio far-se-ia mais à direita; com um PC legalizado, o equilíbrio far-se-ia entre o PS e o PC, ou seja, num PS de esquerda, isto é, far-se-ia na zona política onde se encontravam os militares que então tutelavam Portugal.
Este discurso modelou a situação política nos anos que se seguiram. O país continuou sob tutela. Os grandes grupos económicos portugueses haviam sido liquidados e os sectores industriais e financeiros mais importantes ficaram vedados à iniciativa privada. A maioria das empresas públicas ia acumulando prejuízos sobre prejuízos e nada havia a fazer. A tutela militar, que servia de Tribunal Constitucional, e a própria Constituição de 76 impedia quaisquer modificações.
O PS que estivera ligado à revolução, que ganhara prestígio por ter combatido o gonçalvismo, que se tornara o partido hegemónico no sistema político português, não soube governar o país. Mesmo depois do fim da tutela militar, quando era possível criar em Portugal uma economia de mercado que funcionasse, o PS nunca se emancipou dos complexos da esquerda estatizante, apesar de inicialmente, em pleno PREC, ter sido contra as nacionalizações. O país arrastou-se sem rumo, com um clientelismo potenciado pela enorme quantidade de lugares disponíveis nas empresas públicas, em permanente crise económica e orçamental.
A fase terminal da revolução foi a emergência do eanismo, primeiro nos governos de iniciativa presidencial, depois na criação de um partido que iria redimir a pátria da situação miserável onde se encontrava, o PRD. Todavia a pátria não se redime com boas intenções, nomeadamente quando essas «boas intenções» estão equivocadas sobre as formas de resolver os problemas. Mas o PRD conseguiu um objectivo que não estava nas suas intenções. Propôs uma moção de confiança ao governo minoritário de Cavaco Silva. Essa moção é o paradigma dos equívocos da esquerda, vítima dos seus mitos. Como Cavaco Silva não fazia aquilo que cai sob a definição de «política de esquerda», era óbvio que seria derrotado nas eleições, caso a AR fosse dissolvida. Mário Soares, que via no eanismo o seu inimigo principal, dissolveu a AR e Cavaco Silva ganhou as eleições com uma estrondosa e inesperada maioria absoluta.
A revolução terminara.
Saudações de um camarada da barricada
maquina
"indicativo romeo"
Aproveitando o texto do "maquina,digo que se o Coronel Jaime Neves, a quem endereço as melhoras, ou o Eanes, ou o Presidente da República na altura General Costa Gomes tivessem decidido acabar com o PCP, teriam-no feito naquele momento, sem qualquer dúvida.
O amigo João Soares sabe bem...
No entanto, os que deviam estar gratos ao 25 de Novembro pelo não exterminio de Portugal e do seu partido,o PCP, chamam fascistas a quem não os pôs na clandestinidade e os deixa falar na AR, em blogs e em qualquer local...
Enfim, aqui ficou uma resenha histórica, faltando a descolonização e os feitos mais radicais das FPs 25, das tropelias de Otelo, depois condecorado e salvo por Soares...
Faltando por hoje a famosa reforma agrária, as nacionalizações, as deportações e prisões de militares, policias, empresários,jornalistas, cantores, actores, apresentadores de televisão, rádio...etc...etc...etc!
Factos HISTÓRICOS ao de leve...
Abraços
Mário Relvas
João Soares, uma boa análise! Com isenção devem ser feitas. Salazar, teve o bom e o mau! A história, se encarregara, de contar.
Aqui, na Voz do Povo também está um contributo para memória futura, e quem sabe, fonte de análise e informação que possa contribuir, para a feitura dessa mesma história.
Um abraço
Caros comentadores,
A Voz do Povo está de parabéns por ter visitantes de qualidade bem traduzida na quantidade dos comentários expressos em textos extensos, mas bem estruturados, em bom português e com lógica. Estas minhas palavras não significam a minha concordância ou discordância do conteúdo dos comentários. A minha opinião nada mudará das realidades aqui proferidas, mas os textos valorizam muito A Voz do Povo pelo acervo de dados que vão enriquecer as bases para que alguém venha a fazer a história recente do nosso País.
Estou contente por terem aproveitado o meu post, de forma serena, construtiva, com muita riqueza de dados.
Abraços para todos
A. João Soares
Caro amigo João Soares,
os jornais não tiveram "tomates" para publicar esta minha carta, mas aqui fica na Voz do Povo referente a este assunto e ao célebre programa descartável da RTP.
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Carta à Maria Elisa
Efectivamente o Salazar teve o seu tempo. Tempo em que países se degladiaram numa guerra mundial e nós escapámos. Tempo em que os europeus se viram a braços após a II Guerra com as guerrilhas de África, todos eles. Não fomos só nós que tivemos uma guerra colonial. Tempo em que vários países na europa ocidental e oriental viviam em ditaduras bem piores. Pergunto-lhe; a nossa durou muitos anos, mas não foi a mais suave? Aqui ao lado a guerra civil espanhola foi terrível. Na europa morreram dezenas de milhões de pessoas e em Portugal não. É claro que eram outros tempos, tal como daqui a umas décadas (já para lá caminhamos) o povo de então dirá o que pensa deste nosso regime actual!...Salazar é um Português, tal como Cunhal. Respeito as convicções dos dois, mas Salazar viveu Potugal, não viveu para enriquecimento pessoal nem fugiu para um tacho na UE combinado entre Bush, Blair e Aznar,com o mestre de cerimónias que fez as honras da casa no arranque para a guerra do IRAQUE, ficou com garantias e um empurrão para ir para tal local. Interessava um indivíduo fraco, vaidoso e submisso na presidência europeia!Assim foi.Cunhal era a imagem da esperança no 25 de Abril de 1974, deitou tudo a perder, com o seu totalitarismo, a ditadura comunista que pretendeu implantar. Até Mário Soares teve que fugir para o Porto no 25 de Novembro75.A época gonçalvista foi um caos. Ninguém fala "Cunhal nunca mais",porquê? Esqueceram-se do verão quente?
Quando Cunhal apoiou a invasão da Checoslováquia pelos "Socialistas Soviéticos" demonstrou mais uma vez o seu grau ditatorial e de dependência em relação ao comunismo!Salazar cometeu o erro de ficar demasiados anos no poder depois de ter salvo a Pátria da derrocada financeira.Devia ter aberto a auto-determinação com segurança aos portugueses, em conjunto com os povos africanos, nos territórios ultramarinos. Ninguém fala da sua luta anti-americana, não cedendo nunca a interesses estrangeiros.Ninguém diz que Salazar temia a entrada dos regimes comunistas nos hoje Palops africanos. Assim aconteceu muito depois da sua morte.Nada é linear! Não podemos dizer que Salazar foi um ditador "cruel" sem o situar na época e comparar-mos aos outros países naquela época. Ele morreu há 40 anos, sem luxos e riquezas pessoais, por isso o acusam de provinciano. Mas o país afunda-se neste regime que todos dizem de liberdade, cheio de cosmopolitas!Não há liberdade sem segurança, sem educação e formação, sem crescimento económico.Assistimos ao crescimento "económico" de alguns ditos "democratas" , contrariando o estado do país!Bem, quero-lhe dizer que se ainda não entendeu e como vê com diálogo saudável, consigo expor o que penso, o pior é quando alguns "so querem ler e ouvir o que escrevem"!Sobre o General sem medo, sei de alguns episódios de vaidosismo e do seu carácter pessoal que para já não conto...ficará para outra altura, mas tinha muitos rabos de palha. Como "investigadora" deverá informar-se!Mas lembro a frase que os portugueses recordam-"Salazar?Obviamente demito-o!"Diga isso hoje, em democracia para ver quem anda permanentemente a trás de si!..Veja o caso do Putin e daquele ex-espião em Londres.Da jornalista...Mudam os donos da cadeira, a música toca e o povo dança...
DrªMaria Elisa, o documentário da RTP do seu programa, sobre Álvaro Cunhal fez duas funções proclamar Cunhal e denegrir o mais possível Salazar!
Não sou salazarista, mas procuro ser o mais independente possível.
Não podemos é branquear um, escurecendo outro.
http://aromasdeportugal.blogspot.com
Com um abraço
Mário Relvas
teste
e as mulheres a Dias cu devido rspeito, das televixoes, dosradios, dos jornais das TSF FOD.. tao todos de acordo claro1 papel dos comissarios politicos bem como os GENTALHAS das SONDAGENS1 eso lixo bem controlado.
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