Fui notícia injectada
Nas páginas de um jornal,
Um transexual vandalizado
Brutalmente espancado, violado
Que a memória calou
Na displicência mortal.
Se assim não fosse
Alguém se lembraria de mim?
Apenas eu e o meu fiel companheiro,
Aquele banco de jardim.
Olhavam-me com desprezo,
Arrogância
Era uma (puta)!
Como outra qualquer
Sem importância...
Que negociava o corpo
Para sustentar a ilusão.
Quando a louvaram
Ninguém me avisou
Que a maldita
Era traiçoeira, infernal
Fazia-me sonhar
Até vender a alma
Se inevitável fosse.
Cocaína!
Deplorável, repulsiva
Que transmutaste
A minha digna
Transexualidade
Num fragmento de carne
Constrangida...
Homenagem a” Gisberta”, transexual brutalmente assassinado pela discriminação
Conceição Bernardino
5 comentários:
Um tema complexo, a droga imperou e desgraçou!
Os rapazes foram criminosos e vítimas também!
É bom recordar para que não volte a suceder...
Beijos Conceição
Mário Relvas
Olá!
A diferença foi sempre uma das grandes pragas para os povos oprimidos, malandros, maus, ignorantes e, sobretudo, incultos.
Parabéns.
Abraços
Minha amiga Conceição.
Junto-me a ti nesta homenagem. Infelizmente ainda hoje! Os verdadeiros culpados estão impunes,
Os responsáveis pelas Oficinas de S. José.
Na altura, como deves estar lembrada, levantei a minha voz, nos jornais J.N. e Destak, como aqui na "A Voz do Povo", contra esta injustiça da justiça!
Porque se fosse um "Sr.doutor" qualquer! A justiça, teria concerteza actuado de outra maneira.
Mas infelizmente...era um "desgraçado" de um transexual.
Que raiva!
Um beijinho
Mário Margaride
Enquanto as pessoas não se mentalizarem que é nas diferenças que nos completamos acontecerão sempre mortes injustas.
Repugante, absolutamente inacreditável, como toda a justiça no nosso país, não existe pura e simplesmente justiça, faça-se justiça na justiça.
Abraços do beezz
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