De artigo em jornal de 24 de Fevereiro
O general Luís Araújo - segundo o DN - respondeu que "não há juízes civis no campo de batalha" e especificou que a acção de comando das chefias militares "exige autoridade". Dava conta também de que a Força Aérea vai recorrer da decisão judicial do Administrativo de Sintra, num caso que remonta ao chamado "passeio do descontentamento", que levou centenas de militares à rua em protesto a 23 de Novembro, em Lisboa.
Bernardo Colaço, procurador-geral-adjunto no Supremo Tribunal de Justiça, entende, no entanto, em declarações ao JN, que as palavras de Luís Araújo "atingem a credibilidade da Justiça". Para o jurista, que há muito acompanha as questões ligadas ao associativismo militar e policial, "se essas palavras fossem proferidas por um cidadão comum ainda se percebia, mas quem as disse foi o chefe de Estado-Maior da Força Aérea.
É uma das mais altas patentes das chefias militares". Para o procurador, as palavras do general Luís Araújo "ofendem os valores de Justiça, os fundamentos do Estado de Direito democrático" e salienta que "não se inserem no espírito da Constituição da República".
NOTA: Os senhores juízes parecem demasiado nervosos e baralhados à procura de um bode expiatório pra as suas deficiências corporativas. A credibilidade da Justiça não nasce das palavras de alguém alheio a esta, mas sim dos seus principais agentes.
Basta dar uma vista de olhos às notícias que nos têm chegado via Comunicação Social para ver os contributos de juízes que "atingem a credibilidade da Justiça". Um ilustre Juiz em altas funções foi detectado a mais de 200Km/h em viagem do Algarve para Lisboa; no célebre processo da Casa Pia, houve declarações públicas incoerentes; no caso do «sequestro» de uma criança por um sargento do Exército, também foram contraditórias as declarações de juristas que emitiram opiniões públicas; sempre que de um recurso resulta alteração da sentença anterior, pode, de certo modo, concluir-se que os juízes são falíveis como qualquer mortal; as declarações contraditórias de vários juízes sobre as penalizações dos subscritores de um pedido de habeas corpus atingiram, sem dúvida, a credibilidade dos juristas .
O general Luís Araújo - segundo o DN - respondeu que "não há juízes civis no campo de batalha" e especificou que a acção de comando das chefias militares "exige autoridade". Dava conta também de que a Força Aérea vai recorrer da decisão judicial do Administrativo de Sintra, num caso que remonta ao chamado "passeio do descontentamento", que levou centenas de militares à rua em protesto a 23 de Novembro, em Lisboa.
Bernardo Colaço, procurador-geral-adjunto no Supremo Tribunal de Justiça, entende, no entanto, em declarações ao JN, que as palavras de Luís Araújo "atingem a credibilidade da Justiça". Para o jurista, que há muito acompanha as questões ligadas ao associativismo militar e policial, "se essas palavras fossem proferidas por um cidadão comum ainda se percebia, mas quem as disse foi o chefe de Estado-Maior da Força Aérea.
É uma das mais altas patentes das chefias militares". Para o procurador, as palavras do general Luís Araújo "ofendem os valores de Justiça, os fundamentos do Estado de Direito democrático" e salienta que "não se inserem no espírito da Constituição da República".
NOTA: Os senhores juízes parecem demasiado nervosos e baralhados à procura de um bode expiatório pra as suas deficiências corporativas. A credibilidade da Justiça não nasce das palavras de alguém alheio a esta, mas sim dos seus principais agentes.
Basta dar uma vista de olhos às notícias que nos têm chegado via Comunicação Social para ver os contributos de juízes que "atingem a credibilidade da Justiça". Um ilustre Juiz em altas funções foi detectado a mais de 200Km/h em viagem do Algarve para Lisboa; no célebre processo da Casa Pia, houve declarações públicas incoerentes; no caso do «sequestro» de uma criança por um sargento do Exército, também foram contraditórias as declarações de juristas que emitiram opiniões públicas; sempre que de um recurso resulta alteração da sentença anterior, pode, de certo modo, concluir-se que os juízes são falíveis como qualquer mortal; as declarações contraditórias de vários juízes sobre as penalizações dos subscritores de um pedido de habeas corpus atingiram, sem dúvida, a credibilidade dos juristas .
Portanto, o Sr. jurista Bernardo Colaço, ao referir-se ao general, esqueceu que o povo tem alguma memória, principalmente quando se trata de coisas que afectam a vida do conjunto dos cidadãos. A credibilidade para ser merecida e mantida exige serenidade, coerência e cultura da excelência em todos os actos quotidianos.
Qual será a decisão sobre o recurso interposto pela Força Aérea da decisão judicial do Administrativo de Sintra?
6 comentários:
Caro João Soares,
a sociedade civilista e corrupta pode emitir as opiniões que quer...mas os militares não podem falar em causa própria...
Não me interessa a razão ou não deste caso judicial, mas efectivamente as fugas constantes e com intenção, essas sim de denegrir a justiça e de afastar as culpas de réus famosos não partem do senhor general, nem dos militares, muito menos do cidadão comum.
Os senhores juízes passem a avaliar os processos com celeridade, sem fugas de informação.
Só depois devem comentar.
O general fala como chefe do ramo que "condenou" alguns militares, portanto como parte interessada diz o que poderá fazer, ou não o poderá fazer?
Os senhores juízes parece que se sentem intimidados.
A Justiça necessita de mais coerência e subjectividade no tratamento dos casos.
Agora assistimos ao juiz Rangel,irmão do outro...acusado de abrir a boca...
Vai o tempo em que os juízes se não manifestavam e cumpriam, pelo menos parecia...
Antigamente dizia-se
"A Lei é dura mas é Lei"
Agora todos falam e ninguém tem razão.
Abraço
Mário Relvas
Estimado João Soares, concordo plenamente com a sua análise do caso exposto. O senhor General, não cometeu nenhum crime ao pronunciar-se.
A questão está em que os senhores Juíses, que estavam habituados a nunca ninguém os questionar, agora ficam indispostos. O corporativismo dos juízes é um "lobbie" bem forte na extrutura social. Mas a imagem da Justiça, é a que eles próprios nos dão, com todas as polémicas e contradições em que se envolvem.
Um grande abraço
Duas forças, por vezes oposta, que se “digladiam” com objectivos corporativista e de casta. Um braço de ferro causado por um passeio (ou seja lá aquilo o que foi). Bom fim-de-semana.
Sera que ai tambem nao faltara formacao .
Ou o poder de uns obriga que a balanca pese so para um lado ja cega nos sabemos que e .
facciosa nao pode nem deve ser
mas esperemos que esta tempestade de corrupcao que esta a arrassar portugal passe.
que se crie uma alternativa pois ate agora nao deu nada de jeito
ao poder quem emlhor resolver todas as questoes.abracos.m.o
Amigos, O
brigado pelas visitas e pelos comentários.
Não é fácil isentar de culpas qualquer das partes neste caso concreto. Luta de poderes corporativistas, com culturas diferentes embora convergentes nos objectivos.
Mas o que sobressai são as acusações de «atingir a credibilidade da Justiça», como se esta já não estivesse demasiado descredibilizada, com as inúmeras quebras do segredo, e com as afirmações públicas de uns a contradizerem as de outros juízes. Uma vergonha que nem que fossem políticos em busca de predomínio na Comunicação Social. Corrupção? Porque não? A verdade é que não há condenados de colarinho branco, além do Vale e Azevedo (que foi traído por um dirigente de outro clube). Quem faz andar a Justiça? Os juízes, o poder económico, ou o poder político? Talvez o segundo!!!
Abraços
A. João Soares
Caros amigos,
venho aqui aproveitar este canto do amigo João Soares para vos dizer que se não virem comentários meus durante ...algum tempo, não estranhem, pois a isso sou obrigado,por motivos inadiáveis!
A todos envio um abraço
MRelvas
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