"Os meninos nasciam e, quando os papás os fossem registar, receberiam os seguintes diplomas:
- Certificado com aprovação do exame do primeiro, segundo e todos os ciclos que vierem a inventar;
- Carta de condução;
- Certificado de curso superior (e, de acordo com Bolonha, seria então bacharelato) para qualquer curso (o espaço ficaria em branco para o jovem escrever a sua escolha).
Enfim, desta forma poupava-se muito trabalho, despesa e sofrimento. Ao Estado, aos pais e professores, e aos "velhos do Restelo" que olham atónitos para as leis, cada uma que é promulgada, mais absurda do que a anterior.
Pensam que estou a brincar? Mas vejam bem: os trabalhos de casa, segundo os especialistas (!), traumatizam as crianças. Ninguém pode chumbar a não ser que os pais deixem. Se não lhes apetecer ir às aulas, que, como se sabe, são uma grandessíssima chatice, o Estado providencia exames especiais, tantas vezes quantas as que forem necessárias até os pobrezinhos passarem.
Passarem para onde? Para lado nenhum! Temos, cada vez mais, licenciados analfabetos, convencidos de que sabem tudo, com a agravante de uma sociedade que apenas faz uma coisa: pedir desculpas! Desculpas de quê?
Mas, afinal, quando é que conseguimos ultrapassar estes complexos pós-revolução e perceber que autoridade não é o mesmo que o autoritarismo e que NÃO SOMOS TODOS IGUAIS!
Para além do respeito devido a todos os seres humanos, existem pessoas cuja posição na vida dos jovens carece de respeito por inerência: os pais, os professores, os mais velhos, etc., etc.
Pena é que sejamos nós a não saber ocupar o nosso lugar!"
2 comentários:
A União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga entregou, na passada segunda-feira, no Centro Distrital de Segurança Social de Braga, uma lista de 27 ATL’s que estarão alegamente a funcionar de forma ilegal no distrito de Braga.
Os casos foram denunciados nos últimos dias à da UDIPSS de Braga e são fruto da campanha que aquela entidade está a promover nos órgãos de comunicação social local.
Dos 27 “prolongamentos clandestinos”, cinco pertencem ao concelho de Braga, oito ao concelho de Guimarães, dez ao concelho de Famalicão e quatro ao de Barcelos.
Para além dos casos apresentados, o grupo que está a trabalhar nesta campanha acredita que cerca de 99% dos ATL’s das escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico funciona de forma ilegal.
“De facto, existem muitas dezenas de “prolongamentos clandestinos” e ‘ATL’s ilegais’ no distrito que recebem, diariamente, crianças, antes e depois do período escolar diário dos alunos do 1.º ciclo, que não estão licenciados como resposta socical e não cumprem os requisitos técnicos exigidos pelo despacho normativo n.º 96/89 e despacho n.º 12591 de 2006, n.º 26’”, refere a UDIPSS de Braga numa carta enviada à directora do Centro Distrital da Segurança Social.
No mesmo comunicado, os responsáveis pedem medidas urgentes para o combate a estas situações de clandestinidade.
Parabéns à Luisa por este texto repleto de lucidez.
Parabéns ao Beezz por trazer aqui o texto.
Parabéns ao anónimo por nos mostrar a insensatez do «comunicado». A existência dessa «ilegalidade» evidencia a carência de instituições desse género e com eficácia. Deviam, de imediato, colmatar essa carência criando instituições legais ou tornar essas mais actuantes e eficazes.
Se elas existem é porque são necessárias e o Estado não as criou. Tolher simplesmente estas em vez de as tornar mais sãs é um rigorismo paralisante: como não são óptimas encerram-se, mas ninguém cria as boas. E assim fica-se sem nada.
Ora bolas!!! para estes burocratas incompetentes.
É preferível haver serviços medíocres ou sofríveis, se necessários, do que não haver nada que satisfaça as necessidades.
Cumprimentos
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