20 janeiro 2010

Limpar Portugal

Transcreve-se, pela sua intenção, oportunidade e grande interesse para o País, o artigo de Fernanda Ferreira (Ná), com muito dinamismo e capacidade de persuasão para sensibilizar o povo português.
Este texto é muito oportuno porque estamos exactamente a dois meses do grande dia.
É também muito significativo o entusiasmo dos jovens que são os mais beneficiados pelo bom estado do ambiente. Têm uma vida inteira para passar na Natureza que prepararem com carinho e dedicação.

A dois meses do dia L - 20 de Março
Vamos limpar Portugal



Caros Colegas, leitores e todos os que estão de qualquer forma envolvidos na Campanha Vamos Limpar Portugal.

Peço aos colegas dos outros Blogs e a todos os que já estão em acção que interajam connosco, no sentido de irmos divulgando, ajudando a melhorar e a acelerar todo o processo, uma vez que o dia está à porta.

Para quem ainda não sabe do que se passa, aconselho-os a ir ao site limparportugal, às suas juntas de freguesia, se informem e se inscrevam o mais rapidamente possível.

Como criadora e coordenadora conjunta do Grupo de Vila Nova de Cerveira, posso adiantar-vos que no meu Conselho muito se tem feito, mas que ainda há muito por fazer.
Assim, passo a esclarecer-vos em que ponto estamos e os passos que fomos dando.
O Grupo foi criado por mim própria, e teve inicialmente só um grupo de amigos, dos quais destaco quase todos os meus colegas aqui desta casa maravilhosa (Sempre Jovens). Eles continuam na minha página como amigos e vão contribuindo, especialmente o querido amigo João Soares, com os seus textos que eu vou colocando no Grupo.

Ao grupo de cada concelho só podem pertencer as pessoas do concelho, ou as pessoas de fora do mesmo, mas que nos garantam que efectivamente no dia 20 estarão em Cerveira. Podemos aceitar pessoas de outros concelhos e até de voluntários estrangeiros.
Há um grupo, ainda não quantificado da nossa vizinha Galiza que quer vir colaborar. Ainda nada há de concreto, mas é com grande entusiasmo e orgulho que podemos quase afirmar que teremos um grupo de amigos Galegos.

Como já aqui salientei noutro texto prévio, foram os nossos Escuteiros (a nossa Juventude) liderada por Chefes maravilhosos, que deram o primeiro passo e convocaram a primeira reunião.
Após as duas primeiras reuniões, onde fora nomeados os Coordenadores de Grupo, o Coordenador para a Divulgação e Sensibilização, o Dinamizador Pedagógico (cargos que têm vindo todos na prática a ser assegurados pelas mesmas pessoas, ou seja o Prof. Egas e eu própria), isto por uma questão de maior disponibilidade. Foi ainda nomeado um Responsável pelo GPS para a detecção e sobretudo sinalização correcta das lixeiras. Está nesse grupo o meu marido, José Ferreira, com muito trabalho já apresentado.

Seguidamente (um dia após) conseguimos uma reunião com o Sr Presidente da Câmara Municipal que agendou uma reunião para a mesma semana com todos os Presidentes de Juntas de freguesia (15, dos quais estiveram presentes 13), ainda os Representantes dos Conselhos Pedagógicos das Escolas Públicas e Privadas, a Rádio e Imprensa Local, bem como muitas Entidades que nos podem fornecer toda a ajuda na parte Logística e não só.

Esse foi o ponto de partida. Daí em diante tem sido um não parar. O números de inscritos está na casa dos cinquenta, o que é muito pouco, mas temos os dois grupos de escuteiros que são cerca de 120 jovens.
Diariamente o número cresce, e ainda não sabemos o número de pessoas inscritas nas Juntas (as pessoas que não têm domínio em informática ou simplesmente nem computador têm), terão forçosamente que passar por aí e depois serão inscritas no Grupo para a contabilidade final.

No campo da Divulgação e Sensibilização, o Prof. Egas e eu, acabamos ontem as quatro Sessões no Colégio de Campos. Começamos com os alunos do 7ºano e acabamos nos do 12ºano.
Ficamos muito felizes com a reacção dos alunos, que mais uma vez, com muito orgulho saliento, nos deram uma lição da sua consciência ecológica e vontade de ajudar a tornar o Mundo num sítio melhor, onde se possa viver. Esta acção foi muito gratificante e temos a certeza que resultará em temos de agora e no futuro.
Devo aqui mencionar que o dito Colégio estava imaculadamente limpo. Aqui respira-se educação sem tensão. Admirável!

Entretanto e ainda durante este espaço de tempo, demos (o Egas e eu) uma entrevista na Rádio Local, e temos assegurada a facilidade de usar este meio de comunicação sempre que acharmos necessário.
Foi ainda entregue na Rádio Cultural de Cerveira e Alto Minho um Spot sobre a Campanha que está já a passar com regularidade.
Só mais uma referência importante, os padres das freguesias vão ser contactados para que sejam veículos de divulgação da acção.

Mandei hoje mesmo um artigo para os Jornais locais e conto com a publicação o mais rápido possível.
Uma das equipes foi destacada para contactar empresas que nos possam fornecer sacos plásticos, luvas, pás, etc. Contudo temos assegurada já por parte de algumas Juntas de Freguesia a aquisição de algum material necessário até à verba de 100€.
Como é sabido, não podemos aceitar dinheiro de ninguém, mas tão somente bens. Assim basta fazer uma lista do que precisamos e quem nos quer dar dinheiro fará o favor de nos fazer as compras do que for absolutamente necessário.

A Logística está a cargo da Câmara Municipal, todo o lixo será removido por grupos específicos, para que seja devidamente reciclado o que for possível e o resto segue para o aterro sanitário.
Nesse dia, excepcionalmente, todos os meios de transportes que não sejam os da Câmara, podem transportara lixo sem guias desde que identificados com o dístico Limpar Portugal.

Falta ainda salientar um detalhe importantíssimo, a detecção das lixeiras e monstros (colchões, frigoríficos,etc) que já começou, vai ter dois dias de acção em grupo que cobrirá todas as freguesias. Dias 23/01 e 30/01. Basicamente este trabalho vai ser feito pelos Escuteiros liderados pelos respectivos Chefes de bicicleta e o José integrará o grupo para melhor sinalizar com o GPS as mesmas.
Detectar, sinalizar, dimensionar e identificar o tipo de lixo é elementar.
Curiosamente, à medida que começaram a ser localizadas algumas lixeiras e a serem assinaladas, uma delas já foi removida, o que é óptimo sinal.

Peço desculpa pela extensão do texto, se chegaram até ao fim, já merecem um grande beijo da vossa amiga,
Fernanda Ferreira (Ná)

16 janeiro 2010

SOBRE A MESA...

Sobre a mesa
Apenas uns braços caídos
E o meu olhar disforme,
Da garrafa no meu regaço
Já esqueci o nome...

Sobre a mesa
Apenas uns braços sem força
E o meu olhar ainda assim nobre,
A garrafa essa repousa
No meu colo já sem porte...

Sobre a mesa
Apenas uns braços perdidos
No abraço que não existe,
A garrafa firme e teimosa
No meu colo olho triste!


Ana Martins
Escrito a 13 de Janeiro de 2010

Inspirado numa história verídica

13 janeiro 2010

Conferência Internacional sobre Redes Sociais

Promovida por pessoas conectadas à Escola-de-Redes, uma rede de mais de 3 mil pessoas coligadas para estudar, investigar e experimentar redes sociais e desenvolver novas tecnologias de netweaving (articulação e animação de redes), ocorrerá em Curitiba, entre os dias 11 e 13 de março de 2010, a Conferência Internacional sobre Redes Sociais (a sigla é CIRS).

Três grandes palestras, em auditório com capacidade para mais de 1 mil pessoas, constituirão o ponto alto do encontro:

A primeira, O Poder de Organizar sem Organização será ministrada por Clay Shirky, palestrante internacional com grande projeção no momento. Shirky (Nova York) é escritor (seu último livro, ainda inédito no Brasil, tem como subtítulo o tema da palestra), professor de Efeitos Econômicos e Sociais das Tecnologias da Internet e de New Media na New York University.

A segunda, Redes sociais e emergência, será proferida por Steven Johnson (também de Nova York), outro palestrante de renome internacional, autor de 6 best-sellers sobre intersecção entre ciências, tecnologia e experiências pessoais. Seus livros têm influenciado desde a forma de campanhas políticas utilizarem a internet até as idéias mais inovadoras de planejamento urbano, passando pela batalha contra o terrorismo do século 21.

A terceira palestra, O futuro da investigação sobre redes sociais, será ministrada por Pierre Lévy (Ontário), filósofo, escritor e professor do Departamento de Comunicação na Universidade de Ottawa, Canadá e da Universidade Paris VIII. Lévy estuda o conceito de inteligência coletiva e sociedades baseadas no conhecimento. É um pensador mundialmente reconhecido no campo da cibercultura.

Haverá ainda uma discussão, desafiadora e polêmica, sobre a nova educação na sociedade em rede, intitulada Sistemas Sócio-Educativos: Comunidades de Aprendizagem em Rede (Arranjos Educativos Locais). Nessa atividade deverão ser questionados pela raiz não apenas os métodos de ensino ainda utilizados, mas o próprio conceito de educação como ensino, a instituição chamada escola e o papel (anacrônico) do professor. A grande estrela aqui será José Pacheco (Portugal), educador, escritor, mestre em Ciência da Educação. Ele foi o idealizador e coordenador da famosa Escola da Ponte, projeto educativo baseado na autonomia dos estudantes.

O evento também abrigará dois minicursos. O primeiro, Netweaving (Articulação e Animação de Redes), será ministrado por Augusto de Franco (São Paulo), netweaver da Escola-de-Redes e autor de mais de vinte livros sobre desenvolvimento local, capital social, redes sociais e democracia. O segundo minicurso, Introdução à Análise de Redes Sociais, será ministrado por Clara Pelaez Alvarez, analista de sistemas pela PUC de São Paulo, CEO da Neuroredes, empresa brasileira de consultoria em gerenciamento e especialista em Neurometria: mapeamento, desenho e análise de redes de conhecimento.

Para os promotores da Conferência o mais importante, porém, é o Simpósio da Escola de Redes, que ocorrerá nos dois primeiros dias do encontro: uma espécie de Open Space (ou “Desconferência”) onde os membros conectados à Escola-de-Redes vão, eles mesmos, definir a pauta e as atividades que serão desenvolvidas. Mais uma vez aqui a CIRS inova, seguindo a orientação – que tudo indica será predominante nos tempos que chegam – de organizar sem organização.

Uma característica inovadora da CIRS é o seu processo de realização: o evento está sendo divulgado e organizado de modo distribuído. Ou seja, cada pessoa que quiser colaborar pode divulgar o evento como se fosse seu: pode inventar uma marca, fazer e distribuir um folheto ou um cartaz, criar um banner para publicar no seu site, blog ou plataforma de rede na Internet – tudo isso sem a necessidade de pedir autorização, receber orientação e sem precisar entrar em contato com alguém. Patrocinadores ou apoiadores podem colocar a sua marca comercial nas peças publicitárias que veicularem, também sem qualquer necessidade de entendimento prévio. Em suma, como diz o tema da palestra de Clay Shirky, uma das mega-estrelas do evento, a CIRS está testando o poder de organizar sem organização.

Para quem já investiga, estuda ou trabalha com o assunto ou para quem quiser ficar atualizado com o tema, a Conferência Internacional sobre Redes Sociais é uma oportunidade imperdível.

Serviço

Inscrições e mais informações na plataforma interativa da Escola-de-Redes:
A CIRS – Conferência Internacional sobre Redes Sociais será realizada de 11-13 de março de 2010, no CIETEP (no Centro de Convenções da FIEP - Federação das Indústrias do Estado do Paraná): Avenida Comendador Franco 1341, Jardim Botânico, Curitiba, Paraná, Brasil.

A CIRS, embora organizada autonomamente, compõe a constelação de atividades aninhadas na Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (CI-CI 2010): CIETEP, Curitiba 10-13 de março de 2010. Para mais informações sobre a CI-CI 2010 clique no link: http://www.cici2010.org.br/

12 janeiro 2010

PORTUGAL VALE A PENA...

Saiu um artigo na revista “Exportar” do director-adjunto do Jornal Expresso,, Nicolau Santos, em que diz o seguinte, e passo a citar:

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.

Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.

Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.

Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.

Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.

Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.

Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.

Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para os toda a EU.

Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.

Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.

Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.

Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.

Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.

Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhore vinhos espanhóis.

Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.

Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade um pelo Mundo.

O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive… PORTUGAL. Mas é verdade.Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses. Chamam-se, por ordem, Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d’Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.

Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe,como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo ).

É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação, e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde… do que se atrasou em relação à média UE…etc. Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso. É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso. Agora pergunta-se: Porque é que Portugal se encontra na cauda da União Europeia embora tenhamos uma lista de empresas que dão cartadas a nível mundial?

NOTA: O caminho é este, temos o dever de nos sentirmos PORTUGUESES, do orgulho que devemos ao empreendedorismo e aos nossos melhores feitos. Procurar soluções que funcionem lá fora, implementa-las cá, e exportar o que de bem fazemos, só assim sairemos do lodaçal que se encontram as nossas contas públicas e o nosso país. Vamos erguer as nossas forças e levantar PORTUGAL.

@Beezz
Carlos Rocha

11 janeiro 2010

NÃO SERÁ TANTO, MAS SE FOR...

João Salgueiro, ex-ministro das Finanças deste País, disse, há dias, que Portugal podia estar a caminhar para uma situação igual à que se vive na Grécia, caso o governo e o Orçamento de Estado para 2010 não venha a ter rigor suficiente para agradar às empresas de rating que, segundo ele, podem vir a pôr Portugal em maus “lençóis” perante as empresas financiadoras e a comunidade internacional.
Tudo bem, João Salgueiro sabe do que fala. Isto em relação à economia e finanças em que nós, portugueses, estamos “enrolados”. Pois, como todos sabemos, ele fez parte das estruturas que nos vêm arruinando ao longo dos anos.
Isto só para dizer que estou de acordo com ele, neste aspecto, é evidente…
Já quanto às semelhanças gregas, João Salgueiro não podia estar mais enganado. O povo que tem sido roubado “ao longo dos anos”, embora haja quem não queira ver, sabe que os carros que têm as ruas como estacionamento não pertencem a quem tem levado Portugal à situação actual nem tem beneficiado do que ele, João Salgueiro e muitos outros, beneficiaram. Por isso, para que não haja confusão, os portugueses até aqui enganados, sabem muito bem como agir. «Não será nada», penso eu. Mas se for, até porque há motivos de sobra para que venha ser, os delapidados, como sabem quem os delapidou, nunca irão, tal como na Grécia, queimar os carros dos pobres que só têm a rua como garagem. Os portugueses saberão, tenho a certeza, com quem ajustar contas. Não será com os pobres que já nada têm. Aqui, o caso grego, só serve como experiência: «estragar a quem estragou e roubar a quem roubou», nunca aos inocentes.
Não venham agora “botar” lágrimas de crocodilo, porque já todos sabemos quem nos enganou e quer continuar a enganar.

David Santos,

06 janeiro 2010

A crise ensina a pensar


A crise reduziu o poder de compra de muita gente principalmente das famílias flageladas pelo desemprego. Mas mesmo os que a não sentiram tão fortemente, passaram a dar mais valor ao dinheiro e a aprender a gastá-lo com regras, com conta, peso e medida. As compras devem se precedidas de raciocínios lógicos quanto à necessidade do produto, à sua utilidade, à escolha do modelo mais adequado ao uso que se lhe irá dar, ao preço e à qualidade.

Há indicadores de que muita gente aprendeu a abster-se de coisas supérfluas, de imitação dos outros, de ostentação, etc.

Agora aparece o indicador da ACAP, nas notícias «Desde 1988 que não se vendiam tão poucos automóveis ligeiros em Portugal» e «Vendas a par de 1987 nos automóveis». São indicadores saudáveis que levam a que se felicitem os portugueses por estarem a ter mais juízo na sua economia doméstica.

Mas é preciso que os governantes estejam atentos e não caiam na asneira havida em relação ao BPN em que sacrificaram dinheiro dos contribuintes, para obviarem aos crimes dos administradores da empresa. A ACAP está a pressionar para serem mantidos os incentivos ao abate de veículos antigos como forma de apoiar o sector automóvel, estimulando as vendas, o que aumenta as importações e a dívida externa. Sobre este aspecto sugiro a leitura do post «Contribuintes pagam abate de carros».

A crise aconselha a manter os carros enquanto puderem funcionar com segurança e economia, o que deve ser deixado ao critério dos seus proprietários. O Estado já tem a garantia de segurança através das inspecções obrigatórias, não deve gastar o dinheiro dos impostos para fazer o jogo da ACAP. Por outro lado, a loucura do abate de carros em razoável estado de funcionamento prejudica muitas centenas de oficinas de manutenção e reparação e manda para o desemprego milhares de profissionais que nelas trabalham.

Já temos carros a mais, como se vê nos subúrbios de Lisboa nas horas de ponta, com as estradas pejadas de carros com apenas um passageiro cada. Ser-lhes-ia mais cómodo e mais económico irem para o emprego de autocarro ou comboio, pois a maior parte não utiliza o carro durante o dia.

O abate de um carro ainda utilizável devia ser penalizado e não estimulado.


Prémio

Prémio
Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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