31 dezembro 2011

Bom Ano de 2012

         A todos os amigos e visitantes da " Voz do Povo ", em nome de todos os colaboradores deste blogue desejo a continuidade de Boas Festas e um BOM ANO 2012.
Que o novo Ano traga aos corações de todos nós a Felicidade e tudo o que precisamos em especial saúde.
Que os homens repensem, tudo o que está mal no nosso mundo, que um novo paradigma seja encontrado, no sentido de mais igualdade, melhor distribuição de recursos de forma a que o nosso mundo seja mais justo e melhor.

27 dezembro 2011

Passos passou ao lado de «reforma» como esta

Recebido por e-mail de amigo e, por constituir uma boa lição a seguir pelo Estado Português, se transcreve:

Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)

1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá aposentadoria proveniente somente pelo mandato.


2. O Congresso contribui para o INSS.(Instituto Nacional do Seguro Social) Todo o fundo (passado, presente e futuro) atual no fundo de aposentadoria do Congresso passará para o regime do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.

3. Congresso deve pagar para seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.

4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.

5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde como o povo brasileiro.

6. Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem o povo brasileiro.

7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.


A origem refere que a Lei foi promulgada e aprovada rapidamente, porque o povo o exigiu e a Presidente concordou. Seria muito sensato seguir esta lição para a Assembleia da República, as assembleias regionais e autárquicas. Num momento em que se prometem tantas reformas estruturais, esta seria oportuna e colocaria Portugal mais próximo dos exemplares comportamentos éticos dos políticos nórdicos tão citados em mensagens de e-mail.

O Brasil está de parabéns com esta lei histórica, e Portugal não devia ficar atrás.

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26 dezembro 2011

Passos e as "conversas em família"

Transcrição de notícia de jornal, seguida de NOTA:

Passos promete reformas para "democratização" da economia
Público. 25.12.2011 - 21:07 Por São José Almeida

Passos Coelho sublinhou que "2012 será um ano de grandes mudanças e transformações".

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, aproveitou o espaço televisivo da mensagem de Natal para olhar para o próximo ano e garantir que “2012 será um ano de grandes mudanças e transformações”, as quais “incidirão com profundidade nas nossas estruturas económicas”, com o objectivo de conseguir o que entende pela “democratização” economia.

Lembrando que já tinha anunciado que “2012 será um ano determinante” para “todos os portugueses”, o primeiro-ministro sublinhou que no próximo ano o país terá “muitos compromissos para honrar” e “muitos objectivos orçamentais e financeiros para cumprir”, mas frisou que será um ano importante “sobretudo porque temos muitas reformas estruturais para executar”.

Passos Coelho fez questão de apresentar as razões que encontra na sociedade portuguesa que justificam a sua atitude reformista da organização da sociedade e da economia e argumentou que “são estas estruturas que muitas vezes não permitem aos portugueses realizar todo o seu potencial, que reprimem as suas oportunidade”, mas que também “protegem núcleos de privilégio injustificado, que preservam injustiças e iniquidades, que não recompensam o esforço, a criatividade, o trabalho e a dedicação”, por isso, concluiu que “são estruturas que têm de ser mudadas”.

Transformação do país

Explicando o que quer dizer com democratização da economia, o primeiro-ministro explicou que quer “colocar as pessoas, as pessoas comuns com as suas actividades, com os seus projectos, com os seus sonhos, no centro da transformação do país”. E “que o crescimento, a inovação social e a renovação da sociedade portuguesa venha de todas as pessoas, e não só de quem tem acesso privilegiado ao poder ou de quem teve a boa fortuna de nascer na protecção do conforto económico”.

Para isso, prosseguiu, quer que “estas reformas nasçam de baixo para cima, para os que se propõe “criar as condições para que todos os portugueses, cada um dos portugueses, nas suas escolhas, com o seu trabalho, com as suas capacidades, construam o seu próprio futuro e, em conjunto, o futuro de todos”. E garantiu que “as reformas que o Governo vai executar foram pensadas para fazer dos homens e das mulheres de todo o país os participantes activos na transformação e na recuperação de Portugal”.

Referindo-se especificamente ao facto de falar no dia de Natal, Passos Coelho referiu que esta “ a importância de relações de amizade, de solidariedade e de confiança”, para sublinhar que “na nossa vida colectiva a degradação dos laços de confiança ao longo dos anos teve graves consequências na qualidade da nossa democracia, no nosso desempenho económico e na nossa solidariedade comunitária”.

Defendeu ainda que “a confiança é um activo público, é um capital invisível, é um bem comum, determinante para o desenvolvimento social, para a coesão e para a equidade” e que “são os laços de confiança que formam a rede que nos segura a todos numa mesma sociedade”. Prometendo em seguida que “um dos objectivos prioritários do programa de reforma estrutural do Governo consiste precisamente na recuperação e no fortalecimento da confiança”. E explicou que se referia “não só da confiança dos cidadãos nas instituições, mas também da confiança que temos uns nos outros, nas nossas relações profissionais, nas nossas relações sociais e nas nossas relações de cidadania”.

Até porque, concluiu o primeiro-ministro, “com mais confiança vem mais solidariedade, mais democracia, mais justiça e mais vitalidade social”. E isso só se consegue, segundo o mesmo Passos Coelho, com reformas. “Para construir a sociedade de confiança que queremos temos de reformar a Justiça, temos de tornar muito mais transparentes a máquina administrativa e as decisões públicas, temos de abrir a concorrência, agilizar a regulação e acelerar a difusão de uma cultura de responsabilidade no Estado, na economia e na sociedade”, garantiu.

NOTA. A memória faz que o tempo antigo seja recordado e, de tal recordação, surgem comparações que podem ser traduzidas em lições que distinguem o melhor e o pior, aquilo que deve ser repetido e o que deve ser evitado.

A comunicação social está a usar o verbo «garantir» quando se refere a simples promessas eventualmente bem intencionadas ou, pelo contrário, falaciosas.

As palavras da mensagem de Natal do PM são maravilhosas, mágicas, divinas, indo ao encontro de sugestões
aqui colocadas e reforçadas em posts posteriores. Mas, como ali se disse, o pensador que pretenda colaborar na passagem a «nova etapa de civilização» deve «usar de isenção, independência e apartidarismo», porque quem está comprometido e condicionado pelas soluções erradas que originaram a crise, não dispõe de real liberdade de pensamento e de acção para a mudança profunda que agora foi «garantida».

Quando comecei por falar de memória recordei-me de Marcelo Caetano que, pouco depois de assumir o cargo de «Presidente do Conselho de Ministros», iniciou regulares «conversas em família» em que começou por citar os diversos problemas do País que era necessário resolver e deixando a promessa de reformas profundas, em estilo semelhante ao agora usado por Passos. Em conversa com amigos, no dia seguinte, disse que se o anterior governo tinha a desculpa de não saber de tais problemas, este deixou de ter tal desculpa e tornava-se mais responsável no de não lhes dar solução. Aquela declaração de conhecimento da situação real foi um passo arriscado.

Essa impressão que me ficou veio a tornar-se concreta quando, um ano depois, noutra «conversa em família», veio a repetir vários aspectos que continuavam à espera de solução, o que não podia ser interpretado senão como uma confissão de fracasso, de incapacidade para resolver os problemas que tinha mostrado conhecer.

Ter boas intenções e fazer promessas deliciosas, de nada serve se as realidades não vierem a mostrar competência, capacidade, vontade e coragem para as concretizar.

Para bem de Portugal e dos Portugueses, será bom que Passos Coelho consiga ter mais êxito do que teve Marcelo Caetano e torne realidade as suas promessas de profundas reformas, que o País precisa.

A memória diz também que Sócrates iniciou o seu primeiro governo com belas promessas de reformas mas, ao querer concretizá-las, errou na metodologia, agindo contra quem devia ter sido chamado a colaborar, como juízes, professores, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, militares e polícias.

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24 dezembro 2011

Natal sem Natal para muitos milhões


Vou aqui falar do Natal. e o que representa esse dia, para muitos milhões de pessoas, que vivem 365 dias à margem da sociedade, sem emprego, sem casa, sem ter que comer.
Para esses milhões pessoas, não existe Natal, é apenas mais um dia, igual a muitos outros, onde procuram sobreviver à cruel realidade que os cerca, que os asfixia, que os devora.

Nada muda no Natal, para esses milhões e milhões de pessoas, apesar de nesta quadra, alguém se lembrar que essas pessoas existem, dando-lhes uma ceia de Natal. No entanto, continuarão no dia seguinte, a ter as mesmas dificuldades, as mesmas angústias.
E assim vai este mundo, todos os dias, todos os natais.

É, assim, infelizmente, a triste realidade que nos cerca, neste mundo injusto e cruel.
Mas uns quantos, não há crise! Continuam a esbanjar dinheiro em luxuosas prendas e jantares principescos, à custa desses mesmos marginalizados. São eles, empresários irresponsáveis, que levam as empresas à falência, levando milhões de pessoas ao desemprego, ao desespero, à miséria...e políticos corruptos, que sugam até ao tutano o erário público, levando os países à banca rota, e os povos ao desespero.
E em cada dia que passa, cada vez o mais fraco é esmagado e submetido aos senhores do capital, onde sugam o dinheiro de todos nós, até ao tutano.

Mário Margaride

22 dezembro 2011

A fábula Mouseland " Ratolândia"





Em meados do século XVIII, na Europa, dá-se inicio à industrialização com o surgimento das primeiras máquinas a vapor, industrialização esta que surge anárquicamente e sem método nem regras e que propicia a exploração do homem, pelo homem de forma tal, dando origem a condições sociais terríveis, que eram sobretudo mais marcantes e notórias no seio da classe operária. Na medida em que se passava  de uma economia agrária e artesanal para os novos processos de produção de produção industrial, a vida e as condições das pessoas pioravam para níveis de escravidão, havia castigos corporais, mulheres e crianças eram usadas em tarefas pesadas, trabalhava-se dezoito horas por dia em condições duríssimas e com remunerações miseráveis.

"A toda acção corresponde uma reacção. O preço humano do progresso, medido pela quase escravidão do proletariado, foi considerado alto demais por muitos pensadores, que passaram a condená-lo cada vez mais violentamente, até que, no ano de 1848, uma onda de agitações sociais varreu a toda a Europa." ( Alan Sohn , in História do comunismo Wikipedia ) - As primeiras conquistas resultantes da luta e força reivindicativas começaram a ser uma realidade;  menos horas de trabalho diário, melhores remunerações, e o direito à reivindicação, etc. Foram defacto os primeiros passos para uma maior justiça e que nos trouxeram até hoje, melhoria nas condições de vida de todos os trabalhadores.

O que acontece agora é uma  inversão de conquistas sociais que está actualmente em marcha, muito sofrimento, suor, lágrimas e sangue, foi derramado pelos nossos antepassados. As nossas gerações, deitaram tudo a perder como nos conta a fábula de Mouseland "Ratolândia", de Clarence Gillis, andamos constantemente a votar erradamente, em quem não se interessa nem pelo Povo, nem pelo país, apenas pelo seu umbigo, defendendo os interesses de lobbies e interesses instalados!
O descalabro de falências que principiou pela Irlanda, depois a Grécia, Portugal, a que se seguirá a Espanha, a Itália... e chegará aos mais fortes França e Alemanha, é fruto de má gestão e da política das últimas décadas, sobretudo do sistema global neoliberal e capitalista, enquanto este sistema não for alterado, enquanto não houver uma rotura com os actuais modelos e uma mudança para um paradigma mais justo e humanista, assente na coesão social moderada pelo Estado, verdadeiramente isento, livre e democrático, onde todos os seus cidadãos o sejam em pleno de direito, com respeito pela Constituição, nada melhorará.

Portugal hipotecou o presente, pela mão dos Governos que nos governaram e hipotecará o futuro pela mão do actual Governo, se para isso contribuirmos, continuando no nosso canto amorfos e impávidos!
Quem já nos governa é a Troika, que não foi mandatada pelo povo, tal como o Governo de Passos Coelho, não tem legitimidade para assumir em nome dos Portugueses compromissos que são inconstitucionais.
Está mais que visto, que o FMIBCE e CE ( Troika ), são instituições ao serviço dos Interesses Capitalistas Globais e gravitam em torno dos Bilderberg e NWO.
Cabe-nos a nós Portugueses, lutar pelo legado dos nossos antepassados, por isso é que Portugal não é uma província Espanhola. Cabe aos povos Europeus, dizerem não ao Totalitarismo que querem aplicar na Europa! É preferível o desmantelamento da Eurolândia, mantendo a independência dos Estados, ao retrocesso social, cultural e económico a que todos seremos votados.

18 dezembro 2011

Portugal muda a bandeira nacional



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Imagens retiradas do blog : http://acordaotario.blogspot.com/


Com os politicos que temos, bem podemos mudar a bandeira nacional.
Ficava a condizer bem com o " PAÍS " que temos, e teremos nos próximos anos.
Como temos 230 macacos na assembleia da republica das bananas + mais nosso digníssimo Presidente Anibal Cavaquino da Silva, ficavamos mais bem servidos na europa como a REPÚBLICA DAS BANANAS + mais o Reino da Banana Madeirense, com o seu ilustre dignatário ( o Rei Alberto João Jardim ) a beira mar plantado.
Aguenta Zé Povinho, aguenta, são mais pelo menos 10 anos de miséria em Portugal.

Temos futebol.
Temos fado.
Temos fátima.
Temos novelas imbecis tipos " morangos com merda ".


O Zé Povinho gosta de levar no traseiro, hááááááááááá povo masoquista, arreganhem os dentes que já é tempo ...............................

Diagnósticos preocupantes


Quando o homem do leme perde a fé no rumo seguido, a tripulação não pode ficar indiferente. O desânimo, a ansiedade não são bons companheiros. Neste momento, os portugueses estão confundidos com as afirmações dos mais destacados gestores da coisa nacional

O Presidente da República, sem simular optimismo, limita-se a desejar «um ano de 2012 tão bom quanto possível».

Miguel Relvas não hesita afirmar aquilo que realmente parece sentir e diz que 2012 “será um ano extraordinariamente difícil”.

E para complementar estes prognósticos, Passos Coelho sugere a emigração a professores desempregados, o que constitui um recado para os portugueses que não se sintam bem. Se não está bem, mude-se, e como quem emigra é quem tem mais vitalidade, iniciativa e capacidade de lutar pela vida, fica-nos a nuvem negra de imaginar o Portugal de amanhã apenas com indigentes, e viciados na subsidio-dependência, com o problema de deixar de haver quem trabalhe e pague impostos para poderem ser concedidos subsídios.

E os governantes ? De que passarão a viver? Qual passará a ser o seu nível de arrogância e ostentação?

Figo antecipou-se e não esperou pelo conselho de Passos Coelho, pois já tinha dito em entrevista “Quero vender tudo o que tenho em Portugal”.

E os britânicos preparam plano para retirar britânicos de Portugal em caso de bancarrota.

Figo está no seu direito de gerir como achar melhor a sua fortuna pessoal. Os britânicos com o seu plano, mostram um louvável sentido de responsabilidade em defender e proteger os seus concidadãos evitando-lhe danos maiores. Mas os nossos governantes, se é certo que não devem criar falsas esperanças e ilusões também não devem alimentar o desânimo e o derrotismo. E é seu dever criar condições para melhorar a vida dos seus concidadãos que, para isso, os elegeram.

São realmente diagnósticos preocupantes. Com estes vaticínios dos mais altos «responsáveis» pelo País, não se pode esperar nada de bom.

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12 dezembro 2011

Preparar um futuro melhor


Há século e meio, um filósofo genial apresentou conceitos que, embora há muito tempo definidos na Bíblia, andavam esquecidos, pois a ganância, a ambição e o culto do vil metal tinham conduzido o mundo mais rico para uma atroz desigualdade e injustiça social. Mas as palavras de Karl Marx não foram devidamente aproveitadas e deram lugar a explorações e injustiças de índole diferente da existente mas não menos graves para as pessoas em geral.

No entanto, as suas ideias já fizeram a sua época e dificilmente seriam hoje aplicáveis às realidades que preocupam a maioria dos seres humanos. Haverá, pois, que equacionar o problema actual e procurar para ele a melhor solução.

Sendo a vida um caminho com bifurcações de metro a metro, e sendo necessário fazer escolhas a cada momento, optando entre duas ou mais vias, há que saber e utilizar uma metodologia de preparação das decisões semelhante à indicada em Pensar antes de decidir.

Sugere-se, pede-se, a qualquer cidadão com vontade de contribuir para um futuro melhor de Portugal e do Mundo e que deseje usar de isenção, independência e apartidarismo, que desenvolva um esforço de meditação sobre o assunto com vista a encontrar soluções, de onde sairá a melhor, para uma estrutura político-social e económico-financeira, que torne a vida mais justa e eficiente, para felicidade de todos, com maior igualdade de oportunidades e justiça na distribuição dos resultados de toda a actividade e subordinação das ambições materiais a uma escala de valores morais aceites universalmente. Enfim, precisam-se os filósofos da Nova Era.

A economia não pode ser dominada por bancos e grandes empresas que se vangloriam de lucros fabulosos, mas que pagam mal aos trabalhadores, exploram os clientes, não respeitam os fornecedores, nada fazem pela sociedade através de mecenato e usam os mais variados estratagemas para fugir ao fisco.. Não deve ser esquecido que uma empresa é fruto do capital investido, da função administração e do trabalho, pelo que o resultado não pode passar ao lado dos trabalhadores, mas ser distribuído de forma equitativa e equilibrada por todos os factores de produção.

Este apelo dificilmente pode ser atendido pelos opinadores que frequentemente surgem no pequeno ecrã, ou porque estão amarrados aos interesses partidários de que recitam os slogans ou submetidos aos patrões que servem como «administradores» ou «consultores» ou a potenciais fornecedores de «tachos». Uns e outros servem-se de argumentos e alegações, muitas vezes opostos aos seus comportamentos habituais, apenas porque pretendem confundir as ideias aos cidadãos menos esclarecidos levando-os a dar o voto a quem deles abusa sem o mínimo rebuço.

O esclarecimento deve ser leal e eficiente para congregar a vontade de todos, pois a democracia é obra de todos e para todos. Sem espíritos abertos e bem informados, ninguém pode votar conscientemente e, por isso, a democracia mirra e extingue-se, deixando em seu lugar regimes autoritários, autocráticos, mesmo ditatoriais, em que o abuso do poder, a corrupção e o enriquecimento ilegítimo proliferam sem controlo nem punição.

A maior parte dos 3.251 posts publicados neste blog poderão ter utilidade para o estudo que se propõe. De entre eles citam-se, por exemplo os que se referem à criação de um decálogo ou código de bem governar, e os que realçam a necessidade de moralização e ética na gestão das coisas públicas.

Os cidadãos desfavorecidos e explorados por sucessivos governos ficarão gratos a quem deitar mãos à obra para esboçar as linhas mestras da vida colectiva no futuro que se aproxima.

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10 dezembro 2011

Defesa do Ambiente



Para ver e rever.



Mas, os políticos do mundo, obcecados pela ambição da riqueza fácil, do «desenvolvimento» a qualquer custo, não se importam de destruir o planeta e acabar com todas as condições de vida, como se vê pela notícia

Novo acordo climático improvável a curto prazo

Depois de notícias como esta, após a cimeira climática da ONU em Durban, não podemos mais ter apreço, consideração ou esperança por qualquer político.

E, assim, deixam o Planeta degradar-se até ao fim...

01 dezembro 2011

Cultura e Arte servem uma Boa Causa



Quando menos se esperava, 4 cantores líricos juntaram-se na Gare do Oriente e alto e bom som deram voz à DPOC. Uma acção que surpreendeu e marcou o dia mundial da DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica), a 16 de Novembro. O momento, que durou alguns minutos, foi da responsabilidade da Sociedade Portuguesa de Pneumologia e da Fundação Portuguesa do Pulmão.

30 novembro 2011



Devemos exigir ser informados com clareza, para compreender.
Devemos escrever de forma a sermos compreendidos pelos menos letrados, Devemos evitar linguagem hermética e demasiado elevada, como se estivéssemos a escrever para a avó, pouco erudita.

27 novembro 2011

Património Imaterial da Humanidade!


FADO FADO FADO




Não precisei de muito, para sentir um enorme orgulho pelo reconhecimento mais do que merecido, do nosso FADO, nem de soltar uma lágrima de alegria. Parabéns FADO!!!

Envenenamento no Mar da Somália pela Europa - USA - China.



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Vi este filme no site de videos:


http://dotsub.com/view/8446e7d0-e5b4-496a-a6d2-38767e3b520a



Estamos a envenenar o meio ambiente com resíduos tóxicos no mar, e atingimos toda a cadeia alimentar humana, nossa cuspidez e ganancia é tanta, que estamos a nos envenenar a nós próprios !!!!!!



Colocamos rejeitos industriais tóxicos, e rejeitos não tratados de usinas nucleares no mar.



Depois mandamos nossos navios pesqueiros destruir o meio ambiente nestas mesmas aguas contaminadas com radiação e toxinas, para nos venderem este pescado contaminado.



Isto é um suicído coletivo mundial. Nostros hermanos espanhois, para não gastarem cerca de 80 milhões de euros anuais em reciclagem de resíduos nucleares de suas centrais, carregam navios com estes dejetos, os enviando para as aguas territoriais da Somália, a um custo muito inferior, gerando uma poluição ambiental sem precedentes.



Mas não são só Espanhois, são também Americanos, Chineses, Russos, Franceses, Ingleses, Alemães, etc ................... a fazerem o mesmo.



Vejam este filme no dotsub.com, antes que desapareça, ou então tirem para vossos computadores com o programa gratuito ( atube catcher ).



Informem-se.



O conhecimento é o primeiro passo para a liberdade !!!!!!!!!



Um abraço.



Ramiro Lopes Andrade


26 novembro 2011

Despesas e iluminação feérica

Notícia de 22 de Outubro dizia que Barcelos apaga as luzes, mas paga férias, e que o presidente da Câmara prometeu resistir aos cortes nos subsídios e querer pagar aos funcionários com as poupanças que faz na iluminação pública.

Agora, em 25 de Novembro surge a notícia de que a Câmara de Alenquer ameaça retirar lâmpadas dispensáveis se a EDP não o fizer. A Câmara está na disposição de retirar centenas de lâmpadas de iluminação pública que considera desnecessárias depois de andar há mais de dois anos, segundo o presidente da autarquia, Jorge Riso, a tentar que a EDP o faça.

É escandalosa a iluminação feérica dos espaços públicos, muito acima do necessário e conveniente, que resulta em pesada factura a pagar pelos impostos dos contribuintes, só para benefício da EDP.
A imagem mostra uma avenida de Cascais que, como muitas outras, abusa da quantidade e potência das lâmpadas de iluminação pública. Para cúmulo, perto do local da foto, há um espaço privado, rigorosamente vedado com rede de arame, em cujo interior, em locais junto ao limite mais distante do espaço público, estão quatro candeeiros da iluminação pública, iguais aos da praceta contígua.

Os exemplos de Barcelos e de Alenquer merecem ser seguidos pelos restantes municípios, mas infelizmente, parece haver interesses ocultos que impedem a adequada gestão do dinheiro público.

22 novembro 2011

Este país não é para mulheres de bigode

  



Com senso ou sem senso vai-se constatando que as estatísticas já não são causas comuns hipotéticas mas absurdas medianas aos trambolhões. A moda está em desuso e dizer-se, “mulher de bigode, ninguém a phode” é desviar o padrão das infortunas variáveis a casos extremos. Não fugindo da variante (N), a do bigode que não está em vogue mas ninguém a phode, na aldeia da Picha, Toninha bigodes recebe uma visita inesperada. As estatísticas bateram-lhe à porta.

- Ò mãe tá aqui uma mulher pra ti!

- Quem é Xico? Despacha a mulher que eu estou a fazer o jantar.

- Não posso mãe a gaja diz que é daquela cena das estatísticas A mãe preocupadíssima vem a correr e interpela o filho: 

- Já podias ter dito, é sempre a mesma coisa, só me deixas ficar mal, não sei a quem saíste com esse palavreado, manda a senhora entrar.

- A minha mãe disse pra entrar.

Amélia dos Capuchos, colaboradora da Biblioteca Municipal de Pedrógão Grande, estava varada com a recepção mas tinha que acatar com as suas obrigações uma vez que se comprometeu com a junta de freguesia.

- Boa noite, eu sou a Amélia venho da junta e precisava que me respondesse a um inquérito para o INE ou então eu deixo ficar os impressos a senhora preenche e passo cá amanhã. Toninha quando ouviu falar na junta mudou de imediato de postura:

- Nada disso senhora doutora faça o favor de se sentar, quer tomar alguma coisa, um cafezinho, um licor?

- Sou uma simples funcionária da biblioteca, não sou doutora, dona…

- Toninha, Toninha bigodes, pode tratar-me assim e sinta-se em casa senhora doutora, ora deixe-se de modéstias, os méritos devem ser conhecidos.

Amélia já não tinha controlo sobre Toninha e de nada servia contrapor, só queria era apreçar os impressos e dar de frosques.

- Obrigada dona Toninha pela atenção, é um simples inquérito sobre a qualidade de vida dos habitantes da Picha.

- Claro, senhora doutora, pergunte o que quiser.

- Quantas pessoas vivem nesta casa?

- Ora bem, eu, o meu esposo mais conhecido pelo Picha pequena, a minha Milinha da racha e o meu filho Xico esperto e o meu cão torrão, se não me enganei nas contas, somos cinco.

- Costumam ler livros ou jornais? Pergunta Amélia sem tirar os olhos do bigode da Toninha.

- Eu leio muito pouco mas gosto de ler, só que já me falta a vista, leio a Maria e o jornal, a página onde colocam os falecidos para ver se vem alguém cá da terra a Maria ajuda-me a compreender como anda o mundo. Isto está muito mal senhora doutora veja lá que nesta ultima edição vinha lá um rapazinho a perguntar o que devia fazer, tinha nascido com três tomatinhos e não sabia o que havia de fazer à vida dele, o pobrezinho tinha lá aquela coisa dos complexos, e o raio da Dr.ª que responde àquelas desgraças, respondeu-lhe que ele devia sentir-se feliz por ser um homem avantajado e mais…só desgraças, outro a namorada ficava chateada quando o rapaz praticava o coito interrompido mas nessa já nem li a resposta ora se ela ficava chateada por o fulano ter a picha interrompida ai até eu ficava ao menos o outro tinha três tomates já dava prà fazer uma rica salada.

Toninha bigodes desata a rir e manda uma grande bufarda à Amélia, esta sorriu entre dentes e respondeu:

- Pois, pois…e o seu marido, os seus filhos gostam de ler?

- Gostam sim senhora, o meu Xico é um rapaz muito esperto, acabou este ano o curso das novas oportunidades já vai fazer dezanove anos para o ano, coitadinho teve que deixar a escola porque era hiperactivo é uma doença muito complicada, só lhe dá para dormir de dia e depois à noite vai até ao centro com os amigos da Venda da Gaita, veja a senhora doutora ele parece que só fala inglês desde que acabou o curso, eu vou chamá-lo para ele lhe responder. – Xico! Ó Xico anda cá a senhora doutora quer falar contigo.

Amélia corava como um presunto e a voz ia enfraquecendo:

- Não vale apena incomodar o gaiato, ele deve ter muitos afazeres.

- Nada disso, senhora doutora e voltava a berrar: - ò Xico!

- Poça mãe, não sou mouco, que queres? Dizia o gaiato com cara de mau.

- Vá lá Xiquinho a senhora doutora quer saber se gostas de ler, senta-te aí.

- Ya, doutora tá-se bem, eu gosto de ler tipo a Bola, os filmes dobrados em português, as revistas do meu pai, tem lá cada monumento, quer que lhe mostre?

Apressadamente Amélia sem demora responde:

- Não Chico, acredito que sim…

Toninha toda contente olha para o filho e diz:

- Eu sabia que ias seguir a profissão do teu pai, és o meu orgulho. Puxa-lhe pelas bochechas com um sorriso enorme.

- Ó mãe bebeste? Deixa-te dessas cenas. Levantou-se e voltou para o quarto.

A mãe com o bigode mais aguçado virou-se para a Amélia:

- Eu não lhe disse que o meu Xico era um menino muito esperto? Por este caminho vai seguir o dom do pai. Sabe o meu esposo é mestre-de-obras, ele é unha com carne com o senhor presidente da junta as empreitadas cá da aldeia são todas feitas pelo meu esposo e por metade do preço mas ele é muito correcto a factura vai sempre com o dobro do valor conforme o senhor presidente lhe pede, a verdade se diga também não pagamos aquela coisa do imposto, sabe como é uma mão lava a outra. Quem tem amigos não morre na cadeia. Bem agora já sabe que o meu marido lê livros sobre obras e monumentos. Agora a minha filha já é mais sobre dança.

Amélia interrompe:

- Dança? Mas ela é bailarina tirou algum curso, formou-se?

- Não senhora doutora, ela abandonou os estudos aos 14 anos, quando acabou a quarta classe, foi um desgosto, ela tinha tanto jeito nas línguas, sempre que chegava a casa (parece que a estou a ver) corria para mim toda feliz e dizia, “- mãezinha hoje o Serôdio da venda deu-me um linguado”, no início cheguei a fazer figura de idiota pensei que era peixe depois ela explicou-me que era uma língua nova. A minha Milinha da racha tem vinte e dois anos, já trabalha como bailarina desde dos dezassete e lá vai ganhando o bocadito dela.

Amélia não hesitou, ironicamente abreviou-se:

- É bailarina numa discoteca e trabalha à comissão ou a recibos verdes?

Toninha bigodes desatou novamente às gargalhadas:

- A senhora doutora agora teve graça, é à comissão, as pessoas que lá vão ficam verdes mas é de inveja, porque a minha filha não é para o bico de qualquer um da forma como ela dança ainda vai parar ao Teatro do Las Férias.

Amélia levantou-se, pedindo licença:

- Dona Toninha bigodes bem tenho de ir, o dever chama-me, ainda me faltam mais dois inquéritos mas…

Toninha interrompeu:

- Já vai senhora doutora mas e o resto das perguntas?

- Não se incomode dona Toninha bigodes conseguiu responder a todas elegantemente e digo-lhe mais, como diz o ditado “uma mulher de bigode ninguém a come…”, ahahahahahah, até qualquer dia e dê cumprimentos à família.

- Obrigada senhora doutora, você também tem a sua graça, mas olhe que o ditado não é assim, ahahahah, dê lá cumprimentos ao senhor presidente e disponha sempre que quiser, tenha uma boa noite.



- Ai Jesus, lá se foi caralho do pernil assado que comprei na venda do Picha frita…



Viva as estatísticas, os vigaristas, viva a educação!



Conceição Bernardino



20 novembro 2011

Portugueses fogem para o Brasil em massa.




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Como já tinha dito, a emigração em massa já começou a fazer mossa em Portugal.


Neste ano de 2011, de janeiro a junho, 328826 portugueses solicitaram autorização de trabalho no Brasil, e já fazem vida lá.


É uma sangria de quadros que nos custou muitos anos de estudos, e milhões de euros em nossos impostos gastos na formação. Estas pessoas que saem, muito provavelmente não retornarão, por incompetencia de nossos politicos.


É o que merecemos, os melhores, os mais bem instruídos, os mais capazes se vão para sempre ......... ficará a turba que só vê futebol / fado / fátima e novelas imbecis.


Que pena, boa sorte a todos os que foram e que ainda vão, em breve lhes farei companhia.....


Ramiro Lopes Andrade


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http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,brasil-vira-meca-para-mao-de-obra-imigrante,800496,0.htm



No Brasil, os estrangeiros que mais procuram oportunidades de trabalho são os portugueses. No ano passado, a regularização de passaportes pelo Ministério da Justiça contemplou 276.703 portugueses até junho 2010. De janeiro a junho de 2011, esse número pulou para 328.826.


Foram 52.123 a mais do que no período anterior. Em seguida, aparecem os bolivianos. O Brasil acertou a situação de 35.092 deles em 2010 e outros 50.640 agora, em 2011. E há ainda crescimento no reconhecimento da migração de chineses e paraguaios.


Para o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, a crescente procura por oportunidades de trabalho no Brasil é resultado de uma mistura entre o momento da economia brasileira e a crise do emprego nos países centrais. Segundo Abrão, há ainda dois aspectos relevantes. "Do ponto de vista político, o Brasil adquiriu maior visibilidade internacional e teremos também importantes eventos nos próximos anos", observa, referindo-se à Copa do Mundo e à Olimpíada.


Por outro lado, argumenta, há a forte demanda de empresas brasileiras que se beneficiam com a chegada de profissionais de alta qualificação.


Números do Ministério do Trabalho também apontam esse aumento de estrangeiros no mercado de trabalho formal. O País tem hoje taxas de desemprego na casa dos 6%, que é próximo do chamado pleno emprego. Segundo estudos do ministério, o total de autorização "temporária" para estrangeiros passou de 40 mil em 2009 para 53 mil em 2010. Comparados só os dois últimos primeiros semestres, a tendência se mantém. No primeiro semestre de 2010 foram 20 mil. No mesmo período de 2011, 24,6 mil.


Permanentes


Houve aumento também na concessão para "permanentes". De 1.428 (janeiro-junho de 2010) para 1.861 (janeiro-junho de 2011), segundo o Ministério do Trabalho. O número de "especialistas com vínculo empregatício" foi de 1.714 (janeiro-junho de 2010) para 2.024 (janeiro-junho de 2011). E entre os trabalhadores estrangeiros com prazo de 90 dias de autorização, sem vínculo empregatício, classificados também no item "assistência técnica", o número subiu de 3,7 mil para 5 mil.


Nas autorizações de trabalho permanente para profissionais como diretores de empresas e gerentes, o Brasil inclui cerca de 700 deles por semestre em seu mercado de trabalho. Os estrangeiros da categoria "investidor pessoa física" são cerca de 430 a mais por semestre, segundo o Ministério do Trabalho.

De onde surgiram os 383 milhões de euros da Família de José Socrates

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Como um tipo que há 15 anos era um Zé Ninguem, e passado este tempo consegue que a Santa Mãezinha, o Titio, e os Priminhos tenham em contas OFFSHORE, trezentos e oitenta tres milhoes de euros depositados ?????????????


A resposta deve estar neste video sacado do YOU TUBE.


As amizades e os favores pagam-se bem pagos .........................


Iguais a estes, existem muitos, e muitos outros mais ........................


Será que algum dia o Zé Povinho vai acordar ?????



18 novembro 2011

BOICOTE À EDP NESTE DOMINGO DIA 20 DE NOVEMBRO ÀS 15H

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http://amafiaportuguesa.blogspot.com/2011/11/boicote-edp-neste-domingo-dia-20-de.html


a EDP obtém lucros astronómicos mas continua a aumentar o preço da electricidade em tempo de crise



A EDP mantém um nível de lucros totalmente incompatível com o estado do país e com os sacrifícios exigidos a todos nós.


A EDP tem mais poder que o Governo de Portugal e conseguiu (vá-se lá saber por que vias...) impedir uma medida que visava minorar os brutais aumentos da energia que se estão a verificar - e que vão, certamente, aumentar ainda mais os ditos lucros.


A EDP mantém um monopólio (não de jure, mas de facto) uma vez que a concorrência não oferece aos consumidores domésticos (por exemplo) taxas bi-horárias.


PROPOSTA: - no dia 20 de Novembro de 2011, às 15:00, a nível nacional, vamos, todos nós consumidores domésticos, desligar TUDO durante uma hora (os nossos congeladores aguentam mais do que isso quando há uma "anomalia" na rede que nos deixa sem energia e as baterias dos nossos portáteis também); - vamos repetir a acção até a EDP ter de nos PEDIR para parar com a coisa.


Na qualidade de bons cidadão, que todos somos, pararemos mas só se os preços forem ajustados de forma a que os lucros da EDP se acertem pelo razoável, pelo socialmente justo e pelo moralmente correcto. Se gostarem da ideia, espalhem... veremos no que dá.


15 novembro 2011

Este país não é para ignorantes


  


Na sexta-feira passada na taberna do tio Manel ouvi os meus compinchas da bisca falarem da Manif. Geral, curioso perguntei ao Tono azeitonas se era alguma festa daquelas que um gajo leva a patroa e dá um pezinho de dança mas nem ele sabia ao certo. O Artur da Rolha que tem a mania de se armar em esperto só porque enfia a rolha ao pessoal à custa da batotice, disse que era a inauguração de uma loja. Quando cheguei a casa a minha Alzira já tinha o tacho pronto, falei-lhe do assunto mas ela estava mais interessada no capítulo cinquenta e quatro da novela das vinte e uma, fui obrigado a berrar para o raio da mulher me ouvir mas pelo jeito quem me ouviu foi a vizinha, a velha veio-me bater à porta para eu falar mais baixo que queria bater uma soneca.
Fiquei com a Manif. enfiada na carola assim à primeira vista o nome soava-me a banco mas depois pensei se derem umas agendas e coisa e tal já não é mau de todo. No sábado levantei-me pela fresca e pus-me a caminho apanhei a carreira das oito no apeadeiro da Sardinha e lá fui eu para Lisboa.
Quando lá cheguei entrei num edifício muito alto e perguntei a um velho que estava sentado num sofá cheio de estilo onde era a Manif. o homem olhou-me de lado e respondeu:
- Aqui é o Ritz o Manif. não conheço.
Pensei com os botões das minhas ceroulas, o velho só pode estar a gozar com a minha cara, olhei-o novamente:
- Ò senhor por acaso não está a gozar com a minha cara pois não? Então na minha terra não se fala de outra coisa, da tal Manif. Geral e o amigo está a dizer-me que não conhece, haja paciência.
- Ah essa coisa não é aqui é na praça Marquês de Pombal, (comuna da merda).
- Bem parece que já nos entendemos, obrigada mas disse mais alguma coisa?
O velho nem me respondeu, virou as costas e retirou-se, deve ser daqueles que não sabe o que é uma rica bisca mas pronto cada um é como cada qual.
Lá consegui chegar ao Marquês das Pombas e nada, nem sombra da Manif. nem anúncios com setinhas ou aquelas que dizem desvio, mas que grande porra e agora? Bem só me resta…
Olhei para o lado estava mesmo ali um homem com umas grandes barbas sentado numa caixa de papelão, nem é tarde nem é cedo aqui vai:
- Bom dia senhor, diga-me uma coisa é aqui a Manif.? O homem riu-se às gargalhadas:
- Quem a Geral? Sim amigo mas está fechada só abre às duas e meia, o melhor é beber um copito e encher o bucho que isto vai aquecer.
- Já reparei, vim cheio de roupa e aqui está calor, lá na Sardinha o tempo estava a mudar de cara e quando chove, chove por todo o lado mas muito obrigadinho.
- Olhe amigo o tempo é igualzinho aos políticos não chovem nem deixam chover, não sei se entende. Olhei meio aparvalhado e fiz de conta que entendi:
- Ah sim claro, mais uma vez obrigadinho.
Políticos? Quem são esses? Deve ser alguma piada aqui de Lisboa o melhor é encontrar por ai uma tasca onde possa dar ao dente que o rato já aperta.
Olhei para o cebolas, possa ainda só são onze para as meias sou mesmo burro podia ter perguntado lá ao Tono a que horas abria a Manif, agora ando aqui a matar moscas, ena pá tantos chineses, isto é que estamos a evoluir, parece aquelas ruas que dão nos filmes até vendem espadas de Sá Morais antigas, dava cá um jeitaso para cortar as silvas lá da horta.
Ora, ora já passeie, já matei o bicho são duas para as dez o melhor é despachar-me antes as portas da Manif. abram e apanhe uma carrada de gente à minha frente. Hei caramba tanta gente não devia ter saído daqui, espera tanto barulho está tudo aos gritos, já deve ter dado confusão o povo não pode ver nada à borla, tantas bandeiras até parece que vão receber o papa. Cheira-me a esturro é melhor perguntar aqui à dama que berra mais que a cabra do Mingas da côdea o que se passa:
- Boa tarde minha senhora está fila para a abertura da Manif.?
- Desculpe, eu entendi bem ou o senhor está a gozar com a minha cara?
- Ò minha senhora sempre fui um homem respeitador, que o diga a minha Alzira que casou virgem, eu venho da Sardinha e não entendo o porquê de tantas bandeiras e dos berros, será que a senhora podia-me informar se é por causa da Manif? Afinal que tipo de loja abriu, não tem brindes para toda a gente é isso?
Senti que a mulher cada vez ficava mais arreliada, só lhe faltava deitar fumo pelas bentas. Que estava eu a fazer de errado?
- Ouça lá o senhor não sabe ler? Não sabe o que é uma manifestação? Vá dar uma voltinha até ao jardim zoológico, vá dar de comer aos patos.
- Pois minha senhora fique sabendo que sei ler muito bem embora tenha um problema num olho, não é à toa que lá na terra me confundem com o Camões aquele que escreveu as Maias por isso a minha alcunha de Miro zarolho ou a senhora pensa que lhe estava a piscar o olho esquerdo só porque ando com ele meio pisco. Manifestação? Qual a dos vinte cinco, deixa-me rir agora mudou de data, saiba a senhora, nessa altura tinha entrado para a tropa, ajudei na revolução era telefonista no quartel e sabe quem levou com os que eram contra os vinte cinco? Pois, pois foi cá o Miro, nunca ouvi tanto palavrão junto mas enchi o livro conforme mandavam as regras. Eu lá preciso de ir ao zoo não sei das quantas dar de comer aos patos se faço isso lá na minha horta todos os dias, a senhora está a ser muito mal-educada com a minha pessoa.
- Acha? Você trabalha? Sabe o que o governo nos está a fazer ou também não vê os noticiários lá na sua terrinha? É preciso ter paciência para aturar
tanta ignorância de uma só vez e ainda me chama de mal-educada? A sério vá visitar o museu dos Jerónimos que o senhor está no sítio errado.
- Eu sou agricultor dos pequenos embora neste momento esteja desempregado a termo incerto, já estou a ficar enervado, a senhora chegou aqui há pouco eu já cá ando desde manhã, pois fique sabendo que enquanto esperei que a Manif. abrisse passei por imensas lojas que diziam “liquidação total”, entrei em todas e perguntei se tinham trabalho para vender e sabe quais foram as respostas que me deram, sabe? Que estava esgotado e agora tem resposta, tem? Governo? Não sabia que neste país havia um governo os meus compinchas da sueca passam a vida a dizer que andamos todos desgovernados desde dos setenta e quatro, por acaso não sou muito de ver televisão, só mesmo quando dá bola, mas ouço muito a rádio da renascença principalmente quando dá os discos pedidos, eu nunca pedi nada, não gosto de pedir nada a ninguém, vivo com o que tenho e com a graça de Deus. Onde aos Jerónimos? Sempre gastei da mercearia do senhor Abreu não gosto desses supermercados grandes que vende gato por lebre, olhe aproveite a senhora e cumpra o com o que trás ao peito nesse colante “Eu vou! E tu não?”, vá lá e aproveite os saldos dos Jerónimos.
A porra da mulher levantou o pau da bandeira apontou-o na minha direcção só tive tempo de levantar a bacia que comprei prà minha Alzira e catrapumba, a porcaria da bacia desfez-se em duas, lá se foram os meus quatro euros, arre ninguém diga que está bem. Só parei na Sardinha que é terra sossegadinha. Comprei uma agenda na vinda e lá consegui convencer os meus compinchas que a Manif. Geral era uma agência nova dos vinte e cinco dos setenta e quatro.

Viva o povo, viva os direitos humanos!   



 PS: este texto é uma crítica ao governo em tom sarcástico, peço desculpa aos mais sensíveis              

Conceição Bernardino

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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