Por: Devinder Sharma
In: Ground Reality
Devinder Sharma |
O primeiro-ministro sueco, Fredrik
Reinfeldt, classifica a crise económica da eurozona como "grave" e foi citado a
dizer: "Na realidade, estamos a falar acerca de uma das maiores operações de
salvamento que o mundo já viu". Ele respondia a uma pergunta da Rádio Sueca
depois de ser conhecido que a Espanha pode ser o 4º membro dos 17 países da
eurozona a pedir ajuda externa. A expectativa é de que a Espanha pediria US$100
mil milhões ao FMI para salvar os seus bancos a cambalearem sob empréstimos
imobiliários tóxicos. Para entender melhor, vi o trabalho de Paul Krugman, o
qual pensa que não foram aprendidas quaisquer lições (The EurpTARP Cometh -- http://nyti.ms/KrjgeN ).
Descobri uma carta interessante entre os comentários no blog de Krugman. Alguém escreveu, e tendo a concordar, "a Espanha obtém agora US$100 milhões para bombear para dentro de bancos que não emprestarão, não criarão empregos, nem mesmo investirão qualquer quantia em qualquer parte da economia espanhola". Bem, sendo isto verdade, não entendo porque o governo espanhol, ou os patrões do FMI, não é capaz de travar o pretendido salvamento de bancos da Espanha. Como foi escrito por outro blogueiro: "Uma taxa de desemprego de aproximadamente 25% combinada com crescimento negativo do PIB deveriam ser tratados como uma emergência económica. Todo o centro da atenção deveria ser na correcção do desemprego e promoção do crescimento económico, não no salvamento de bancos". ( http://www.disequilibria.com/blog/?p=216 )
Salvar banco em incumprimento tornou-se a solução padrão para a crise económica. Aconteceu em 2008, quando cerca de US$20 milhões de milhões foram bombeados para dentro da economia global. Grande parte dele foi posto ao serviço das dívidas dos bancos e todos nós lemos relatórios perturbadores de como milhões de dólares foram dados como bónus para os banqueiros que cometem erros – pessoas que deveriam estar na cadeia foram premiados com belos pacotes financeiros. Isto não impulsionou a economia americana, a qual mais uma vez está nos espasmos de uma crise não prevista. A economia americana está num ventilador artificial – utilizando a "quantitative easing" para sobreviver antes que ela possa impor a países em desenvolvimento que se abram a bens e serviços estado-unidenses e também pressionar países como a Índia a permitirem investimento directo estrangeiro no comércio a retalho e nos seguros.
O que acontecerá se permitirmos aos bancos espanhóis entrarem em colapso? Será que a Espanha se tornará um mendigo? Ou será que o povo espanhol fugirá para outros países? Não, penso que nada disto aconteceria. O pacote do salvamento, ao invés, deveria ser utilizado para criar mais empregos. E isso por sua vez promoveria a economia. A mesma receita é válida para outras economias grandes. A Índia, por exemplo, deveria centrar-se mais em criar empregos e alimentar os 320 milhões de pessoas que vão para a cama com fome. A China, que também está perto de uma recessão, agora a tornar-se mais óbvia, deveria mudar o foco para a criação de mais procura interna e criar mais oportunidades de emprego tornando a agricultura proveitosa. A atracção de população rural para as áreas urbanas e o impulso para a industrialização rápida (e muitas vezes ambientalmente destrutiva) já arruinou o panorama nacional e transformou o país numa grande fábrica exportadora. Isto é insustentável a longo prazo e, uma vez explodidas as bolhas, será tudo uma tristeza.
Sempre pensei que copiar fosse prerrogativa apenas daqueles que infringem direitos de propriedade. Mas agora percebo que governos por todo o mundo têm estado alegremente a copiar o modelo económico de crescimento dos EUA/UE. Não é admirar que todo país esteja afundado. O mundo teria estado economicamente mais seguro, talvez, se os EUA tivessem utilizado a sua força pondo em aplicações disposições como a Super 301 para impedir outros governos de copiarem seu terrivelmente enviesado modelo económico, o qual agora levou o mundo à beira de um precipício. Não é demasiado tarde. Mas como reconhecem muitos outros, o mundo não extraiu quaisquer lições. Eles continuam a permitir aos bancos que roubem o tesouro nacional. Como disse outro comentador: "Os banqueiros tornaram-se os maiores ladrões da história do mundo... a economia global nunca será recuperada enquanto for sangrada até à morte para resgatar balanços de fantasia de instituições e indivíduos cujas pirâmides de papel compram governos e fazem com que o roubo equivalha à produção económica".
Descobri uma carta interessante entre os comentários no blog de Krugman. Alguém escreveu, e tendo a concordar, "a Espanha obtém agora US$100 milhões para bombear para dentro de bancos que não emprestarão, não criarão empregos, nem mesmo investirão qualquer quantia em qualquer parte da economia espanhola". Bem, sendo isto verdade, não entendo porque o governo espanhol, ou os patrões do FMI, não é capaz de travar o pretendido salvamento de bancos da Espanha. Como foi escrito por outro blogueiro: "Uma taxa de desemprego de aproximadamente 25% combinada com crescimento negativo do PIB deveriam ser tratados como uma emergência económica. Todo o centro da atenção deveria ser na correcção do desemprego e promoção do crescimento económico, não no salvamento de bancos". ( http://www.disequilibria.com/blog/?p=216 )
Salvar banco em incumprimento tornou-se a solução padrão para a crise económica. Aconteceu em 2008, quando cerca de US$20 milhões de milhões foram bombeados para dentro da economia global. Grande parte dele foi posto ao serviço das dívidas dos bancos e todos nós lemos relatórios perturbadores de como milhões de dólares foram dados como bónus para os banqueiros que cometem erros – pessoas que deveriam estar na cadeia foram premiados com belos pacotes financeiros. Isto não impulsionou a economia americana, a qual mais uma vez está nos espasmos de uma crise não prevista. A economia americana está num ventilador artificial – utilizando a "quantitative easing" para sobreviver antes que ela possa impor a países em desenvolvimento que se abram a bens e serviços estado-unidenses e também pressionar países como a Índia a permitirem investimento directo estrangeiro no comércio a retalho e nos seguros.
O que acontecerá se permitirmos aos bancos espanhóis entrarem em colapso? Será que a Espanha se tornará um mendigo? Ou será que o povo espanhol fugirá para outros países? Não, penso que nada disto aconteceria. O pacote do salvamento, ao invés, deveria ser utilizado para criar mais empregos. E isso por sua vez promoveria a economia. A mesma receita é válida para outras economias grandes. A Índia, por exemplo, deveria centrar-se mais em criar empregos e alimentar os 320 milhões de pessoas que vão para a cama com fome. A China, que também está perto de uma recessão, agora a tornar-se mais óbvia, deveria mudar o foco para a criação de mais procura interna e criar mais oportunidades de emprego tornando a agricultura proveitosa. A atracção de população rural para as áreas urbanas e o impulso para a industrialização rápida (e muitas vezes ambientalmente destrutiva) já arruinou o panorama nacional e transformou o país numa grande fábrica exportadora. Isto é insustentável a longo prazo e, uma vez explodidas as bolhas, será tudo uma tristeza.
Sempre pensei que copiar fosse prerrogativa apenas daqueles que infringem direitos de propriedade. Mas agora percebo que governos por todo o mundo têm estado alegremente a copiar o modelo económico de crescimento dos EUA/UE. Não é admirar que todo país esteja afundado. O mundo teria estado economicamente mais seguro, talvez, se os EUA tivessem utilizado a sua força pondo em aplicações disposições como a Super 301 para impedir outros governos de copiarem seu terrivelmente enviesado modelo económico, o qual agora levou o mundo à beira de um precipício. Não é demasiado tarde. Mas como reconhecem muitos outros, o mundo não extraiu quaisquer lições. Eles continuam a permitir aos bancos que roubem o tesouro nacional. Como disse outro comentador: "Os banqueiros tornaram-se os maiores ladrões da história do mundo... a economia global nunca será recuperada enquanto for sangrada até à morte para resgatar balanços de fantasia de instituições e indivíduos cujas pirâmides de papel compram governos e fazem com que o roubo equivalha à produção económica".