31 dezembro 2008

FELIZ ANO NOVO





Ano Novo





VOU ABRIR...PORTAS E JANELAS


Queridos amigos e visitantes

Que este novo ano que se avizinha
Seja mais azul, e menos cinzento
Do que este que agora termina
Precisamos todos de uma nova aragem...de um novo sol

Um bem haja a todos!

Pela vossa amizade
pelo vosso carinho
Pela vossa compreenção.
Um feliz 2009!

VOU ABRIR...PORTAS E JANELAS

Rompo o silêncio que cala...
Nubloso, e cinzento
Falo com a voz da esperança
Da alegria
Rasgo horizontes perdidos
Adormecidos
Rompo o marasmo do conformismo
E da inércia
Abro portas e janelas
Para que uma nova aragem
Entre e refresque
Numa casa...
Onde o cheiro o bolor
E a melancolia
Há muito...
Se instalou
Vou abrir...
Portas e janelas
Para a claridade...
Entrar.

Mário Margaride

30 dezembro 2008

A todos os amigos, leitores e colaboradores, A Voz do Povo deseja um Bom Ano de 2009, com Paz, amor e saúde!
Aqui deixamos, também o registo de solidariedade, para com o povo do Zimbábue, que Robert Mugabe, termine de vez, com a ditadura e a repressão sobre o seu povo. Que 2009, seja o virar da página, neste povo que muito tem sofrido!


Apelo pelo Zimbábue

29 dezembro 2008

Brasil: Polícia brasileira mata e escapa impunemente

Caríssimos o post que se segue, é o extrato de um texto publicado no Global Voices, no qual também participo, e é da autoria da Paula Goés, e em solidariedade com a revolta dos Bloggers Brasileiros e todos os que se juntam a este protesto blogger, a nossa VOZ DO POVO, solidariza-se em memória do menino JOÃO ROBERTO, contra a impunidade de crimes como este, que assolam o Brasil.
É certo que já ninguém pode devolver a vida ao João Roberto, mas a bem dos Direitos Humanos, e Pela Justiça. Que a memória deste crime, sirva para corrigir o que vai mal, e termine de vez, com os abusos de autoridade e com a impunidade dos polícias militares, ninguém deve estar a cima da Lei.



No momento em que o mundo celebrava o Dia dos Direitos Humanos, os blogueiros brasileiros protestavam contra mais uma morte causada por uma abordagem desastrada da polícia acabando em impunidade no Rio de Janeiro.
Em julho passado, um garoto de 3 anos foi morto por dois policiais militares que confundiram o carro que a mãe dele dirigia pelo carro roubado que eles estavam perseguindo. O carro da família foi alvo de 17 disparos, três dos quais atingiram João Roberto. Nessa quinta-feira, William de Paula, um dos policiais envolvidos no caso, foi absolvido em júri popular da acusação de assassinato duplamente qualificado, por 4 votos a 3.

Ele foi sentenciado a sete meses de trabalhos comunitários por ter causado lesões leves na mãe de João, Alessandra Amorim Soares e no irmão Vinicius Amorim, na ocasião com apenas 9 meses de idade.
A absolvição do policial, assim como o fato de que o júri entendeu que ele teria agido de acordo com o que se esperava dele, chocou não apenas a família do garoto: a maioria dos blogueiros também considerou a sentença leve demais, um sinal de impunidade. Eles juntam-se à família ao clamar por justiça.

noticias.uol.com.br


28 dezembro 2008

A SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DE PORTUGAL

BOM ANO 2009 PARA TODOS

BOM DIA A TODOS, E FELIZ ANO NOVO.

ACORDEI HOJE COM UM FLASH, E DERREPENTE ..... BUUMMMM, A SOLUÇÃO PARA OS PROBLEMAS DE PORTUGAL.

VAMOS ALUGAR A ILHA DAS FLORES NOS AÇORES PARA OS AMERICANOS COLOCAREM LÁ OS PRISIONEIROS DE GUANTANAMO !!!!!!!!!!!!!!!

ISSO MESMO!!!!! VAMOS ALUGAR A ILHA DAS FLORES POR UMA PIPA DE MASSA, UNS 1500 MILHÕES DE EUROS POR MES..................... MAS COM UMA CONDIÇÃO....OU MELHOR ALGUMAS CONDIÇÕES..........
  1. O ALUGUER SERÁ DE NO MINIMO 50 ANOS.
  2. TEREMOS UMA COTA PARA CIDADÃOS NACIONAIS DE 10000 PRISIONEIROS
  3. NÃO SERÃO PERMITIDAS VISITAS DE PROSTITUTAS, TEMOS QUE DAR O RESPEITO.
  4. OS PRISIONEIROS PORTUGUESES PODERÃO TER QUALQUER ORIENTAÇÃO SEXUAL ( PEDOFILOS / PANELEIROS / BANQUEIROS / POLITICOS / MAGISTRADOS / EMBAIXADORES / POLICIAS / ETC .......... ) TUDO MUITO DEMOCRÁTICO E REPRESENTATIVO DA SOCIEDADE PORTUGUESA.

E COM ESTA BRILHANTE IDEIA MATAMOS DOIS COELHOS COM UMA SO CACETADA, DIMINUIMOS NOSSA DIVIDA EXTERNA QUE É DE 415 BILIÕES DE DOLARES, E MANDAMOS PARA A ILHA DAS FLORES ALGUNS DE NOSSOS MAIS ILUSTRES CIDADÃOS, A SABER .....

  • JOSE SOCRATES
  • PAULO PEDROSO
  • JAIME GAMA
  • VALE AZEVEDO
  • PAULO TEIXEIRA
  • MIRA AMARAL
  • CELESTE CARDONA
  • PAULO PORTAS
  • JORGE COELHO
  • ETC ... ETC ...... ETC ....................... A LISTA É MUITO LONGA

COMO SOU ENGENHEIRO CIVIL, ADORARIA CONSTRUIR A PRISÃO, E SERIA MUITO BARATO DE CONSTRUIR.

ERA FACIL !!!!!! NO CENTRO DA ILHA DAS FLORES HA UM VULCÃO EXTINTO. CERCAVA TODO O CENTRO DO VULCÃO , CONSTRUIA UMA VALA AO REDOR. PUNHA LÁ CENTENAS DE CROCODILOS DO RIO NILO FAMINTOS, E PRONTO, JA ESTAVA....... LINDO.

JA SONHO COM O ESPETACULO DO ZEZINHO SOCRATES SENDO DEVORADO POR UM CROCODILO FAMINTO, E ELE A GRITAR ( ME SALVA DIOGO INFANTE , ME SALVA )

HAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHA

BOM ANO NOVO A TODOS OS PARTICIPANTES DA VOZ DO POVO, ISTO SÓ FOI UMA BRINCADEIRA, TEMOS QUE RIR UM POUCO, O ANO QUE AI VEM VAI SER TERRIVEL, HA MALES QUE VEM PARA BEM, PODE SER QUE O ZÉ POVINHO ACORDE DE VEZ, E TOMEM ALGUMA ATITUDE...........................

FELIZ 2009 A TODOS.

RAMIRO LOPES ANDRADE

ramirolopesandrade.blogspot.com

24 dezembro 2008

NUNCA SABERÃO SEQUER QUE EXISTE NATAL


Que o Natal não seja apenas a 25 de Dezembro de cada Ano
Mas sim, 365 dias de todos os anos, de todos os tempos.

Desejo a todos os amigos e visitantes, um feliz Natal!


Natal
Para muitos
Carregado de significado e simbolismo
O nascimento de Cristo.
Para outros
Uma forma de consumismo exorbitante
De uma hipócrita reunião familiar
Uma vez por ano.
Para muitos outros
A esmagadora maioria
Apenas mais um dia
Igual a todos os outros
Onde o desemprego, a fome, a miséria,
Se impõem
Fazendo sentir impiedosamente
Os seus efeitos.
Para estes últimos
Embora o Natal
Seja quando um homem quiser
Nunca saberão sequer!
Que existe Natal.

Mário Margaride

NATAL!

É Natal que coisa linda
A união em esplendor,
Pena que passa, que finda
Sem deixar ecos de amor!

É Natal nasceu Jesus
Veio ao mundo pra mostrar,
Que na partilha do amor
Está a paz a palpitar!

Ana Martins

22 dezembro 2008

FELIZ NATAL
















A cada dia escrevo uma nova poesia
Sem me importar se são belas ou triviais
Frutos de minha modesta inspiração e nostalgia
Lidas por olhos que quiçá verei jamais.
Sem o lirismo dos poetas consagrados
Falam da vida sonhos e esperanças
Buscam exaltar o amor imaculado
Feito criança...totalmente desarmado.
O tempo voa e um novo ano se anuncia
Da fé renovada renasce a alegria
Promessas de paz como nos olhos ternos de Maria
Me envolvo nos braços de minha amada poesia.
Abro meu coração amigo para vos desejar
Um mundo de paz, luz e bondade
O melhor que busquei sem jamais alcançar
Onde reine a certeza do amor e caridade.
Agradeço comovida a vossa amizade
As mensagens enviadas, a vontade de servir
Como hóstia consagrada a se dividir Feliz Ano Novo!!!

Obrigado por vocês existirem.!!

21 dezembro 2008

VAI SER DIFÍCIL DE LER MAS ACORDA A NOSSA CONSCIENCIA‏

Este anúncio foi premiado internacionalmente, mas não passou na nossa televisão, em Portugal. Porque será?

Recordo o poema da criança de 3 anos, 'Meu nome é Sara'

O meu nome é ''Sara'' Tenho 3 anos Os meus olhos estão inchados, Não consigo ver.

Eu devo ser estúpida, Eu devo ser má, O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?
Eu gostaria de ser melhor, Gostaria de ser menos feia. Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.

Eu não posso falar, Eu não posso fazer asneiras, Senão fico trancada todo o dia. Quando eu acordo estou sozinha, A casa está escura, Os meus pais não estão em casa. Quando a minha mãe chega, Eu tento ser amável, Senão eu talvez levaria Uma chicotada à noite.

Não faças barulho! Acabo de ouvir um carro, O meu pai chega do bar do Carlos. Ouço-o dizer palavrões. Ele chama-me. Eu aperto-me contra o muro.

Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos. Tenho tanto medo agora, Começo a chorar.

Ele encontra-me a chorar, Ele atira-me com palavras más, Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho. Ele esbofeteia-me e bate-me, E berra comigo ainda mais, Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.

Ele já a trancou. Eu enrolo-me toda em bola, Ele agarra em mim e lança-me contra o muro. Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos, E o meu dia continua com horríveis palavras...

'Eu lamento muito!', eu grito Mas já é tarde de mais O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável. O mal e as feridas mais e mais, 'Meu Deus por favor, tenha piedade! Faz com que isto acabe por favor!'

E finalmente ele pára, e vai para a porta, Enquanto eu fico deitada, Imóvel no chão.

O meu nome é 'Sara' Tenho 3 anos, Esta noite o meu pai *matou-me*..

Existem milhões de crianças que assim como a 'Sara' são mortos. E tu podes ajudá-los. E se porque tu ficaste sensibilizada(o), faz qualquer coisa!!

Tudo o que vos peço, é que reconhecam que estas coisas acontecem, e que pessoas como o pai da 'Sara' vivem na nossa sociedade. Faz circular este poema porque mesmo se isto parece doido pode talvez mudar indirectamente as nossas vidas.

nunca se sabe...

Por favor faz circular isto se fores contra o abuso das crianças

19 dezembro 2008

Professores desmotivados

A vida de um País depende da eficiência do Ensino, da formação desde a mais tenra idade, da preparação para enfrentar as realidades profissionais, da entrega aos alunos de ferramentas válidas para interpretar a vida e tomar as melhores decisões em cada momento perante qualquer dificuldade.

Por isso, comungo o sentimento de Ferreira Fernandes perante as conclusões do inquérito que refere e lamento que o ministério da Educação não mostre capacidade para motivar os professores em benefício do Portugal de amanhã, pelo contrário, está a obter o efeito contrário, como o inquérito demonstra.

Vale a pena ler o pequeno mas significativo artigo:

A MAIS DRAMÁTICA DAS SONDAGENS
Ferreira Fernandes

O inquérito a professores foi feito a 1100 pessoas, um "universo", como se diz na linguagem das sondagens, que torna as conclusões credíveis. O inquérito foi organizado por uma entidade ligada à Federação Nacional dos Sindicatos da Educação que não deve regozijar-se com as conclusões, logo dando ainda maior credibilidade. E o que diz o inquérito? Que 75% mudavam de profissão se pudessem. Que 81%, se pudessem, pediam a aposentação. Que 26% voltariam a escolher a profissão de professores. Do inquérito - uma das mais dramáticas sondagens que já li sobre meu país - eu gostaria muito de acreditar, apesar dos considerandos, que ele é falso. Que três em quatro professores o sejam porque não se podem safar disso, é dramático. Que mais de quatro em cinco professores partiria já para a reforma, é dramático (considerando, o que não me parece abuso, que 81% dos professores não estão na véspera do seu 65.º aniversário). Não sei se é culpa do país, não sei se é culpa dos professores. Sei é que são conclusões desesperantes. E, já que estamos no fim da linha, só me apetece dizer: olá, 26% dos professores! Só vocês me interessam.

Análise à proposta de Revisão do Código do Trabalho 1





Esquerda Net entrevistou o Prof.Dr. Casimiro Ferreira

18 dezembro 2008

O LÁPIS AZUL DA CENSURA...

Pois é, nem quero acreditar, que um país dito democrático, o “Lápis Azul” esteja cada vez mais activo, mais activo que nunca, sabe-se lá o porquê da censura a este anúncio que vos mostro no vídeo a seguir. Porque será que não passou na TV? De que tem medo, os nossos governantes? A quem vai ferir, este anúncio? Que poderes instalados questiona?

Não tenho respostas, nem nunca as irei ter, mas fiz o meu dever, DIVULGUEI, pois “A MIM NINGUÉM ME CALA!!!”


17 dezembro 2008

ACORDEMOS O SILÊNCIO!



Soem sirenes inquietas
Acordem o silêncio do mundo
Que dorme no muro da indiferença
Sobre os escombros da incerteza
E da inquietação.
Soem trombetas de alerta
Alertem consciências moribundas
Dos poderes da ganância
Que nos devoram
Nos sugam a razão.
Soem gritos silenciosos
Sufocados nas gargantas
Pelo fumo da mentira
Pela poeira da corrupção.
Que se ergam raios de sol
Neste céu cinzento
De nuvens carregadas
Onde a nossa alma
Se alaga
Pela chuva da desilusão.

Mário Margaride

15 dezembro 2008

UMA LEITURA TEOLÓGICA DOS PROBLEMAS MODERNOS

" À luz do mesmo carácter moral, que é essencial ao desenvolvimento, devem ser considerados também os obstáculos que a ele se opõem. Se durante os anos decorridos desde a publicação da Encíclica de Paulo VI o desenvolvimento não se verificou — ou se verificou em medida escassa, irregular, se não mesmo contraditória — as razões não podem ser só de natureza económica. Como já se fez alusão, acima, intervêm nele também móbeis políticos. As decisões que impulsionam ou refreiam o desenvolvimento dos povos, outra coisa não são, efectivamente, senão factores de carácter político. Para superar os mecanismos perversos, já recordados, e substituí-los com outros novos, mais justos e mais conformes ao bem comum da humanidade, é necessária uma vontade política eficaz. Infelizmente, depois de se ter analisado a situação, é forçoso concluir que ela foi insuficiente." (ponto 35 - uma leitura Teológica dos problemas dos tempos modernos)

"A doutrina social da Igreja não é uma «terceira via» entre capitalismo liberalista e colectivismo marxista, nem sequer uma possível alternativa a outras soluções menos radicalmente contrapostas: ela constitui por si mesma uma categoria. Não é tampouco uma ideologia, mas a formulação acurada dos resultados de uma reflexão atenta sobre as complexas realidades da existência do homem, na sociedade e no contexto internacional, à luz da fé e da tradição eclesial. A sua finalidade principal é interpretar estas realidades, examinando a sua conformidade ou desconformidade com as linhas do ensinamento do Evangelho sobre o homem e sobre a sua vocação terrena e ao mesmo tempo transcendente; visa, pois, orientar o comportamento cristão. Ela pertence, por conseguinte, não ao dominio da ideologia, mas da teologia e especialmente da teologia moral." (ponto 41 - algumas orientações particulares )
João Paulo II - Encíclicas com Instrumento de Estudo Sollicitudo rei socialis

14 dezembro 2008

PERIGO NA ESTRADA

Boneco Insuflável na Estrada........

Infelizmente é mesmo verdade.
Temos que pensar que já não estamos num Portugal onde nada acontecia.............
Ontem 6ª feira por Volta das 2 da manhã familiares meus circulavam De carro aqui no IC21 (a via rápida do Barreiro) no sentido de sul Para norte, campo do Galitos para o Hospital, quando de repente se Aperceberam que estava no meio da estrada o corpo de uma pessoa, o Qual se encontrava com calças de ganga e blusão azul-escuro e também Com um gorro na cabeça, o meu cunhado só se apercebeu quando chegou Com o carro muito próximo e teve de fazer uma manobra brusca para não Passar por cima (vinha +/- a 120km) mas não parou, pois não havia Mais nenhum carro a circular. Uns metros mais à frente encontravam Um Ford Fiesta do ano 2003, que o meu cunhado não conseguiu tirar Totalmente a matricula.
O meu cunhado pertence às autoridades deste País e sabe que o que Aconteceu Ali era a preparação para um assalto, tanto que depois deu a volta pelos Fidalguinhos e demorou no máximo 10 minutos, após ter contactado os colegas da PSP do Barreiro a relatar o que aconteceu, e verificou que no local já não se encontrava nem o corpo QUE ERA UM BONECO INSUFLÁVEL, NEM O CARRO. Este é um tipo de assalto que começa a ser comum no nosso País, Portanto muita atenção! Passem esta história aos vossos familiares e amigos, e lembrem-se
de nunca pararem, alertem mais tarde as autoridades.

Lição prática !!!

Matemática de mendigo

Tenho que dar meus parabéns a esse estagiário que elaborou essa pesquisa tão perfeita, pois o resultado que ele conseguiu obter é a mais pura realidade.

Preste atenção a essa interessante pesquisa de um estagiário de Matemática:

Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para facturar pelo menos € 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = € 6,00. Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá facturado: 25 x 8 x 6 = € 1.200,00. Será que isso é uma conta maluca? Bom, 6 euros por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 cêntimos e sim 20, 50 e, às vezes, até 1,00. Mas, tudo bem, se ele facturar a metade: € 3,00 por hora terá € 600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.

Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de € 1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranquilo debaixo de uma árvore por mais 9 mudanças do sinal de trânsito, sem nenhum chefe para 'encher o saco' por causa disto. Mas considerando que é apenas teoria, vamos ao mundo real.

De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na Panetiere (padaria em frente ao CEFET). Então lhe perguntei quanto ela facturava por dia. Imagine o que ela respondeu? É isso mesmo, de 35 a 40 euros em média o que dá (25 dias por mês) x35 = 875 ou 25 x 40 = 1000, então na média € 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.

Moral da História : É melhor ser mendigo do que estagiário (e muito menos PROFESSOR) e, pelo visto, ser estagiário e professor, é pior que ser Mendigo... Esforce-se como mendigo, ganhe mais do que um estagiário ou um professor. Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arranjar emprego. Lembre-se : Mendigo não paga 1/3 do que ganha para sustentar um bando de ladrões. Viva a Matemática. Que país é este? Hein !?...

- Use lâmpadas económicas!

12 dezembro 2008

Um movimento de massas anarquista

Como anarquista convicto, tenho-me dedicado neste blogue - O Anarquista - à luta permanente contra o poder e o Estado, especialmente no que toca à realidade portuguesa. Contudo, o anarquismo pretende igualmente ser internacionalista e ignora os limites impostos artificialmente pelas fronteiras entre os Estados. Por esse motivo, venho agora dar destaque a um acontecimento internacional da maior importância para a luta anarquista. Num movimento único pela sua dimensão e significado, pelo sexto dia consecutivo, a Grécia foi ontem palco de novos confrontos, no rescaldo da morte de um adolescente de 15 anos pela polícia, no sábado passado. Em Atenas ocorreram confrontos entre jovens e agentes da autoridade, frente à Faculdade de Economia, ocupada pelos estudantes. Para além dos confrontos ocorridos frente à Faculdade, registaram-se igualmente alguns incidentes diante da prisão de Korydallos, em Atenas, a principal do país, e em outros dois bairros da capital grega. Para mais pormenores, sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente.

Como se não bastasse, a agitação grega espalhou-se entretanto até Espanha – a Madrid e a Barcelona – e um atacante lançou um engenho incendiário, na noite do dia anterior, contra o consulado grego em Moscovo. Em Bordéus, no sudoeste de França, dois carros foram incendiados diante do consulado da Grécia. De acordo com uma fonte policial, 15 estabelecimentos universitários e uma centena de liceus em Atenas e Salónica, a segunda maior cidade grega, estão ocupados desde o início da semana por estudantes e jovens, em sinal de protesto contra a morte do adolescente. A Grécia está, desta forma, mergulhada numa onda de violência urbana sem precedentes desde a restauração da democracia, em 1974.

Não há autoridade ou forma de poder que consiga travar uma onda tão violenta e vasta como esta, utilizando os seus meios tradicionais. Um movimento tão espontâneo como este mergulha definitivamente as suas raízes num descontentamento generalizado das massas populares face ao sistema estabelecido. O porquê e o quando este movimento teve o seu início não é tão importante quanto o seu significado perante a forma de funcionamento das democracias ocidentais. Encurralados em sistemas partidários rígidos, os regimes parlamentares encontram-se de costas voltadas às verdadeiras necessidades do povo que deveriam representar. Um movimento de massas anarquista e libertário de tal amplitude mina, em última análise, a forma como os actuais regimes democráticos neoliberais estão organizados. Elitistas e corruptos.

08 dezembro 2008


PRIMEIRAS LIÇÕES DE SOCIOLOGIA
por: Philippe Riutort


tradução de: Eduardo de Freitas
Nº de páginas 140
Ano de edição 1999
ISBN: 972-662-692-7
Editora Gradiva
O QUE É A SOCIOLOGIA?


A perspectiva da sociologia
Como se pode ser sociólogo?
A sociologia enquanto disciplina científica teve o seu aparecimento no decurso do século XIX. É precedida por múltiplos saberes saídos de diversas correntes do pensamento que procuram explicações e sobretudo «remédios» para os «problemas» ligados às transformações sociais de grande amplitude que atingiram as sociedades europeias a partir do fim do século XVIII. A emergência de «questões sociais» de um novo género gera assim o nascimento da sociologia, que, progressivamente, ao emancipar-se da filosofia social, formula as suas próprias interrogações de alcance científico, com a ajuda de princípios enunciados desde o fim do século passado pelos seus «pais fundadores».


I. A emergência da sociologia no século XIX

1. A sociologia surge enquanto disciplina científica no decurso do século XIX.
O século XIX é marcado na Europa por profundas mutações. As transformações políticas inscrevem-se no prolongamento da Revolução Francesa. O afundamento do Antigo Regime conduz a que fique em causa a ordem tradicional, fundada na monarquia absoluta, a divisão da sociedade em ordens, assim como o lugar central concedido à religião na vida social. A Revolução Francesa, ao proclamar a igualdade jurídica entre os cidadãos, põe em questão os fundamentos da ordem política. Esta não procede daí em diante da vontade do príncipe, posto que o absolutismo é recusado em nome da proclamação de novos princípios, tais como a liberdade, a razão, o progresso ... As transformações económicas e sociais estão ligadas à revolução industrial, que, do fim do século XVIII ao princípio do século XIX, com origem na Grã-Bretanha, ganha progressivamente os outros países europeus e, seguidamente, os Estados Unidos e o Japão. Caracteriza-se pela passagem de uma sociedade rural a uma sociedade urbana, o que arrasta uma profunda mudança das estruturas sociais existentes (desaparecimento progressivo, por exemplo, das solidariedades camponesas fundadas num conjunto de tradições e de práticas de sociabilidade tais como as festas populares, os ritos de passagem ...). O sociólogo alemão Ferdinand Tönnies (1855-1936) sublinha, em 1887, a oposição entre dois tipos de organização social: a comunidade e a sociedade. A primeira, dominada pelos vínculos tradicionais, a afectividade e o espírito de grupo, apoia-se principalmente na família e nas solidariedades locais, enquanto a segunda, que assenta mais no interesse individual, no cálculo e nas relações impessoais, tende a impor-se no seio da sociedade industrial.
Em paralelo, a revolução agrícola realizada no decurso do século xviii permite progressivamente às actividades industriais beneficiar de um afluxo de mão-de-obra. O desenvolvimento da indústia acompanha-se, com efeito, de uma urbanização maciça que provém sobretudo do êxodo rural. A organização da sociedade encontra-se então profundamente transformada, o que modifica sensivelmente os «equilíbrios» estabelecidos entre grupos sociais: assiste-se, assim, no decurso do processo de urbanização, à formação da classe operária, ao crecimento contínuo da burguesia, assim como ao declínio relativo da nobreza.
Os principais sociólogos do século XIX interrogam--se sobre a amplitude das transformações das sociedades europeias que se desenrolam sob os seus olhos no momento em que concebem as suas obras. O pensamento de três figuras centrais da sociologia do século XIX e do início do século XX estão profundamente impregnados disso mesmo.
Émile Durkheim (1858-1917), fundador da escola francesa de sociologia, preocupado com os fundamentos da coesão social e da sua evolução, estuda assim a passagem da solidariedade mecânica, fundada na similitude, característica das sociedades tradicionais, à solidariedade orgânica, fundada na complementaridade e produzida pelo processo de divisão do trabalho, que se afirma na sociedade industrial.
Karl Marx (1818-1883), militante revolucionário, filósofo, economista, mas igualmente sociólogo, ao tornar-se o teórico de um socialismo que anuncia como científico, interessa-se pelo processo de desenvolvimento capitalista e tenta revelar as suas contradições internas, insistindo particularmente nas oposições de classe, segundo ele, inelutáveis no seio da sociedade capitalista e que prefiguram o advento de uma sociedade sem classes: a sociedade comunista.
Max Weber (1864-1920), um dos primeiros e dos principais sociólogos alemães, abre o caminho à sociologia comparativa ao interrogar-se sobre as particularidades da civilização ocidental, caracterizada, segundo ele, por um processo de racionalização ou, segundo a sua célebre fórmula, de «desencantamento do mundo», que é traduzido pelo recurso crescente à previsão e ao cálculo, assim como ao abandono progressivo dos impulos mágicos no conjunto dos domínios da vida social: da ciência à arte, passando pela religião, pelo poder político e pela economia.
Se as obras dos principais sociólogos do século XIX e do início do século XX dão testemunho das preocupações sociais do seu tempo, elas sustentam-se igualmente num saber prévio, que se prende já ao desencadear de conhecimentos, a partir de uma observação minuciosa da sociedade.


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Suciologicus

04 dezembro 2008

Uma greve histórica


Como seria de esperar neste tipo de conflito de interesses, a greve dos professores de ontem foi alvo de posições diferentes quanto aos números de adesão. O Ministério da Educação admitiu que a greve teve o que designou por "adesão significativa", de 61 por cento, e que a paralisação obrigou ao encerramento de 30 por cento das escolas do país. No entanto, o balanço do Ministério ficou longe dos números da Plataforma Sindical de Professores, segundo a qual a paralisação foi a maior de sempre no sector, com uma adesão de 94 por cento. Para mais pormenores sugiro a leitura desta notícia, que publiquei no meu site Contracorrente.

A Plataforma Sindical dos Professores anunciou, em conferência de imprensa, que esta greve teve o que designou como uma participação "histórica". "É a maior greve de sempre dos professores em Portugal, salientou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma e secretário-geral da Fenprof, que recordou a paralisação de 1989 como a segunda maior depois desta e onde os números se ficaram pelos 90 por cento. Mário Nogueira escusou-se a comentar os números avançados pelo governo. "Nem sequer os discutimos, o que nós registamos daquilo que foi dito pelo governo foi que pela primeira vez teve a capacidade de dizer que estávamos perante uma greve significativa".

Pondo de lado esta típica guerra de números, na qual o governo aposta em minimizar a magnitude deste movimento laboral, a conclusão que podemos tirar desta greve dos professores é que se criou um fosso entre a atitude arrogante do poder e a luta de todo um vasto conjunto de profissionais que exigem peremptoriamente o respeito pelos seus direitos. A alternativa a este, como a todos os modelos autoritários de poder, encontra-se nos movimentos contestatários que percorrem horizontalmente a sociedade. Esta teria sido a ocasião para um governo democrático reconhecer que errou e agir em conformidade com esse facto. No entanto, o governo PS continua agarrado à sua confortável maioria absoluta, permitindo-se ignorar, desta forma, as vozes do povo que o elegeu.

01 dezembro 2008

Supervisão financeira deve ser eficaz

É da natureza humana a acomodação a rotinas, o curto olhar para o próprio umbigo, a ausência de auto-crítica e o excesso de auto-estima, principalmente quando se trata de pessoas instaladas no Poder e quando esse poder tem a maioria absoluta, geradora de autoritarismo, arrogância e teimosia do «quero, posso e mando». Nestas circunstâncias, impõe-se uma oposição esclarecida, válida, corajosa, para apontar os erros a reparar, e as soluções possíveis para evitar a sua repetição. Diz o ditado que é mais fácil ver um cisco no olho do vizinho do que um argueiro no próprio.

Goste-se ou não do estilo de Francisco Louçã, discorde-se ou não de que lhe falta serenidade e gravata para ser primeiro-ministro, o certo é que está a desempenhar com muito vigor e patriotismo o seu actual papel de oposição. Na notícia que se transcreve, vê-se que trata com muito realismo e objectividade o problema do sistema financeiro, da sua investigação, inspecção, controlo e acompanhamento e da forma simplista como o Governo se serve do dinheiro dos nossos impostos para salvar empresas privadas suprindo erros dos administradores e saltando por cima da responsabilidade dos accionistas, donos dessas empresas. O argumento tem sido que isso defende interesses dos clientes dos bancos, o que é uma falácia pois esses clientes têm sido lesados permanentemente pela ganância dos bancos que lhes impingem teimosamente soluções e facilidades que só os prejudicam mas que aumentam os lucros dos banqueiros. À frente dos banqueiros, os governos devem colocar os reais interesses dos cidadãos mais desprotegidos e que são explorados pelo capitalismo selvagem que beneficia de todos os apoios.

As críticas mais eficazes e construtivas dum sistema não vêm de dentro, mas de fora, como este caso nos mostra. Vejamos o texto.

BE propõe inquérito ao «lixo tóxico» de todos os bancos
domingo, 30 de Novembro de 2008

O Bloco de Esquerda (BE) propôs hoje a realização de um inquérito ao «lixo tóxico» de todos os bancos para determinar quanto valem as operações financeiras das instituições.

«Para definitivamente acabar com a delapidação de fundos públicos, para proteger um efeito de dominó de prejuízos atrás de prejuízos, o BE quer propor que o Governo, através do Banco de Portugal, faça um inventário do lixo tóxico nos fundos de pensões, nos fundos de investimento e nos balanços dos bancos», disse o líder do BE.

Francisco Louçã falava numa conferência de imprensa, em Lisboa, durante a qual apresentou algumas propostas de novas regras de supervisão bancária.

O inquérito proposto pelo BE destina-se a avaliar «quanto valem as operações financeiras de todos os bancos, de tal modo que sejam obrigados a corrigir os seus balanços, se necessário, em função do valor real daquilo que têm e se necessário aumentar o capital em 2009», disse.

«Se o inventário não for feito agora ele vai-nos entrar pela porta do cavalo, porque vai haver um banco atrás de outro que vai ter problemas e que vai pedir socorro ao Estado. E que em vez de actuar por via dos seus accionistas que são responsáveis pelo seu capital, vão pedir dinheiro ao Governo», afirmou o líder do BE.

«Vamos ter um Ministério das Finanças na lufa-lufa de salvar bancos atrás de bancos, sem nunca fazer perguntas. Quem especulou, quem perdeu, porque é que perdeu, onde perdeu e não é responsável pelo que perdeu? Nunca se fazem as perguntas e nunca se pedem responsabilidades a não ser ao contribuinte», acusou Francisco Louçã.

Sobre o aval financeiro pedido ao Estado pelo Banco Privado Português (BPP), que apresentou como garantias activos no valor de 500 milhões de euros, o BE propôs também a venda destas garantias.

«Das duas uma, ou essas acções e esses activos valem mesmo os 500 milhões de euros que o banco diz e servem para pagar as suas dívidas, provocadas pela sua acção, ou não valem nada e o Estado não pode aceitar uma garantia que não vale nada», declarou Louçã.

«Em última análise serão sempre os contribuintes a pagar com os seus impostos esta vertigem de operações financeiras sem nenhum sentido e pelos quais os banqueiros não são responsabilizados», acrescentou.

O líder do BE anunciou ainda a apresentação de um projecto de lei, na próxima semana, para responder à delinquência económica e financeira.

O projecto de lei «determinará a proibição de créditos a sociedades cujos donos são incógnitos ou anónimos, em offshore, determinará a obrigatoriedade do registo de operações de transferência de capital de Portugal para paraísos fiscais, determinará a tributação dos movimentos especulativos de curto prazo e agravará a pena a todos os banqueiros e administradores que contribuam para o branqueamento de capitais», anunciou.

Diário Digital / Lusa

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