Transcrição de artigo, seguida de NOTA:
Projecto de Portugal europeu é um "semifalhanço", diz Augusto Mateus
Público. 30/05/2013 - 13:12 ANA FERNANDES
"Muitas andorinhas não fazem a Primavera", conclui um estudo sobre os efeitos dos fundos estruturais no país.
O quarto de século de Portugal na Europa traduziu-se num semifalhanço, considera Augusto Mateus, coordenador do estudo 25 Anos de Portugal Europeu, realizado para a Fundação Francisco Manuel dos Santos e apresentado esta quinta-feira em Lisboa. A falta de uma estratégia para a aplicação dos fundos comunitários levou a algumas melhorias, mas não lançou o país no desenvolvimento consequente.
“Estamos melhores, fizemos coisas bem feitas, mas cansámo-nos a meio do caminho”, afirmou Mateus. “Desaprendemos de crescer, desconstruímos o que construímos na Europa e hoje somos um país extremamente corporativo, com os interesses focalizados no que o Estado faz ou deixa de fazer”, acrescentou.
No estudo, são analisados 50 indicadores que dão conta da evolução da sociedade e economia portuguesas, com enfoque para os resultados da aplicação dos fundos estruturais. O resultado é um país mais evoluído, mas aquém, muito aquém, do ideal. “Uma geração não foi suficiente para sairmos de uma situação de país de coesão", disse.
Para o coordenador do estudo, Portugal falhou ao não prosseguir políticas autónomas, com uma estratégia e caminhos concertados, reduzindo essas políticas à mera gestão dos fundos. Exemplificando: investiu-se na ciência, no conhecimento, mas não nas empresas que poderiam pôr esse conhecimento em prática.
Mas, sobretudo, e em virtude dessa ausência de uma linha clara por onde caminhar, houve uma enorme fragmentação nos apoios. “Não contivemos o entusiasmo do ‘eu também quero, eu também quero’”, disse Mateus, acrescentando que houve uma dispersão dos fundos por uma multidão de projectos, tendo mais presente a preocupação em chegar a todo o país do que definir áreas-chave em que se deveria apostar com os olhos postos na internacionalização.
E exemplificou: “Houve, há uns anos, uma tentativa de revitalizar a indústria têxtil e, juntamente com a Coreia, Portugal pôs de pé um projecto com esse objectivo. No caso da Coreia, decidiu-se focar os apoios numa única região têxtil e apoiaram-se 17 projectos, em Portugal, foram apoiados 2518 projectos.”
Num momento em que se discute o novo pacote de fundos europeus, o estudo pretende apontar os erros para se corrigirem opções tomadas. Esses erros, ao longo de 25 anos, nunca foram superados “por razões genéticas”, disse o ex-ministro da Economia. “Por falta de cultura de prestação de contas, porque há um problema de escrutínio na gestão dos dinheiros públicos”, sustentou.
NOTA: Os bons projectos precisam de bons executantes. Já Helmut Schmidt no discurso no Congresso do SPD em 4 de Dezembro de 2011 em Berlim lamentou que os políticos europeus não tiveram a capacidade adequada à implementação do projecto pretendido pelos criadores da Europa Unida.
Imagem de arquivo
Projecto de Portugal europeu é um "semifalhanço", diz Augusto Mateus
Público. 30/05/2013 - 13:12 ANA FERNANDES
"Muitas andorinhas não fazem a Primavera", conclui um estudo sobre os efeitos dos fundos estruturais no país.
O quarto de século de Portugal na Europa traduziu-se num semifalhanço, considera Augusto Mateus, coordenador do estudo 25 Anos de Portugal Europeu, realizado para a Fundação Francisco Manuel dos Santos e apresentado esta quinta-feira em Lisboa. A falta de uma estratégia para a aplicação dos fundos comunitários levou a algumas melhorias, mas não lançou o país no desenvolvimento consequente.
“Estamos melhores, fizemos coisas bem feitas, mas cansámo-nos a meio do caminho”, afirmou Mateus. “Desaprendemos de crescer, desconstruímos o que construímos na Europa e hoje somos um país extremamente corporativo, com os interesses focalizados no que o Estado faz ou deixa de fazer”, acrescentou.
No estudo, são analisados 50 indicadores que dão conta da evolução da sociedade e economia portuguesas, com enfoque para os resultados da aplicação dos fundos estruturais. O resultado é um país mais evoluído, mas aquém, muito aquém, do ideal. “Uma geração não foi suficiente para sairmos de uma situação de país de coesão", disse.
Para o coordenador do estudo, Portugal falhou ao não prosseguir políticas autónomas, com uma estratégia e caminhos concertados, reduzindo essas políticas à mera gestão dos fundos. Exemplificando: investiu-se na ciência, no conhecimento, mas não nas empresas que poderiam pôr esse conhecimento em prática.
Mas, sobretudo, e em virtude dessa ausência de uma linha clara por onde caminhar, houve uma enorme fragmentação nos apoios. “Não contivemos o entusiasmo do ‘eu também quero, eu também quero’”, disse Mateus, acrescentando que houve uma dispersão dos fundos por uma multidão de projectos, tendo mais presente a preocupação em chegar a todo o país do que definir áreas-chave em que se deveria apostar com os olhos postos na internacionalização.
E exemplificou: “Houve, há uns anos, uma tentativa de revitalizar a indústria têxtil e, juntamente com a Coreia, Portugal pôs de pé um projecto com esse objectivo. No caso da Coreia, decidiu-se focar os apoios numa única região têxtil e apoiaram-se 17 projectos, em Portugal, foram apoiados 2518 projectos.”
Num momento em que se discute o novo pacote de fundos europeus, o estudo pretende apontar os erros para se corrigirem opções tomadas. Esses erros, ao longo de 25 anos, nunca foram superados “por razões genéticas”, disse o ex-ministro da Economia. “Por falta de cultura de prestação de contas, porque há um problema de escrutínio na gestão dos dinheiros públicos”, sustentou.
NOTA: Os bons projectos precisam de bons executantes. Já Helmut Schmidt no discurso no Congresso do SPD em 4 de Dezembro de 2011 em Berlim lamentou que os políticos europeus não tiveram a capacidade adequada à implementação do projecto pretendido pelos criadores da Europa Unida.
Imagem de arquivo
1 comentário:
-> Mesmo depois de já terem sido estoirados mais de 200 mil milhões em endividamento... os 'patrioteiros-do-prego' (leia-se, os portugueses que estão a colocar Portugal no prego) continuam a falar em mais e mais despesa... NÃO ENQUADRADA na riqueza produzida!?!?!
.
-> Mais, para os 'patrioteiros-do-prego' já se vislumbra uma luz ao fim do túnel: "implosão da soberania, ou o caos" - federalismo...
-> E mais, os 'patrioteiros-do-prego' não defendem uma estratégia de renovação demográfica (média de 2.1 filhos por mulher) - os 'patrioteiros-do-prego' gostam de se armar em parvinhos-à-sérvia [vide Kososvo]: dizem que a 'solução demográfica' está na naturalização de outros...
{nota: : os separatistas-50-50 não têm nada contra os 'globalization-lovers'... leia-se: os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa}
{mais uma nota: uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum. Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço}
.
.
SE NÃO CORTAR COM OS 'PATRIOTEIROS-DO-PREGO', PORTUGAL NÃO VAI CONSEGUIR SOBREVIVER... resumindo e concluindo, SEPARATISMO-50-50!
.
OBS:
- Nazismo não é o ser 'alto e louro'... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!...
Nota: é mais fácil apanhar um nazi do que um coxo -> os nazis desmultiplicam-se na busca de pretextos... para negar o Direito à Sobrevivência de outros... um exemplo: os nazis 'globalization-lovers'/(anti-sobrevivência de Identidades Autóctones) buscam pretextos... para negar o Direito à sobrevivência das Identidades Autóctones.
- Pelo contrário, os SEPARATISTAS-50-50 não têm um discurso de negação de Direito à sobrevivência de outros... os separatistas-50-50 apenas reivindicam o Direito à Sobrevivência da sua Identidade!
{nota: há que mobilizar os nativos... que... possuem disponibilidade emocional para abraçar um projecto de Luta pela Sobrevivência}
Enviar um comentário