Segundo a notícia «CDS quer cortar apoio às viagens de Inês de Medeiros», os centristas vão propor lei para impedir pagamentos de deslocações a deputados que vivam no estrangeiro que, se for aprovada, torna impossível o pagamento das viagens à deputada socialista Inês de Medeiros como foi decidido pela administração da Assembleia da República. Trata-se de deputada eleita pelo círculo de Lisboa, mas com residência em Paris. O caso das viagens a Paris também tem causado mal-estar na bancada do PSD e é incompreensível que tal não seja partilhado pelos outros deputados.
Se vivia em Paris e queria manter a residência, qual a seria intenção de vir candidatar-se por Lisboa? E qual é a mais-valia para Portugal para suportar o ónus em viagens semanais em classe executiva? Que projectos de lei já apresentou desde que é deputada?
Curioso é Jaime Gama, homem sensato, muito ponderado não ter podido resistir às pressões e ter tido o cuidado, de afirmar que aplicou o que foi decidido em conselho de administração - pagar uma viagem semanal de avião equivalente a uma deslocação aos Açores em primeira classe -, mas deixou claro que a solução encontrada é uma excepção. E declara que o despacho será revogado se o Parlamento decidir alterar a lei.
Fica ao julgamento dos portugueses o facto de uma alta entidade, numa época de crise grave, como se vê diariamente nas notícias, permitir uma excepção, com acréscimo de despesas públicas, sem motivo de interesse para Portugal.
Poderá dizer-se que para o elevado volume de custos do Parlamento, se trata de amendoins. O certo é que essas viagens representam a soma de muitos rendimentos anuais de trabalhadores pagos pelo Salário Mínimo Nacional. E a crise que actualmente atravessamos resulta de «pequenos acréscimos de despesas» a troco de «robalos». O dinheiro público está em mãos de gestores que parecem imaturos
Vídeo de entrevista da deputada
Se vivia em Paris e queria manter a residência, qual a seria intenção de vir candidatar-se por Lisboa? E qual é a mais-valia para Portugal para suportar o ónus em viagens semanais em classe executiva? Que projectos de lei já apresentou desde que é deputada?
Curioso é Jaime Gama, homem sensato, muito ponderado não ter podido resistir às pressões e ter tido o cuidado, de afirmar que aplicou o que foi decidido em conselho de administração - pagar uma viagem semanal de avião equivalente a uma deslocação aos Açores em primeira classe -, mas deixou claro que a solução encontrada é uma excepção. E declara que o despacho será revogado se o Parlamento decidir alterar a lei.
Fica ao julgamento dos portugueses o facto de uma alta entidade, numa época de crise grave, como se vê diariamente nas notícias, permitir uma excepção, com acréscimo de despesas públicas, sem motivo de interesse para Portugal.
Poderá dizer-se que para o elevado volume de custos do Parlamento, se trata de amendoins. O certo é que essas viagens representam a soma de muitos rendimentos anuais de trabalhadores pagos pelo Salário Mínimo Nacional. E a crise que actualmente atravessamos resulta de «pequenos acréscimos de despesas» a troco de «robalos». O dinheiro público está em mãos de gestores que parecem imaturos
Vídeo de entrevista da deputada
4 comentários:
é muito fácil gerir e gastar o que sai do bolso dos outros...
Este é um daqueles casos que de tão flagrante que é o roubo, nem devia ser um caso, seria um facto.
Abraços do Beezz
Cara Mafa e Caro Beezz,
Isto devia, realmente ser um facto judicial, para acabar com a imunidade dos políticos que mexem no nosso dinheiro sem vergonha, sem pudor sem honestidade.
Da América, apesar dos seus defeitos vem esta lição de sentido das responsabilidades e de respeito pelos outros cidadãos, expressa no post Nos EUA os políticos estão sujeitos à lei geral.
Também, neste ponto da crise e de ser necessário reduzir gastos a Espanha dá lições, como se vê nos artigos de jornal de hoje Espanha corta um terço das empresas públicas e 32 altos cargos para poupar gastos e Espanha considera que não vai precisar de ajuda externa. E perante isto, os nossos políticos fazem nascer em nós pena de D. Afonso Henriques e de D. João IV terem evitado que estivéssemos a ser bem governados e que acabássemos por estar na miséria a ter de mandar as grávidas ir ter os filhos a Badajoz e os de Valença e de Monção terem de ir tratar da saúde a Vigo. Mas os parasitas devoradores dos nossos impostos continuam impantes a sugar os últimos cêntimos dos empréstimos a juros elevados que os estrangeiros ainda nos cedem. São os milhares de assessores desde as autarquias até aos escalões mais elevados, são as inúmeras empresas públicas e autárquicas que só existem para dar tachos a enxames de administradores pagos a preço de ouro para fazerem NADA.
E é a discrepância escandalosa entre os 20% de cidadãos mais pobres e os 20% mais ricos.
O que fazem os governantes perante isto? NADA. Porque estão submetidos a pressões poderosas como Jaime Gama ao aprovar o pagamento à Dona Inês. E como eles estão todos conluiados, cúmplices e coniventes, não se podem zangar porque quando se zangam as comadres sabem-se as verdades. E tudo mostra dever haver «verdades» terríveis que eles querem ocultar até à última hora de vida.
Cá vamos, gemendo e chorando ou como diz uma nova versão do hino:
Heróis do mal,
Pobre Povo,
Nação doente
E mortal,
Expulsai os tubarões
Exploradores de Portugal....
Abraços
João
Do Miradouro
Caro amigo, João Soares.Antes de mais gostaria de lhe desejar um óptima semana.
Relativamente ao assunto deste post, gostaria de dizer que era já era tempo de se moralizar a política e sobretudo gerir bem os dinheiros públicos! Estas aberrações continuarão a acontecer enquanto não houverem alterações de fundo na nossa sociedade. A política continua a ser uma forma de aumentar e perpetuar as desigualdades sociais, as injustiças, na medida em que não é pelo todo, ( pelo povo ), que se governa, mas na defesa de interesses particulares dos "boys" do partido e das classes dominantes, aquem esses boys, devem vassalagem pela ascensão na carreira e pela mobilidade social que lhes é oferecida.
Torna-se assim Portugal num amplo teatro, em que os grande prejudicado é o todo, em favor de alguns... os donos da quinta!
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