11 setembro 2009

Parasitas em quarentena



Carrego no corpo
os ossos desumanos da fome,
rasgam-me a pele quase finda.

As moscas alimentam-se do meu olhar
que já nada vê,
dobro-me em dores
enquanto a morte não chega.

A condição humana
sentencia-me sem julgamento.
E outros tantos como eu
são agrilhoados como vermes,
parasitas em quarentena
no jejum de terras férteis.

Maldita eutanásia
que nos esconjura, amamenta
em ventos secos involuntários
como a ânsia, de quem os concebe
a sangre frio.


Conceição Bernardino

1 comentário:

fa_or disse...

Um pão-nosso cada-vez-mais-de-cada-dia.

Mas é possível transformar o pesadelo em sorriso!

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