Foi com estupefacção, mas não com admiração (pois já nada me admira), que recebi, enquanto moderador deste blogue, o seguinte comentário de um nosso habitual leitor, dizendo que “o lápis azul da Censura“, lhe havia fechado o seu blogue. E eu recebi este comentário, como já disse sem admiração, mas com estupefacção porque foi muito célere, ou seja, a decisão desde as ameaças à muito sofridas, de anónimos, e de gente da nossa “camorra”, eram diários e várias vezes ao dia, depois de auto intitular defensor do novo movimento “Democracia Directa”, então foi por demais evidente que lhe fechavam a tasca, mas dotados de dois pesos e duas medidas, pois em muitos outros assuntos de estado, não se apressaram os senhores da “Gabardina” a andar da perna e destapar o corrupto do caso “Freeport”, que como é sabido pode prescrever ao fim de cinco anos desde o começo das investigações. Para que se saiba, o desabafo deste amigo “Blogger”, serve de rampa de lançamento para que se saiba, sim, temos Ditadura, e da mais badalhoca e mesquinha como pede para ser conotada. Fica aqui, já o tal desabafo, do amigo:
“O blogue http://portaria-59.blogspot.com/ foi silenciado pela ditadura, para saber mais vá aqui: http://pulseiraeletronica.blogspot.com/, deve ter sido o quinto blogue encerrado em Portugal depois de vários terem ido a tribunal por dizerem as verdades. As eleições estão à porta mas nada faz parar a ditadura na sua ânsia de poder, neste momento desde o seu presidente de câmara municipal até ao deputado pelo seu circulo só pensam quem vai manter o tacho ou arranjar outro, não pensam em si caro eleitor que só tem voz de quatro em quatro anos nas eleições que os vão colocar no poleiro por mais quatro anos. É a pura verdade. Por isso silenciam quem lhes faz frente na tentativa de apagarem casos como Freeport, Portucalle, Portaria 59/2005, etc. É o Portugal que temos porque é isto que se vai apresentar em eleições brevemente, é este tipo de gente que nos governa e quer continuar a governar, desde a sua junta de freguesia até ao presidente da republica, já são milhares os exemplos de abandono do povo, ao denunciar isso mais as ilegalidades que cometem fecharam simplesmente um blogue que lutava pela defesa do Património e da memória de um Povo outrora chamado Portugal. Vivemos agora em Roubugal, ditadura severa onde os ricos não vão para a cadeia, onde o estado dá dinheiro aos bancos e aos ricos, onde se desviam dinheiros destinados ao Património para se fazerem campos de golfe e hipismo, onde pedófilos tardam a ser julgados e onde o Povo tal carneiros vota de quatro em quatro anos sem depois nada poder fazer quando há suspeitas acerca de quem governa. Roubugal não pode continuar assim, é hora de mudar, Democracia Directa é a solução ao alcance de todos!”
Os negritos do texto acima, são meus, e são de realçar também o porquê de lhe terem mandado o Blogue Co Alho, como faz questão de o dizer, é que neste caso, o nosso amigo, conta com a minha total solidariedade, e determinação, Há que fazer uma “Varredela”, nem que seja à “Vassourada” destes corjas, que nos querem impor a sua vontade de nos GAMAR.
A Mim, ninguém me cala, e a ti “Alexix” Também não… Podem-te fechar o Blogue” abriremos outros 10, 20, 30… 10000000000, os que forem precisos, para correr com esta gentalha.
Recebi do amigo A João Soares, o seguinte documento do SMMP (Sindicato dos Magistrados do Ministério Público), e resolvi colaborar colocando-o aqui para todos vós.
Jorge Sampaio diz aos «agentes políticos» que se devem «deixar de assuntos periféricos». Este desafio que lança ao Parlamento é justificado porque, perante a crise que o país está a atravessar, os portugueses não podem estar satisfeitos com o ambiente crispado entre os agentes políticos, com o seu alheamento dos assuntos essenciais do País, de que é exemplo gritante a demora na substituição do Provedor de Justiça, a leviandade com que se atiram à loucura de investimentos públicos megalómanos sem pensarem no rácio custo-benefícios, para que alertou o Presidente Cavaco Silva. Sem definirem regras a que Bruxelas chama «conjunto de recomendações e boas práticas», ou «código de bem governar» ou «código de conduta», como aqui tem sido sugerido, os legisladores e governantes desperdiçam energias em lutas interpartidárias do alecrim e mangerona, mais preocupados com o sal no pão do que com a eficiência do ensino de civismo e de gestão financeira para o cidadão comum, com a segurança interna, com a eficiência da Justiça traduzida em menos criminalidade violenta, etc.
Uma crise é oportunidade de corrigir procedimentos e comportamentos a fim de se preparar um futuro mais racional e mais consentâneo com o bem-estar da população, mas, infelizmente, não se vêm decisões bem preparadas nesse sentido. Pouco de verdadeiramente positivo tem sido visto, e mesmo as muitas promessas são impensadas e sem garantia segura de virem a contribuir para um futuro mais risonho para a população.
Os conselhos de pessoas bem pensantes, como as citadas, devem sem meditados com profundidade.
O Provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, está no cargo desde Junho de 2000 e já devia ter sido substituído há 8 (oito) meses. Se o regime funcionasse bem, na data em que terminou o mandato devia ser dada posse ao seu substituto já anteriormente escolhido. Mas, passados 8 meses, ainda não foi decidido quem o irá substituir.
Segundo a revista “Visão”, nos últimos meses têm sido propostos pelo PS nomes como Freitas do Amaral, António Arnault e Rui Alarcão. Mas estes foram rejeitados pelo PSD, que apresentou Laborinho Lúcio. Por sua vez, este nome foi descartado pelos socialistas. Acima dos interesses de Portugal, os partidos colocam as suas ambições e desgastam-se em tricas, esmagando os interesses nacionais.
Infelizmente, os políticos esqueceram que Política é a ciência e arte de bem gerir os interesses dos Estados para benefício dos cidadãos. Preferem ver a política - com p minúsculo - com a «habilidade» de se governarem a si e aos boys dos partidos e caçar o máximo de votos, mesmo que os métodos utilizados prejudiquem seriamente os cidadãos.
O próprio Nascimento Rodrigues diz que este “braço de ferro” assemelha-se, a uma “comédia à portuguesa” e “desprestigia os decisores políticos, intranquiliza o funcionamento normal da Provedoria e deixa os cidadãos cada vez mais descrentes da qualidade da nossa democracia”. Oito meses é tempo demais para se poder continuar a ter paciência, e para se poder ter confiança em tal democracia! “O país acha admissível que o provedor continue refém destas circunstâncias até ao fim do ano ou, quem sabe, até depois?”
Perante as palavras de Nascimento Rodrigues, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, vestindo a habitual capa de «His master’s voice», em vez de dar aos portugueses justificação credível para o atraso de 8 meses, como não tem tal justificação confessável, tentou virar o bico ao prego e dizer que lamenta as declarações do Provedor de Justiça. Coitado do porta-voz! Presta-se a cada uma! E, possivelmente, estará convencido que convenceu alguém isento e de boa vontade.
Só admiro a paciência e sentido de Estado de Nascimento Rodrigues. Muitos em seu lugar teriam fechado a porta e entregue a chave ao Presidente da AR, para a entregar a quem entendesse.
Não existe nos maiores partidos a noção do que é negociação, pensando o do Governo que ela se resume a impor a sua própria opinião em defesa dos próprios interesses partidários e ignorando os do País.
Alguns títulos das notícias de hoje sobre este tema:
Transcrição de texto de um médico, recebido por e-mail, por ser merecedor de atenção
Despesa anual com o receituário em vigor dos medicamentos
Em 1960, quando nos licenciámos em Portugal, Coimbra, como é lógico ensinaram-nos a receitar medicamentos e assim prosseguimos até 1966, data em que emigrámos para um País anglo-saxónico depois de cumprir 36 meses no norte de Angola nas Forças Armadas.
Quando nessa data começámos a trabalhar quer em hospitais quer em clínica privada, tivemos que alterar inúmeras facetas do exercício da medicina, pois a língua latina era a base da nomenclatura e nós aprendemos com base no francês.
Naquela data, repito 1966, quando receitávamos, quer nos hospitais quer em clínica privada, os medicamentos eram referidos às farmácias em mono-doses e assim prosseguimos durante mais de 20 anos. Quando regressámos a Portugal ficámos admirados e intrigados pelo receituário ainda ser como era quando nos licenciámos em 1960.
Depois de investigarem o assunto, e se se alterasse o sistema para mono-doses, chegaram à conclusão que o Estado poupava cerca de 180 milhões de euros por ano!!!
A razão é muito simples: o custo de embalar é caro e os medicamentos que acabam em nossa casa a mais e passam o prazo de validades são inúmeros.
De facto um quinto dos medicamentos receitados não é utilizado porque os doentes não os tomaram, e em metade destes casos, isso ficou a dever-se à inadequação de dimensão das embalagens.
Mas será assim tão complicado mudar-se o sistema? Claro que não. Os laboratórios recebem os medicamentos dos Países de origem em macro embalagens e estes deveriam ser enviados às farmácias ou hospitais devidamente selados. As farmácias, consoante as receitas, colocariam as doses prescritas em frascos de plásticos ou vidro e seriam entregues aos doentes, depois de rotulados, com a indicação de como se deviam tomar.
O processo é simples. As farmácias disporiam de uma máquina automática de colocar dentro de um frasco de vidro ou plástico a quantia exacta. Aqui há um pormenor importante a realçar: a receita escrita pelo médico é diferente de Portugal. Dou um exemplo: se eu quiser receitar Voltaren em comprimidos, escrevo o número total destes, mas a receita vai em termos técnicos latinos. Exemplifico: se o doente tomar 3 comprimidos por dia durante 7 dias escrevo I TDSx21. Se quiser que o doente tome 2 comprimidos por dia durante 7 dias escrevo I BDx14. Se quiser que tome 4 vezes por dia escrevo I QIDx28. O farmacêutico está a par deste código que é em latim e dá a receita sem erros, o que muitas vezes não se passa aqui em Portugal, quando a letra do médico é ilegível. Estes termos em latim são muito antigos e vem da idade média onde o latim era a linguagem certa e correcta.
Assim tem sido nos Países anglo-saxónicos, africanos, etc. onde milhares e milhares de médicos receitam e os doentes levantam nas farmácias sem qualquer problema. Aliás eu concordo com este sistema. O doente recebe o medicamento sem qualquer literatura, não dando margem a ser levados em erro ou auto medicarem-se se são hipocondríacos e julgam que tem as doenças que ali vêm descritas.
Por experiência própria, nunca tive problemas nos mais de 20 anos em que exerci naqueles Países nem tomei conhecimento de anomalia ali verificada, com outros médicos, hospitais, etc. Não me estou a ver a receitar em Portugal com os termos acima indicados. O farmacêutico como não sabe latim julgava que eu estava senil... Por me ter sido solicitado ao longo dos últimos anos em Portugal e em diferentes serviços de saúde de vários Governos, às vezes de viva voz, fui dando conhecimento da minha experiência pessoal, mas nada foi alterado. Simplesmente prescreveu... De tempos a tempos surgem na comunicação social notícias sobre este assunto, mas desaparecem rapidamente... com 40 anos de atraso. Estão em experiências!! Para juntar aos custos atrás referidos há o factor da reciclagem ou incineração. Os medicamentos que passam o prazo de validade têm de ser separados das embalagens, plásticos ou vidros, etc., etc. A triagem é pois demorada e muito complexa. Tudo isto se vai reflectir no custo dessa operação. Entretanto foi criado no Algarve um centro de queima e reciclagem de medicamentos usados ou fora da validade. Para ali foram enviadas várias toneladas. Quando tudo estava para acontecer a APA (Agência portuguesa do Ambiente), ordenou a suspensão de todos os envios de resíduos para queima na incineradora em Fevereiro deste ano de 2009. Razão. Não tinha sido criada uma unidade de triagem para separar os comprimidos, cápsulas, etc. das embalagens de vidro, plástico ou cartão. Estes resíduos foram armazenados até que seja criada uma unidade de triagem! O custo por tonelada da reciclagem fica em 40 euros e o da incineração oscila entre 60 a 150 euros segundo a QUERQUS. Mas Portugal está atrasado em relação a isto tudo. A UE tem chamado a atenção a Portugal, pelo despejo por todo o País de resíduos tóxicos.
Como é possível falar em política de contenção dos gastos públicos com a saúde e da sua sustentabilidade se se persiste em não alterar por exemplo o que atrás foi por nós referido? Os custos financeiros e sociais são elevadíssimos e irreversíveis e como se pode calcular a despesa com medicamentos por habitante tem que ser das mais altas da Europa. O Tribunal de Contas tem concluído que o desperdício dos recursos financeiros do S.N.S atinge os 25% do material afecto à saúde.
Como importamos mais de 90% dos medicamentos, é fácil entender que sendo a nossa dívida externa de 2 milhões por hora, se fosse feita a alteração para mono-doses, a economia traduzir-se-ia em cerca de 180 milhões de euros por ano, 500 mil euros por dia, a que acresce a poupança com a desnecessidade de destruição de medicamentos e embalagens não utilizados. Como a APA ordenou o armazenamento de tais produtos, quantos milhões irá isto custar? E a saúde pública será ou não afectada com tal concentração de produtos? Como se vai fazer a segurança desses armazéns? Há 15 anos que Portugal é confrontado com o despejo de produtos tóxicos de norte a sul. E ainda chamam de pessimista ao Senhor Dr. Medina Carreira?
Bendita Pátria que tais governantes pariu. Artur Santos Dias
Sim é verdade, Pesam-me nos ombros Os anos de vida, Acolho no corpo As maleitas da idade, Ostento no rosto A dor do meu estado, Não tenho força Sinto-me cansado. Sim é verdade, Estou enfermo E debilitado!
Sim é verdade, As noites são longas, A espera iniludível, A esperança sombras E a angústia terrível. O presente é amargo, O passado saudade E neste corpo pesado Sou pó sem idade!
E, sim é verdade Que tu andas por aí, O amor por quem chamo Não está mais aqui, Neste fim de vida A tua ausência estreita A mais débil partilha Que na dor me enfeita E o Filho que amo Por quem tudo fiz, Esqueceu-se de mim... Não sou feliz!
Nas raízes dos meus dedos procuro na terra a essência da minha infertilidade, onde as cinzas viram pó e se espargem na indiferença silenciosa da humanidade.
Queima-me agora a sede de um tronco destorcido. As folhas partiram enquanto as agulhas percorrem os ramos malignos deste cancro maldito, onde a cura se perde numa miragem já quase alucinada entre a coragem e a dignidade de viver.
I(mploro) P(erduro) O(bstruo)
Vou sorrindo à dor como quem chora por uma palavra… … apenas uma palavra.
Podes deformar a primavera com o teu sopro desabrido mas as cores perfumadas, verdejantes serão o meu eterno, infindo porto de abrigo.
Mulher Que carregas no ventre o teu fruto Que lhe dás o teu pão, o teu amor A tua vida… Que lutas, que sofres, que amas… Que te maltratam, que te escorraçam Que te matam! Mulher Que és mãe, esposa, amante Companheira Que labutas, que choras, que ris… Que não tens pão, não tens dinheiro Mas tens dor, sofrimento, angústia Desilusão Mulher Que queres vencer, queres amar Queres aos filhos tudo dar Mas não tens casa Não tens pão Mas tens amargura, dor E frustração Mulher pobre Pobre mulher… Que angustia por não teres O pão para aos teus filhos dares! Sofres a dor…de os ver morrer.
Caríssimos, "Bowling for Colombine", é um documentário onde o realizador, procura encontrar a resposta, para o facto social da violência nos Estados Unidos, incide sobre os homicidios praticados com armas de fogo! É sem dúvida um documento que poderá objectivar a reflexão, o estudo e a sensibilidade para o problema e talvez despertar consciências.
Bowling for Columbine é um documentário realizado por Michael Moore EUA/Canadá/Alemanha, 2002 Cor – 120 minutos.
"Em 20 Abril de 1999, Dylan Klebold e Eric Harris, dois adolescentes com idades de, 17 e 18 anos, entraram armados no liceu onde estudavam, o Columbine High School, em Littleton, no estado americano do Colorado, e mataram 12 alunos e uma professora, suicidando-se em seguida. Em 2000, uma criança de 6 anos é morta a tiro por um colega da mesma idade. Michael Moore percorre vários locais dos Estados Unidos e do Canadá, em busca de uma resposta para a pergunta: os americanos são loucos por armas ou são simplesmente loucos? «Bowling for Columbine» não é um documentário na mais usual acepção do termo, que sugere uma visão tendencialmente imparcial da realidade. O documentarista tende a ser um mero observador, não interferindo ou manipulando o objecto que documenta. Se assim for, saímos do campo do real e passamos para o da ficção ou da falsidade (quando se passa fabricação cinematográfica por factos reais).Claro que o facto de existirem seres humanos por detrás de qualquer documentário, implica sempre uma certa subjectividade, nem que seja na escolha do enquadramento ou na utilização da luz. Mas é a montagem que condiciona o “real”, e que pode ser usada para transmitir ideias opostas com base no mesmo material. Moore não está interessado em ser um simples observador, desde logo porque permanece em frente à câmara, longe da posição típica do entrevistador fora do enquadramento. O seu trabalho não é apenas o de documentar e de investigar, mas também de procurar alcançar respostas, usando esses depoimentos e uma grande variedade de fontes para uma recolha de evidências, como se elaborasse ele mesmo uma verdadeira tese, procurando explicar as causas da elevada mortalidade devida a armas de fogo nos Estados Unidos. O realizador apresenta de forma clara (e convincente) razões porque é que a sociedade americana possui tantas armas e porque é que os cidadãos estão bem mais dispostos a usá-las do que os nacionais de outros países. Desde logo, frisa-se a existência de uma cultura do medo, que é alimentada pelos políticos e pelos media. Não é preciso olharmos para os EUA para entender como é que tal pode funcionar, pois já se realizaram internacionalmente estudos analisando o conteúdo dos noticiários televisivos e a respectiva resposta por parte das audiências. Em Portugal, também não será raro ouvirmos comentários sobre como as coisas “estão mesmo más” ou “estão cada vez pior”. Se os noticiários seleccionarem todos os crimes violentos do dia, por mais pequenos que sejam, conseguem (infelizmente) encher toda a sua duração. É possível que a percepção dos cidadãos seja de um aumento generalizado da criminalidade, ainda que não se registem alterações relevantes de um ano para o outro ou mesmo quanto certos índices decrescem: basta que o conteúdo editorial dos noticiários de maior audiência destaque notícias de crimes violentos. Isto será um facto universal, mas aliado à particular cultura dos EUA, com o direito constitucional de porte de arma ou a banalização da venda de armas e munições, disponíveis em lojas de bairro e em supermercados (a pornografia não se vende em quiosques e supermercados como por cá, para protecção dos menores), os seus cidadãos terão maior propensão para pegar em armas e pôr fim a uma vida. Uma criança educada para recear os que a rodeiam e ensinada desde tenra idade a manipular armas, para se defender, pode tornar-se não só vítima, como o potencial agente da morte, como se ilustra pelos vários casos apresentados. Poder-se-á dizer que é a sociedade que convence uma criança ou um adolescente a tornar-se agressor antes que se torne vítima? «Bowling for Columbine» apresenta essa possibilidade de leitura, que se não afere particularmente chocante. Afinal se o Canadá revela um “fascínio” similar por armas, clubes de tiro, etc., e se o acesso também é fácil, porque é que aí os homicídios com armas de fogo são na ordem das dezenas por ano, enquanto nos EUA esses números atingem uma média anual de cerca de 11 mil? O presidente da National Rifle Association, principal lobby dos “atiradores” nos EUA, Charlton Heston, surge no filme tentando sugerir algumas justificações, que são verdadeiramente hilariantes, mas não são transcritas para que o leitor melhor as possa apreciar na devida altura. Outra questão que o filme de Michael Moore foca são os bodes expiatórios, de onde deriva o título «Bowling for Columbine»: porque não culpar o bowling, já que os miúdos frequentavam uma aula de bowling e poderão ter estado a jogar na manhã da matança? Estamos familiarizados com a facilidade com que certas associações de cidadãos atribuem a culpa de um crime a uma banda de Heavy Metal ou a Marilyn Manson – um dos entrevistados por Moore – porque o criminoso costumava ouvir essa banda que, por acaso, tem letras “violentas” ou “satânicas”. O mesmo se aplica a jogos de computador ou filme violentos (a dupla usava gabardinas negras, por isso a culpa também é de «The Matrix»), sem esquecer a literatura (Harry Potter foi banido em algumas escolas americanas, pois a leitura das suas histórias poderia convencer as crianças a dedicarem-se à bruxaria ou a questionar os valores cristãos). Por que razão é tão fácil apontar o dedo a uma canção ou um filme, cujo conteúdo funcionaria como um botão que é pressionado e automaticamente “condicionaria” uma pessoa, criança ou adulto, a cometer um crime, “inspirado” pelo que leu ou que viu, e não se procuram factores sociais mais alargados, relacionados com a educação e o meio ambiente em que o indivíduo se insere? Ainda que «Bowling for Columbine» pudesse dispensar alguma manipulação emocional gratuita (como a fotografia da criança, no final do filme, e o modo como a cena é montada), o filme de Moore tem, no mínimo, o mérito de caminhar na direcção de uma resposta racional."
Não me chames que já não te ouço, Já é tarde, muito tarde E eu já desisti de caminhar, A Lua também já dorme Neste corpo sem luar! Os abraços que não dei São fragmentos de ar pestilento, Da mendicidade que calei E se perde agora no tempo! Sobram apenas os risos de desdém, Nos olhares que me vestem sem me ver E dobram somente os sinos por ninguém Na pressa de um novo amanhecer! Sinto no ar o cheiro nauseabundo, Dos detritos que conspurcam o meu corpo, Liberto-me enfim deste mundo Já não choro, já não me minto e já não sofro... Sou apenas um indigente moribundo Em digressão pelo seu derradeiro sopro!
Hoje, quero aqui lançar um desafio, que nos foi este também lançado, pela autora do blog "Portaria Ilegal", surgindo duma ideia vinda do Brasil, que consiste no seguinte:
Escolher um Político, de uma Câmara, Junta ou mesmo da Assembleia da Républica
Efectuar, um e-mail e/ou carta a pedir esclarecimentos sobre a sua actuação, pedindo o envio da sua agenda de trabalho, propostas e projectos.
Enviar, as nossas sugestões, críticas e elogios, sempre que entenderem por necessário.
É certo, que muitos políticos, não gostam de ver assim o controle dos cidadãos, mas é um direito que nos assiste, devemos exerce-lo, e não só criticar. Este texto, está aberto a sugestões, a ideias, sobre quais os políticos a serem acompanhados.
Peço portanto, que dêem sugestões, que serão bem vindas, e analisadas em conselho de autores do blog, para posteriormente, numa outra oportunidade, ser lançado o desafio, ao político que acharmos em conjunto, acompanhar.