30 abril 2012

Rendimento máximo garantido

          Muito se tem falado do Rendimento Social de inserção ou seja do famigerado rendimento mínimo e da necessidade de moralizar a atribuição do mesmo, pois muitos oportunistas aproveitam e também andam à custa do erário público e mesmo tendo outros rendimentos não os declaram e fintam assim o fisco e a segurança social. Outros tornam-se subsidiodependentes e não mexem uma palha, para alterar a situação!

          Pois eu, sinceramente acho que esta é mais uma falsa questão, que serve apenas para distrair a atenção do povo, estes encargos representam 2% dos encargos sociais, claro com tendência para subir, dadas as políticas de estrangulamento da economia adoptadas pelo Governo, às ordens da Troika. O povo português, por mérito das lavagens ao cérebro, com que é bombardeado diáriamente, tem como dado adquirido, que um dos motivos da nossa economia estar de tanga, são de facto estes subsidios do RSI ( Rendimento Social de Inserção ), atribuidos sem controlo e sem critérios de rigor.

A questão que aqui deixo, prende-se com as subvenções vitalícias dos políticos, e porque não falam estes senhores neste RENDIMENTO MÁXIMO GARANTIDO?
Com toda a certeza, a precentagem paga a estes senhores, ultrapassa muito os 2% do orçamento da Segurança Social. Por outro lado, estes senhores são catapultados para empresas aonde auferem vencimentos principescos, o que por si garante, que não necessitam de qualquer subvenção paga pelo Estado. Quando é que se acabam com estas verdadeiras vergonhas? Isto sim, é um assalto ao bolso de todos os portugueses e a demonstração de que estes políticos, não têm qualquer pejo em vender  e hipotecar Portugal.

Rendimento máximo garantido.
(segundo dados publicados no Expresso online em 24.out.11)

Finalmente, o caso das subvenções vitalícias dos políticos veio a lume, e chamaram-se os bois pelos nomes.
Como se pode ler na Actualização 30, a passagem por altos cargos do Estado, longe de ser uma desvantagem para quem os desempenha (a premissa que esteve na base da criação destas subvenções) é, pelo contrário, um trampolim para projectar uma vida profissional milionária. Mesmo assim, os nossos gananciosos protagonistas não abriam mão da subvençãozinha estatal. Uma vez encostado ao Estado, encostado ao Estado para sempre!
Claro que os políticos devem ter uma reforma, como toda a gente. Aos 65 anos, e depois de uma carreira contributiva - como toda a gente! Agora, subvenções vitalícias (alguns começaram a recebê-las na casa dos 30), isso não! É um descaramento e uma pouca-vergonha andar a sacar dinheiro ao povo, para isto. Fica aqui uma lista de uma dúzia de subvencionados vitalícios, para que nos recordemos para onde foi algum do dinheiro dos nossos impostos.
Não por acaso, alguns destes nomes constam igualmente da lista dos 15 nomeados em "Como os Políticos Enriquecem em Portugal" (ver Actualização 30).
Carlos Melancia - 9.150,00 E (Empresário hoteleiro)
Álvaro Barreto - 3.400,00 E (Reformado com funções não executivas em várias empresas, nomeadamente na Tejo Energia)
Zita Seabra - 3.000,00 E (Presidente da administração da Alêtheia Editores)
Ferreira do Amaral - 3.000,00 E (Membro não-executivo da administração da Lusoponte)
Jorge Coelho - 2.400,00 E (Presidente da comissão executiva da Mota-Engil)
Duarte Lima - 2.200,00 E (Advogado na área de gestão de fortunas)
Ângelo Correia - 2.200,00 E (Presidente do Grupo Fomentinvest da Lusitaniagás)
Rui Gomes da Silva - 2.100,00 E (Advogado e vice-presidente da direcção do Benfica)
Armando Vara - 2.000,00 E (Presidente da Camargo Corrêa)
António Vitorino - 2.000,00 E (Advogado na área dos negócios)
Dias Loureiro - 1.700,00 E (Ex-gestor da SLN, detentora do BPN)
Bagão Félix - 1.000,00 E (Professor catedrático da Universidade Lusíada e gestor)
Total anual: 9.000.000,00 Eur., pagos pelos contribuinte

Como se diz “basta” em alemão?

El País Madrid
O presidente do Banco Central Europeua Mario Draghi e a chanceler alemã Angela Merkel.
O presidente do Banco Central Europeua Mario Draghi e a chanceler alemã Angela Merkel.
                                                                                                        Steve Bell
 
Apesar das consequências sociais e políticas, o Bundesbank e o Governo de Angela Merkel continuam a defender a aplicação do rigor que vem sendo aplicado na Europa há dois anos. É hora de travar os danos, insurge-se o politólogo espanhol José Ignacio Torreblanca.

 
Diz Jens Weidmann, o jovem economista que acedeu à presidência do Bundesbank depois de uma carreira política meteórica à sombra de Angela Merkel e membro, sem dúvida o mais influente, do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE), que taxas de juro de 6% não são "o fim do mundo" e, portanto, não constituem motivo suficiente para o BCE atuar no sentido de aliviar a pressão de que a Espanha é alvo nos mercados da dívida. Seria curioso saber até que ponto Weidmann está consciente de que a Espanha e a Alemanha fazem parte da mesma união monetária e, também, até que ponto partilha a preocupação quanto a se essas taxas de juro põem em causa o sentido dessa união e a sua existência.

Supomos que, para Weidmann, em cujo mandato não entram nem o crescimento nem o emprego mas apenas a estabilidade de preços, uma inflação de 6% seria, isso sim, o fim do mundo. Mas, felizmente, o presidente do Bundesbank pode dormir tranquilo, uma vez que a taxa de inflação média da zona euro é de 2,7%. Além disso, para maior tranquilidade de Weidmann, em Espanha a inflação é de 1,8% e na Grécia de 1,4%, inferior até à da Alemanha (2,3%).

O mérito dessa declaração tão sincera e, ao mesmo tempo, tão infeliz de Weidmann é que ela explica com toda a clareza o que está a acontecer à Europa, e muito direta e particularmente a Espanha.

A Alemanha não aprendeu a lição com Weimar

A falta de visão e de sensibilidade que contém faz lembrar a cegueira das elites francesas, a seguir à Primeira Guerra Mundial, que sufocaram qualquer possibilidade de recuperação e crescimento na Alemanha, ao imporem indemnizações de guerra pesadíssimas. Ainda que justas, pois tinha sido a Alemanha a iniciar a guerra, essas indemnizações abriram caminho à mescla de populismo e irredentismo que engendrou o nazismo e a Segunda Guerra Mundial. Não deixa de ser paradoxal que a Alemanha, que superou admiravelmente o nazismo, não tenha conseguido fazer o mesmo com a inflação que levou à queda da república de Weimar. Sem dúvida alguma que, se o euro acabar por se desagregar ou se a construção europeia entrar em colapso, os historiadores utilizarão frases como esta para explicar o que correu mal na Europa e quais os erros que foram cometidos.

Agora, com a sua cegueira e com uma atitude semelhante (faça-se justiça mesmo que o mundo pereça), o Governo alemão não só põe em perigo a construção europeia como estimula o despontar de sentimentos antialemães. Veja-se um exemplo: apesar de, em Espanha, a imagem da Alemanha continuar a ser boa, o último barómetro do Real Instituto Elcano mostra que três em cada quatro espanhóis (73%) consideram que a Alemanha não tem em conta os interesses de Espanha e, de forma mais unânime ainda, 87% pensam que "o país que manda na Europa é a Alemanha" (não o país que manda "mais", note-se, mas simplesmente o país que manda).

O indigno servilismo da França

Terá chegado o momento de dizer "basta" a Berlim? Sem dúvida. Como? Coordenando, a partir de Bruxelas, o calendário de reformas nacionais com o calendário de crescimento europeu. Isso requer o restabelecimento dos equilíbrios políticos e institucionais na Europa, que foram pelos ares. Por um lado, a Comissão Europeia, que deveria falar em nome de todos os Estados, foi eliminada como ator político. No início do seu segundo e último mandato, o presidente da Comissão, [José Manuel] Barroso, tentou apresentar-se como alguém que queria ser um verdadeiro líder. Mas, quando as coisas começaram a ficar difíceis, pôs de lado a agenda de crescimento sustentável que promovia havia anos.

E, por outro lado, a França, que sempre desempenhou um papel de contrapeso sobre a Alemanha, encontra-se hoje nas mãos de alguém como Sarkozy, o estadista do Tosão de Ouro, que compensa o fracasso da sua agenda reformista, em casa, com a indigna e típica prática do servilismo do fraco perante quem está por cima (a Alemanha) e com a arrogância do forte perante quem está por baixo (Espanha). Essa França, irreconhecível, passou a ser um problema tão grande para o futuro da Europa como o excesso de rigor que domina o Bundesbank. Hollande pode ter um efeito purificador para a França, para a Comissão e para a própria Alemanha.

29 abril 2012

Taxa Alimentar

Depois do aumento do IVA sobre produtos alimentares para a tabela máxima, está no ar a ameaça de uma nova taxa alimentar que o Governo PSD-CDS pretende introduzir para estabelecimentos comerciais com áreas superiores a 2000 metros quadrados.

Tal taxa, na realidade, não será paga pelas grandes superfícies comerciais, mas sim pelos consumidores, os mesmos que já foram onerados pelo aumento do IVA. A nova taxa resulta em mais uma transferência de dinheiro do consumidor para os cofres o Estado. E, segundo as notícias, estima-se que orce pelos 12 milhões de euros.

E quem é o consumidor mais lesado? É aquele que, carente de fortuna e de capacidade de poupança, gasta em consumo todo o pouco rendimento de que possa dispor (não pode poupar nem investir em especulação bolsista nem em offshores). Esse, a classe mais pobre, é mais uma vez taxada sobre tudo o que possa ganhar, enquanto os mais bafejados pela fortuna, por vezes conseguida por meios pouco morais, continua ao lado de tais «impostos» que, na pior hipótese, apenas lhes dão imperceptíveis beliscões.

Trata-se, realmente, de um imposto excessivamente injusto a pesar nos bolsos dos mais carentes. Ele, tal como o aumento do IVA e outros cortes da austeridade, retira o pouco poder de compra daqueles que não podem deixar de gastar em consumo tudo o que ganham e que, em consequência desta falta de equidade fiscal e injustiça social, terão que consumir menos, donde resultará atrofiamento na economia, numa altura em que se diz que é preciso desenvolvê-la, pois provoca menor facturação nas empresas de comércio, obrigando muitas a fechar. Depois, na sequência da redução das vendas resultará a diminuição da produção que levará muitas indústrias, devido à falta de procura, a fechar ou, no mínimo, a despedir pessoal. De tudo isto resultará o aumento do desemprego e a recessão económica. Não venham depois os «sábios» economistas mostrar-se surpreendidos com o agravamento da recessão!

Qual será o objectivo desta estratégia recessiva governamental de espoliar os pobres, os consumidores por excelência, que destinam todo o seu mísero rendimento ao consumo?

Entretanto, os grande beneficiados da protecção estatal, continuam na sua vida folgada a gozar os gordos lucros como accionistas da EDP, da GALP, da PT e de outras grandes instituições que não têm rebuço em aumentar os preços dos seus produtos, explorando imoralmente os seus clientes e depois lhes atiram á cara, em custosa publicidade, os exagerados lucros.

Daí que se considera de alto valor patriótico a promessa de Seguro de o seu partido se opor a tal nova taxa.

Imagem de arquivo

28 abril 2012

Dr.Matthias Rath - A ganância da Europa

Matthias Rath (nascido em 1955 em Stuttgart, Alemanha) é um médico alemão e fundador da "Cellular", que oferece uma alternativa para a luta contra as doenças cardiovasculares, doenças que afetam o sistema imunológico e câncer. A "Aliança para a Saúde", fundado por ele, é ativo principalmente nos países europeus, incluindo a Espanha, assim como em outras partes do mundo, incluindo América Latina. Gerou polémica pelas suas alegações que "a medicina celular pode prevenir e curar doenças como o cancro ou a SIDA", que não foi comprovada por pesquisas médicas.

Nesta conferência em Berlim em 13 de Março, o Dr. Rath chama o povo da Alemanha e da Europa para assumirem a responsabilidade.
Dr. Rath apela à união de todos para construir uma Europa verdadeiramente democrática, mais justa e de oportunidade e igualdade para todos, formando um novo mundo. Alerta para os interesses instalados que estão por trás da crise, das guerras e dos actuais problemas que a humanidade enfrenta.  Sobre a ganância de alguns que controlam a industria farmaceutica, diz que: os Resultados da pesquisa científica já disponível, são baseados em recursos naturais, o que mostra que muitas doenças crónicas podem ser revertidas. Mas neste mundo impressionante "não são criadas condições, para o desenvolvimento de um mundo melhor para todos porque cada doença gera biliões de dólares para o mercado da indústria farmacêutica.



27 abril 2012

Donos de Portugal

Donos de Portugal é um documentário de Jorge Costa sobre cem anos de poder económico. O filme retrata a proteção do Estado às famílias que dominaram a economia do país, as suas estratégias de conservação de poder e acumulação de riqueza. Mello, Champalimaud, Espírito Santo – as fortunas cruzam-se pelo casamento e integram-se na finança. Ameaçado pelo fim da ditadura, o seu poder reconstitui-se sob a democracia, a partir das privatizações e da promiscuidade com o poder político. Novos grupos económicos – Amorim, Sonae, Jerónimo Martins - afirmam-se sobre a mesma base.

No momento em que a crise desvenda todos os limites do modelo de desenvolvimento económico português, este filme apresenta os protagonistas e as grandes opções que nos trouxeram até aqui. Produzido para a RTP 2 no âmbito do Instituto de História Contemporânea, o filme tem montagem de Edgar Feldman e locução de Fernando Alves.

A estreia televisiva teve lugar na RTP2 a 25 de Abril de 2012. Desde esse momento, o documentário está disponível na íntegra em www.donosdeportugal.net.

Donos de Portugal é baseado no livro homónimo de Jorge Costa, Cecília Honório, Luís Fazenda, Francisco Louçã e Fernando Rosas, publicado em 2010 pelas edições Afrontamento e com mais de 12 mil exemplares vendidos.






25 abril 2012

Militares de Abril, não participam nas cerimónias oficiais do 25 de Abril

A Associação 25 de Abril não participará este ano, pela primeira vez, nas celebrações oficiais da Revolução dos Cravos por considerar que "a linha política seguida pelo atual poder político deixou de refletir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril".
foto arquivo JN
Associação 25 de Abril não participará nas celebrações oficiais
Vasco Lourenço
O anúncio foi feito, esta segunda-feira, em Lisboa, pela direção da associação, de que fazem parte alguns dos chamados "Capitães de Abril".
"A linha política seguida pelo atual poder político deixou de refletir o regime democrático herdeiro do 25 de Abril configurado na Constituição da República Portuguesa", lê-se no texto do manifesto "Abril não desarma", lido aos jornalistas e a uma assembleia de associados pelo coronel Vasco Lourenço.
"O poder político que atualmente governa Portugal configura um outro ciclo político que está contra o 25 de Abril, os seus ideais e os seus valores. Em conformidade, a Associação 25 de Abril anuncia que não participará nos atos oficiais nacionais evocativos do 38.º aniversário do 25 de Abril", lê-se no texto.
O manifesto, lido pelo presidente da associação, esclarece que, porém, a Associação "participará nas comemorações populares e outro atos locais de celebração" da revolução de 1974, assim como "continuará a evocar e a comemorar o 25 de Abril numa perspetiva de festa pela ação libertadora e numa perspetiva de luta pela realização dos seus ideais, tendo em consideração a autonomia de decisão e escolha dos cidadãos, nas suas múltiplas expressões."

Concordo perfeitamente,
Os principios que nortearam a Revolução de Abril, já não são as linhas condutoras seguidas e defendidas pelos atuais políticos, dados ao jogo dos interesses instalados e da subserviência do grande capital. Reina pois a corrupção, a injustiça, o empobrecimento dos portugueses e do país a favor  de alguns donos desta quinta que é Portugal.

      Memórias da Revolução de há 38 anos.







 

        Muitas das conquistas da Revolução do 25 de Abril de 1974,são colocadas em causa por sujeitos que nada fizeram por elas, nasceram em berços confortáveis, por já terem nascido com previlégios, essa mesma elite, quer por força que o país retroceda em todas as áreas sociais, para que se possam continuar a afirmar como classe dominante e salvaguardar esses mesmos interesses de classe.
        Quanto menor for o acesso à educação e formação académica, menor o poder reivindicativo , menor a concorrência da competência profissional, aliás é o que se verifica nos famigerados tachos de nomeação para cargos públicos de amigos e familiares. 
        Portugal precisa de mudar de rumo, precisa de gente capaz e séria e sobretudo de gente, que respeite o povo e os principios democráticos e institucionais, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA.

24 abril 2012

O Dr. Rui Rio não é fascista, é só um grunho delinquente e inseguro

Por: Joe Médicis

Hoje sinto que tenho que escrever. E no entanto, o peso do que quero dizer é tão grande que estou há uns bons 10 minutos a olhar para um ecrã vazio, sem ter conseguido escrever uma única palavra que seja (até agora).
Este bloqueio deve-se à irritação natural que resulta de ver gente violentada pelos organismos que a deviam proteger, a que acresce o fervilhar do sangue decorrente de, desta feita, se tratar da “minha gente”.

Hoje, ( 19 de Abril de 2012 ) Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, ordenou o despejo da Escola da Fontinha, edifício abandonado há anos, reclamado por uma organização de carácter cultural e educativo, sem fins lucrativos, e actuando em parceria com a comunidade que serve.

Durante 5 anos, o abandonado edifício foi ocupado para fins de “casa de chuto” não supervisionada, sem que o impacto de tal actividade económico-social (ilegal em Portugal) preocupasse as autoridades policiais e camarárias.

No entanto, bem mais perigoso do que uma pandilha de zombies adormecidos pela heroína, é um grupo de gente inteligente, activa, empreendedora, criadora de sonhos, fabricante de asas que fazem as crianças voar. Gente que consegue fazer o que as escolas públicas não fazem (nem foram desenhadas para tal).

Iniciativa puxa iniciativa, e de três gatos pingados a aparecerem, passam a 30 ou a 300, e aí a coisa começa a incomodar quem trabalha diariamente por manter a populaça submetida aos desígnios dos Senhores da Pátria. Vai daí, há que cortar o mal pela raíz, e fazê-lo com eficácia e determinação, a saber:
  • Encomendar à polícia, a mesma que ainda há poucas semanas descascou valentemente numa manifestação pacífica, que apareça em grande número para garantir uma limpeza rápida do local, com direito ao uso da força

  • Vigarizar uns bombeiros, dizendo-lhes numa acção de formação que devem comparecer no dia seguinte vestidos à civil e de cara tapada para um simulacro a realizar no Porto (não lhes disseram que iam ajudar a despejar a Escola da Fontinha)
  • Esvaziada a escola, destruir a totalidade do património educativo lá presente, atirando-o pela janela no próprio dia da acção de despejo, assumida literalmente pelas “autoridades”.
  • Impedir a comunicação social de relatar o caso com isenção, através de propaganda política nos órgãos estatais e do impedimento levantado aos jornalistas que pretendiam visitar o local

O Senhor Rui Rio suporta a sua decisão com a falta de vontade do projecto em causa de assumir uma renda simbólica de 30 Euros mensais. Eu diria que o argumento ou é ridículo por não corresponder à verdade ou, de forma mais evidente, por demonstrar a falta de competência do Senhor Rio e sua equipa, ao não reconhecerem que o serviço prestado por esta organização poupa à cidade muitos milhares de Euros por ano, e gera riqueza cultural e económica de longo prazo. Esses 30 Euros de renda deviam ser transformados em 30,000, mas de subsídios camarários de elevado retorno para a cidade.
Com tudo isto, o uso da força, a aparente perseguição à Cultura independente e a manipulação dos media levaram muitos a afirmar que o país vive num período Fascista. Não estou de acordo, porque tenho dificuldade em reconhecer no actual estado algumas das suas características ideológicas.
Realmente, tenho a sensação de que não há uma ideologia política de suporte das acções da actual classe política em Portugal. São demonstradoras, isso sim, de uma delinquência perigosa, criminosa na maior parte dos casos, mesmo à luz das leis que esses mesmos vândalos desenham para encapuçarem as suas acções.
O País, está neste momento na mão de criminosos sem escrúpulos, de uma máfia aniquiladora, bem mais perigosa do que o mais sério dos assassinos detido em território nacional.
Desse ponto de vista, o Dr Rio (e outros como ele) não é fascista. É um grunho delinquente e inseguro.
  • Inseguro porque não confia na sua posição se misturado com uma população mais culta.
  • Delinquente porque com a sua decisão viola a constituição portuguesa (acima, à direita).
  • Grunho porque escolheu fazê-lo à força bruta e com medidas de destruição deliberada, desrespeitando por completo imensos investimentos financeiros e emocionais da população que representa, ou devia representar.
A vida bafejou-o, até ver, com a sorte de estar a violentar gente que, pela sua cultura superior, evita a violência como forma de resposta.
E por falar em gente superior, apreciem este magnifico vídeo sobre o que se faz no Projecto ES.COL.A.




Es.Col.A da Fontinha from Viva Filmes on Vimeo.
Nota: De A Voz do Povo
          Estamos nós prestes a comemorar o 25 de Abril, e aínda proliferam políticos desta estirpe de malfeitores e mentecaptos sem escrúpulos na nossa sociedade. Este Rui Rio, é sem dúvida o exemplo disso, pena que os Portuenses nele tenham votado, pois agora é mais um beneficiário das reformas douradas, à custa do Povo. Deveria ser preso por atentar contra a Constituição da República Portuguesa.

17 abril 2012

AUMENTO DA DÍVIDA PÚBLICA DIRECTA EM MAIS 18.910 MILHÕES € EM 2012

    Por: Eugénio Rosa

 (...) "Contrariamente à mensagem que o governo PSD/CDS muitas vezes pretende fazer passar junto da opinião pública, a dívida do Estado vai aumentar ainda mais em 2012. Segundo o artº 2º da Proposta de Lei 159/2012 de 29/03/2012, que altera o artº 95º da Lei do Orçamento do Estado para 2012, o governo fica autorizado a "aumentar o endividamento liquido global directo até ao montante de 18910 milhões €", quando a Lei do OE-2012 só permitia até 13.890 milhões €, ou seja, em mais 5020 milhões €. No fim de 2011, de acordo com o Relatório do Orçamento do Estado para 2012, a Dívida Pública Directa do Estado já atingia 173131 milhões €. Isso significa que no fim de 2012, a divida do Estado deverá aumentar, pelo menos, para 192041 milhões €, o que deverá corresponder a 114,1% do PIB, quando no fim de 2011 correspondia a 101,4% do PIB.

Para terminar interessa ainda chamar a atenção para alguns outros pontos constantes do Orçamento do Estado rectificativo para 2012. Em primeiro lugar, para o reforço das transferências do Estado para os Hospitais EPE em mais 200 milhões €, o que é a confissão de que existia um subfinanciamento em relação a estes hospitais, situação esta que governo e "troika estrangeira" negavam, e que não será totalmente corrigido com este reforço (entre 2011 e 2012, as transferências do OE para o SNS passam de 8100 milhões € para 7525 milhões € segundo a informação que o Ministério da Saúde apresentou à Assembleia da República, aquando do debate do OE-2012, o que significa um corte de 575 milhões €).

 Em segundo lugar, aparece nesta proposta de orçamento rectificativo, uma alteração ao Código dos Impostos Especiais de Consumo, que introduz uma taxa de imposto entre 0,50€ (mínima) e 1,00€ (máxima) sobre a electricidade. Os portugueses, para além de continuarem a pagar as rendas excessivas à EDP, que tardam em serem eliminadas, as quais permitiram a esta empresa obter em 2011 mais de 1.100 milhões € de lucros líquidos, em que uma parcela vai ser entregue aos novos accionistas chineses sem terem de pagar quaisquer imposto em Portugal, ainda têm de suportar mais este imposto sobre a electricidade, o que é mais um escândalo desta politica de austeridade que atinge principalmente trabalhadores e reformados, agravando ainda mais as desigualdades e as dificuldades de milhões de famílias portuguesas.

 Continuar com esta politica de austeridade violenta fortemente recessiva em plena recessão económica, o que contraria os ensinamentos mais elementares da ciência económica, é conduzir a economia portuguesa e a sociedade portuguesa para o abismo. O ministro das Finanças afirmou, numa entrevista dada a um jornal, que Portugal estava a atravessar a ponte, no entanto esqueceu-se de dizer o nome de ponte, que era certamente "Entre os Rios" – que, quando desmoronou, levou à morte muitos portugueses ." ( Rosa, Eugénio, O primeiro orçamento rectificativo de 2012, In http://resistir.info/e_rosa/oe_rectificativo_2012.html 31/04/2012 ).

16 abril 2012

Segredos do dinheiro, dos juros e da inflação



Segredos do dinheiro, dos juros e da inflação
Por Rudo de Ruijter,
Investigador independente
Países Baixos

O dinheiro desempenha um grande papel nas nossas vidas. Também na sociedade, quase tudo é determinado pelo dinheiro. É estranho que apenas umas poucas pessoas conheçam os truques de malabarismo através dos quais se origina e desaparece o dinheiro. A maior parte das pessoas vêm que o dinheiro se vai tornando menos valioso com o tempo, mas não sabe que isto é causado, em primeiro lugar, pelo próprio sistema monetário. Também a eterna busca do crescimento económico e a sempre crescente pressão do trabalho nos países industrializados são provocados pelo sistema monetário. O dinheiro também pode servir para a opressão, como por exemplo nos países do Terceiro Mundo, ou ser motivo de guerras, como aquela contra o Iraque. Gostaria de fazer uma pequena excursão pelos seus bastidores? Bem vindo ao circo dos malabaristas do dinheiro!
Content:

  1. Fazer dinheiro
  2. Inflação permanente
  3. Bancos centrais precisam de inflação
  4. Caprichos do stock de dinheiro
  5. A guerra contra o Iraque
  6. A opressão do Terceiro Mundo
  7. A arma da China
  8. Inflação e crescimento económico
  9. Mais crescimento ou uma sociedade sustentável?

1. Fazer dinheiro
Troca, uma necessidade primária
Cada pessoa precisa de produtos e serviços de outras pessoas. Elas utilizam dinheiro para efectuar trocas umas com as outras. Naturalmente, seria lindo se o dinheiro proporcionasse um meio de troca honesto. Mas isto não é o caso. O dinheiro perde valor ao longo do tempo.

O dinheiro não pertence ao Estado

A maior parte das pessoas acredita que o dinheiro é criado pelo Estado. Contudo, grande parte dos governos tem pouco ou nada a dizer acerca da oferta monetária do seu país. Os banqueiros assumiram o comando deste poder. Eles transformaram este meio de troca num modo lucrativo de cobrar impostos à população com a recolha do juro. Banqueiros recolhem juros permanentemente sobre quase todo o dinheiro do mundo.

O dinheiro é criado pelos bancos comerciais

Os bancos comerciais criam continuamente moeda para empréstimos. Eles fazem isso simplesmente teclando números nas contas bancárias de tomadores de empréstimos, os quais então gastam-nas como se fossem papel moeda real. Hoje a grande maioria de todo o dinheiro existe apenas como números em contas bancárias. De acordo com a lei, estes números têm o mesmo valor do papel moeda e das moedas metálicas.
É permitido a cada banco comercial que crie novo dinheiro desta forma. Nos bastidores, escondido dos olhos dos clientes, começa então o lucrativo malabarismo com o dinheiro de outras pessoas. De facto, as quantias que foram tecladas nas contas são comparáveis a cheques "carecas". O próprio banco não tem o dinheiro. Quando o tomador do empréstimo gasta a quantia teclada através do preenchimento de um cheque ou de uma ordem de pagamento, o banco utilizará o dinheiro de outras pessoas para pagá-lo. Desapercebidamente, este dinheiro é tirado das contas de depósito à ordem e à prazo de outros clientes. Você não percebe isso. Os números sobre as suas contas à ordem e a prazo permanecem imutáveis. E no momento em que você quiser dispor outra vez do seu dinheiro, haverá algum empréstimo que será pago outra vez ao banco, de modo que nunca saberá acerca disso. Em muitos países o mínimo de reservas que os bancos devem manter está fixado por lei. (Muitas vezes algo em torno dos 10 por cento). A maior parte das vezes estas reservas são mantidas pelo banco central do país.

Porque os bancos utilizam o dinheiro de outras pessoas para apoiar o novo dinheiro que eles emprestam, a quantidade de novo dinheiro que podem criar é limitada. Na prática, cerca de 90 por cento de todos o dinheiro depositado em contas à ordem e de poupança é utilizado como suporte do novo dinheiro.

Contudo, o dinheiro depositado em contas à ordem e de poupança também é dinheiro que em certo momento foi extraído do chapéu do banqueiro. Assim, novo "dinheiro criado a partir do nada" é suportado pelo já existente "dinheiro criado a partir do nada". Mas enquanto ninguém perceber, o malabarista obtém aplauso. Vamos dar uma olhadela às consequências.

15 abril 2012

A Verdade que nos escondem

Por: Vasco Cardoso, in Revista Avante 

      A crise do capitalismo – da qual as crises na UE e do próprio euro são expressão – aprofunda-se, e muito.
No centro da densa malha ideológica tecida para legitimar o brutal agravamento da exploração dos trabalhadores e o saque dos recursos dos povos, está o «mau comportamento» ou a «irresponsabilidade» dos países da periferia da UE. É preciso – dizem! – impor «sacrifícios» e «castigar» os países «mal comportados», «irresponsáveis», os ditos PIIG (porcos!) com toda a carga reaccionária que o termo comporta, os que gastaram mais do que aquilo que tinham.


  Escondem com esta doutrina a natureza de um sistema, assente no seu desenvolvimento desigual e assimétrico, e que se expressou, neste caso concreto, em excedentes comerciais históricos na Alemanha – em proveito do grande capital alemão, sobretudo financeiro – à custa dos défices e do endividamento de outros países, como Portugal.


  A política de destruição do aparelho produtivo, a desindustrialização do país, a privatização de empresas estratégicas, o desaproveitamento e cedência de importantes recursos nacionais, fizeram parte de uma estratégia que visou arrumar Portugal como país consumidor dos excedentes dos outros e fornecedor de mão-de-obra barata. Os milhões de fundos comunitários e a introdução do euro – uma espécie de marco disfarçado – funcionaram como lubrificantes no processo de concentração e centralização de capital que se registou na UE, e do qual os grupos monopolistas de base nacional saíram, também, beneficiados. Simultaneamente, atiraram-se à dívida pública entretanto acumulada, tornando-a, também ela, um instrumento de saque por via da especulação e dos juros obscenos que exigiam, e exigem.

  E o que querem agora? Querem o resto. Não querem resolver o problema da dívida ou do défice (muito menos do desemprego ou do crescimento económico). Precisam desses instrumentos para nos condenar à servidão. Chamando-lhe «ajuda externa» querem mais horas de trabalho e menos salário; despedir à bruta; tomar as empresas públicas e os recursos do País; limpar prejuízos aos banqueiros; vigiar as massas; decidir do orçamento, das leis, da Constituição. Querem a carne, os ossos e o sangue. Querem ir até onde o nosso povo deixar!

14 abril 2012

Cadilhe evidencia civismo e sentido de Estado

Notícia do Expresso diz que Cadilhe defende imposto extraordinário sobre a riqueza, colocando-se no mesmo nível moral de milionários americanos e franceses que foram objecto de notícias:

- Super-ricos franceses querem pagar mais impostos
- Quarenta milionários americanos vão doar parte da sua fortuna
- "Parem de acarinhar os super-ricos", pede o milionário Warren Buffett

Mas os governantes, com o seu instinto canino de submissão aos poderosos da finança e da economia, não ousaram seguir tais conselhos e aproveitar a deixa que estes ricaços lhes forneceram.

Agora, Cadilhe, com ousadia, civismo e sentido de Estado, refere alguns pontos ligeiramente positivos do combate à crise, no nosso País, e sublinha aspectos preocupantes ao ponto de recear uma «explosão social» devido à degradação da «situação financeira do sector privado». E cita a "diminuta tomada de medidas estruturais" ao nível do corte das despesas públicas e reformas de fundo", a omissão de um plano estruturante contra o défice externo; o desemprego, "que as vistas da troika não alcançam” e a "fraqueza da justiça social".

Diz que «a situação social ainda resiste, "mas ameaça abrir brechas cuja iminência é difícil de avaliar". A escalada do desemprego "vai prosseguir". A equidade e a justiça social "estão subalternizadas".»

E perante as realidades que refere, tem a coragem e a frontalidade de seguir as posições dos milionários atrás citados e «insiste na recomendação de um "imposto one shot" sobre a riqueza "cuja receita seria aplicada na totalidade à amortização de divida publica". A tributação poderia funcionar, além do mais, "como um contrapeso social".»

Disto se conclui que Portugal precisa de mais pessoas a pensar livremente e com saber e bom senso. Este está no oposto ao maior rico de Portugal que diz não passar de um trabalhador, mas, na realidade, ele, apesar de milionário, paga de imposto menor percentagem do seu imenso rendimento do que um trabalhador paga de IRS, se tiver um salário de apenas 3000 €.

Imagem de arquivo

Acção colectiva europeia contra o MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade)

 Caríssimos, A Voz do Povo, associa-se a esta luta que é de todos nós Europeus na medida em que afecta todos os países e povos da União Europeia. Só conjugando esforços e sinergias, só o Povo unido poderá evitar a catástrofe social que se avizinha e para a qual estamos a ser empurrados por líderes europeus sem quaisquer escrúpulos a soldo de interesses do grande Capital e Corporativos que de modo nenhum defendem os interesses das Nações e dos seus cidadãos.

A BEM DA VERDADEIRA DEMOCRACIA E CONTRA A DITADURA QUE NOS QUEREM IMPOR!

Original em: courtfool.info/




Acção colectiva europeia contra o MEE ( Mecanismo Europeu de Estabilidade)
O Tratado de Estabilidade Europeia foi assinado a 2 de Fevereiro de 2012 e Bruxelas deseja que ele entre em vigor a 1 de Julho de 2012. Entretanto, antes disso os Parlamentos e os Senados dos 17 países da zona euro devem ratificar este perigoso tratado. Os procedimentos para isso já começaram!
O MEE ( Mecanismo Europeu de Estabilidade ) resumido muito brevemente:

O MEE aparenta ser um fundo de emergência. Trata-se de um fundo permanente, destinado a substituir o FESF e o MESF estabelecidos em 2010. Dotado de um capital de 700 mil milhões de euros (ver repartição das acções na parte de baixo desta página) dos quais 80 no arranque, o MEE pode decidir de modo autónomo o momento do pedido de fundos e aumentar seu capital de modo ilimitado em detrimento da União Europeia e dos contribuintes. O MEE dita. Ele é o nosso novo ditador. O MEE age sem nenhum controle democrático, desfruta de imunidade completa e decide de maneira autónoma os empréstimos que concede e o dinheiro que gasta.

O seu objectivo oficial é ajudar os países que têm dificuldades financeiras. De facto, ele sobrecarrega com ainda mais dívidas os países já endividados. Os empréstimos destes fundos de emergência são concedidos com condições que põem os países sob tutela, substituindo dirigentes democraticamente eleitos por banqueiros, o que limita o poder dos parlamentos, o que implica cortes nas administrações públicas e a imposição de medidas de austeridade que provocaram deliberadamente uma grave crise económica e um desemprego maciço. É a doutrina de choque, tal como a descreve Naomi Klein.



Para travar o MEE ( Mecanismo Europeu de Estabilidade ) todos os europeus têm interesse em que este tratado obtenha o menor número de ratificações possível. Todos os europeus deveriam escrever uma carta a cada um dos parlamentares que votam este tratado de traição. É exactamente isso o que pode fazer assinando a carta abaixo. (Se toda a gente der uma pequena ajuda para encontrar os endereços e dados necessários, prometo enviar estas cartas assinadas por europeus que são contra o MEE).
Carta a todos os parlamentares
Senhor Deputado (ou Senhora Deputada):

Sob a avalanche das informações acerca do MEE houve uma informação essencial que vos foi ocultada.

O euro tem um problema insolúvel. Não é preciso ser perito para compreender. Basta um minuto de reflexão.

Nada impede os consumidores dos países de produtividade fraca de preferirem produtores melhores e mais baratos dos países com produtividade mais forte. Isso implica um fluxo permanente de euros dos países fracos para os países fortes. Segue-se que aos países fracos faltam euros permanentemente e devem tomar emprestado sempre mais para poderem dispor de euros.

(Antes do euro, estes países podiam desvalorizar a sua moeda de modo a tornar mais caros para os seus habitantes os produtos de importação e tornar os produtos de exportação mais baratos para os compradores estrangeiros. Isso travava as importações, aumentava as exportações e restabelecia a produtividade do país).

Na zona euro há diferenças de produtividade muitos grandes, causadas pelas diferenças de clima, de fertilidade do solo, de água doce disponível, das distâncias a percorrer, das dificuldades de transporte, da presença ou não de fontes de energia, etc. Estas condições determinam em grande medida o fracasso ou o êxito de actividades económicas. A Grécia, Itália, Espanha, Portugal nunca se assemelharão à Alemanha.

Além disso, o Banco Central Europeu não dispõe senão de uma única taxa de juro para 17 economias diferentes. Uma mudança desta taxa, de que sempre se afirmou ser importante para influenciar a economia, não pode senão beneficiar certos países, ao passo que os outros deverão sofrer as consequências. Monetariamente esta zona não é administrável.

O MEE e os tratados associados são lutas contra os sintomas dos desequilíbrios na zona euro. Nenhuma das medidas poderá anular as diferenças que causam estes desequilíbrios. Introduzir uma moeda única numa zona economicamente tão heterogénea foi um erro.

Por favor, não cometa o erro ainda mais grave de mergulhar a Europa numa crise estilo 1930. Esta foi, também causada por políticos convencidos do seu pretenso saber. Poderá repetir este erro ou votar contra o MEE.

Como não houve referendo sobre a transferência dos poderes para Bruxelas, nem debates públicos sobre o fundo do problema, a vossa responsabilidade pessoal é enorme. Estamos conscientes das pressões de toda parte exercidas sobre si.

Temos a intenção de tornar público o voto de cada deputado, para que os eleitores possam levar em conta nas próximas legislativas.

Respeitosas saudações,














Para assinar a Petição preencha e clique:


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13 abril 2012

Mentiras da Social Democracia

Sem um pingo de vergonha!
 


Os movimentos sociais e os processos revolucionários na América Latina: Uma crítica aos Pós-modernistas

Prof. Dr. Edmilson Costa
Por: Edmilson Costa
Os anos 90 do século passado e os primeiros dez anos deste século foram marcados por intenso debate entre as forças de esquerda sobre o papel dos movimentos sociais, das minorias, das lutas de gênero e das vanguardas políticas nos processos de transformação econômica, social e política da sociedade. Colocou-se na ordem do dia a discussão sobre novas palavras de ordem, novos agentes políticos e sociais, novas formas de luta, novas concepções sobre a ação prática política.

Esses temas e concepções ocuparam o vazio político nesse período em funções de uma série de fenômenos que ocorreram na década de 80 e 90, como a queda do Muro de Berlim, o colapso da União Soviética e dos países do Leste Europeu, o refluxo do movimento sindical, a redução das lutas operárias nos principais centros capitalistas, a perda de protagonismo dos partidos revolucionários, especialmente dos comunistas, além da ofensiva da ideologia neoliberal em todas as partes do mundo, sob o comando das forças mais reacionárias do capital.

A conjuntura de derrota das forças progressistas favoreceu todo tipo modismo teórico e fetiche ideológico. Sob diversos pretextos, certas forças políticas, inclusive alguns companheiros de esquerda, começaram a questionar a centralidade do trabalho na vida social, o papel dos partidos políticos como vanguarda dos processos de transformações sociais e políticas, a atualidade da luta de classes como instrumento de mudança da história e o próprio socialismo-comunismo como processo que leva à emancipação humana.

Esse movimento teórico e político envolveu forças difusas, mas influentes junto à juventude e vários movimentos sociais. O objetivo era desconstruir o discurso dos partidos políticos revolucionários, do movimento sindical e do próprio marxismo, como síntese teórica da revolução. Para estas forças, os discursos de temas abrangentes, como a igualdade, o socialismo, a emancipação humana, os valores históricos do proletariado, as soluções coletivas contra a opressão humana, eram coisa do passado e produto de um mundo que já existia mais.

No lugar desses velhos temas, tornava-se necessário colocar um novo discurso, como forma de forma reconhecer a fragmentação da realidade e do conhecimento, a constatação da diferença, a emergências de novos sujeitos sociais, com características, valores e reivindicações específicas, como os movimentos sociais, de gênero, raça, etnia, etc, e novas formas de formas de luta, inclusive com renúncia à tomada do poder.

O condensamento desse ecletismo conservador, dessa matriz teórica diluidora, pode ser expresso no que se convencionou chamar de pós-modernismo. Essa é a fonte teórica inspiradora de todos os modismos teóricos e fetiches que se tornou moda as duas últimas décadas. Quais são os principais supostos teóricos dos pós-modernistas, que tanta influência tiveram nesses anos de vazio político? Vamos nos ater a três vertentes fundamentais que norteiam os fundamentos dessa corrente teórica.

1) O fim da centralidade do trabalho. Um dos temas mais destacados pelos pós-modernistas é o fato de que as tecnologias da informação, a reestruturação produtiva e a inserção acelerada de ciência no processo produtivo tornaram obsoleto o conceito de classe operária e proletariado, até mesmo porque esses atores estão se tornando residuais num mundo globalizado onde impera a robótica, a internet e a informática avançada. Alguns desses teóricos chegaram a dar adeus ao proletariado, que seria um conceito típico da segunda revolução industrial. Prova disso, seria a constatação de que a classe operária está diminuindo em todo o mundo e, por isso mesmo, perdeu o protagonismo para outros movimentos emergentes no capitalismo globalizado.

Os teóricos pós-modernistas se comportam como o caçador que vê apenas as árvores mas não consegue enxergar a floresta. Olham o mundo a partir de uma perspectiva da Europa ou Estados Unidos. Por isso, não conseguem compreender que o capital possui uma extraordinária mobilidade, em função da busca permanente por valorização. Por isso, são incapazes de perceber que o proletariado está crescendo de maneira expressiva em termos mundiais, com o deslocamento de milhares de indústrias dos EUA e da Europa para a Ásia, processo que está incorporando ao mundo do trabalho centenas de milhões de trabalhadores na China, na Índia e em toda a Ásia, num movimento que está mudando a conjuntura mundial.

Não conseguem entender que o próprio capitalismo é uma contradição em processo, pois quanto mais se moderniza, quanto mais insere ciência na produção, mais amplia sua composição orgânica e, consequentemente, mais pressiona as taxas de lucro para baixo. Por isso, o capitalismo não pode existir sem seu contraponto, o proletariado. Se o capitalismo automatizasse todas suas fábricas o sistema entraria em colapso, pois os robôs são até mais disciplinados que os seres humanos, são capazes de trabalhar sem descanso, não reivindicam salário, nem fazem greve, mas também tem seu calcanhar de Aquiles: não consomem. Se não têm consumidores, os capitalistas não têm para quem vender suas mercadorias. Ou seja, antes de uma automatização total, o sistema entraria em colapso em função de suas próprias contradições.

2) O fim da centralidade da luta de classes. Outro dos argumentos dos teóricos pós-modernos é a alegação de que a luta de classes é coisa do passado. Afinal, dizem, se o proletariado está se reduzindo aceleradamente, não existe mais identidade de classe e, portanto, não teria sentido se falar em luta de classes. Nessa perspectiva, dizem, a reestruturação produtiva pode ser considerada uma espécie de dobre de finados que veio sepultar os velhos agentes do passado, como o movimento sindical. Prova disso, é que os sindicatos perderam o protagonismo e agora agonizam em todo o mundo. E o principal representante teórico do mundo do trabalho, o marxismo, também estaria ultrapassado, em função de sua visão monolítica do mundo.

Novamente, os teóricos pós-modernistas também não compreendem a história e confundem sua submissão ideológica à ordem capitalista com a realidade dos trabalhadores. A luta de classes sempre existiu desde que as classes se constituíram na humanidade e continuará sua trajetória enquanto existir a exploração de um ser humano por outro. Não porque os marxistas querem, mas porque a realidade a impõe. Nos tempos de refluxo as lutas sociais diminuem, parece que os trabalhadores estão passivos e os capitalistas imaginam que conseguiram disciplinar para sempre os trabalhadores.

Nessa conjuntura, o discurso do fim da luta de classe, da passividade dos trabalhadores, chega a influenciar muita gente, afinal, quem não tem uma perspectiva histórica do mundo se atém apenas à superfície dos fenômenos, à aparência das coisas. Mas nos momentos de crise do capitalismo, esse discurso se torna inteiramente inadequado, entra em choque com a realidade, uma vez que a crise coloca a luta de classes naordem do dia com uma atualidade extraordinária, para desespero daqueles que imaginavam o seu fim.

Se observarmos a realidade atual, onde o sistema capitalismo enfrenta sua maior crise desde a Grande Depressão, poderemos facilmente constatar e emergência da luta de classes em praticamente todas as partes do mundo. É só observar as insurreições no Oriente Médio, na África, as lutas na América Latina, as greves e mobilizações na Europa. Além disso, a crise também tornou o marxismo mais atual do que nunca. Mesmo os capitalistas estão lendo O Capital para tentar entender o que está ocorrendo no mundo.

3) As vanguardas políticas não têm mais nenhum papel a desempenhar no mundo globalizado. O terceiro dos argumentos-chave dos teóricos pós-modernistas é o fato de os partidos revolucionários, especialmente os comunistas, não terem mais nenhum papel a desempenhar no mundo atual. A ação política agora deve ser comandada pelos movimentos sociais, pelos movimentos de gênero, minorias étnicas, de raças, sexuais, etc, que são vítimas de “opressões específicas”. Isso porque os partidos seriam organizações autoproclamatórias, autoritárias, portadoras de um fetiche autorealizável, que é a revolução socialista.Essas instituições, portadoras de um discurso utópico de emancipação humana, estão também definhando em todo o mundo porque não estariam entendendo a realidade do mundo globalizado.

Mais uma vez os teóricos pós-modernistas não conseguem compreender a totalidade da vida social. Por isso, vêem o mundo sem unidade, fragmentado e disperso. Não entendem que, por trás da “opressãoespecífica” que atinge os movimentos sociais e de gênero, etnia, raça, sexual, está o grande capital apropriando a mais-valia de todos, independentemente de raça, sexo ou orientação religiosa . Não compreendem que os movimentos, por sua própria natureza, têm limites institucionais e de representatividade.

Um sindicato, por mais combativo que seja, deve representar os interesses dos trabalhadores que representa. Da mesma forma que uma entidade estudantil, uma organização de moradores, de mulheres ou de homosexuais tem como objetivo defender os interesses específicos de seus representados, atuam nos limites institucionais da ordem burguesa. Somente o partido político revolucionário, que se propõe a derrotar a ordem capitalista e que junta em suas fileiras todos esses segmentos sociais, possui condições para entender a totalidade da luta política e lançar propostas globais para a transformação da sociedade.

A prática das lutas sociais

Se observarmos as lutas sociais que foram realizadas nos últimos anos, poderemos constatar facilmente que grande parte delas foram derrotadas exatamente porque não existiam vanguardas com capacidade de conduzir e orientar essas lutas para a radicalidade da luta de classes e a emancipação do proletariado. Não se trata aqui de negar a importância das lutas específicas ou dos movimentos sociais. Pelo contrário, são fundamentais para qualquer processo de mudança, servem também como aprendizado da luta dos trabalhadores, mas deixadas por si mesmas, apenas com seu conteúdo espontaneísta, não tem condições de realizaras transformações da sociedade e terminam se esvaziando e sendo derrotadas pelo capital.

O teatro de operações é mais ou menos o seguinte: após um momento de euforia e mobilização os movimentos sociais são capazes de realizar proezas impressionantes, como desacreditar a velha ordem, desafiar as classes dominantes, mas num segundo momento a euforia se esgota em si mesma sem atingir os objetivos por falta de perspectivas. A América Latina é um importante posto de observação para constatarmos essa hipótese, mas também em várias partes do mundo os exemplos são férteis para verificarmos a necessidades de vanguardas políticas.

A Bolívia, por exemplo, foi palco de várias insurreições populares contra governos neoliberais. As massas se sublevaram, foram às ruas aos milhões, derrubaram os governos conservadores, mas o máximo que conseguiram foi eleger um presidente progressista que é fustigado a todo momento pelo capital e não consegue realizar plenamente nem o próprio programa a que se propôs no período das eleições.

No Equador, ocorreram também várias insurreições populares. Em uma delas, os movimentos conquistaram o poder e o entregaram a um militar que depois os traiu e agora é um personagem conservador na política do País. Posteriormente, no bojo de outra insurreição, conseguiram eleger um presidente progressista, mas este não consegue implementar um programa transformador porque o capital não lhe dá trégua. Recentemente quase foi deposto por um setor militar sublevado.

Na Argentina, em função da crise econômica herdada do governo neoliberal de Menem, as massas também se sublevaram aos milhões em várias regiões do País. Em um período curto o País mudou três vezes de presidente. O resultado da sublevação popular foi a eleição de Nestor Kirchner e, posteriormente, de sua companheira, Cristina Kirchner. Nesses anos de poder, os Kirchner também não realizaram nenhuma mudança de fundo. O capitalismo seguiu seu curso como se nada tivesse acontecido.

Mais recentemente, duas grandes insurreições populares derrubaram os governos conservadores da Tunísia, do Egito e do Iêmen. Milhares de pessoas se sublevaram durante vários dias, centenas de pessoas morreram, os ditadores deixaram o poder, mas os movimentos sociais, sem vanguarda política, não conseguiram seus objetivos. Setores da burguesia local encabeçaram a formação de novos governos e os trabalhadores mais uma vez deixaram escapar de suas mãos a revolução.

No Brasil, um grande movimento social, o Movimento dos Sem Terra (MST) enfrentou com bravura os governos neoliberais, tendo como norte a bandeira da reforma agrária. Organizou um movimento original e de massas, com base social em todo o País, especialmente entre a população mais pobre da cidade e do campo. O MST ocupou fazendas dos latifundiários, realizou formação de grande parte dos seus quadros e até mesmo conseguiu construir uma universidade popular para formação permanente dos seus militantes.

No entanto, o desenvolvimento do capitalismo no campo brasileiro e a emergência do agronegócio criaram uma nova conjuntura no campo brasileiro, onde as relações de produção passaram a se dar predominantemente entre capital e trabalho. Essa conjuntura, aliada ao programa de compensação social do governo Lula, o “Bolsas Família”, uma programa de transferência de rendimento para a população mais pobre, levou o MST a uma encruzilhada.

Ou seja, a realidade mudou radialmente no campo brasileiro, mas a razão de ser do MST era a reforma agrária. Por isso, o movimento, que se tornara um dos símbolos de luta contra o neoliberalismo e, por isso mesmo obteve simpatia mundial, agora está perdendo protagonismo. Os acampamentos do MST foram reduzidos para menos da metade e o movimento vive grandes dificuldades estratégicas. Afinal, se a maioria dos trabalhadores está nas cidades, se o capitalismo hegemonizou as relações de produção no campo e subordinou a pequena agricultura à lógica do capital, torna-se difícil a sobrevivência no longo prazo de um movimento que tem apenas a bandeira da reforma agrária como luta estratégica.

A condensação mais expressiva da teoria movimentista foi o Fórum Social Mundial (FSM). Por ocasião do primeiro FSM, em Porto Alegre, parecia que todos tinham encontrado a fórmula ideal, a varinha mágica, para as novas lutas sociais. Milhares de lutadores de todo o mundo convergiram para o Rio Grande do Sul para se fazer presentes no lançamento da nova grife da luta mundial autônoma. Foi um sucesso extraordinário e um contraponto ao Foro de Davos, onde os capitalistas tramavam novas estratégias para dominação do mundo.

O sucesso de público e de mídia do FSM parecia ter enterrado de vez a noção de vanguarda política. Agora seriam os movimentos sociais, os movimentos de gênero, etnia, das mulheres, os movimentos sociais que doravante comandariam as lutas no mundo. Adeus partidos políticos, adeus movimento sindical, adeus velhos atores sociais da segunda revolução industrial. Agora eram os movimentos difusos, sem centralidade política, inteiramente autônomos, livres de dogmas e ideologias ultrapassadas que iriam provar ao mundo a nova realidade da luta social e política.

Muita gente sinceramente acreditou que o FSM poderia ser a fórmula mágica, o contraponto contemporâneo ao capital, o substituto das velhas vanguardas políticas e seu discurso autoproclamatório. Mas a realidade aos poucos foi colocando no devido lugar o modismo movimentista. Com o tempo, o FSM foi perdendo fôlego, foi se esvaziando, até o ponto em que hoje ninguém mais acredita que possa ser alternativa a coisa nenhuma. Mas uma vez a vida provou que os movimentos por si só não têm condições de mudar a sociedade, é necessário a vanguarda política para conduzir os processos de transformação.

O significado do pós-modernismo e as lutas sociais

Em outras palavras, a ideologia pós-modernista é responsável por grande parte das derrotas dos movimentos sociais nestas duas décadas, não só porque esse modismo teórico influenciou parte da juventude e lideranças dos movimentos sociais, como também porque levou à frustração milhares de lutadores sociais. Isso porque as lutas fragmentadas geralmente se desenvolvem de maneira espontânea. No início tem uma trajetória de ascenso, empolga milhares de pessoas, mas logo depois o movimento vai enfraquecendo até ser absorvido pelo sistema.

Em outras palavras, o pós-modernismo é o fetiche ideológico típico dos tempos de neoliberalismo e representa a ideologia pequeno-burguesa da submissão sofisticada à ordem do capital. Mas essa ideologia carrega consigo uma contradição insolúvel: no momento em que o capital mais se globaliza, com a internacionalização da produção e das finanças, é justamente neste momento que os pós-modernos pregam a fragmentação da realidade, a setorização das lutas sociais, a especificidade dos combates de gênero, etnia, raça, sexo, etc. Só mesmo quem não quer mudar a ordem capitalista pensa desse jeito.

Na verdade, todos que seguem esse ritual teórico, de maneira direta ou indireta, estão abrindo mão de um projeto emancipatório e escondem sua impotência mediante um discurso cheio de abstrações sociológicas, mas muito conveniente para o capital. Por isso, combatem as lutas gerais, para fragmentá-las em lutas específicas, que não afrontam abertamente o sistema dominante.Trata-se do varejo da política fantasiado de moderno.

Esses setores cumpriram, nos últimos 20 anos e ainda cumprem até hoje, um papel muito especial na luta ideológica atual: eles são a mão esquerda do social-liberalismo capitalista. Influenciam as gerações mais jovens, desenvolvem um discurso com aparência de modernidade, influem na organização das lutas sociais. Com seu discurso eclético e fatalista, cheio de senso comum, desorientam setores importantes da sociedade no que se refere à ação política e, na prática, ajudam a organizar, mesmo que indiretamente, a submissão de vários setores sociais à ordem capitalista e aos valores do mercado.

Essas duas décadas de experiências fragmentadas nos levam à conclusão de que, mais do que nunca, as vanguardas revolucionárias têm um papel fundamental no processo de transformações sociais. São elas exatamente que podem conduzir e orientar os vários movimentos sociais com uma plataforma estratégica de emancipação da humanidade, o que significa derrotar o imperialismo e o capitalismo e transitar para a construção da sociedade socialista.


O autor: Edmilson Costa é Doutorado em Economia pela Unicamp, com pós-doutoramento na mesma instituição. É autor, entre outros, de A globalização e o capitalismo contemporâneo e A política salarial no Brasil. Professor universitário, é membro da Comissão Política do Comite Central do Partido Comunista Brasileiro.

12 abril 2012

A Crise da Esquerda Europeia - Livro de Alfredo Barroso

Alfredo Barroso, lança livro contra o unanimismo e pelo debate à esquerda                           
Por: São José Almeida

Alfredo Barroso
Alfredo Barroso está "convencido de que, se não houver discussão à esquerda, a situação de bloqueio não avança", pois "o PS está parado, não debate e deixa-se ficar preso a compromissos". Por isso, este publicista e antigo chefe da Casa Civil do Presidente da República Mário Soares decidiu responder ao desafio que lhe foi lançado por Fernando Rosas e por Manuel Alegre e desenvolver em ensaio as reflexões que tinha divulgado em textos de opinião no jornal i.

O resultado é A Crise da Esquerda Europeia, editado pela D. Quixote, um livro que, segundo o autor, "procura romper com o pensamento único que o neoliberalismo instituiu há muito" e quer contribuir para abrir espaço a "um pensamento que seja livre dos interesses financeiros e dos poderes". O ensaísta critica assim a situação de falta de pluralidade que existe em Portugal e afirma que "nas televisões, por exemplo, aparecem sempre os mesmos economistas a sustentar e a justificar as políticas de austeridade". Um clima para o qual Alfredo Barroso não poupa as responsabilidades do PS: "O PS instalou-se no rotativismo, cedeu às sereias do blairismo, entrou na zona de conforto e aceitou a ideologia do dinheiro que nos domina." (...)

O autor, Alfredo Barroso nasceu em Roma (Itália) em 21 de Janeiro de 1945. É licenciado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa(1968). Participou activamente nas lutas estudantis e desempenhou vários cargos dirigentes nas Associações de Estudantes (1962-1968). Foi colaborador da revista O Tempo e o Modo – 1ª Série (1968-1969). É jornalista profissional. Foi redactor dos jornais A Capital (1969-1973) e O Século (1973- -1974). Aderiu à Acção Socialista Portuguesa (1969), foi membro da Comissão Coordenadora da CEUD (1969) e é membro fundador do Partido Socialista (1973). Foi Director dos Serviços de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros (1974-1976) e Secretário-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (1976-1979). Era Assessor Principal do quadro da PCM quando se aposentou (2003). Foi Deputado do PS à Assembleia da República (1980-1986), Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do IX Governo Constitucional (1983-1985), Chefe da Casa Civil do Presidente da República (1986-1996) e membro do Conselho de Administração da Fundação de São Carlos (1996-1998).
Publicou vários livros em que reuniu textos políticos, crónicas, diários, ensaios e retratos, designadamente: Portugal, a Democracia Difícil (Decibel, 1975); O Bruxo de Ceide – Breviário Camiliano (Quetzal, 1992); Janela Indiscreta (Quetzal, 1994); A Televisão Que Temos (Contexto, 1995); Contra a Regionalização (Gradiva, 1998); O Futebol Visto do Sofá – do Mundial de 1994 ao Mundial de 2002 (Quetzal, 2002).
Tem artigos e crónicas de diversa natureza publicados, ao longo de 40 anos, em mais de duas dezenas de jornais e revistas. Nos últimos 15 anos, foi cronista (colunista) do Diário de Notícias (1991-1997), do semanário O Independente (1994-1996), do diário desportivo Record (1998-2000) e do semanário Expresso (1996-2004). Mantém, desde 2002, uma crónica semanal sobre Desporto no Diário de Notícias.

11 abril 2012

Jovens que querem crescer e mudar o mundo

Várias vezes aqui se referiu que a esperança de mudanças para um mundo melhor reside nos jovens e, agora, sentimos o prazer de ver que o Jornal de Notícias traz um sinal de jovens que querem crescer e dizem




Foto de Miguel Gonçalves


Deve ser lido e divulgado.

A iniciativa merece todo o apoio.

Prémio

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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