Libertem-me!
Retirem-me estes cadeados,
que se escondem na vergonha
nos meus pulsos de mulher.
Vivo como uma escrava
encarcerada em roupas malditas,
sinto o chão desabar
sobre os meus pés descalços.
Sou um pedaço de carne
que atiram aos cães
quando deixar de ser útil
libertem-me!
Desta libertinagem,
deste país,
onde os homens
nos olham como se fossemos
a maldição.
3 comentários:
Poesia é comunicar, fazer chegar a palavra, ao fundo da alma.
Parabéns aos poetas do Povo.
Bjs
É preciso dignificar a mulher, as nossas mães as nossas irmãs, as nossas mulheres, as nossas filhas, e nestas quatro palavras incluo todas as mulheres que se procuram dignificar a si próprias tornando-se merecedoras do respeito de todos os seres humanos.
O amor à humanidade, aos outros, começa pelo esmero do próprio comportamento, da justificada auto-estima.
Parabéns pelo poema
Abraço
João Soares
"Minha mãe comprou-me ou vendeu-me numa berma daí de uma estrada qualquer.
Prostituta Sagrada.
Todo o mundo a via.
Por isso, minha mãe, tão brilhante e tão amada, ainda hoje eu lhe chamo de meu Anjo da Guarda, porque nunca se escondia".
A outra, a adulterada, sempre escondida ou guardada, não pode contar para nada.
Em frente mulheres sem medo ou receios!!!!
Porque que se estes vos tomarem, os (.) outros deixam-vos sem seios...
(.) = Parasitas, assassinos, cobardes e ladrões…
David Santos
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