17 outubro 2013

PORTUGAL E ANGOLA, RESPEITO FAMILIAR


O filho nasce, cresce até que começa a ter necessidade de manifestar a sua personalidade, exercer o seu livre arbítrio. Primeiro o pai deve orientá-lo, depois, sem impor autoridade nem espartilhar o filho, alimenta entre os dois a amizade, o amor familiar, com respeito mútuo, evitando atitudes que possam ferir o outro. Ao mínimo desentendimento, procuram esclarecer as razões que o causaram e restabelecer da melhor forma o convívio familiar, sem dor, sem ressentimento e, também, sem espectáculo para os vizinhos, sempre ávidos de fofoquice.

Parece que sobre estas ideias gerais não haverá grandes divergências de opinião. Pode havê-las na vida prática, por teimosia de uma ou de outra parte, ou autoritarismo de uma ou rebelião juvenil da outra.

Esta reflexão parece ser útil para o caso dos pequenos atritos surgidos entre Angola e Portugal.

É certo que a política funciona segundo hábitos pouco recomendáveis, alheios aos princípios do civismo e da ética, como um dia disse Paulo Rangel, mas há circunstâncias em que se devem respeitar valores que só fortificam os participantes, como é o caso dos parceiros da CPLP, da Lusofonia, em que ninguém é dono de ninguém e todos podem beneficiar com o apoio dado a um que dele esteja mais necessitado, com generosidade e sem ambições egocêntricas de exploração ou subjugação.

Há que usar o máximo bom senso, maturidade, sentido de responsabilidade e sentido de Estado. Nenhum dos dois Estados em causa beneficiará com a agudização de desentendimentos e só terá vantagens em serenar o caso presente e melhorar as formas de relacionamento e de comunicação para evitar o empolamento de pequenas coisas futuras. Deve ser evitada qualquer tentação de arrogância ou de teimosia e procurar limar suavemente qualquer aresta detectada. Da parte de Portugal, apraz-me ver as atitudes já tomadas e referidas nas seguintes notícias:

Passos quer falar com José Eduardo dos Santos

Portugal/Angola: "Vamos encontrar" uma solução, diz Rui Machete

Seguro apela a "normalização política urgente"

Partidos preocupados com fim da parceria estratégica com Angola

Imagem de arquivo

4 comentários:

A. João Soares disse...

Caro Victor Simões,

Obrigado por ter levado este assunto para o Google+. Seja qual for o afecto ou desafecto pelos intervenientes, este tema merece muita reflexão, para benefício dos seres humanos nacionais de cada País, sendo imperioso que haja bom senso na terapia a usar para o caso actual e nos cuidados preventivos para organizar as relações entre dois Estados irmanados pela História e pelos projectos já muito propalados para o futuro da CPLP . Quanto a esta, não devemos ficar pelas palavras bonitas das assembleias periódicas, mas vivenciar os melhores desejos e anseios de todos os povos envolvidos. É nosso dever trabalhar para um futuro melhor das gerações futuras para que se sintam gratas pela competência e acção da geração actual.

Obrigado. Um abraço
João

A. João Soares disse...

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, António Monteiro, diz que Luanda deu "orientação clara" e que Lisboa tem de pensar no "essencial" da relação entre países.

noEnigma disse...

Olá, Bom dia....

Parabéns pelo artigo e é bom saber, também, que ainda existe informação que não seja apenas sensacionalista ! Tal como acontece e vem a acontecer nos principais centros de divulgação.
Deixo aqui um link, sobre o mesmo assunto, espero que lhe seja do seu agrado.

Angola pode quebrar parceria Estratégica com Portugal

victor simoes disse...

Amigo João Soares, é verdade e daí ser um tema relevante.Concordo com a sua análise, de há muito que Portugal deveria ter adoptado outra postura relativamente aos países lusófonos. Deveriam pois ser encetadas relações privilegiadas a todos os níveis, cultural, político e económico.

Tenha um bom fim de semana.
Um abraço.

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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