29 maio 2008

Inconstância de catavento

Segundo notícia do DN, o porta-voz da Casa Branca, entre 2003 e 2006, Scott McClellan, defendeu a guerra no Iraque (assumiu o cargo apenas uns meses após a invasão) e garantiu que a Administração estava a fazer tudo para ajudar as vítimas do furacão Katrina.

Depois de ter acompanhado Bush desde quando este foi governador do Texas e de servir, talvez pressionando, o Presidente durante três anos, apareceu agora com umas memórias, de 341 páginas, que surpreenderam todos por nelas tecer duras críticas ao antigo mentor que acusa, por exemplo, de ter enviado os EUA para "uma guerra desnecessária no Iraque". Refere que "a resposta falhada ao Katrina foi agravada por decisões anteriores como a ida para uma guerra sem planeamento adequado, nem preparação do pós-guerra".

Porquê, então, tanto entusiasmo como porta-voz? Porque permaneceu três anos nessas funções, em apoio de tais erros do seu patrão? Porque não saiu dessas funções? Será que nessa altura não era inteligente e agora é?

O que agora diz é do conhecimento de quem acompanhou as notícias internacionais, mas o facto de ter colaborado na campanha de propaganda da Casa Branca, em realidades que achava erradas, demonstra, deslealdade, falta de franqueza, oportunismo, desonestidade, falta de carácter. Vir agora afirmar tais erros, mais do que inconstância, é uma confissão da sua instabilidade que é mais nefasta para a sua imagem do que para a de Bush que já é sobejamente conhecido.

Isto tem odor de ambição, primeiro para ser pago pela Casa Branca e depois por interesses opostos ao Presidente que lhe terão oferecido mais. Já não há sinceridade nem amor à camisola, mas apenas o interesse no dinheiro.

No campo oposto, recordo a atitude honesta de um Sr. major de Cavalaria, conhecido por «Sistema», que sendo chefe da segurança do PR Costa Gomes e começando a não gostar de atitudes deste, pediu para sair dessas funções e disse para os seus companheiros de trabalho: «tenho por dever colocar-me ente o PR e uma bala que lhe seja dirigida e não quero que, quando isso possa vir a ser necessário, não tenha a convicção, a abnegação e a força suficiente para cumprir esse dever». Isto é honradez de um português que venera os heróis da nossa história.

Saiba aonde está a Gasolina mais barata de Portugal

Os constantes aumentos dos combustíveis, levam as pessoas a arranjarem ideias para fazer face à carestia, assim para além dos já marcados boicotes ao abastecimento de gasolina nas maiores petrolíferas, foi criado um site que conta com a colaboração de todos nós para ajudar a divulgar os preços mais baratos e a localização desses postos.
Pelo que verificamos a gasolina mais barata de Portugal, esteve no dia de ontem nos postos dos Supermercados E.Leclerc Fafe 1,399 euros e Intermarché de Fafe 1,404, ocupando a terçeira posição o Intermarché de Paços de Ferreira 1,406.
http://www.maisgasolina.com/

Caríssimos, a nossa luta deverá continuar no boicote ao abastecimento de gasolina. As Gasolineiras a boicotar são as três maiores. GALP; BP e REPSOL. Parece que estes senhores, aínda não se convenceram de que vão ter quebra de vendas de combustível.
A culpa, também é do Governo que não põe mão nisto e também não cede um milimetro, na redução do ISP. A Repsol vai subir às 00h00 de hoje ( 29-05-2008 ) os preços dos combustíveis nos seus postos de abastecimento, disse à Lusa fonte da empresa.
O litro da gasolina sem chumbo 95 octanas vai passar a custar 1,501 euros, enquanto o preço do gasóleo vai subir para 1,425 euros.
Contactada pela agência Lusa, a Galp afirmou que os "aumentos são decididos no dia anterior" e por isso "às 00h00 de quinta-feira não vai haver alteração" dos preços da gasolina.
A Galp aumentou hoje os preços dos combustíveis, com o litro da gasolina sem chumbo 95 octanas a custar agora 1.501 euros e o do gasóleo 1,426 euros.
A BP também não confirma "nenhum aumento nacional para já" da gasolina nem no gasóleo para as 00h00 de quinta-feira.
Nas bombas da BP, o preço da gasolina sem chumbo 95 octanas é de 1,493 euros por litro, e o preço do gasóleo situa-se actualmente nos 1,413 euros.

26 maio 2008

Fala-me de tudo

Fala-me de amor,
Do amor pela natureza,
Do amor entre Homem e Mulher,
Do amor entre pais e filhos
Ou de outro amor qualquer.

Fala-me
Das manchetes dos jornais,
Dos assaltos á mão armada,
Dos fogos florestais,
Das crianças maltratadas
E de tudo o que se fala demais!

Fala-me
Das promessas por cumprir,
Dos valores que se perdem no tempo,
Do que está pra vir
Mas fala-me com sentimento!

Fala-me
De liberdade com respeito,
De critica com educação,
De deveres e direitos,
Fala-me de amor e perdão!

Fala-me de Justiça
Mas com Justiça pois então!


Escrito a 26 de Maio de 2008 - Ana Martins


Ave Sem Asas

25 maio 2008

Jovens válidos são esperança para o País

Segundo o PR afirmou no discurso de 25 de Abril, os jovens não evidenciam apetência pela política, o que, como diz Marta Vieira no Diário de Notícias de hoje isso é compreensível porque «para a maior parte dos potenciais eleitores, entre os 18 e os 30 anos (com excepção de um ou outro carreirista), os políticos já deram todas as provas de incompetência e de falta de seriedade, provas essas que se acumulam de cada vez que vêem um primeiro-ministro, com um ar festivo e vaidoso, a desrespeitar promessas sobre o emprego, a consolidação orçamental, a retoma do investimento, a segurança dos cidadãos, a inflação, a estabilidade laboral, a educação, as novas oportunidades, etc., etc., etc., tudo aquilo, enfim, que serviu para enganar, mais uma vez, os portugueses».

Torna-se necessário, segundo a autora, valorizar «o que ainda resta dos tradicionais valores nacionais: o trabalho, a honra, a solidariedade». Porém como neste blog tem sido várias vezes escrito, existem jovens válidos que merecem ser apoiados porque constituem uma esperança para o País poder ressurgir do atraso e da letargia em que se tem afundado.

Passo a citar casos positivos em abono dos jovens. Pelo Jornal de Notícias de hoje ficámos a saber que «o eco-veículo da Universidade de Coimbra (UC) manteve ontem o título ibérico no European Shell Eco-marathon, realizado em Nogaro, França, ao conquistar o 11.º lugar, conseguindo percorrer 1445 quilómetros com um litro de gasolina». Trata-se de um veículo desenvolvido pelo Departamento de Engenharia Mecânica da UC que já em 2007 conseguiu uma melhor prestação tendo alcançado o 7.º posto na geral dos protótipos a gasolina, ao percorrer 1902 quilómetros com um litro de gasolina.

Na mesma competição, uma equipa da Universidade do Minho ficou no 16.º posto da classificação geral, com um veículo que percorreu 1192 quilómetros com um litro de gasolina. E esteve presente uma terceira equipa portuguesa, da Escola Secundária Alcaides de Faria, de Barcelos, que se classificou no 30.º posto, com 789 quilómetros com um litro de gasolina.

Na variante Urban Concept, da mesma competição, a equipa da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto classificou-se em segundo lugar, ao percorrer 291 quilómetros com um litro de gasolina, uma prova que teve cerca de metade dos inscritos da variante de protótipos.

Isto evidencia capacidade científica e de aplicação da teoria à prática, desenvolvendo tecnologias extraordinariamente evoluídas e inovadoras.

Também, o DN refere a actividade efectuada no edifício do auditório do Taguspark, em Oeiras, em que 90 jovens vindos de várias escolas do concelho de Oeiras, com idades entre os 15 e 16 anos, discutiam os últimos pormenores das estratégias empresariais que desenharam em apenas 24 horas, para serem avaliados por um júri de cinco elementos. Embora jovens adolescentes, mostraram-se empreendedores, inventaram ideias para fazer negócios, delinearam planos de investimento, de marketing, de publicidade e de financiamento dos seus projectos. Cada equipa tinha entre quatro e cinco elementos e era coordenado por um monitor, ele aluno do Instituto Superior Técnico. Os prémios são bilhetes para o Rock in Rio

A iniciativa "Taguspark Empreendedor Júnior" foi organizada pelo Taguspark em parceria com a associação Aprender a Empreender, uma organização internacional sem fins lucrativos que está presente em Portugal desde 2005 e que tem como objectivo incentivar os jovens desde o ensino básico até à universidade a tornarem-se empreendedores.

Os jovens estão a aderir com entusiasmo às iniciativas desta associação. A equipa que ganhou os três dias de Rock In Rio foi a que apresentou um projecto para a criação de um chip de reconhecimento de imagem para telefone. Os sectores preferidos pelos jovens empreendedores foram o ambiente, as energias renováveis, o apoio aos donos de animais, a genética e até as tecnologias que permitem poupar tempo e divertir-se mesmo em trabalho. Em apenas 24 horas, saíram da cabeça dos jovens boas ideias de negócio, desde o aproveitamento de óleos alimentares para a produção de biodiesel, até relógios com GPS e roteiros turísticos.

É com agrado que se verifica haver no País matéria cinzenta de muita qualidade que merece ser apoiada com condições de investigação e trabalho para produzir as «ferramentas» úteis ao desenvolvimento da nossa economia e incrementar as exportações de equipamentos com inovações, de tecnologia avançada, e boas perspectivas de venda.

Indicam-se em a seguir links de posts que abordam aspectos animadores das capacidades de jovens:

- A política como trampolim
- A política não é atractiva
- Cavaco, Jovens e a democracia
- Duas etapas sensíveis na vida
- Investigador português recebe prémio no Canadá
- Francisco Veloso recebe prémio internacional
- Filipe Valeriano, Português que sobressai
- Cientistas portugueses em destaque internacional
- Jovens cientistas portugueses
- Jovens com prémios científicos internacionais
- Portugal vai ressurgir!!!
- Mensagem de Ano Novo do PR
- Excesso de assessores e má gestão não resultam bem
- Políticos não dão lições de liberdade
- Três estudantes portugueses premiados nos USA
- Tenhamos esperança nas novas gerações
- Jovens hoje, Líderes amanhã

24 maio 2008

Grande Manifestação contra a revisão gravosa do Código do Trabalho

Compilação de documentos sobre as alterações propostas pelo Governo, a posição da CGTP-IN e do movimento sindical unitário e os fortes motivos para estar presente na manifestação nacional de 5 de Junho.
Clique aqui para consultar

23 maio 2008

DIAS DE NÃO ABASTECIMENTO NA GALP, BP e REPSOL

Caros amigos, leitores e colaboradores deste blogue. A msg que se segue, é a que está a ser divulgada por e-mail e por vários blogues. Como é óbvio também aderi desde o inicio. Na verdade para esta luta resultar, não deveria ter dias marcados, na minha ideia deveriamos abstermo-nos de abastecer nos postos abaixo referênciados, até produzirmos o efeito desejado!
Eu assim o faço, e assim farei, até que a pouca vergonha termine.
Julgo que esta luta começou a produzir efeitos, a Galp veio aos meios de comunicação negar o aumento dos combustíveis, apartir das 0h00 do dia 22-05-2008. Dizem que houve uma falha de comunicação, no entanto já alguns revendedores, tinham recebido as novas tabelas...

" Vamos fazer a diferença!Isto tem que começar por algum lado! Vamos passar a palavra e não ser indiferentes, temos que fazer com que as coisas mudem! A subida vertiginosa do preços dos combustíveis tem que parar e temos que fazer com que baixem!Para tal vamos combinar o "NÃO ABASTECIMENTO" na BP, GALP e REPSOL nos próximos dias 1, 2 e 3 de Junho.
VAMOS FAZER A DIFERENÇA!Nesses dias abasteçam noutros postos de combustíveis tais como a Esso, Total, Continente (antigo Carrefour), Intermarché, Jumbo e Leclerc!
Juntos teremos força para baixar os lucros destes gigantes!
Agora é só passar a palavra com urgência!
Estamos fartos de ser levados na hora de pagar!

CHEGA!
SEJAMOS UNIDOS !
NÃO ESQUEÇAM NOS PRÓXIMOS DIAS 1, 2 e 3 de JUNHO NÃO ABASTEÇAM NOS POSTOS DA BP, GALP e REPSOL! "

22 maio 2008

Bombeiros bem ou mal equipados?

Há poucos dia o Sr. MAI, com muita pompa e circunstância e o seu habitual «entusiasmo», afirmava que, este ano, os fogos florestais não iriam levar a melhor, não iriam ficar a rir da dificuldades dos bombeiros, no confronto com os «soldados da paz», e anunciava que estes foram dotados com mais meios modernos.

O povo bem intencionado, de brandos costumes, muito crédulo nas palavras dos senhores governantes, ficou mais tranquilo e convencido de que os grandes fogos de anos anteriores, foram coisa do passado. Mas já nesses anos ouvira iguais promessas e não viu melhoras significativas.

Mas, como balde de água fria, antes que os fogos anulassem a ilusão criada pelo Sr. ministro, caiu agora a notícia «bombeiros sem equipamento» no jornal gratuito Metro. Segundo ela, o comandante distrital de operações de socorro de Lisboa, Elísio Oliveira, referiu no dia 20 as necessidades de equipamentos individuais dos bombeiros. Disse que existem carências de «materiais de protecção individual para combate a incêndios urbanos, e sistemas de respiração». Curiosamente, o seu espírito de missão levou-o a dizer que, apesar disso, os bombeiros podem «responder a qualquer situação», mas certamente, com menor eficiência!

Depois de tais palavras, a governadora civil do distrito de Lisboa, Dalila Araújo, salta à estacada e garante que as corporações do distrito estão bem equipadas.

Perante isto, ficamos totalmente baralhados. Quem estará a falar verdade? Quem é tecnicamente mais credível para opinar sobre o assunto? O que concluir das palavras de Dalila a desmentir o comandante Elísio? Como reagirá este?

Criança

Trazes no olhar pureza estampada,
Nas mãos gestos inocentes,
Na boca palavras mal pronunciadas,
Na alma sentimentos transparentes.
Trazes no rosto a alegria de viver,
Tão natural de quem não conhece o mundo,
E é nesse olhar tão lindo e profundo
Que eu me encontro e vejo adulto.
Trazes o peito a transbordar de amor,
Que linda que és assim tão sincera,
Prostrado a teus pés
O mundo seria um jardim em flor,
Sem ódio nem guerra,sem miséria.
Se o homem fosse um misto de criança e saber,
De bondade e transparência,
Com vontade de dar e receber,
Que bom seria viver!


Escrito a 20 de Maio de 2008 - Ana Martins

21 maio 2008

NÃO, NÃO E NÃO...

PODEMOS E DEVEMOS PROTESTAR, NÃO ABASTECENDO NAS DUAS MAIORES PETROLÍFERAS DO PAÍS, UMA PORQUE É A MAIOR NACIONAL E A OUTRA (BP) PORQUE É A MAIOR MUNDIAL.

20 maio 2008

Confissões de um assassino económico - III (última parte )


Continuação...


AMY GOODMAN: Estamos a conversar com John Perkins, autor de Confessions of an Economic Hit Man. Você diz que, por causa de subornos e por outras razões, deixou de escrever este livro durante muito tempo. O que é que quer dizer com isso? Quem tentou suborná-lo ou quem... que subornos é que aceitou?

JOHN PERKINS: Bem, nos anos noventa aceitei um suborno de meio milhão de dólares para não escrever o livro.

AMY GOODMAN: De quem?

JOHN PERKINS: De uma das maiores companhias de construção civil.

AMY GOODMAN: Qual delas?

JOHN PERKINS: Legalmente falando, não era... a Stoner-Webster. Legalmente falando não foi um suborno, foi... um pagamento por eu ser consultor. Foi tudo muito legal. Mas no fundo eu não fazia nada. Era um entendimento, como expliquei nas Confessions of an Economic Hit Man, que estava... para mim estava... estava implícito, quando aceitei este dinheiro como consultor, que eu não teria muito trabalho, mas não podia escrever quaisquer livros sobre o assunto, pois eles tinham conhecimento que eu estava a escrever este livro, a que nessa altura eu chamava 'Conscience of an Economic Hit Man'. E devo dizer-lhe, Amy, que é uma história extraordinária do ponto de vista de ... É quase à James Bond, na verdade. E eu quero dizer...

AMY GOODMAN: Bem, de facto é como se lê o livro.

JOHN PERKINS: Pois, era mesmo, não era? Quando a National Security Agency me contratou, fizeram-me testes num detector de mentiras durante um dia inteiro. Descobriram todos os meus pontos fracos e seduziram-me imediatamente. Utilizaram as drogas mais fortes da nossa cultura, o sexo, o poder e o dinheiro para me dominarem. Eu venho duma família muito antiga de New England, calvinista, mergulhada em valores morais espantosamente fortes. Sabe, eu acho que de uma forma genérica sou uma boa pessoa e penso que a minha história mostra verdadeiramente como este sistema e estas poderosas drogas do sexo, do dinheiro e do poder podem seduzir as pessoas, porque eu fui mesmo seduzido. E se eu não tivesse vivido esta vida de assassino económico, acho que teria passado um mau bocado só de pensar que havia quem fizesse estas coisas. E foi por isso que escrevi este livro, porque o nosso país precisa mesmo de perceber, se as pessoas desta nação percebessem o que é a nossa política internacional, o que é a ajuda internacional, como trabalham as nossas empresas, para onde vai o dinheiro dos nossos impostos, tenho a certeza de que exigiriam uma mudança.

AMY GOODMAN: No seu livro, fala de como ajudou a implementar um esquema secreto para recambiar para a economia americana milhares de milhões de dólares dos petrodólares da Arábia Saudita, e para posteriormente cimentar a estreita relação entre a Casa de Saud e as sucessivas administrações dos Estados Unidos. Explique isto.

JOHN PERKINS: Sim, foi uma época fascinante. Lembro-me bem, você é que devia ser demasiado jovem para se lembrar, mas eu lembro-me bem de como, no princípio dos anos setenta, a OPEP exercia o poder que tinha e cortou o fornecimento de petróleo. Os nossos carros faziam fila nos postos de gasolina. O país estava com medo de se encontrar noutra crise de colapso-depressão tipo 1929; e isto era inaceitável.

Então, eles – o Departamento do Tesouro, contrataram-me a mim e a outros homens de golpe económico. Fomos para a Arábia Saudita. Nós...

AMY GOODMAN: Vocês intitulavam-se mesmo assassinos económicos... e.h.m.'s?

JOHN PERKINS: Sim, era um termo cifrado com que nos tratávamos a nós próprios. Oficialmente, eu era um economista chefe. Tratávamo-nos a nós próprios e.h.m.'s. Era cifrado. Era como se, ninguém ia acreditar em nós se disséssemos isto, não acha? E então, fomos para a Arábia Saudita no princípio dos anos setenta. Sabíamos que a Arábia Saudita era a chave para eliminar a nossa dependência, ou para controlar a situação. E trabalhámos nesse negócio segundo o qual a Casa Real de Saud concordava em enviar a maior parte dos seus petrodólares para os Estados Unidos e investi-los nas acções do governo dos Estados Unidos. O Departamento do Tesouro utilizava os juros destas acções para contratar companhias americanas para a construção de novas cidades na Arábia Saudita, de novas infra-estruturas... o que cumprimos. E a Casa de Saud concordava em manter o preço do petróleo dentro de limites aceitáveis para nós, o que eles têm feito durante todos estes anos, e nós concordávamos em manter a Casa de Saud no poder enquanto eles cumprissem isso, o que cumprimos, e que é uma das principais razões por que entrámos em guerra com o Iraque. E no Iraque tentámos implementar a mesma política que tinha sido tão bem sucedida na Arábia Saudita, mas Saddam Hussein não foi na conversa. Quando os homens de golpe económico falham neste cenário, o passo seguinte são os chacais, como lhes chamamos. Os chacais são pessoas sancionadas pela CIA que chegam e tentam fomentar um golpe ou uma revolução. Se isso não resultar, passam aos assassinatos ou tentam fazê-lo. No caso do Iraque, não conseguiram chegar até Saddam Hussein. Ele tinha... Os guarda costas eram bons demais. Ele tinha duplos. Não conseguiram chegar até ele. Então, quando os homens de golpe económico e os chacais falham, a terceira linha de defesa, a linha de defesa seguinte são os nossos rapazes e raparigas que são enviados para morrer e para matar, que é sem dúvida o que estamos a fazer no Iraque.

AMY GOODMAN: Pode explicar como é que Torrijos morreu?

JOHN PERKINS: Omar Torrijos, o presidente do Panamá. Omar Torrijos tinha assinado o Tratado do Canal com o Carter muito... e, sabe, passou no congresso por apenas um voto. Era uma questão altamente polémica. Mas depois Torrijos seguiu em frente e negociou com o Japão a construção de um canal ao nível do mar. Os japoneses queriam financiar e construir no Panamá um canal ao nível do mar. Torrijos conversou com eles sobre isto, o que muito aborreceu a Corporation Bechtel, cujo presidente era George Schultz e o advogado sénior era Casper Weinberger. Quando Carter foi corrido (e esta é uma história interessante... como é que isso aconteceu na realidade), quando ele perdeu as eleições, e entrou Reagan e Schultz veio da Bechtel para secretário de Estado, e Weinberger veio da Betchel para secretário da Defesa, estavam todos muito irritados com Torrijos... tentaram convencê-lo a renegociar o Tratado do Canal e a não falar com os japoneses. Ele recusou obstinadamente. Era um homem de princípios. Tinha os seus problemas, mas era um homem de princípios. Era um homem extraordinário, Torrijos. E então, morreu numa explosão do avião, que foi provocada por um gravador com explosivos lá dentro, que... eu estava lá. Tinha estado a trabalhar com ele. Eu sabia que nós, os assassinos económicos, havíamos falhado. Eu sabia que os chacais estavam a cercá-lo e, logo a seguir, o avião explodiu com uma bomba dentro de um gravador. Não tenho a menor dúvida que foi com a sanção da CIA e mais... a maior parte dos investigadores da América latina chegaram à mesma conclusão. Claro, nunca se ouviu falar de tal coisa no nosso país.

AMY GOODMAN: Então, onde... quando é que se deu a sua mudança?

JOHN PERKINS: Sempre senti um sentimento de culpa, mas deixei-me seduzir. O poder destas drogas, o sexo, o poder e o dinheiro, era forte demais para mim. E, claro, eu estava a fazer coisas para as quais tinha sido estimulado com pancadinhas nas costas. Eu era economista chefe. Eu estava a fazer coisas de que Robert McNamara gostava e por aí fora.

AMY GOODMAN: Até que ponto era a sua relação de trabalho com o Banco Mundial?

JOHN PERKINS: Muito, muito próxima com o Banco Mundial. O Banco Mundial fornece a maior parte do dinheiro que é utilizado pelos assassinos económicos, ele e o FMI.

Mas, quando houve o atentado de 11 de Setembro, senti um choque. Percebi que tinha que contar a história porque aquilo que aconteceu no 11 de Setembro é o resultado directo do que os assassinos económicos têm vindo a fazer. E a única maneira de nos virmos a sentir outra vez em segurança neste país e de nos virmos a sentir bem connosco próprios é utilizarmos estes sistemas que implementámos para criar uma mudança positiva em todo o mundo. Estou convencido que podemos fazer isso. Acho que é possível dar a volta ao Banco Mundial e a outras instituições para fazerem aquilo a que originalmente se destinavam, ajudar a reconstruir partes devastadas do mundo. Ajudar… ajudar verdadeiramente as pessoas pobres. Há vinte e quatro mil pessoas a morrer de fome todos os dias. Nós podemos alterar isso.

AMY GOODMAN: John Perkins, quero agradecer-lhe imenso por ter estado connosco.


O livro de John Perkins intitula-se Confessions of an Economic Hit Man.


[*] Entrevista a John Perkins realizada em 09/Nov/2004 no programa 'Democracy Now'. Esta entrevista encontra-se em:


Confissões de um assassino económico - II


Caríssimos, conforme o prometido continuo aqui com a segunda parte, do texto do post anterior, que por ser muito extensa aínda terá continuidade num terçeiro post.


AMY GOODMAN: John Perkins está connosco aqui no nosso estúdio Firehouse. Bem-vindos ao programa Democracy Now!


JOHN PERKINS: Obrigado, Amy. É óptimo estar aqui.
AMY GOODMAN: É bom tê-lo aqui connosco. Vamos, explique-nos esta expressão, “assassino económico” (economic hit man), e.h.m., como lhe chama.


JOHN PERKINS: Basicamente aquilo para que somos treinados e aquilo a que o nosso trabalho se destina é construir o império americano. Provocar... criar situações em que a maior parte possível dos recursos convirjam para este país, para as nossas companhias, e para o nosso governo e, na verdade, temos sido muito bem sucedidos. Construímos o maior império da história do mundo. Isto tem vindo a ser feito durante os últimos 50 anos desde a II Guerra Mundial, de facto com muito pouco poder militar. Só em ocasiões muito raras como no Iraque é que os militares aparecem como último recurso. Este império, ao invés de qualquer outro na história universal, foi construído principalmente através da manipulação económica, através da burla, através da fraude, através da atracção das pessoas para o nosso modo de vida, através dos assassinos económicos. Eu tomei parte nisso em grande medida.


AMY GOODMAN: Como é que se tornou num deles? Para quem trabalhou?


JOHN PERKINS: Bem, inicialmente fui contratado quando estava na business school, nos finais dos anos sessenta, pela National Security Agency, a maior mas menos bem conhecida organização de espionagem; mas por fim trabalhei em empresas privadas. O primeiro verdadeiro assassino económico derrubou o governo do Irão, um governo democraticamente eleito, o governo de Mossadegh que tinha sido a pessoa do ano da revista Time; e foi tão bem sucedido em fazer isso sem derramamento de sangue... bem, houve algum derramamento de sangue, mas não houve intervenção militar, apenas se gastaram milhões de dólares e substituiu-se Mossadegh pelo Xá do Irão. Nessa altura, percebemos que esta ideia de assassino económico era muitíssimo boa. Não tínhamos que nos preocupar com a ameaça de guerra com a Rússia se o conseguíssemos fazer desta maneira. O problema era que desta forma Roosevelt passava a ser um agente da CIA. Ele era um funcionário do governo. Se fosse apanhado, ficávamos metidos num grande sarilho. Ia ser muito constrangedor. Por isso, nessa altura, a decisão foi utilizar organizações como a CIA e a NSA para recrutar potenciais homens de golpe económico como eu e depois colocá-los a trabalhar em companhias privadas de consultoria, empresas de engenharia, companhias de construção para que, se fôssemos apanhados, não pudesse haver ligação com o governo.
AMY GOODMAN: Bom. Fale-nos da companhia onde trabalhava.


JOHN PERKINS: Bem, a companhia onde trabalhava era uma companhia chamada Chas. T. Main em Boston, Massachusetts. Éramos cerca de 2 000 empregados, e eu fui nomeado economista chefe. Acabei por ter cinquenta pessoas a trabalhar para mim. Mas o meu verdadeiro trabalho era fazer negócios. Ou seja, conceder empréstimos a outros países, empréstimos gigantescos, muito maiores do que aquilo que eles algum dia podiam pagar. Uma das condições do empréstimo... digamos, mil milhões de dólares para um país como a Indonésia ou o Equador... e depois esse país tinha que pagar noventa por cento desse empréstimo a uma companhia americana, ou companhias americanas, para construir infra-estruturas – uma Halliburton ou uma Bechtel. Estas eram as maiores. Depois essas companhias iam para lá e construíam um sistema de electricidade ou portos ou auto-estradas que basicamente serviam apenas algumas das mais ricas famílias desses países. Em última análise, a gente pobre desses países ficava afogada nesta espantosa dívida que nunca poderia pagar. Hoje, um país como o Equador deve mais de cinquenta por cento do seu orçamento nacional só para pagar a sua dívida. E claro que não consegue fazê-lo. Por isso, temo-los literalmente em cima dum barril. Assim, quando queremos mais petróleo, vamos ao Equador e dizemos, “Olhem, vocês não conseguem pagar a vossa dívida, portanto, dêem às nossas companhias petrolíferas as florestas tropicais do Amazonas, que estão repletas de petróleo.” E hoje chegamos lá e destruímos as florestas tropicais do Amazonas, forçando o Equador a entregá-las porque acumularam toda essa dívida. Assim, fazemos estes grandes empréstimos, a maior parte deles volta para os Estados Unidos, o país fica com a dívida mais imensos juros e, na prática, tornam-se nossos criados, nossos escravos. É um império. Não há dúvidas quanto a isto. É um império monstruoso. Tem sido extremamente bem sucedido.


Esta entrevista encontra-se em: http://www.democracynow.org/article.pl?sid=04/11/09/1526251#transcript

19 maio 2008

Confissões de um assassino económico - I

Como os Estados Unidos utilizam a globalização para defraudar os países pobres em triliões de dólares


entrevista de John Perkins


" Estamos a falar com John Perkins, um ex-membro respeitado da comunidade de negócios na banca internacional. No livro " Confissões de um Assassino Económico" (Confessions of an Economic Hit Man), ele descreve como, enquanto profissional altamente bem pago, ajudou os Estados Unidos a defraudar em triliões de dólares países pobres do globo inteiro, emprestando-lhes mais dinheiro do que aquilo que eles podiam alguma vez pagar para depois se apossar das suas economias. [inclui reprodução sem correcções] John Perkins descreve-se a si próprio como um ex-assassino económico – um profissional altamente remunerado que defraudou em triliões de dólares países do mundo inteiro. Há 20 anos que Perkins começou a escrever um livro com o título inicial de "Consciência de um Assassino Económico" (Conscience of an Economic Hit Man). Perkins escreve, “Estava para dedicar este livro aos presidentes de dois países, homens que haviam sido seus clientes, que eu respeitava e considerava serem espíritos idênticos – Jaime Roldós, presidente do Equador, e Omar Torrijos, presidente do Panamá. Ambos morreram há pouco tempo em explosões aéreas. A morte deles não foi acidental. Foram assassinados porque se opuseram àquela fraternidade dos dirigentes das grandes companhias, do governo e da banca, cujo objectivo é o império global. Nós, os Assassinos Económicos não conseguimos persuadir Roldós e Torrijos, e o outro tipo de homens de golpe, os chacais sancionados pela CIA, que estavam sempre por trás de nós, entraram em acção. John Perkins continua: “Eu fui convencido a deixar de escrever este livro. Recomecei-o mais de quatro vezes durante os vinte anos seguintes. Em todas as ocasiões, a minha decisão de voltar a começar foi influenciada pelos acontecimentos mundiais da época; a invasão do Panamá em 1980, a primeira guerra do Golfo, a Somália e a revolta de Osama Bin Laden. No entanto, as ameaças ou os subornos acabaram sempre por me convencer a parar”.


Mas finalmente Perkins publicou agora a sua história. O livro intitula-se Confessions of an Economic Hit Man. John Perkins está connosco aqui nos nossos estúdios de Firehouse. Ele trabalhou de 1971 a 1981 na firma internacional de consultoria de Chas T. Main onde era um “assassino económico”, como se descreve a si próprio. É o autor do livro Confessions of an Economic Hit Man. "


Vale a pena ler o livro para melhor percebermos o que está por detrás do controlo da economia mundial. Publicarei num próximo post, o resumo desta história. Assim como o que está na génese desta trama.

http://www.economichitman.com/pages/bookpages/author.html

http://www.democracynow.org/2004/11/9/confessions_of_an_economic_hit_man

17 maio 2008

Pode ser legal mas é chocante

O PÚBLICO de hoje traz a notícia da autoria de Sofia Rodrigues intitulada «Instituições de solidariedade obrigadas a deitar comida fora». O facto de deitar comida fora ou de não poder ser aproveitada comida oferecida pela população é chocante, num momento em que se fala de fome, de aumento da tuberculose e de outros efeitos da subnutrição de larga fatia da população.

Parece que está ser aplicado pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) o critério de a fiscalização alimentar das regras de higiene se aplicar de igual forma "a qualquer empresa com ou sem fins lucrativos". Mas essa interpretação está a suscitar dúvidas e a ser classificada de insensata.

A autoridade fiscalizadora exige que as cozinhas tenham os mesmos requisitos que as de um restaurante, proíbe as instituições de aceitar alimentos dados pelas populações e deita fora toda a comida congelada em arcas normais. É chocante por ser uma ruptura com a tradição e por não ser muito claro que isso viesse fazer face a grande perigo de intoxicação alimentar nas Instituições de Solidariedade Social.

O padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional destas Instituições (CNIS), queixa-se de que "a ASAE funciona como se estas instituições fossem lucrativas e os seus dirigentes vivessem delas, e não exige ao sector público o que exige a estas instituições". Chama a atenção das pessoas o argumento de que "não se pode exigir que uma instituição de freiras tenha um pequeno restaurante", embora se deva sublinhar a necessidade de serem limpas e não colocarem em causa a saúde dos utentes.

A afirmação de que a ASAE "apresenta-se como uma superpolícia implacável. Falta-lhe sensatez para poder apreciar melhor este sector" parece ser generalizada e traduzir a opinião de grande parte da população.

Segundo um especialista, "há um conflito de competências", porque as instituições de solidariedade social não prosseguem um fim económico". Uma responsável por uma IPS" aceita com muita condescendência que, a ASAE deve aplicar as mesmas regras, mas com cautela, e deve avaliar cada instituição".

Por um lado, para combater a fome recomenda-se a aproveitar ao máximo os produtos alimentares, e agora surge este rigor a mandar para o lixo comida, só porque não obedece a um rigor pouco consentâneo com as condições de funcionamento e as tradições das IPS. Pode ser legal, mas não deixa de ser chocante.

Chicos espertos!!! Contornam a Lei dos Serviços Públicos Essenciais.

"A nova Lei dos Serviços Públicos Essenciais, que entra em vigor no próximo dia 26, proíbe a cobrança de tarifas de aluguer dos contadores de água, electricidade e gás. A menos de duas semanas da sua entrada em vigor, as autarquias já encontraram forma de "contornar" a lei no caso da água nas facturas, a taxa de aluguer de contador muda de nome e aparece agora como tarifa de disponibilidade, de salubridade ou de conservação e manutenção dos sistemas" ver restante notícia no JN de 16/05/2008

É um subterfúgio utilizado pelas autarquias, caros leitores verifiquem quem são os malandros, que já aprenderam com os malandrões do Governo! Para mim os malandros, serão penalizados, o meu voto não terão concerteza.
Portugal, é efectivamente uma república das bananas e dos regabofes. Por cá todo o chico esperto se safa e contorna leis, é preciso é ter jogo de cintura! Agoras até os autarcas, alinham pelo mesmo diapasão! Valha-nos o do queijo Limiano.

16 maio 2008

Medida contra o cartel

Já circula na Net e via SMS pedidos para boicote a várias petrolíferas. Num dia é uma, noutro outra...
Assim não resulta!!!
Só com um MEGA-BOICOTE é que se pode obter resultados.
A minha proposta é esta:

Vamos boicotar apenas uma petrolífera (todos precisamos de conduzir, infelizmente);
Durante 6 meses seguídos (assim pesa-lhes no bolso);
Divulguem esta medida (entre amigos, familiares, nas bombas, etc).


Qual???

Porque ainda hoje vão aumentar, pela 18ª vez este ano, + 2 cêntimos;
Porque não estão satisfeitos com os 3 que nos aumentaram ainda nesta semana tb;
Porque tem as campanhas dos 6 cêntimos dos talões Continente, Lidle e JN, que demonstram que o lucro é grande;
Porque é estrangeira.
Eu NUNCA mais atesto na BP. Há muitos outros postos por aí.

PESSOAS OU MERCADORIA?



A empresa metro do Porto, tem vindo a anunciar nos órgãos de comunicação social, a inauguração de mais uma estação na linha amarela, a estação D. João II.

É de facto muito importante a abertura desta estação. Com ela irão beneficiar milhares e milhares de utentes, nesta zona da cidade de V.N. de Gaia. Até aqui tudo bem, nada a dizer, pelo contrário. Mas o que me faz escrever estas breves palavras é outra situação bem diferente. É o facto bizarro, de se esquecerem de colocar bancos e cobertura na dita estação, como seria normal acontecer. À semelhança de todas as outras estações, em todas as outras linhas. E que efectivamente muita utilidade têm, especialmente para as pessoas idosas, grávidas, e com crianças ao colo.

Pergunto: será que a metro do Porto se esqueceu que os seus utentes são pessoas e não mercadorias?
Será que os engenheiros que conceberam esta estação, pensaram que o metro era de mercadorias, e por esse motivo não seriam necessários nem bancos nem cobertura!?

Dá-me a sensação que sim.

Mário Margaride

13 maio 2008

Impor democraticamente

Este governo que nos calhou em triste sorte – como aliás todos os governos, na óptica anarquista – continua a tentar impor pela via supostamente democrática directivas e orientações que as pessoas, os sindicatos, não querem. Diga-se, de passagem, que “impor democraticamente” é um novo conceito, retirado da não-ideologia destes pêésses que nos governam.

Conforme podem ver nesta notícia que publiquei no meu site Contracorrente, os sindicatos e o governo não chegaram a acordo sobre a proposta de contrato de trabalho em funções públicas. A explicação é dada pelo próprio governante responsável por estas negociações, que afirma: “não se trata de cedências, trata-se de ouvir os sindicatos e perceber se essas propostas se adequam ao espírito da reforma que é adaptar o novo contrato de trabalho ao Código de Trabalho”.

Espectacular. O governo parte para as negociações com os sindicatos com uma meta predefinida, que espera vir a ser aceite natural e cordatamente pelos sindicatos. Nesse caso, para quê negociar? Para dar um ar de democracia? Naturalmente que os sindicatos não estão dispostos a aceitar esta postura ditatorial por parte do governo. Mais uma vez, o Estado pretende impor relações laborais com os seus próprios trabalhadores do mesmo tipo das empresas privadas. Estado-Empresa, eis a nova cara do poder nacional-socialista do Sócrates.

08 maio 2008

PEDIDO DE AJUDA

Estimados Amigos, recebi esta mensagem e resolvi enviar, isto pq a mensagem não foi fácil de ler...

Diz respeito a uma criança que tem uma doença no sangue cujo tratamento consiste num transplante de medula.
A má notícia é que nenhum dos familiares ou amigos são compatíveis com ele e a Cruz Vermelha vai fazer uma recolha de sangue a pessoas interessadas em doar a sua medula.

Com esta mensagem pede-se a todas as pessoas que ajudem, não só esta criança, mas também a muitas outras que andam espalhadas neste nosso pequeno país.



A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo!

O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de sobrevivência para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue.

Se para o doador a doação é apenas um incómodo passageiro, para o doente pode representar a diferença entre a vida e a morte.

PROBABILIDADE DE ENCONTRAR UM DADOR COMPATÍVEL?

Actualmente a transplantação de medula óssea é uma prática corrente mas só cerca de 25% dos doentes têm um dador familiar compatível.

Os restantes 75% que têm de recorrer a dadores não aparentados. A transplantação de medula óssea com dadores não aparentados aumentou grandemente a taxa de sobrevivência.

REQUISITOS PARA SER DADOR DE MEDULA ÓSSEA

Os laboratórios responsáveis pelo processo de análises para averiguar a futura compatibilidade entre dadores – tipagem – e estudo imunológico, são os centros de Histocompatibilidade do Sul, do Norte e do Centro, sendo que o do Sul é o organismo do Ministério da Saúde que articula os três centros (Lisboa, Porto e Coimbra), que no seu conjunto formam a Lusotransplante.

Se tem entre os 18 e 45 anos pode inscrever-se num dos 3 Centros de Histocompatibilidade do país. Não poderá ter historial clínico de coração, doença cancerosa ou sida.

Ser-lhe-á retirada uma amostra de sangue, para análise virulógica e de ADN, de forma a tipar o material genético. Simultaneamente terá de preencher um questionário com informação adicional. Esta informação vai para a base de dados e, caso surja um doente compatível, nacional ou estrangeiro, o dador é contactado.

PROCESSO DE DOAÇÃO DE MEDULA

Comprovada a compatibilidade genética do dador, existem duas formas de doação, ao critério do voluntário.

1º Inicialmente, o dador faz um tratamento com injecções subcutâneas de uma substância chamada factor de crescimento para aumentar a produção de células progenitoras de medula. Depois, num processo semelhante à doação de sangue, as células são colhidas por uma técnica chamada citaférese, na qual é possível colher as células a partir de veias periféricas no braço, num processo rápido e simples. Neste caso, o sangue retirado da veia do dador passa através de um aparelho que remove apenas as células necessárias para o transplante, devolvendo novamente as restantes células e plasma ao dador


2º É feita uma colheita das células a partir dos ossos pélvicos, com anestesia geral. Os dadores passam por uma pequena cirurgia de aproximadamente 90 minutos. É retirada uma pequena quantidade de medula (menos de 10%), através de uma punção na região pélvica posterior (bacia) para aspirar a medula (vulgarmente conhecida como tutano).


Dentro de poucas semanas, a medula óssea do dador estará inteiramente recuperada. Os riscos são praticamente inexistentes; os dadores costumam relatar um pouco de dor no local da punção.

Todos os actos médicos que envolvem a doação são cobertos pelo subsistema de saúde do doente, bem como viagens e outros custos.

Contactos:
Lisboa
CEDACE, Registo Português de Dadores de Medula Óssea
Hospital Pulido Valente
Alameda das Linhas de Torres, 117
1769-001 LISBOA

Tel. 21 750 41 52
Fax. 21 750 41 76


Porto
Centro de Histocompatibilidade do Norte
R.Roberto Frias - Pavilhão Maria Fernanda
4200-467 Porto

Tel. 22 51 9102 ou 22 557 3470


Coimbra
Centro de Histocompatibilidade do Centro
Pcta Prof. Mota Pinto - Edf.São Jerónimo, 4º Apartado 9041
3001-301 Coimbra

Tel: 239480700/719


A doação pode salvar a vida de muitas crianças e adultos... Para alguns é uma vida de sofrimento esperar por uma medula, enquanto que para os dadores é apenas um mau estar após a doação, mas com uma enorme satisfação de poder salvar uma vida!

Espero que participes, te inscrevas em algum destes centros, pois nao sabemos se algum dia precisaremos tambem de ser ajudados.

Beijo grande!

Prémio

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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