02 junho 2010

Ironias da sociedade moderna


Pela GNR de Alfena (Valongo) foi detido após 41 anos a guiar sem carta, um homem, residente em Santo Tirso que, desde os 18 anos, guiava sem estar legalmente habilitado, sem nunca ter sido fiscalizado e sem ter tido acidentes.

Sem dúvida a detenção justifica-se por se tratar de uma infracção grave.

Mas, olhando o caso por outra óptica, ele merecia que lhe fosse dada já a carta e um prémio, por nunca ter tido acidentes, coisa de que muitos encartados não podem gabar-se. Afinal a carta nunca lhe fez falta, a não ser agora para mostrar à autoridade a fim de não ser detido!!!

6 comentários:

Beezzblogger disse...

Caro amigo, de facto o homem devia ser condecorado. Nunca ter tido acidentes, pelo menos participados, e ao fim de 40 anos ser apanhado, é obra.

Por mim, eu se fosse Juiz, agia pedagogicamente, ou seja, aplicava-lhe uns dias de trabalho comunitário, inscrevia-no no exame de condução com a obrigatoriedade de passar, mais umas aulas de educação cívica e dáva-lhe a carta.

Abraços do Beezz

A. João Soares disse...

Caro Beezz,
O seu comentário é fantástico. Isso só dignificaria a Justiça. Impunha a lei para servir de exemplo e era compreensivo para o ás-do-volante sem certificado da Ordem dos condutores!
E também faz pensar na ineficiência das muitas operações stop que fecham o trânsito e controlam todos os carros e condutores. O agora detido teve muita sorte!!!

Um abraço
João
Do Miradouro

david santos disse...

É sempre um caso diferente, daí, a importãncia que sobre ele se releva.
Contudo, deve ser condenado como qualquer outro que cometa erros semelhantes. Nem mais nem menos. Se ele sabe conduzir com sorte, tudo bem. Tem sido feliz. Mas conduzir sem carta, só os que não sabem conduzir são capazes de se atreverem a tal.
Por isto digo: este homem não conduz com carta, porque não sabe conduzir. Pois a sorte é muito diferente do saber. Andou até que! Parou!
Abraços.

Saozita disse...

Lei é lei pois, e é para ser cumprida. No entanto há quem se habilite a conduzir sem carta, devido aos elevados custos para tirar a mesma, outros porque não conseguem passar no exame. Na verdade não é por se estar legalmente habilitado, que se é bom condutor, vejo por aí tantos "fangios" que me arrepio. Ser bom condutor, é antes demais depois de adquirida a experiência, ser consciente e ter consciência cívica e educação.
Relativamente ao nosso condutor, sem habilitação certificada, concerteza que com a experiência e prática se tornou num bom condutor, só pecou por não se ter habilitado a conseguir o título de habilitação e assim como diz o ditado " o jarro tantas vezes vai à fonte, que um dia deixa lá a asa".

Continuação de uma boa semana.
Bj

A. João Soares disse...

Cara Sãozita,

Concordo com a sua defesa do conceito de que a lei deve ser cumprida. Realmente, em teoria, devia ser cumprida, por todos. Porém, a realidade mostra que há uns indivíduos ocultos sob a capa da política ou do poder financeiro que escapam a qualquer lei. Não há notícia de político julgado e condenado, e não parece que seja por terem dons de santidade com comportamentos impecáveis.

O «fabrico de leis» torna-as uma artificialidade humana e, portanto, sujeitas a erros. Errar é humano, erro do real poder legislativo, que não sei bem se pertence ao Parlamento, ao Governo ou aos dois. E isso foi recentemente reconhecido segundo notícia dos jornais que informava que muitas centenas de leis irão em breve para o caixote do lixo, sendo substituídas por novas leis que já foram encomendadas a gabinetes de advogados por alguns milhões de euros!!!

Trata-se de negócios com advogados amigos que entregam as tarefas a estagiários que não têm noção real da vida dos portugueses e que, por gratidão, não deixarão de inserir uns pormenores suficientes para protecção dos reais detentores do poder no País. Será de esperar que continue a haver erros, mas serão certamente outros erros!!!

A propósito das cartas de condução, soube há pouco tempo que em França a carta é vitalícia, sem serem precisos exames para renovação. Será que entre nós se justifica o custo da burocracia e dos incómodos para renovar tal papel? Se o condutor idoso estiver interessado em deixar de ter carta, por já não se sentir inteiramente capaz, tem de possuir grande poder de persuasão para convencer o médico a chumbá-lo!

Mas que o indivíduo da notícia sabe conduzir não merece a mínima dúvida e cumpre a lei no estacionamento, no respeito ao risco, no limite de velocidade, etc, ao ponto de nunca ter tido qualquer contacto com a polícia.

Mas concordo com a Sãozita, na ausência de «ética e de civismo, a lei é um pilar fundamental, desde que a conheçamos(são muitas e mal feitas!) e as saibamos interpretar.

Abraço
João
Do Miradouro

Unknown disse...

Caro João,
O que não faltam é condutores indignos da carta de condução. A sãozita tem razão, lei é lei, mas que este Homem merecia um prémio, também concordo. Errou em não tirar a carta de condução, sabe-se lá porquê, só ele o poderá dizer mas que mostrou ser um condutor consciente e responsável, disso não tenhamos dúvidas.

Beijinhos,
Ana Martins

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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