
Texto original em http://resistir.info/


DA RESPONSABILIDADE COLECTIVA DE UM POVO As novas atrocidades cometidas pelo estado judeu colocam questões candentes. O bombardeamento indiscriminado da população de Gaza pelos caças F-16 da entidade sionista até agora já provocou quase 300 mortos e 900 feridos. Isto vem na sequência de um sitiamento prolongado, em que se priva aquela população de alimentos, combustíveis e medicamentos. A palavra genocídio tem razão de ser. Ele está a ser efectuado desde há anos. É um genocídio em câmara lenta. A cumplicidade/passividade da União Europeia e dos governos de muitos países árabes (a começar pelo do Egipto) é notória. Mas acima de tudo é notória a conivência de grande parte dos cidadãos de Israel. Na década de 1930 o cidadão médio da Alemanha podia alegar desconhecimento dos crimes perpetrados pelo nazismo. O aparelho de propaganda hitleriano jamais mencionava o holocausto em curso. A existência dos campos de concentração e dos fornos crematórios era cuidadosamente escondida. Os media da Alemanha nazi nunca mencionavam a existência de tais infâmias. E o que se passa hoje em Israel? Os crimes do estado sionista são bem conhecidos. A realidade do apartheid é evidente para todos, basta olhar as muralhas que esquartejam a Palestina. Os assassinatos das sinistras polícias políticas de Israel são (em parte) divulgados nos media. As 100 toneladas de bombas já despejadas sobre a população indefesa de Gaza são anunciadas nos jornais israelenses. As perseguições ao espoliado povo palestino (10 mil palestinos presos) são notórias. Por isso – ao contrário do povo alemão dos anos 30-40 – o povo de Israel não pode alegar ignorância. Assim, exceptuando as forças democráticas e progressistas (como o PCI, o Hadash e algumas personalidades dignas) deve-se colocar o problema da responsabilidade colectiva dos cidadãos israelenses que permanecem passivos ou dão apoio (inclusive com o seu voto) a um governo que comete tais atrocidades. O repúdio à barbárie nazi-sionista deve ser universal. As manifestações contra o massacre já começaram nos EUA e em outros países. O apêlo ao boicote a Israel e ao desinvestimento deve transformar-se em realidade.

4 comentários:
Caro Víctor,
Temos que lamentar os sofrimentos infligidos ao povo de Gaza que, estando inocentes, são vítimas dos efeitos laterais de uma guerra entre Israel e o Hamas. Se as notícias desta madrugada são verdadeiras, o maior inimigo dos palestinianos é o Hamas. Israel decidiu fazer um cessar fogo e cumpriu, mas o Hamas mostrou o que é e, a pesar desse gesto de Israel e do início da retirada das forças israelitas, decidiu voltar a lanças rockets para território israelita.
Israel disse que interromperia a sua paragem se o Hamas voltasse a lanças rockets.
Quem é afinal o inimigo dos habitantes de Gaza?
E guerra acho que se deve condenar ambas as partes e exigir a paz. Mas em casos tão nítidos, se as notícias são verdadeiras, fica provado que quem quer guerra é o Hamas, alimentando ódios antigos que quer perpetuar no futuro, com graves prejuízos para os inocentes palestinianos de Gaza. Estes farão o seu juízo e reagirão como entenderem, se o Hamas não os reprimir.
Abraço
A. João Soares
Olá Victor, eu concordo em parte com o que diz o amigo A João Soares, e em parte por uma razão muito simples, é que segundo isto:
"Se as notícias desta madrugada são verdadeiras, o maior inimigo dos palestinianos é o Hamas"
Ora toda a gente sabe da máquina de propaganda em prol dos ISRAELITAS, dos EUA, etc. Claro que ISRAEL veste a pele de cordeiro, sendo um lobo voraz, e com sede de sangue.
Vamos ver, como noutras alturas, o tempo vai dar-me razão. Olhem o que aconteceu com a propaganda das armas de destruição maciça de SADAM, e do IRAQUE, e estas nunca existiram...
Abarços do Beezz
É verdade que há sempre pessoas conduzidas para nos enganar. Outras, como eu contudo, também embarcamos em algumas dessas conduções. Mas aqui neste caso pouco há a dizer, sempre houve muitas divergências entre palestinianos, talvez tantas ou menos do que as que existem entre os portugueses. Só que nós temos tido a sorte de não estarmos colonizados por outro País. Ou melhor; servimos bem de lacaios. Mas a Faixa de Gaza está colonizada!!!!!!!!!!!!!!!
Por aqui só podem haver dois mal feitores: terrorismo norte-americano e sionismo-nazi-fascista israelita.
Já se os palestinianos não se entendem ou não querem entender é problema deles.
David Santos
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