25 agosto 2007

A ROSA

Era uma manhã de um dia de semana, desses de céu aberto e muito sol. Um trabalhador dirigiu-se para seu local de trabalho. Passando em frente a um templo religioso, decidiu entrar. Era uma sala muito ampla. Ele se sentou num dos últimos lugares, bem ao fundo. Ali se pôs a fazer a sua oração cheia de vida, dialogando com Jesus. Ouviu, então, no meio do silêncio, a voz de alguém, cuja presença não tinha percebido: venha aqui. Venha ver esta rosa. Ele olhou para os lados, para frente, e viu uma pessoa sentada num dos primeiros lugares. Levantou-se e a voz falou outra vez: Venha ver esta rosa.
Embora sem entender, ele se dirigiu até a frente e percebeu que sobre a mesa
Havia realmente um vaso, no qual estava uma linda rosa. Parou e começou a observar o homem maltrapilho que, vendo-o hesitante, insistiu: venha ver a rosa sim, estou vendo a rosa, respondeu. Por sinal, muito bonita.
Mas o homem não se conformou e tornou a dizer: Não, sente-se aqui ao meu lado e veja a rosa. Diante da insistência, o trabalhador ficou um tanto perturbado. Quem seria
Aquele homem maltrapilho? O que desejaria com ele com aquele convite? Seria sensato sentar-se ali, ao lado dele? Finalmente, venceu as próprias resistências, e se sentou ao lado do homem. Veja agora a rosa, falou feliz o maltrapilho. De fato, era um espectáculo todo diferente. Exactamente daquele lugar onde se sentara, daquele ângulo, podia ver a rosa colocada sobre um vaso de cristal, num colorido de arco-íris. Dali podia-se perceber um raio de luz do sol que vinha de uma das janelas e se reflectia naquele vaso de cristal, decompondo a luz e projectando um colorido especial sobre a rosa, dando-lhe efeitos visuais de um arco-íris.
E o trabalhador, extasiado, exclamou: é a primeira vez que vejo uma rosa em cores de arco-íris. Mas, se eu não me tivesse sentado onde estou, se não tivesse tido a coragem de me deslocar de onde estava, de romper preconceitos, jamais teria conseguido ver a rosa, num espectáculo tão maravilhoso. É preciso saber olhar os outros de um prisma diferente do nosso. O amor assume coloridos diversos, se tivermos coragem de nos deslocar do nosso comodismo, de romper com preconceitos, e vermos as pessoas de modo diferente e novo. Há uma rosa escondida em todas as pessoas que não estamos sendo capazes de ver. Há necessidade de sairmos de nós mesmos, de nos dispormos a sentar em um lugar incomodo, de deixar de lado as prevenções, para poder ver as rosas do outros, de um ângulo diferente. Realizemos esta experiência, hoje, em nossas vidas. Procuremos aceitar que podemos ver um colorido diferente onde, para nós, nada havia antes, ou talvez, de acordo com nosso modo de pensar, jamais poderiam ser vistas outras cores.

2 comentários:

avelaneiraflorida disse...

Aceitemos o outro! Aceitemos o desconhecido que está ao nosso lado!

Não só descobriremos os arco-íris das rosas...mas descobriremos a cor do nosso coração!!!!

Maria Romeiras disse...

Bonita a ideia de pessoas como rosas...

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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