Ignoremos tudo.
Sepultemos bem fundo
As nossas consciências
As nossas culpas
A paixão pelos que sofrem
O estandarte da solidão
A miséria, a vergonha
A riqueza, a ostentação.
Ignoremos tudo.
Com inteligência e minúcia
Para que tudo desapareça
Até ao mais ínfimo pormenor
Sem deixar rasto.
Uma réstia de olhar
Ficará pairando como um traço indefinido
Sobre o silêncio sepulcral de tudo ausente.
Onde não haverá vivalma
Não restará ninguém
Para vasculhar bem no fundo
E ver que afinal…
Nada está sepultado.
Sepultemos bem fundo
As nossas consciências
As nossas culpas
A paixão pelos que sofrem
O estandarte da solidão
A miséria, a vergonha
A riqueza, a ostentação.
Ignoremos tudo.
Com inteligência e minúcia
Para que tudo desapareça
Até ao mais ínfimo pormenor
Sem deixar rasto.
Uma réstia de olhar
Ficará pairando como um traço indefinido
Sobre o silêncio sepulcral de tudo ausente.
Onde não haverá vivalma
Não restará ninguém
Para vasculhar bem no fundo
E ver que afinal…
Nada está sepultado.
Mário Margaride
2 comentários:
Vivimos num mundo terrível. Mas podemos melhorá-lo cada um de nós à nossa medida.
Um abraço fraterno
Enquanto o nosso Eu, estiver bem, enquanto à nossa mesa nada faltar!
A tendência é fingir que não vemos o sofrimento dos outros, passamos ao lado, da dor, da miséria, do sofrimento e não vemos, não queremos ver e viramos a cara para o lado!
A consciencialização surge, quando nos bate à porta a desgraça. Será quando nos apercebemos que estamos sózinhos na nossa dor, na nossa cruz!
Infelizmente é assim, enquanto nos nossos corações estiver instalado o egoísmo, do Eu, ... primeiro EU, só EU, e sempre EU!!!!
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