
O que eu vi,
Eram flores,
Cravos vermelhos
Vencendo a censura,
Rostos... Espelhos
De euforia nas ruas!
O que eu ouvi,
Eram vozes,
Cânticos alegres
Entoando liberdade,
Lágrimas com vestes
De fé e verdade!
O que eu senti,
Foi coragem e união
Num povo de garra
E destreza,
Amor pela Pátria
Que chorava então
A liberdade presa!
Ana Martins
Escrito a 25 de Abril de 2009
EM HOMENAGEM A TODOS OS QUE TÃO CORAJOSAMENTE LUTARAM PELA LIBERDADE COM DEVERES E DIREITOS COMO O RESPEITO, VERDADE E HONESTIDADE. VALORES HOJE INFELIZMENTE JÁ QUASE ESQUECIDOS.
6 comentários:
Venho desejar um feliz dia da Liberdade.
Que as comemorações deste dia de Libertação renovem em nós a esperança na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária.
Um abraço amigo,
Maria Faia
Ana, que belo poema. E tão verdade, a verdade que dizes, sobre os valores já esquecidos.
O 25 de Abril de 1974, trouxe a LIBERDADE, mas trouxe também, o oportunismo, temos hoje de defender os nossos ideais, as nossas vitórias, nem que seja com outra revolução...
Abraços Revolucionários do Beezz
Ana, que belo poema!!
Parabéns!
beijos
Associo-me a esta bela homenagem que prestas, a todos quanto lutaram para que o 25 de Abril acontecese, e se mantenha vivo.
Nesa altura, 25 de ABRIL DE 1974, estava em Angola no serviço militar, e tive a honra, de ser o primeiro na minha unidade, a receber oficialmente a notícia que se tinha dado uma revolução em Portugal. A alegria foi inimaginável! Nunca mais me esquecerei desse dia em toda a minha vida.
Obrigado, por este belo poema!
Beijinhos
Mário
O que sinto hoje:
Raiva por ver que aprendemos pouco, revolta porque muito pouco se fez, e desencanto porque a necessidade de outra revolução é cada vez maior.
Cumps
Uma poesia que retrata bem a ânsia de liberdade e de um futuro melhor. e termina com comentário que mostra que a desilusão não tardou e, assim, o Abril não se realizou. Continuamos com iguais desejos e anseios, mas sem a coragem de nos revoltarmos.
Transcrevo um pequeno artigo do 24 horas de ontem:
«Ramalho Eanes desafiou os portugueses a serem «mais exigentes» com os governantes.
O ex-presidente da República apelou aos presentes para não deixarem adormecer «a capacidade de se revoltarem» e, quando necessário, «substituir governantes».
O povo precisa de acordar e exercer o direito de manifestar a sua indignação como disse Mário Soares, ou de deixar de se resignar como disse Cavaco Silva ou deixar-se da abdicação cívica como disse Manuel Alegre.
Portugal precisa de mudança.
Abraço
João Soares
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