22 abril 2009

Cega-me a foice…

As terras áridas de centeio
correm-me nas veias,
o negro espalha-se
pelos campos da fome,
gela-me o frio
sobre as palhas
do trigo sem sustento.

Cega-me a foice…
…na cegueira da colheita

Os trigais secaram
na boca de quem os alimenta,
as mãos enrugadas
carregam o fardo
no vazio
das cinzas avermelhadas
queimadas em solidão.

Cega-me a foice…
…na cegueira do nada
que me resta.

1 comentário:

Marcela Isabel Silveira CRN2: 9531 disse...

Olá Conceição, que lindo poema!
Adorei e meus parabéns!
Fique com deus!
Beijos

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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