07 março 2008

Terroristas, dissidentes ou apenas oposição?

Na Colômbia, desde 1978, já lá vão 30 anos, as Forças Armadas governamentais têm combatido as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), sem sucesso, como se vê pelas notícias mais recentes.

No Sri Lanka, que já teve os nomes de Taprobana, Serendib e Ceilão, a família Bandaranaike, sucessivamente no Governo, tem enfrentado o conflito com a população tamil, alimentado por razões étnicas e religiosas. Os Tigres Libertadores do Eeelam Tamil (LTTE) controlam totalmente a província de Jaffna, no norte e reivindicam a fusão das províncias do Norte e do Leste para constituírem um Estado a que chamam de Eeelam Tamil.

Os curdos querem criar um Estado que se estende por parte da Turquia, do Iraque e do Irão, mas têm sido contrariados com as consequentes perdas de vidas.

Além destes, há muitos outros casos, mais ou menos conhecidos, de dissidências ou de oposições menos respeitadas e mais oprimidas, que, devido à arrogância do Poder instituído, muitas vezes de forma fraudulenta, ocasionam violência excessiva e inútil de que resultam perdas de vária ordem e a criação de um clima de insegurança e de medo que nada contribui para a paz de espírito e a felicidade dos povos. E, com isso, endurecem os ódios que tornam menos viável uma resolução pacífica da situação.

Pode afirmar-se, de uma forma geral, que, em cada caso, se as partes em confronto se interessassem verdadeiramente pela felicidade dos habitantes e o desenvolvimento sócio –cultural do País, tudo se poderia resolver pacificamente pelas negociações, a bem das pessoas.

Agora na América Latina desenhou-se uma perspectiva de guerra entre a Venezuela e a Colômbia, com o perigo de atrair terceiros em apoio de um e de outro, podendo atingir dimensões de tragédia continental. Mas, entretanto, surgiram mediadores que procuraram amaciar as relações entre as partes. Oxalá seja obtido o melhor resultado e que, entretanto, a Colômbia se entenda da melhor forma com as FARC, em benefício do País em que todos devem viver em harmonia.

Sobre os perigos das guerras e as vantagens das resoluções pacíficas de conflitos já aqui foram colocados os seguintes textos, entre outros:

Negociar, coligar em vez de utilizar as armas
A Paz pelas conversações
Guerra a pior forma de resolver conflitos
Paz pela negociação.
A Paz como valor supremo

6 comentários:

Beezzblogger disse...

Caro A João Soares, sei que o amigo tem formação militar superior, portanto sabe bem do que fala, no plano militar e destas movimentações. Mas de facto, nestes problemas todos, existe a sombra dos EUA. Já sei que poderão dizer, que lé venho eu desancar nos Americanos (Administração). Quem colocou o Sadam Hussain no Poder? Os EUA, para lutar contra os Russos, depois já não lhes serviu, quando começou a fechar a troneira do petróleo.

Quem forneceu anos a fio as FARC de armamento, e ainda fornece? Os EUA, com o espião Russo que agora prenderam na Tailândia, a seu mando.

Quem forneceu a UNITA de Jonas Savimbi? Os EUA, para controlo do petróleo e DIAMANTES...

Etc, etc, etc, etc...

Só não vê quem não quer, o mal está bem identificado, o eixo do mal é os EUA, pois armam-se em polícias do mundo, sendo eles os polícias corruptos, que se estendem em atrocidades em prol de sugarem todos os outros, que possuem riquezas naturais.

Muito mais havia a dizer, mas falarei mais deste assunto, num post que irei fazer, mais detalhado.

Parabéns pelo post.

Abraços do beezz

A. João Soares disse...

Beezz,
Não o contradigo, porque tem razão. Já Eisenhower, no fim da segunda guerra mundial alertou os EUA e o mundo para o perigo do complexo industrial-militar.
O mal não vem propriamente dos Presidentes ou da Administração, porque esta está subordinada ao poder económico, tal como nos demais países do Mundo. E acabam por ser os magnates da indústria do armamento que decidem estas coisas que constituem um perigo para o mundo.
Essas indústria não estão interessadas em fechar. Talvez pesem mais do que o petróleo ou a droga nas economias dos grandes países.
Em conclusão: o post peca por um excesso de optimismo, de utopia, de idealismo. Seria muito lindo que se conseguisse acabar com a guerra e resolver tudo à mes d café. Mas a humanidade não tem vontade real de ir por esse caminho devido ao poder do dinheiro dos industriais.
Um abraço
A. João Soares

Beezzblogger disse...

Claro que, com a indústria de armamento a reinar, tudo se torna mais difícil, temos um mundo cão, à base de compadrios militaristas e de armamento. Por outro lado a economia deste estado durante anos assentou no negócio do Petróleo e suas manipulações, facto que levou o dólar a ser a moeda fortíssima e reinar no mundo ocidental. Mas o petróleo tem vindo a descer de importância e a subir de preço face à valorização do Euro. O problema então é virarem-se para o armamento que dá frutos de imediato.

A nossa política externa (UE) está de rastos sem saber por onde atacar este aumento desenfreado do ouro negro, e mesmo os EUA, que outrora controlavam a OPEP, agora com as ameaças das economias crescentes, como a Venezuela, A China, A Índia e outras que tal, são na guerra que desancam a frustração de uma economia em queda vertiginosa. Atente-se ao mercado imobiliário, veja-se que se não forem tomadas medidas urgentes aqui na Europa, sofreremos com os aumentos desenfreados dos juros que o BCE quer impor.

Enfim estamos Lixados.

Abraços od Beezz

A. João Soares disse...

Parece que é isso: estamos lixados!
Mas não devemos perder as esperanças e ser um pouco idealistas, sem perder de vista as realidades.
Repare que os três presidentes - Venezuela, Colômbia e Equador - tiveram o bom senso de se sentar à mesa e resolverem o problema que os dividia. Parece que leram este post!
Mas o meu ponto de vista ia mais longe ao âmago do problema interno da Colômbia. Seria bom para este país fazer um cessar-fogo com a FARC e convidar alguns dos seus líderes para funções do governo. Em casos deste género há razões de uns e dos outros.
Abraço
A. João Soares

Anónimo disse...

Reina a indústria do armamento -de todo o mundo e não só dos EUA- e reinam tantas outras empresas e LOBYS!!

Em PT tb os há e de que maneira!

saudações

Anónimo disse...

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