17 julho 2008

Código do trabalho. Um acordo de aldrabice!


Caríssimos, recebi por e-mail este texto que achei interessante para aqui ser comentado e discutido! Estas são matérias que a todos podem interessar, sobretudo quando assistimos à queda das regalias, direitos e sobretudo poder de compra, da generalidade dos portugueses.


* Via: Sentido Único
A alteração ao código do trabalho se queria merecer o apoio de todas as partes, como o Governo dizia pretender, teria de acolher os interesses de todas as partes em negociação. Não foi isso que aconteceu. Creio mesmo que não houve um único especialista em legislação de trabalho que não dissesse que as propostas do novo código do trabalho visaram apenas favorecer as entidades patronais. Nesse sentido não é de estranhar que a CGTP não subscreva um acordo que ataca os direitos dos trabalhadores. Um bom acordo para ser assinado tem de ser bom para todas as partes.

O que fica deste acordo com o beneplácito da UGT e sobre proposta do Governo é mesmo o que as entidades patronais queriam: facilitar e agilizar os despedimentos, flexibilizar os horários de trabalho, reduzir os custos salariais, fragilizar a relação de trabalho face ao empregador.Tudo o resto são pormenores para amenizar os prejuízos. O despedimento por inadaptação acabou por não passar de uma manobra de diversão, como alguns previam.Quem conhece o mundo de trabalho em especial no privado sabe que regra geral impera a lei da selva. A mobilidade geográfica já existe. A flexibilidade de funções e de horários são uma constante. Os contratos colectivos não são respeitados. Os direitos do trabalho são mínimos. Os ritmos de trabalho são intensos. As relações de trabalho são baseadas na arrogância, na prepotência e no medo.Este acordo é portanto uma falácia. Os argumentos são uma falácia. Se as empresas não são competitivas não é por falta de vontade ou empenho dos trabalhadores. Também nunca os trabalhadores recusaram acorrer a picos de trabalho. Os bancos de horas a par do alargamento do período de trabalho são apenas um pretexto para não pagar horas extraordinárias.
O que mais querem eles?


5 comentários:

Zé Povinho disse...

Este governo, e também os anteriores, em vez de serem mediadores entre as entidades empregadoras e os trabalhadores, como devia ser a sua postura, há muito que ocuparam o seu lugar na barricada ao lado do patronato, colaborando no desequilíbrio de forças. Não é essa a sua função mas tem sido essa a sua opção, pelo que as "negociações" são uma farsa absoluta e com dados viciados à partida. É um jogo sujo!
Abraço do Zé

david santos disse...

Olá, Victor!
Eu nem sequer vou falar sobre o código de trabalho, mas sobre a UGT. Esta coisa é uma linha avançada do patronato mais reaccionário e retrógrado que existe em Portugal. Ela foi criada pelo patronato e pelos partidos que nos têm destruído o País: PS, PSD e CDS. Aliás, ela sempre esteve de acordo com o patronato e com o PODER político que nos tem destruído. No fundo, com os seus donos e, como se tem visto, os trabalhadores portugueses estão cada vez mais na miséria e no desemprego. Por isso, para mim, claro, a UGT, PS, PSD, e CDS são a mesma coisa: cães danados e dono. Essa UGT continua a receber milhões de euros para a formação profissional. Mas qual formação profissional? Claro que não há formação profissional. Há o manter uma seita bem governada para trair os trabalhadores.
Contudo, eu não sou dos que embarco muito no que milhões de trabalhadores dizem e quase sempre me interrogo: então estando Portugal tão mal, nomeadamente, para a maioria do nosso povo, por que motivo a UGT, PS, PSD e CDS, ainda no momento actual, absorvem 75% dos votos, caso houvesse eleições hoje?
Será que o povo; ou grande parte dos que se queixam, não nos andarão enganar? Porque continuam a votar e apoiar quem nos tem roubado e destruído ao longo de 30 anos? Estas, para mim, são as grandes interrogações. Então se o PS, PSD e CDS têm 40; 32 e 3% dos votos. Assim sendo, está certa a conta: dá 75%.
Não quero dizer com isto, que todo o resto é conversa, mas penso muito nisto. Por que motivo o povo não muda o seu voto? Há, por certo, algo no mínimo incompreensível...
Abraços.

José Lopes disse...

A UGT agora vem queixar-se de que houve alterações ao documento, e vem aplaudir os aumentos de 5% dados pela Impresa de Pinto Balsemão.
Uma no cravo, outra na ferradura, sempre ao serviço do poder.
Cumps

Beezzblogger disse...

Ora aqui está o sabor dos poderosos, bem explícito no texto do Amigo Victor. Eu Fui sindicalista, afecto à CGTP, aquando cumpria as funções de motorista na empresa STCP, era então na altura o SNM (Sindicato Nacional dos Motoristas) uma criança, agora pelos vistos tem algum poder, pelo menos na empresa com maior número de associados a STCP.

Abandonei, o sindicalismo por não me vender!!! Claro, e ao ver colegas meus negociarem acordos com a empresa em que só eles beneficiavam de algo (Ascenção na carreira imediata, melhoria de escalamento, entre outras), abandonei o sindicalismo, fui perseguído na empresa, quer por chefias, quer por ex-colegas de sindicato, e isto passa-se nas altas esferas do poder, disso não tenho dúvidas.

A UGT, é a maior fraude sindical desde o 25 de Abril, pois como ilustram os meus antecessores, negoceia pelo patronato, desinformando, criando clivagens e saindo sempre, ou quase sempre por cima. Veja-se o caso Torres Couto.

Mas isto um dia eu explicarei melhor os meandros do sindicalismo podre que existe em Portugal, e na Europa, com mais afinco e com postagens aqui na Voz do Povo.

Abraços do Beezz

victor simoes disse...

Beez, cá espero por essas histórias do sindicalismo!

Um abraço

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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