Há um ano, estava já desmontada a praça de touros de Cascais, o terreno regularizado, pavimentado, vedado e marcado para servir de parque de estacionamento para os visitantes da regata internacional de vela. Nem sequer um carro ali estacionou e não se vê sinal de obras.
Antes da demolição tinham sido noticiados, em datas diferentes, dois empreendimentos de grande volume. O tempo decorre e nada se vê quanto à concretização. Nem o simplex abrevia estas coisas!
Antes do simplex, há mais de uma dezena de anos, numa transversal da Av. 25 de Abril, onde houvera uma oficina de carpintaria ou de serração que tinha ardido, havia um letreiro, de data já antiga, a dizer que tinha dado entrada na Câmara um pedido de licenciamento de obras, mas que estas ainda não estavam licenciadas. Continuou assim mais uns anos ao ponto de, por razões de segurança, porque o muro de vedação ameaçava ruir com perigo para os peões que passassem no passeio contíguo, ter sido levantada uma vedação.
As obras acabaram por ser feitas e, hoje, há ali os edifícios Regata. Mas, nessa época ainda não havia o simplex. Porém, agora, mesmo com o simplex, o panorama é idêntico, no local da antiga Praça de Touros.
Há pouco tempo, vi na TV um compatriota emigrante na Austrália, onde se dedica à construção civil com muito êxito, dizer que nos dias que aqui estava a passar espantou-se com o tempo que as obras demoram a ser licenciadas e realizadas. Ele na Austrália, demora muito pouco tempo (referiu um ou dois meses) a obter a licença de construção e que a obra é terminada num período de poucos meses, dependendo do número de andares, sendo inspeccionada rigorosamente em cada fase da construção e em momentos inesperados. Lá, há menos burocracia e menos necessidade de «pedir favores» aos funcionários dos serviços públicos, sem prejuízo da responsabilização do construtor pela qualidade dos materiais e da construção.
Infelizmente, por cá, já toda a gente se habituou a aceitar a pesada e demorada empatocracia, a necessidade de «pedir favores» aos técnicos das autarquias e a suportar o deficiente funcionamento da generalidade dos serviços, tudo sem refilar!
Depois de ter ouvido esse empresário emigrante, fiquei mais sensibilizado para esta chaga nacional e agora, que já passou mais de um ano, de observação diária deste espaço vazio que já podia estar a produzir riqueza para o País, interrogo-me sobre o significado real do tão propagandeado «simplex».
Antes da demolição tinham sido noticiados, em datas diferentes, dois empreendimentos de grande volume. O tempo decorre e nada se vê quanto à concretização. Nem o simplex abrevia estas coisas!
Antes do simplex, há mais de uma dezena de anos, numa transversal da Av. 25 de Abril, onde houvera uma oficina de carpintaria ou de serração que tinha ardido, havia um letreiro, de data já antiga, a dizer que tinha dado entrada na Câmara um pedido de licenciamento de obras, mas que estas ainda não estavam licenciadas. Continuou assim mais uns anos ao ponto de, por razões de segurança, porque o muro de vedação ameaçava ruir com perigo para os peões que passassem no passeio contíguo, ter sido levantada uma vedação.
As obras acabaram por ser feitas e, hoje, há ali os edifícios Regata. Mas, nessa época ainda não havia o simplex. Porém, agora, mesmo com o simplex, o panorama é idêntico, no local da antiga Praça de Touros.
Há pouco tempo, vi na TV um compatriota emigrante na Austrália, onde se dedica à construção civil com muito êxito, dizer que nos dias que aqui estava a passar espantou-se com o tempo que as obras demoram a ser licenciadas e realizadas. Ele na Austrália, demora muito pouco tempo (referiu um ou dois meses) a obter a licença de construção e que a obra é terminada num período de poucos meses, dependendo do número de andares, sendo inspeccionada rigorosamente em cada fase da construção e em momentos inesperados. Lá, há menos burocracia e menos necessidade de «pedir favores» aos funcionários dos serviços públicos, sem prejuízo da responsabilização do construtor pela qualidade dos materiais e da construção.
Infelizmente, por cá, já toda a gente se habituou a aceitar a pesada e demorada empatocracia, a necessidade de «pedir favores» aos técnicos das autarquias e a suportar o deficiente funcionamento da generalidade dos serviços, tudo sem refilar!
Depois de ter ouvido esse empresário emigrante, fiquei mais sensibilizado para esta chaga nacional e agora, que já passou mais de um ano, de observação diária deste espaço vazio que já podia estar a produzir riqueza para o País, interrogo-me sobre o significado real do tão propagandeado «simplex».
4 comentários:
Calma aí! O Simplex é muito útil e eficaz, mas só na versão PINho, ou seja, na versão para "tubarões". Nessa versão é rápido, foge à legislação e até merece umas ajudas bem substanciais. É tudo uma questão de estatuto, porque somos todos iguais, mas uns mais iguais do que outros.
Cumps
Caro Guardião,
Está a ser muito realista. Para eles nem há crise nem nada que lhes prejudique as férias!
Olhe os competentíssimos senhores das águas de Portugal! RE como eles há muitos, passando pelo Banco de Portugal.
Mas creia que tenho a melhor das impressões do Presidente do Tribunal de Contas que enfrenta os problemas sem olhar a partidarizmos. É único. Merece um lugar de destaque entre os melhores portugueses.
Cumprimentos
A. João Soares
Concordo com a afirmação de que o SIMPLEX faz falta e é muito útil, para alguns, nomeadamente para as manobras de esquiva aos impostos!
Para encerrar empresas, despedir trabalhadores, e explorá-los.
Mas só mesmo para alguns, porque para o zé português, continua tudo na mesma e aínda pior.
Há portugueses de 1ª; 2ª e 3ªcategoria, sendo que esta ultima, é onde se engloba a maioria ( talvez já 90% )!
A primeira categoria todos sabemos qual é, ou seja a dos políticos e capitalistas, na 2ª categoria enquadram-se todos os que são os lambe-botas dos 1ºs e assim vai Portugal.
Cara Ana Martins,
As coisas não podem ser aceleradas porque aqueles que deviam organizar os serviços estão interessados, que haja demoras, que os processos durmam nas gavetas durante semanas ou meses a incubar, para que os cidadãos lhes peçam o «favor» de as porem a mexer. Esses favores são muito rentáveis, como tem sido dito repetidamente e como se vê no enriquecimento rápido dos intervenientes e nas famílias mais próximas. Contaram-me há dias que um autarca recebia atenções dos munícipes e entregava-os à mulher. Esta que não era loira parva, acabou por se divorciar, ficando com uma quantidade de apartamentos que estavam em seu nome. Até há quem, depois de «servir» dos parentes mais próximos, acabe por utilizar uns primos que são taxistas no estrangeiro!
Abraço
A. João Soares
Enviar um comentário