Façamos de Portugal, um país sério e honesto...
O 25 de Abril tornou-se, o dia a dia. É a liberdade de cada dia. Mesmo para aqueles que não sabem o que foi o 25 de Abril. Ou para aqueles que não gostam dele e o caluniam. Ou para os que, sem o pôr frontalmente em causa, tudo fazem para que pouco a pouco seja esquecido, minimizado ou deturpado.
Por isso, todos aqueles que fazem de conta que hoje é um dia como os outros estão, sem o saber, a comemorar o 25 de Abril.
Todos aqueles que hoje disserem mal da revolução dos cravos estão, sem querer, a prestar uma homenagem ao 25 de Abril.
Porque foi o 25 de Abril que restituiu a todos os portugueses, mesmo àqueles que são contra ele, o direito de viver sem medo, de falar sem medo e, sobretudo, a liberdade de discordar sem medo.
E mesmo que o imaginário abrilista não esteja na moda, mesmo que os valores dominantes não sejam propriamente os da revolução de Abril, mesmo aí se manifesta a sua superioridade. Porque sendo uma revolução vencedora, não substituiu uma propaganda por outra propaganda, nem uma cultura oficial por outra cultura oficial, nem uma mitologia por outra mitologia.
Outros regimes criaram os seus monumentos, os seus mitos, os seus símbolos. A revolução liberal, a revolução republicana, o Estado Novo, porque foi, como se sabe, uma ditadura de tipo fascista, copiada do modelo mussoliniano, simpatizante do regime nazi, com muitas taras e tiques próprios desses regimes totalitários, desde a polícia política e do campo de concentração do Tarrafal à própria saudação fascista obrigatória nos anos quarenta.
O 25 de Abril, apesar de ser a matriz fundadora do regime democrático, não só não construiu a sua própria mitologia, como ao sol da sua liberdade tem sido possível falsear a História, branquear o passado e promover, contra a cultura da memória, a cultura do esquecimento.
Mas até aí, até mesmo quando parece que está a perder, é o 25 de Abril que está a tornar-se vencedor....
(MA)
(Ver página)Viva o 25 de Abril! Viva a Liberdade! Viva Portugal! - Especial: 25 de Abril!
4 comentários:
Foi realmente uma grande data. Era necessário acabar com o regime e este não teve defensores que fizessem sombra aos capitães, que lhes dificultassem a revolta. Por isso foi pacífica e depressa se concluiu a acção militar.
Recordo que fui nomeado para acompanhar Mário Soares, Almeida Santos e Jorge Campinos numa missão ao estrangeiro, pouco tempo depois. Recordo também a minha nomeação para adjunto do PR Costa Gomes para substituir um que deixou de merecer total confiança do MFA.
Isso não significa que aplauda todos os resultados da Revolução de Abril, antes pelo contrário, assisti a muito desvario, à substituição da liberdade pela libertinagem que não é a mesma coisa!
Em Portugal nem tudo era mau e o PREC destruiu muita coisa valiosa do património material, humano e social dos Portugueses.
As palavras de Ludovicus são bonitas nos aspectos teórico, ideológico, e como expressão de uma fé. E a fé não se discute mas não deve tentar-se espalhá-la por imposição.
Havendo liberdade, como afirma Ludovicus, deve aceitar-se que os discordantes da revolução dos três DDD, possam dissertar sobre a sua opinião, possam trazer a lume os muitos erros feitos em nome da Revolução da Liberdade. Houve-os, apesar dos intentos de quem preparou a Revolução e de muitos que se esforçaram por fazer vencer as ideias mais positivas.
Neste momento, em que se evita que um grupo de pessoas possa colocar umas flores na campa do tirano, não se pode falar em compreensão e liberdade. Ainda há dias um amigo, professor universitário e fundador da UnI me enviou um texto que coloquei na Net, e me dizia, se quiser divulgar estas palavras, pode fazê-lo, mas peço que não diga o meu nome porque tenho medo por mim e pela minha família.
Os temas mais mediáticos dos últimos tempos evidenciam que a liberdade de informar está muito condicionada por diversas formas. O notável Pinto da Costa disse que a Pide foi extinta, mas foi substituída por instituições oficiais e por forças ocultas. A comunicação social está a ser «devidamente» controlada e o PM já mostrou interesse em amordaçar a blogosfera.
Não devemos cegar os outros. É preciso analisar seriamente os factos, para eliminar a poeira, a fumaça (de Pinheiro de Azevedo) e permitir que as pessoas possam raciocinar serenamente, usando a Liberdade de Abril.
Saudações abrilistas
é o nosso e o dever de todos os homens e mulheres de bem, Cultivar a liberdade, a igualdade a fraternidade, a solidariedade e a laicidade. Mas cultivar igualmente o sentido republica e o AMOR PELO POVO para que Abril seja sempre todos os dias e dentro dos nossos corações.
O 25 de Abril trouxe a liberdade. O resto, o povo que faça. Pois tem liberdade para isso.
Ludovicus, não sei porque tirou o post respeitante aos ou aos anónimos. É que agora andam atrás dos meus comentários e a deixarem comentários anónimos atrás dos meus.
Bem, de qualquer forma, só queria saber porque retirou aquele post.
Se quiser saber quem poderá estar por trás da persiguição aos meus comentários, pode sabê-lo, carregando nese mapa que anda à roda e diz os países em linha, para saber de onde vem o visitante.
De qiualquer forma, estou interessado em saber porque retirou o post. É que retirando o post, leva comentários. E eu quero saber o que lá estava escrito nos cometários.
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