16 março 2007

25 DE ABRIL EM RISCO



“O estratego do 25 de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, alertou esta sexta-feira que a memória da Revolução dos Cravos arrisca-se a desaparecer nos próximos 20 anos se não for explicada aos jovens nas escolas, noticia a Lusa.

Otelo Saraiva de Carvalho disse que a revolta militar, que permitiu o derrube da ditadura de Salazar e Marcelo Caetano no 25 de Abril de 1974, é explicada nas escolas públicas «muito pela rama».
«Ao nível dos programas de ensino, o 25 de Abril está muito maltratado», disse aos jornalistas.

Na sua opinião, se os programas do Ministério da Educação não concederem maior relevo aos acontecimentos político-militares que puseram fim à ditadura, «a memória do 25 de Abril vai perder-se» nas próximas gerações, dentro de 15 a 20 anos.”

Independentemente das vicissitudes, que levaram Otelo Saraiva de Carvalho, ao banco dos réus e á prisão, devido à sua participação nas “FP 25 de Abril”. Foi de facto o estratega, que esteve por trás do Movimento das Forças Armadas, que em 25 de 1974, implantaram em Portugal, a liberdade e a democracia, após 40 anos de ditadura de Salazar, e Marcelo Caetano.

Essa é uma verdade histórica, que nada nem ninguém, poderá desmentir.
No entanto, corre o risco de desaparecer da memória dos mais jovens, se nas escolas, não for explicada com profundidade e rigor, o que de facto foi, o 25 de Abril de 1974.

Existe hoje nas nossas escolas, uma espécie de preconceito por parte de muitos docentes, e por culpa dos próprios manuais escolares, que abordam a data e o significado, do 25 de Abril, com superficialidade.
Não se sabe exactamente porquê, como diz Otelo, mas o «25 de Abril é de facto muito maltratado ao nível dos programas de ensino»
Após quase 33 anos, desse dia que libertou Portugal das amarras da censura, já era tempo, de nas escolas, explicaram aos jovens o que de facto foi o 25 de Abril de 1974.

18 comentários:

Titá disse...

Concordo que é pertinente ensinar essa história mais recente do nosso país nas nossas escolas.
Confesso que ainda não me sinto muito alarmada porque cada vez mais há livros e publicações, reportagens e documentários sobre essa época, mas creio que é louvável que seja ensinada de uma forma sem pudor.
beijinhos

Mário Margaride disse...

Sem dúvida minha amiga!
É uma das grandes lacunas do nosso sistema de ensino, a ténue abordagem ao que foi, e que significado teve no nosso país o 25 de ABRIL DE 1974.

É lamentável, que quando perguntamos à maioria dos jovens, o que foi e o que significa, esse importante marco da nossa democracia, encolhem os ombros dizendo que não sabem.
Esperemos que muito mais se faça nas escolas, nesse capítulo da nossa história recente.

Beijinho

A. João Soares disse...

Cuidado com o que diz Otelo!!!
A História faz-se após ter pousado a poeira das emoções. Há sérias dúvidas sobre a credibilidade de que Otelo foi o estratego do 25 de Abril. Não se confunda estratégia com táctica!
Ele foi o táctico, o comandante das forças, a que os operacionais ficaram subordinados. O estratego ou estratega é o homem das ideias, o comandante em chefe que no seu gabinete, com a sua equipa de Estado-Maior, tudo coordena a nível geral, estudando em permanência a área de influência e a área de interesse, actividades que estavam muito além das capacidades de Otelo como veio a confirmar com a sua acção desastrosa durante o PREC e após este. Certamente, os estrategos estavam na Pontinha e noutros locais mais discretos e seguros, em ligação entre si.
Vê-se que Otelo está com pressa no descerramento de um monumento que receia não lhe ser feito após a morte. É uma ambição humanamente compreensível numa pessoa com as suas características.
Cumprimentos

Mário Margaride disse...

Não confunda as coisas amigo Soares!

Estamos a falar do 25 de Abril, não do 25 de Novembro. O que está em causa, é o que esteve por detrás desse dia 25 DE ABRIL DE 1974, é essa verdade histórica, que teimam em querer esconder, como se o 25 de Abril não tivesse existido, mas apenas o 25 de Novembro. Isso caro amigo Soares, é outra história!

Eu estava em Angola na altura do 25 de ABRIL, no serviço militar, e estava a par das movimentações de bastidores, da preparação do 25 de Abril, sei do que estou a falar.
É essa verdade histórica que não se explica, não se fala nas escolas, nem vem em nenhum manual escolar.
Fala-se do 25 de Abril, como diz Otelo e bem! De uma forma ligeira, e suferficial.
O que se passou depois, não foi o 25 de Abril! Foram circunstâncias, diria..."normais", para uma revolução como a nossa.
É bom que tenhamos memória séria, e não só nos lembrarmos só, convenientemente, do que nos interessa.
Não esqueça amigo Soares, que todos os acontecimentos que se seguiram ao 25v de Abril, só aconteceram, porque alguns corajosos militares, entre eles Otelo, arriscaram a própria vida, ao fazerem o 25 de Abril de 1974.

É bom que todos, mas todos os portugueses! Nunca se esqueçam disso.

Cumprimentos

M.Margaride

Beezzblogger disse...

Bom, eu que quando se deu o 25 de Abril, tinha apenas 2 anos de vida, ora não saberia nada sobre o assunto se, não procura-se saber, não me informa-se com mais velhos, não me interessa-se em suma pela questão.

Pois na altura de quando entrei na escola primária até cumprir o ciclo, altura em que saí, nunca ouvi fosse o que fosse sobre o 25 de Abril e a revolução dos cravos, o que ouvia era superficial, apenas mais um feriado nacional que não havia aulas, sempre o foi!

Portanto se quando entrei para a escola em 1978, apenas 4 anos após a revolução, de nada se falava, e por aí fora, não é de estranhar que hoje não se fale.

Concordo com o Otelo, mas cautela, pois muitos dos jovens de hoje, vêem o 25 de Abril, facciosamente, sem verdade, terá de ser visto na verdade!


Abraços do beezz

victor simoes disse...

Aqui tenho de concordar com o João Soares, a história terá muito para revelar. O que o Otelo quererá é protagonismo. O protagonismo ninguém lho retirará, pelo bom e pelo mau também e concerteza que a história falará da sua importância no processo da Revolução. Mas deixemos a história e os investigadores tratarem disso.
O amigo Mário Margaride, dispunha de informação privilegiada? Seria bom que nos pudesse contar a história em primeira mão, aqui na Voz do Povo, temos a página de textos, que daria para um bom trabalho!
Em relação à juventude não saber nada sobre o 25 de Abril, também não admira, um dia destes num programa televisivo, vi perguntar quem era o Presidente da República, e a resposta... José Sócrates.

Um abraço

A. João Soares disse...

Caro Mário Margaride,
Obrigado por me dizer que nessa data importante para o Portugal actual estava em Angola. Eu estava na Guiné trabalhando em instalações quase paredes meias com o amigo Otelo Saraiva de Carvalho que regressou poucos meses antes de mim. Talvez venha a provar-se que a fermentação da revolução foi mais na Guiné do que em Angola, tendo o General Spínola um papel muito decisivo na preparação e no desenrolar dos acontecimentos.
Concordo que é preciso escrever a História, sem olhar a interesses actuais e analisando cada passo à luz dos factores da época. E penso que a análise não deverá ser feita pelos participantes embora estes sejam de suprema utilidade nos seus depoimentos para esclarecimento dos factos.
Cumprimentos
A. João Soares

Mário Margaride disse...

Amigo Simões,

Eu não acho normal que nas escolas, não se aborde esta data histórica, com isenção, sem resentimentos, e explicando aos alunos, o significado desta data que como sabe, sendo aluno de sociologia, modificou o panorama político, e social em Portugal.

Muitos e muitos jovens, não fazem a mínima, de que havia uma ditadura em Portugal! E sabe porquê? Porque nasceram em liberdade, e nunca ninguém lhes explicou, que para eles hoje serem homens e mulheres livres, teve que se fazer uma revolução em 25 de Abril de 1974, para derrubar uma ditadura, e implantar um regime democrático.
É isso que é necessário dizer, e explicar aos jovens, nas nossas escolas, o que não acontece.
Se o meu amigo acha isto normal! Eu não acho.
Se o Otelo, quer ou não ter protagonismo, não sei! Terá que perguntar-lhe. Agora que isto é uma realidade, é!

A informação previlegiada, que diz que tenho, não tenho nenhuma informação especial! Apenas corriam rumores, do que estaria a preparar algo importante para derrubar o regime. Como deverá calcular, estavamos em ditadura, e tudo era muito sigiloso. E estando em Angola na altura do 25 de Abril, toda a informação chegava a conta gotas, e com muito cuidado, por causa da PIDE/DGS.
Portanto amigo Simões, não se fale do 25 de Abril, como se nada de importante tivesse acontecido.
Claro que depois! Houve toda aquela comvulsão social, inerente a mudança radical de uma sociedade. O que nestas circunstâncias acontece sempre. Mas isso é outra coisa diferente! O que aqui está em causa, é a importância do 25 de Abril de 1974, na sociedade portuguesa.

Abraço

Anónimo disse...

sendo filho de alguem que sempre lutou para que os seus fossem livres uma grande familia cumunista claro que eles me derao a saber as atrocidades a que forao cometidos .eu sei o que foi a luta pela liberdade.mas os meus filhos tambem vao saber pos o avo ze nao vai deixar passar em branco.abracos m.o

victor simoes disse...

Amigo MMargaride, quando me refiro a não me admirar, reporto ao estado de conhecimentos gerais dos nossos jovens em matéria de História de Portugal! O estado do ensino em Portugal é que está de rastos!

Um abraço

Anónimo disse...

Desculpem lá, eu meter o bedelho, mas a história do 25 de Abril não é o Otelo.

O livro Portugal e o Futuro escrito pelo General Spínola, que li em Moçambique desperta o "golpe", prepara as populações para mudança.Marcello autoriza o livro depois de o ler!!Coloco entre aspas a palavra golpe porque há quem diga que Marcello Caetano tinha um acordo com Spínola.Marcello tinha a GNR com ele e caso necessário, com ordens dadas, esta tinha retaliado o exército de longe!

Também podia ter fugido caso sucedesse o contrário e não o fez. O CG da Guarda estava preparado para o "retirar" secretamente.Também deu ordens à DGS para não interferir...

Otelo foi um peão,bastante válido nos contactos para o golpe,dirigindo em conjunto com outros da Pontinha as operações, que depois se perdeu na sêde inebriante do poder que na sua mania das grandesas o levou por caminhos infelizes.Queria ser a todo o custo e sangue o novo FIDEL cá do rectângulo!

Otelo já teve mais em vida do que merecia, depois dos excessos que fez!

No entanto o ensino está miserável, principalmente no que respeita a História de Portugal.Não só a esse período amado por uns,odiado por outros, mas na globalidade da História de Portugal.

Antes do 25 de Abril o Tenente coronel cmd Almeida Bruno (ainda não o era...) e o capitão de cavalaria Alfredo Jorge Gonçalves Farinha Ferreira e outros oficiais foram detidos no Estoril pela DGS quando faziam uma reunião...golpista.Estes oficiais eram da Guiné e estavam interligados com Spínola.A DGS sabia o que se passava...mas teve ordens para estar quieta!

Otelo contacta o capitão cmd Jaime Neves...que antevendo uma má saída militar,não pela guerra em si, mas porque lhes poderia acontecer o mesmo que aconteceu aos militares que vieram da Índia Portuguesa...foram apelidados de traidores e despachados do exército, acedeu.Também porque não acreditava na vitória global.E ele comabteu como sempre e depois do 25 de Abril foi a Moçambique buscar a companhia de comandos 2045 que estava em maus lençõis e esquecida pelo nosso MFA!!

Estes homens do 25 de Abril estiveram no 25 de Novembro!

O 25 de Abril deve ser historiado nas escolas mas com a verdade e há quem não queira dizer as verdades.Também devem dizer para onde evoluiu o golpe até ao verão quente e salientar que Spínola não o querendo ficou com o MFA e govermo rodeado de comunistas!

Os jovens precisam de saber o que foi a descolonização exemplar...e tudo o que veio de exemplar!

Também devem saber o que de mau se passou antes do 25 de Abril e o que houve de bom!

Nada é linear!

Tudo tem que ser dito, sem sectarismos e exclusões censuraváveis!

Cumprimentos

MR

Anónimo disse...

Felicito o M Margaride por ter percebido a sugestão implícita no meu comentário ao seu outro post sobre este tema, acabando por o eliminar.
Realmente, a sua intenção é boa e de aplaudir, mas o texto era uma salgalhada pisada e repísada, sem sumo, que evidenciou o seu estado psíquico de grande perturbação, ao ponto de não conseguir alinhar duas frases seguidas.
Continue a colaborar no seu blog com transcrições e colagens, mas nunca tenha a ousadia de redigir mais do que uma frase. Aceite essa sua incapacidade. Siga o exemplo do seu kamarada David. Aceite este bom conselho, de amigo.
Abraço

Anónimo disse...

Venho aqui dizer que li o post do Mário Margaride 25 de Abril 2.Li-o, não me deu vontade de comentar, pois já aqui o tinha feito.Quando o li não havia qualquer comentário...

Recebi uma msg hoje,onde me informavam de um comentário que lá foi colocado.Não o li, não sei o seu conteúdo e nada tenho a ver com ele.

As minhas opiniões são escritas de frente, sem cobardia.

Espero que não se virem para mim, como dizia o amigo que me enviou a msg, como possível autor do tal comentário e deste aqui em cima...!

Sou leal, verdadeiro e assino o que penso.

Abraço

Mário Relvas

A. João Soares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Sr MRelvas,

Essa pessoa que o alertou para o meu comentário deve ser um intriguista da pior espécie. Certamente, foi ele que convenceu o Sr. Margaride a elimminar aquele vómito de reles português. Mas, foi uma medida higiénica que a Voz do Povo merece.
Para o Sr. MRelvas, repito o comentário que é de amigo de M Margaride, e que o Sr. não teve a oportunidade de ler:

Um texto maravilhoso que me vai ser de grande utilidade para ensinar os miúdos meus alunos como não se faz uma redacção. Com essa intenção didáctica decidi fazer uma análise de pormenor desta redacção muito especial.
Para dizer que é preciso ensinar aos miúdos o que foi o 25 de Abril, suas causas, como decorreu e suas consequências e omitir o 25 de Novembro, o autor utilizou nada menos do que:

551 palavras,
2.603 caracteres excluindo espaços,
3.147 caracteres incluindo espaços,
8 parágrafos,
52 linhas
escreve:
12 vezes 25 de Abril e
3 vezes 25 de Novembro
repete as seguintes palavras:
Ensino ou escola 5 vezes,
História ou histórico 4 vezes,
Democracia 3 vezes,
Ditadura 3 vezes

Esta extensão do texto e o mastigar repetido, reiterado das palavras, para dizer tão pouco, mostram ausência de ideias e má estrutura intelectual e uma vacuidade de raciocínio, o que só não é mais preocupante porque, ao analisar a sua fotografia de barbas brancas se poderá concluir que provavelmente estas correspondem a um elevado grau de decrepitude e, talvez, aos primeiros sintomas de Alzheimer. Será bom consultar um médico neurologista e um psicólogo.

Mário Margaride disse...

O comentador que se apresenta aqui covardemente, como anónimo. Deria dar a cara, e não refugiar-se atrás do anonimato.
É fácil comentar e insultar, como anonimato. Para que saiba, entendi retirar o post, sr anónimo, por livre iniciativa, não por influência de ninguém.
Porque depois de o analisar, reparei que estava com efeito, mal redigido. Tenho a humildade de reconhecer. Isso não retira contudo, a mensagem que queria transmitir, nem lhe dá o direito de insultar ninguém.

Caro anónimo: Deixe de o ser, e dê a cara, não seja covarde

M.Margaride

Anónimo disse...

amigo nao destroi amigo aconselha
ser anonimo nem vale tusto é facil atacar a um lado e ao outro sem dar a cara criticas construtivas podem vir de um amigo mas criticas destrutivas nao sao precisas quando o objetivo e tentar chegar ao coracao do povo.
por isso sr anonimo de a cara pois nos ca tamos .para si saudacoes partidarias se é que as merece.para o mario desculpas mas é mais forte que eu.

gsasilva35@gmail.com disse...

o programa a fazenda da rede recor fez uma injustica em relacao a algums dos seus competidores numa prova em que tinham que competir 3 mulheres e 3homens de igual pra igual,uma das equipes teve vantagem pois colocou um homem a mais que foi a nani peepol que e homem e nao mulher por tanto prejudicou as outras equipes que verdadeiramente colocaran mulheres

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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