Alcoutim - Octogenária caiu na ribeira e morreu afogada
Saiu do lar e morreu na praia
Maria Isabel Cavaco, de 85 anos, viúva, internada desde Agosto passado no lar de idosos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim (BVA), tinha um sonho: queria regressar à casa onde viveu 65 anos, no sítio dos Clarines, a vinte quilómetros da sede do concelho.
Anteontem, cerca das 18h30, depois do jantar, em vez de dar o habitual passeio pelo jardim da instituição saiu em direcção à praia fluvial de Alcoutim e nunca mais foi vista com vida. O cadáver só seria encontrado na manhã de ontem, a 500 metros do lar, nas margens da praia fluvial de Alcoutim. “Os responsáveis do lar deram o alarme pelas 20h30 e, de pronto, bombeiros e GNR encetaram as buscas que se prolongaram pela madrugada”, explicou ao CM Paulo Jorge, comandante adjunto dos BVA, que encontrou o cadáver cerca das 09h30 de ontem.“Estávamos à espera das equipas cinotécnicas da GNR para nos ajudarem nas buscas, quando reparámos no corpo, meio submerso, junto às margens”, conta aquele bombeiro, que não tem dúvidas de que “a idosa, devido à escuridão, terá escorregado nas ervas que ladeiam o caminho e caído de uma altura de quatro ou cinco metros para a ribeira dos Cadavais, que banha a praia fluvial, morrendo afogada”.Um desfecho que deixou consternados os vizinhos da vítima. Maria Joaquina, moradora em Clarines, pensa que “foi a sua ideia fixa de regressar a casa o motivo da fuga do lar”, afirmando que “sempre que a íamos visitar, pedia-nos insistentemente que a trouxéssemos para casa”. Porém, aquela vizinha reconhece que “a Isabel, que foi sempre muito activa, já não tinha condições para viver sozinha”.
Maria Isabel Cavaco, de 85 anos, viúva, internada desde Agosto passado no lar de idosos da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim (BVA), tinha um sonho: queria regressar à casa onde viveu 65 anos, no sítio dos Clarines, a vinte quilómetros da sede do concelho.
Anteontem, cerca das 18h30, depois do jantar, em vez de dar o habitual passeio pelo jardim da instituição saiu em direcção à praia fluvial de Alcoutim e nunca mais foi vista com vida. O cadáver só seria encontrado na manhã de ontem, a 500 metros do lar, nas margens da praia fluvial de Alcoutim. “Os responsáveis do lar deram o alarme pelas 20h30 e, de pronto, bombeiros e GNR encetaram as buscas que se prolongaram pela madrugada”, explicou ao CM Paulo Jorge, comandante adjunto dos BVA, que encontrou o cadáver cerca das 09h30 de ontem.“Estávamos à espera das equipas cinotécnicas da GNR para nos ajudarem nas buscas, quando reparámos no corpo, meio submerso, junto às margens”, conta aquele bombeiro, que não tem dúvidas de que “a idosa, devido à escuridão, terá escorregado nas ervas que ladeiam o caminho e caído de uma altura de quatro ou cinco metros para a ribeira dos Cadavais, que banha a praia fluvial, morrendo afogada”.Um desfecho que deixou consternados os vizinhos da vítima. Maria Joaquina, moradora em Clarines, pensa que “foi a sua ideia fixa de regressar a casa o motivo da fuga do lar”, afirmando que “sempre que a íamos visitar, pedia-nos insistentemente que a trouxéssemos para casa”. Porém, aquela vizinha reconhece que “a Isabel, que foi sempre muito activa, já não tinha condições para viver sozinha”.
LAR DE IDOSOS DESCARTA CULPAS
Manuela Nunes, directora do lar de idosos de Alcoutim, propriedade da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alcoutim, explicou ao CM que “a idosa, tal como fazia muitas vezes, saiu, depois do jantar, para dar uma volta junto ao lar”, disse a responsável, que descarta responsabilidades no desaparecimento. “Um lar não é um estabelecimento prisional, pelo que as portas estão abertas, havendo uma vigilância normal”.O facto de Maria Isabel Cavaco apresentar alguns sintomas de senilidade, estando a ser observada por um médico, não modifica a opinião da directora do lar. “Temos os nossos funcionários, cerca de 34 para 65 utentes, mas não pudemos evitar a saída da idosa, cuja ausência foi prontamente detectada”, afirma Manuela Nunes, que garante “ter sido accionada, de pronto, uma busca que só daria pelo corpo na manhã seguinte”.
"Teixeira Marques CM"
"Teixeira Marques CM"
Afinal de quem é a responsabilidade? Que raio de lar é este?Em Portugal isto é assim, a culpa morre solteira. Um aviso a todos os cidadãos que buscam um local para deixar os seus idosos...será que são responsáveis?
Apurem-se as responsabilidades e ensinem a esta directora a diferença entre uma prisão e o aconchego de um lar onde se olha familiarmente pelos seus utentes, em vez de esperar sómente os recibos do fim do mês!...
3 comentários:
Amigo Mário Relvas.
Saúde!
Infelizmente comntinua a faltar humanismo, educação, formação, responsabilização, orientação séria na ética profissional em todas as áreas das actividades, sejam elas políticas, sociais, laborais. Mas quando se trata de Associações dos "Homens da Paz", já não sou capaz... de entender!
As Associações Humanitárias independentemente dos servíços sociais ou de solidariedade que desenvolvam ou tenham à sua gestão
e responsabilidade, já pouco têm a ver com "HUMANITÁRIAS", tantos são os que delas se aproveitam, nomeadamente políticos autárcas que seguram assim a sua popularidade com fins eleitorais e nas contrapartidas.
Claroi que no presente caso pode não ser o caso.
Mas de uma forma geral...È!
Um abraço de amizade!
(Olhe que estou no ciberc...(!)
José Faria
Olá Faria, está no cyber...óptimo, estou mais descansado.
Caro amigo, eu já não vou em demagogias, nem pagando bem acredito.Sabe que hoje as pessoas exercem actividades em busca exclusivamente do salário, sem pensar na vocação.
A responsabilidade dos Bombeiros hoje é tanta como a dos miúdos da Escola da Travagem, querem é curtir e que se lixe o outro.
Bem, nalguns...dos casos já não se vê o amadorismo e o amor ás coisas.
Está tudo em busca do "xilim"!
Abraço
MR
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