Este governo não pára de nos surpreender. Pergunto-me inclusivamente se não será esse o propósito das suas acções políticas, diria mesmo que para encobrir outras situações ainda mais dúbias e democraticamente condenáveis, que não seria do interesse destes governantes que caíssem na praça pública, por medo do linchamento popular. Porque isto é um facto: só recebemos a informação que os media nos transmitem. A outra, confidencial, muito confidencial, só o Estado é que conhece.
Como anarquista, venho aqui insurgir-me contra um novo facto criado por este governo e que classificaria, pelo menos, de surrealista. O ministro da Economia, o Manuel Pinho – sim, o da gaffe da mão-de-obra barata portuguesa, lá na China – fez, na sexta-feira passada, o lançamento de uma nova campanha de promoção do turismo do Algarve, envolvendo uma brutalidade de um investimento de nove milhões de euros. E qual foi o nome que atribuiu a todo este projecto? Allgarve! Com dois "l"!
Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no Contracorrente a propósito desta completa insanidade. Naturalmente, não se fizeram esperar a indignação e a revolta por parte de autarcas e políticos do Algarve. Por exemplo, o presidente da Junta Metropolitana do Algarve, o Macário Correia, afirmou que o primeiro-ministro, o Sócrates, “deve ajuizar se este ministro está em condições de continuar no cargo”. Pelo meu lado, evidentemente que acho que não. Se toda esta situação não fosse dolorosamente real, eu diria que era até uma boa anedota sobre o actual governo de Portugal.
(Publicado originalmente n'OAnarquista, a 20 de Março de 2007)
Como anarquista, venho aqui insurgir-me contra um novo facto criado por este governo e que classificaria, pelo menos, de surrealista. O ministro da Economia, o Manuel Pinho – sim, o da gaffe da mão-de-obra barata portuguesa, lá na China – fez, na sexta-feira passada, o lançamento de uma nova campanha de promoção do turismo do Algarve, envolvendo uma brutalidade de um investimento de nove milhões de euros. E qual foi o nome que atribuiu a todo este projecto? Allgarve! Com dois "l"!
Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no Contracorrente a propósito desta completa insanidade. Naturalmente, não se fizeram esperar a indignação e a revolta por parte de autarcas e políticos do Algarve. Por exemplo, o presidente da Junta Metropolitana do Algarve, o Macário Correia, afirmou que o primeiro-ministro, o Sócrates, “deve ajuizar se este ministro está em condições de continuar no cargo”. Pelo meu lado, evidentemente que acho que não. Se toda esta situação não fosse dolorosamente real, eu diria que era até uma boa anedota sobre o actual governo de Portugal.
(Publicado originalmente n'OAnarquista, a 20 de Março de 2007)
3 comentários:
Entristece-me esta infeliz escolha...
Na verdade são calinadas, em cima de calinadas. Este ministro tem demonstrado muita incompetência. Até pela forma adoptada para o combate ao défice. Não há dúvidas que irá diminuir o défice, o problema está como e à custa do quê e de quem. Este senhor aplica a teoria económica, sem inovação, e é à custa da sobrecarga de impostos e estrangulamento da nossa economia.
Daqui a três anos estamos na mesma!
É tempo de colocarem alguém com capacidade e discernimento, com uma visão do funcionamento da economia e não um amigo do partido, como é habitual.
Um abraço
Este ministro, só fala quando os interesses que o lá puseram querem que ele fale, é como se ele estivesse a dar um discurso, em que alguém lhe estivesse a dizer ao ouvido o que ele teria de dizer, daí as calinadas atrás de calinadas, eu dou um exemplo:
Pinho está em frente aos jornalistas, e pergunta-lhe um deles:
- Sr. Ministro, a eletricidade vai subir 16% ou não?
le responde, como que tentando ficar bem perante a EDP, dizendo, e pensando:
- Não, a eletricidade só subirá 5 ou 6% (penso que eles ao dizerem, á ERSE para aumentar 16%, querem que seja um aumento de 5 ou 6%, então eu digo este valores, que mesmo sendo uma roubalheira, sempre é menos que 16%).
São estas e outras, que fazem este ministro, estúpido como uma porta!
Abraços do beezz
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