05 dezembro 2006

Para sempre...

Para sempre...

Corpos caídos nas ruas aos montes
Onde a morte sussurra baixinho
O apelido dos incógnitos
Amontoam-se na lixeira dos cadáveres
Que as guerras consomem famintas
O ódio do cheiro a sangue
Dos corpos dilacerados
Que suplicam, imploram
A vida dos que já
Não podem chorar mais.
Não adormeças minha mãe!
Que vou fazer eu aqui
Sozinha,
Onde as balas se cruzam
Na paz do paradoxal.
Abraça-me minha mãe...
Porque estás tão gelada?
Descansa,
Eu estou aqui
Para te aquecer
Vou buscar aquele trapo
Para te cobrir.
Porque me olhas assim?
Responde!
Perdoa-me mãe
Morreste só para me salvar
Das rajadas perpétuas
Que o mundo afoita em calar


Conceição Bernardino

2 comentários:

david santos disse...

Obrigado, Conceição!
Não há mãe que nos morra. Ela sempre passeará nosso espírito.
Nosso espírito será a avenida, as ruas, os Museus e as montras onde ela espreita a Arte.
Um abraço!

Anónimo disse...

Cara Conceição!

Bonito!Não podemos nós adormecer.

Temos que lutar sempre,como a minha amiga dizia num comments no meu blog,escrevendo!

Beijinhos
Mário Relvas

Prémio

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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