JOHANNA TAPIO PINO

A campanha em prol da nossa Johanna continua e ao que parece com algum êxito. Se assim for, como todos esperamos, ela irá manter-se entre nós. Temos que ser nós a salvá-la. É do conhecimento geral, que os escritores e poetas para o serem não podem ou não devem estar ligados a circuitos comerciais dúbios nem a restrições na forma de escrever ou pensar. No Chile, tal como cá, a corrupção mina o trabalho dos honestos e propagandeia os seus servidores, por intermédio das televisões e outros órgãos que dominam. A nossa Johanna, tal como muitos de nós, escreve e escreve, nada mais. Não tem nem quer, como alguns "escritores" portugueses e não só, capacidade para pagar dezenas de milhares de euros às editoras para lhes publicarem os livros, ficando os autores encarregues de os publicitar via televisões e outros meios. Este privilégio não está ao alcance dos verdadeiros escritores. Está apenas ao alcance de alguns abastados que mobilizam corretores a tempo inteiro para lhes corrigir todo o tipo de erros e de conteúdos. Não satisfeitos com isto, ainda têm a máquina televisiva, em que em alguns casos dominam, para se tornarem donos do mercado. Isto não são escritores, São mercantilistas.
Por isso, todos os verdadeiros escritores, tal como a Johanna e muitos cujo trabalho se vê pela internet, é que são os verdadeiros. Os outros, não digo todos, estão ligados ao poder da batota e do domínio económico. Temos que continuar a estar solidários com quem não tem peias e vive, ainda que com muita dificuldade, livre.
Aos colegas de "A Voz do Povo", Rui Tulik, David Santos, Mário Relvas, Mário Margaride, Alexandra Caracol, Conceição Bernardine, Naty e Carlos Rocha, os que se comprometeram em ajudar a nossa Johanna, dou os dados que permitirão fazer chegar até casa desta nossa amiga os donativos que por bem entendam dar-lhe. Johanna Tapio Pino, Pasaje Central 8659 La Florida Santiago do Chile. De qualquer forma, amanhã vou enviar-lhe 10 Euros por correio, caso esta fórmula seja segura e a nossa Johanna venha a confirmá-lo, cada um pode tomar a decisão depois desta experiência. A campanha continua.

VIVA A SOLIDARIEDADE