09 fevereiro 2007

VOVÔ NEM É TÃO VELHO !

Uma tarde o neto conversava com seu avô sobre os acontecimentos e, de repente, perguntou:
- Quantos anos você tem, vovô?

E o avô respondeu:
- Bem, deixa-me pensar um pouco... Nasci antes da televisão, das vacinas contra a pólio,
comidas congeladas, foto copiadora, lentes de contacto e pílula anticoncepcional.

Não existiam radares, cartões de crédito, raio laser nem patins on-line.
Não se havia inventado ar condicionado, lavadora, secadoras (as roupas simplesmente secavam ao vento).

O homem nem havia chegado à lua, "gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.

Das lésbicas, nunca havíamos ouvido falar e rapazes não usavam piercings.
Nasci antes do computador, duplas carreiras universitárias e terapias de grupo.

Até completar 25 anos, chamava cada homem de "senhor" e cada mulher de "senhora" ou "senhorita".
No meu tempo, virgindade não produzia câncer.

Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal, a ser responsáveis pelos nossos actos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que a gente comia quando estava com pressa

Ter um bom relacionamento, era dar-se bem com os primos e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava férias juntos.

Não se conhecia telefones sem fio e muito menos celulares.
Nunca havíamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM, fitas K-7, CDs, DVDs,
máquinas de escrever eléctricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).

"Notebook" era um livreto de anotações.
Aos relógios se dava corda a cada dia.
Não existia nada digital, nem relógios nem indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.

Falando em máquinas, não existiam cafeteiras automáticas, microondas nem rádio-relógios-despertadores.
Para não falar dos videocassetes, ou das filmadoras de vídeo.

As fotos não eram instantâneas e nem coloridas.
Havia somente em branco e preto e a revelação demorava mais de três dias.

As de cores não existiam e quando apareceram, sua revelação era muito cara e demorada.

Se em algo lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".

Não se havia ouvido falar de "Pizza Hut", "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se comprava coisas por 5 e 10 centavos

Os sorvetes, as passagens de ónibus e os refrigerantes, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.

"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora me diga quantos anos acha que tenho?

- Hiii... vovô.. mais de 200! Falou o neto.
- Não, querido, somente 58!

NOTA: Recebido por e-mail de autor desconhecido.
Realmente a nossa geração assistiu a grandes mudanças. E, como tudo roda cada vez mais veloz, os nossos filhos vão ver tudo a desfilar vertiginosamente. E os nossos netos nem sequer se vão aperceber das coisas a voarem esfumadas devido à velocidade!
Como será a humanidade nos próximas décadas?
Outra questão: Como aprenderão a história se os suportes existentes deixam de poder ser lidos por não haver máquinas? (os filmes de 16mmm, 8mm, superoito, os discos de 78, de 33, de 45, as bobinas de fita, as cassetes, as disquetes) E dentro em pouco, os CD e os DVD também são postos de lado substituídos pelo blue ray e o que mais virá?

2 comentários:

Maria Soledade Alves disse...

Amigo João:Revi neste texto muito do meu passado.Achei delicioso. Houve realmente uma evolução extraodináriamente rápida ao longo das minhas 5 décadas de vida. Pena que essa evolução se traduza numa factura demasiadamente elevada.Os valores que me, ou nos incutiram perderam-se, o trabalho manual foi substituído por máquinas, e o tostão não passa de uma recordação...
Não sou a favor do saudosismo, mas confesso que tenho e sinto saudades das conversas, dos intensos diálogos há hora das refeições que hoje não existem.Impera o silêncio a troco do som da televisão.A caneta de tinta permanente deu lugar às teclas do computador e os nossos brinquedos simples de madeira, ou latão substituíram-se por vídeogames ou brinquedos de elevado nívél tecnológico que não faz despertar a criação a que nós éramos obrigados, despertando no entanto um enorme gozo. Bom! Eu chamar-lhe-ia...os bons velhos tempos.
Deus queira eu veja a surpresa dos meus netos quando notarem que já não se surpreendem com coisa nenhuma...
Sim, este texto chamou-me à realidade dos nossos dias, mas as saudades de pequenas grandes coisas mexeram mesmo com a minha "arrecadação" de boas lembranças.

Um Beijo:MªSoledade Alves

A. João Soares disse...

Cara Maria Soledade,
Obrigado ela sua visita e tão interessante comentário.
De cima das minhas mais de sete décadas, vejo coisas de museu!. A Amiga tem razão: de nada vale ser saudosista, mas «nos bons velhos tempos» muitos brinquedos eram feitos por nós, desde os piões, às bilhardas, aos arcos, às pequenas esculturas de corcodas de pinheiro cortadas com navalha, às trotinetes de pau. A criatividade era aguçada e gerava o desejo de superação do brinquedo outro, numa competição saudável, de qu resultava uma espécie de preparação para a futura vida profissional.
Depois, nos estudos, a ocupação de tempos livres, depois dos trabalhos escolares de casa, havia actividades inspiradas na Mocidade Portuguesa, onde muito se aprendia, desde primeiros socorros, escultura, desportos actividade de secretaria, etc, etc.
Hoje, as crianças, com poucas excepções são fechadas em si próprias e os seus convívios são muitas vezes desviantes e atrofiantes das boas qualidades sociais e vivenciais.
Há que saber viver com as modernas tecnologias e acompanhar a sua rápida evolução, mas com critérios que ajudem a seguir um caminho benéfico para a humanidade, compreensão, cooperação mútua, interacção, no melhor sentido.
Os mais idosos, em vez de saudosistas, devemos procurar acompanhar e evitar alguns desvios menos positivos.
Beijinho
João

Prémio

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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