14 dezembro 2006

AMIGOS DA ONÇA

As subtis artimanhas
Feitas em medidas certas
Poderão surtir efeito
Se não forem descobertas

Engenhosas e obscuras
Feitas com habilidade
Podem aparentar efeito
Se não se souber, a verdade

Aqueles que nós julgamos
Ser amigos e honestos
Depressa nós descobrimos
Que são traidores indigestos

Se a vaidade para alguns
Um dia pagasse imposto
Eles pouco se importavam
De ter carimbos no rosto

Amigos desse calibre
Há por aí, aos montões
Temos que estar de olho aberto
E atentos, aos aldrabões

Esses amigos da onça
Sempre à espreita e atentos
Cuidado, muito cuidado!
Podem causar-nos, tormentos

16 comentários:

Anónimo disse...

É verdade meu amigo

Amigos dos que parecem ser mas não são, é o que existe mais neste mundo.

Mas também existe aqueles que, para nos compensar dos enganos, tocam fundo nos nossos corações e são nossos amigos de verdade em qualquer situação.

Beijinho amigo

Alexandra Caracol

viviana disse...

ui desses tinha aos pacotes e todos em promoçao! até os padrinhos da minha filha tao incluidos! bom fds e jokas fofas por aí!
tudo de bom e um feliz natal e um bom ano novo

José Faria disse...

Amigo Mário Margaride.
Bem concebido estes versos de alerta.
É preciso estar sempre atento, e não faz mal nenhum em termos a perspicácia da dúvida, ... em desconfiar... infelismente assim tem que ser.
Há situações, tantas e tantas, em que quanto mais honestos, moles, amigos e francos, mais depressa somos "comidos", quero dizer ofendidos, por vezes com grande gravidade, até pelos que nos estão mais próximos e a quem nos entregamos com a Primavera e o Verão, sem sabermos que nos vai cair o Outono e o "terrivel" Inverno nunca imaginados.
Não deveria ser assim, mas é... infelizmente!

Um abraço amigo
Saúde e Festas Felizes.

José Faria

Teresa disse...

Concordo com a Alexandra, apesar de existirem esses "amigos da onça", que tanto nos prejudicam, há sempre aqueles que nos compensam que tornam a nossa vida mais bonita.
Gostei muito de visitar esse blog:)
beijinhos

Pedro Martins Lopes disse...

Que blog lindoh!!!

david santos disse...

Bem! Este poema, se por acaso for uma chamada de atenção pessoal, tricas particulares, não terá grande valor. Mas se for, como espero, uma chamada de antenção geral, é um grande poema. Só alcance de um "bandarra". Mas quem é o "bandarra"? Gonçalo Anes, sapateiro e poeta popular portugûes, nasciso em Trancoso, Distrito de Viseu. Para mim o melhor poeta popular português de todos os tempos. É por isso, que as nossas editoras não falam dele, por ele ser o melhor. Este poeta, trocado pela (...) de Camões e outros, a quem as editoras estão sempre a compor e a chamar de original, nada tem a ver com aqueles. Embora que um dia tivesse que renegar seus escritos, baseando-se no seu analfabetismo, pois a inquisição preparava-se para o enviar para a fogueira, "bandarra", se ainda hoje fosse vivo, era um dos que nao publicaria livros, porém, era das coisas mais incómodas que podia aparecer a esta sociedade tão porca. Em 1640, quando Portugal se libertou do jugo espanhol, as trovas de "bandarra", em que profetizava a independência nacional, tornaram-se célebres entre os patriotas portugueses, mas alguns traidores, pois já os havia nesse tempo, também se esconderam atrás da capa do sapateiro. Os versos do sapateiro de Trancoso chegaram até aos nossos dias bastante adulterados, como os da grande burguesia, claro. Só que cada um pelo seu motivo, OU MELHOR; pelos motivos a cada um queira dar-lhe: materialismo ou verdade, honestidade.
Por isso, se este poema não se dirige a ninguém em concreto, pois isso não o abonaria nada, mas se ao contrário se dirige a uma sociedade dominante e corrupta, os meus parabéns a quem o escreveu e obrigado ao autor por me ter lembrado "bandarra". Este sim, um dos maiores, senão o maior, que para mim é, de todos os tempos em Portugal.
Mais uma vez agradeço ao autor deste poema por me fazer recordar o melhor e maior poeta de que Portugal alguma vez teve: "bandarra", até sempre.

Anónimo disse...

Caro Mário Margaride,

eses não são amigos.Mas devem ter nome,senão...bolas para a conversa.Portugal precisa de quem aponte os erros,não de quem lance mais dúvidas.Estou como o amigo David com quem concordo em pleno no que diz,se for um alerta geral...sim,ams quem o não sabe?Vale pela poesia em si e nunca é demais dar a outra face...mesmo que levemos outra!

Delfim Peixoto disse...

Sem dúvida, nenhuma!
Abraço

A. João Soares disse...

Amigo Mário Margaride,
Partamos da hipótese de que é uma poesia com alvos generalizados, com finalidade ética, com intenção de alerta.
Como diz a Alexandra, felizmente, há amigo do coração. Temos de os tratar como flores mimosas do nosso jardim para se manterem cada vez mais florescentes.
O alerta do M Margaride deve constar no nosso background, devemos estar atentos aos primeiros sintomas de traição e não hesitarmos em deixar de ser moles e condescendentes. «Cesteiro que faz um cesto faz um cento». Costumo dizer que os grandes vigaristas são muito simpáticos e amáveis, pelo que estas qualidades não devem ser pedra de toque para a amizade e a sinceridade. Pessoalmente, prefiro quem me aponte os meus erros e defeitos, mas de forma educada e com respeito. Esses ajudam-me a avançar no caminho da perfeição e da excelência. Os que só gabam nada ajudam e até podem ser dos tais bajuladores que querem pregar uma partida desgradável, como, por exemplo, vender o vigésimo premiado.
Precisamos de boas lições como esta que o MM nos dá, embora seja um pouco pessimista.
Um abraço
A. João Soares

Mário Margaride disse...

Meus amigos sem excepção, Uma boa tarde para todos. Claro que é amigo David, uma chamada de atenção geral! Embora ao longo da minha vida, já conhecesse muitos destes amigos da onça! E é exactamente, por ter conhecido muitos, que escrevo este poema.
Para que se pense e reflita, neste conceito de amizade, que muitos o encaram com leviandade. Para mim, amizade...! É um valor e um sentimento, que sendo autêntico...é extraordináriamente enriquecedor, e nos faz sentir felizes, por podermos partilhar essa amizade verdadeira...com alguém. Ao contrário, os outros...os supostos amigos, os da onça...muito cuidado com eles!
Pios são esses...que muitas vezes nos tramam, a coberto de uma amizade, que no fundo nunca existiu.
É essa a mensagem que aqui deixo.
Um abraço a todos
Mário Margaride

david santos disse...

Era escusado vir dizer isso, pois eu próprio já o tinha dito. Está lá bem "escarrapachado" no meu comentário. Aliás, não podia ser de outra maneira. Era o que faltava participar num blog dar para triações, bigarices, cesteiros, mas o background, bem este é demais... são linguagens um pouco fora do contexto. Mas o que mais lamento é terem saído do nosso Amigo João Soares. Esperava tudo, mas daquela linguagem, sinceramente, nunca esperei. Isso não retira em nada a amizade que tenho por ele, mas nunca esperei. A partir de agora faço os meus posts, mas nunca mais comento, para mim acabou.

Anónimo disse...

Amigo David,porque não comenta mais?A liberdade é amizade!Os pensamentos são como as cerejas...comem-se sempre mais!

Mário Margaride,a amizade é única.Ou existe ou não existe.A verdade é amizade,a falsidade é uma treta...por isso apelo sempre a que comentem ou digam o que pensam.Discordar significa pensar!Significa ao fim e ao cabo,ser amigo.

Abraços para todos

Anónimo disse...

Amigos, eu tenho de confessar que estou deveras espantado, é que a amizade não se questiona, é amizade e pronto! Caramba! Mas digo-lhes, e isto Mário Margaride, sem perjúrio, e não querendo pensar que o amigo escreveu isto com outras intenções, digo-vosá viva voz.


A M I G O S !!!!!!!


Abraços

Do beezz

david santos disse...

Eu sei perfeitamente que no poema não havia nada de mal, ao contrário. Até aproveitei para lhe reforçar o sentido. Mas entre nós haver palavras feias, isso não corresponde á minha educação. Até quando elas fazem sentido, as evito. Quanto mais entre família. Eu sei que nada pode bliscar-me, mas também não aceito que belisquem quem me rodeia. A lealdade não pode exitir fora de portas. Tem que estar em todos os lados. E mesmo palavrões descabidos, mesmo cabidos, eu não tolero. Por isso, eu ponho-lhes sentido a quem os diz.
Não gosto de certo tipo de palavras quando se estar a falar com pessoas sinceras pondo em questão seja o que for acerca delas. Sou amigo do meu amigo, mas também sou amigo de todos. Por isso me ofendi, não por mim, porque não velo motivo para isso, mas por todos. E esta foi a última vez que comentei. Seja quem for e o que for, não comento.

Mário Margaride disse...

Este poema meus amigos. Foi escrito antes de vos conhecer a todos. Foi escrito num contexto como já disse atrás, em que fui alvo de alguns amigos da onça. Porque não tenham dúvidas, existem!
Agora, foi há meses...como disse que escrevi este poema, não conhecia nenhum de vós. É apenas um alerta, e um apelo à reflexcção de toda a gente em volta de tema da amizade...
Espero ter sido claro. Nada tenho contra nenhum dos meus amigos! Que ideia essa de de interprepar a poesia, como tendo destinatário específico, não tem! Ela, a poesia! Como disse o David, é abrangente e universal.
Um abraço para todos.
Mário Margaride

A. João Soares disse...

Amigo David
Nada tenho a retirar ou a alterar ao meu comentário anterior. Mas devo acrescentar um pormenor.
A amizade é um sentimento maravilhoso e quanto mais intensa e generalizada abrangendo, se possível todo o mundo, ela seria o melhor suporte para a Paz global que todos desejamos mas que não tem sido possível, por haver os «amigos da onça» a que se refere na sua poesia.
Embora pessimista por evidenciar apenas os «da onça», a mensagem tem interesse por chamar a atenção para um facto real que se deve reduzir à expressão mais simples. Daí a sensatez das seguintes palavras de Zé Faria «É preciso estar sempre atento, e não faz mal nenhum em termos a perspicácia da dúvida, ... em desconfiar... infelizmente assim tem que ser».
A poesia do Amigo M Margaride é apoiada por factos bíblicos e históricos. Começando pelo assassinato de Abel pelo irmão Caim, a traição de Judas, o encarceramento de um dos primeiros reis de Portugal em Sintra pelo irmão e a mulher que se tomaram de amores e lhe roubaram o trono e a liberdade, os parentes de João II de que se livrou pelas próprias mãos, e tanta «revolução» e «golpe de estado», por todo o Mundo, levado a cabo por pessoas «de confiança» das vítimas.
Por isso é de estranhar a reacção dos comentários de David Santos que iniciou o primeiro comentário ressabiado contra o David e suas hipotéticas intenções, e que fez um segundo em que vomitou todo o fel sobre o meu comentário, sem explicar porquê, sem uma razão aparente e lógica. É de supor que está com qualquer problema psíquico que não consegue controlar. Depois de reler o meu texto e de descascar todas as palavras, não consigo descortinar qualquer uma que possa ter contribuído para gerar tal reacção. Se não sabe o qu é «background», o dicionário diz que significa «fundo», fundo de um quadro, fundo de uma fotografia.
Por isso, Peço ao DAVID SANTOS QUE, COM FRONTALIDADE, CLAREZA E SEM RETICÊNCIAS, EXPLIQUE AOS VISITANTES DESTE BLOGUE PARA O QUAL TODOS CONTRIBUÍMOS COM PRAZER E BOA INTENÇÃO, QUAIS AS PALAVRAS, OU FRASES QUE LHE CAUSARAM TÃO MAU ESTAR, POIS NEM O DICIONÁRIO ME AJUDOU A DESCOBRIR QUALQUER MOTIVO PARA A SUA INTEMPESTIVA FÚRIA.
É certo que não me referi ao Bandarra, um valente que era Beirão tal como eu sou, mas o comentário era focado para o poema de M Margaride e não para outro comentário!
Esperando o esclarecimento a que todos temos direito, envio
um abraço para todos.
A. João Soares

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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