Usando do diálogo que a Internet possibilita, alinho estas frases após ter sido estimulado a «escrever bem» pela escritora Alexandra Caracol através do texto que inseriu no seu blogue e que aqui deixo entre aspas. Escrever ou falar bem é indispensável no acto da comunicação com o outros.
Ao comunicar, estamos a desempenhar o papel do carteiro em relação à ideia que pretendemos levar, comunicar, ao outro. Ao transmitirmos uma ideia, não basta ficarmos satisfeitos pela forma como o fizemos, mas devemos imaginarmo-nos na pele do receptor e avaliarmos a facilidade de ele extrair do texto a ideia que com este quisemos enviar. Para a comunicação ser eficaz, sem deturpar a mensagem, há que utilizar uma linguagem comum, com palavras de significado bem conhecido tanto pelo emissor como pelo receptor. Este conceito fica bem evidente quando a comunicação é cifrada, o que obriga a que os dois intervenientes usem a mesma chave para codificar e descodificar.
Para bem escrever é preciso conhecer bem a língua utilizada, a sua gramática e a força das palavras. Mas antes de alinhar as palavras e as frases, é imprescindível clarificar a ideia, isto é, PENSAR, raciocinar, o que hoje é um luxo pertencente a muito poucos. Os próprios governantes, caiem em contradições e incoerências frequentes, por não saberem raciocinar sobre os dados por eles próprios anteriormente estabelecidos. Há que racionalizar o encadeamento das afirmações e dos considerandos que a suportam, procurando a maior clareza do pensamento e a sucessão dos argumentos para ser fácil ao receptor ficar de posse completa da ideia que lhe foi entregue. Já me aconteceu ver texto meus preparados com grande dose de ironia serem interpretados em sentido oposto ao desejado por a ironia não ter sido apercebida por alguns leitores.
Cada um de nós tem de procurar a excelência em todos os seus actos e ajudar os seus familiares e amigos a fazerem igual esforço. Não somos obrigados a morrer ignorantes nem incapazes de falar e escrever bem. Expor de forma correcta um tema, conduz-nos a um melhor conhecimento, em consequência do esforço de raciocínio para preparar a exposição, o que evidencia a interacção entre os dois momentos.
A comunicação e a escrita aprendem-se. Noutros tempos, as escolas, os professores de Português incitavam os alunos a escrever bem sobre temas, uns impostos e outros livres. Tive um professor que nos mandava fazer resumos de partes dos Lusíadas e outras obras e, todas as semanas, fazíamos uma redacção sobre «o caso da semana» e, na segunda-feira, eram chamados uns tantos para lerem o seu trabalho e todos fazíamos a seguir a crítica. Também as publicações tinham concursos de contos e outras redacções dando prémios simbólicos aos melhores. Hoje, impera o facilitismo, com a ideia de que o que é preciso é que nos façamos entender. Só que muitas vezes não se entende e faz-se uma interpretação errada, como é o caso de muitos contratos, de que resultam problemas.
Actualmente, o computador veio dar uma grande ajuda à escrita. Aquela frase que veio à mente quase no fim do texto é facilmente inserida a meio ou no início, no local onde melhor se enquadre na estrutura do texto, não havendo, por isso, desculpa para o ziguezague do percurso em que se repete um aspecto ou se avança e recua no fluir da expressão.
Saber escrever, saber comunicar, aprende-se e incrementa-se com o estudo, a experiência e a análise de bons textos. A divisão das orações (A TLEBS que e desculpe se o termo já não é este) constitui um teste essencial pra verificarmos se uma frase está correcta.
2 comentários:
Para lá dos erros amigo João Soares e amiga Alexandra...errar é não comunicar.Mas quem faz algo procura fazer sempre bem ou melhor.
Obrigado pela Dica que já tinha lido e comentado,penso eu no blog da Alexandra.
Abraços
MR
João Soares, gostei da dica ( perafraseando o MRelvas), a Alexandra tem o dom e conhecimento, de saber redigir bem. Nós deveriamos esforçar-nos, realmente por melhorar esta perfomance ( reportando novamente ao amigo MRelvas), o grande erro, é não comunicar-mos!
Em relação a mim, já escrevi bem melhor que agora, julgo que o lidar diáriamente com o espanhol, português do Brasil e Italiano, me tem prejudicado.
Um grande abraço
Enviar um comentário