Salário mínimo tem perdido poder de compra
É interessante apreciar estes elementos publicados pela agência LUSA
Salário mínimo de 2007 compra menos 18,2% do que o de 1974
O poder de compra do salário mínimo nacional (SMN) decidido para 2007, de 403 euros, caiu 18,2% desde o ano da sua criação, em 1974, segundo as contas da agência Lusa utilizando dados do INE.
O salário mínimo nacional foi criado pelo decreto 217/74, de 27 de Maio e vigorou a partir do mesmo dia, com um valor de 3.300 escudos, que equivale a 16,5 euros.
Dividindo pelo valor acumulado da inflação até 2007, considerando para 2006 a inflação mais provável de 3,1% e para 2007 o valor de 2,1% previsto pelo governo, os 403 euros equivalem a 13,5 euros a preços constantes de 1974, o que significa menos 3 euros a preços de 1974 do que o valor do primeiro SMN.
A análise da Lusa considera sempre o valor do SMN mais elevado em cada ano, independentemente do mês de entrada em vigor (nalguns anos não foi alterado e em 1989 foi aumentado duas vezes).
Refira-se que, inicialmente, existiam três salários mínimos diferenciados (regime geral, trabalhadores agrícolas e serviço doméstico), mas em 1991 os trabalhadores rurais foram integrados no regime geral, enquanto que, no caso do serviço doméstico, a distinção acabou em 2004.
Se considerarmos o valor real mais elevado de sempre do SMN, atingido em 1975 (4 mil escudos, equivalentes a 17,3 euros de 1974), os 403 euros definidos para o próximo ano ficam 22% abaixo deste máximo real.
Se aceitarmos para os anos de 2008 a 2011 taxas de inflação de 2,0% ao ano, então o salário mínimo anunciado para 2011 (500 euros, equivalentes a 15,4 euros a preços de 1974) comprará menos 6,7% do que os 3.300 escudos em 1974 e valerá menos 11% do que os 4 mil escudos de 1975. O SMN, medido a preços constantes de 1974 e convertido para euros, registou um poder de compra máximo em 1975 (17,3 euros) e um mínimo em 1984 (10,5 euros a preços de 1974).
Diário Digital / Lusa
06-12-2006 18:32:58
NOTA: É preocupante a situação de «crise» indefinida, e não sentida por todos, que obriga os que não pertencem à oligarquia do Poder a apertar o cinto e a voltar a apertar mais e mais. É preocupante ninguém explicar quais são realmente os objectivos destas restrições, a sua duração no tempo, as condições que farão inverter o aperto, os benefícios já adquiridos com os sacrifícios já feitos, a distribuição dos apertos pelas vária camadas sociais, incluindo políticos, dirigentes de institutos e empresas públicas, a redução de assessores, de carros, de comissões de inquérito e outros sorvedouros de dinheiro, a redução de «estudos» encomendados a estranhos à função pública, etc., etc.
ADITAMENTO: No jornal Destak de 7 de Dezembro vem o seguinte título: «Stands vendem quase 80 carros de luxo por dia»
Nos 11 primeiros meses de 2006 foram vendidos no País em que o poder de compra dos mais desprotegidos diminui, os seguintes carros:
1 Maybach
1 Rolls Royce
4 Lotus
9 Bentley
10 Ferrari
11 Maserati
25 Aston Martin
233 Porsche
276 Jaguar
2.533 Volvo
6.037 Audi
7.928 BMW
9.114 Mercedes
Afinal o País não está em crise... para todos.
Há quem continue a viver à larga e com muita ostentação. À custa de salários de miséria, de exploração dos clientes, cobrando preços exorbitantes e injustos, fugindo aos impostos, etc., etc.E o pagode continua anestesiado com o futebol, as telenovelas, os concursos televisivos, a maior árvore de Natal da Europa....
Quem nos há-de valer?
Nem a Nª Srª de Fátima terá pachorra para fazer um milagre que resolva isto.
A. J. Soares
É interessante apreciar estes elementos publicados pela agência LUSA
Salário mínimo de 2007 compra menos 18,2% do que o de 1974
O poder de compra do salário mínimo nacional (SMN) decidido para 2007, de 403 euros, caiu 18,2% desde o ano da sua criação, em 1974, segundo as contas da agência Lusa utilizando dados do INE.
O salário mínimo nacional foi criado pelo decreto 217/74, de 27 de Maio e vigorou a partir do mesmo dia, com um valor de 3.300 escudos, que equivale a 16,5 euros.
Dividindo pelo valor acumulado da inflação até 2007, considerando para 2006 a inflação mais provável de 3,1% e para 2007 o valor de 2,1% previsto pelo governo, os 403 euros equivalem a 13,5 euros a preços constantes de 1974, o que significa menos 3 euros a preços de 1974 do que o valor do primeiro SMN.
A análise da Lusa considera sempre o valor do SMN mais elevado em cada ano, independentemente do mês de entrada em vigor (nalguns anos não foi alterado e em 1989 foi aumentado duas vezes).
Refira-se que, inicialmente, existiam três salários mínimos diferenciados (regime geral, trabalhadores agrícolas e serviço doméstico), mas em 1991 os trabalhadores rurais foram integrados no regime geral, enquanto que, no caso do serviço doméstico, a distinção acabou em 2004.
Se considerarmos o valor real mais elevado de sempre do SMN, atingido em 1975 (4 mil escudos, equivalentes a 17,3 euros de 1974), os 403 euros definidos para o próximo ano ficam 22% abaixo deste máximo real.
Se aceitarmos para os anos de 2008 a 2011 taxas de inflação de 2,0% ao ano, então o salário mínimo anunciado para 2011 (500 euros, equivalentes a 15,4 euros a preços de 1974) comprará menos 6,7% do que os 3.300 escudos em 1974 e valerá menos 11% do que os 4 mil escudos de 1975. O SMN, medido a preços constantes de 1974 e convertido para euros, registou um poder de compra máximo em 1975 (17,3 euros) e um mínimo em 1984 (10,5 euros a preços de 1974).
Diário Digital / Lusa
06-12-2006 18:32:58
NOTA: É preocupante a situação de «crise» indefinida, e não sentida por todos, que obriga os que não pertencem à oligarquia do Poder a apertar o cinto e a voltar a apertar mais e mais. É preocupante ninguém explicar quais são realmente os objectivos destas restrições, a sua duração no tempo, as condições que farão inverter o aperto, os benefícios já adquiridos com os sacrifícios já feitos, a distribuição dos apertos pelas vária camadas sociais, incluindo políticos, dirigentes de institutos e empresas públicas, a redução de assessores, de carros, de comissões de inquérito e outros sorvedouros de dinheiro, a redução de «estudos» encomendados a estranhos à função pública, etc., etc.
ADITAMENTO: No jornal Destak de 7 de Dezembro vem o seguinte título: «Stands vendem quase 80 carros de luxo por dia»
Nos 11 primeiros meses de 2006 foram vendidos no País em que o poder de compra dos mais desprotegidos diminui, os seguintes carros:
1 Maybach
1 Rolls Royce
4 Lotus
9 Bentley
10 Ferrari
11 Maserati
25 Aston Martin
233 Porsche
276 Jaguar
2.533 Volvo
6.037 Audi
7.928 BMW
9.114 Mercedes
Afinal o País não está em crise... para todos.
Há quem continue a viver à larga e com muita ostentação. À custa de salários de miséria, de exploração dos clientes, cobrando preços exorbitantes e injustos, fugindo aos impostos, etc., etc.E o pagode continua anestesiado com o futebol, as telenovelas, os concursos televisivos, a maior árvore de Natal da Europa....
Quem nos há-de valer?
Nem a Nª Srª de Fátima terá pachorra para fazer um milagre que resolva isto.
A. J. Soares
8 comentários:
Tem razão amigo Soares. É uns...em que o dinheiro até lhes "estorva"! Outros porém...morrem de fome. Contrastes!
Um abraço
M.Margaride
Oh amigo A João Soares, digo-lhe uma coisa, você vai desencantá-lhas la longe... muito longe. Então não é verdade, isso já eu ando a dizer á muito tempo, isto é um país de caca, Os RESSABIADOS do 25 de Abril de 1974, aos poucos e poucos estão a dar cbo da gente, agora com a capa da DEMOCRACIA, que raio de palavra mais feia, mas dizia eu, a DEMOCRACIA, acoberta os poderosos, ai ninas!!!
Ora toma
Um Abraço amigo
beezzblogger
É verdade, Amigo João Soares! O país está em crise para muitos, milhões, mas rico para alguns, poucos.
Não é por ser amigo dele e lhe ter uma estima especial, mas o Presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, era capaz de ajudar a pôr algumas coisas nos eixos!
Ainda bem que consigo não dizer mal de todos.
Um abraço.
Meus amigos
Obrigado pela visita e comentários.
Amigo Beezz, estas pérolas aparecem a cada passo. Basta estar atento e fazer a colheita. Gosto muito, como uma vez o David reparou de explorar contrastes, contradições e incoerências.
O que me preocupa é que o povo sofre calado e de olhos fechados, não reparando nisto e se alguém afasta a capa fica incrédulo e continua no escuro a sofrer em silêncio.
Um abraço e bom convívio no sábado. Estarei presente em espírito, mas não posso ir como já expliquei.
A J S
A ofuscação constante dos olhos e da mente do povo faz o pobrete alegrete, porque é linda aquela gigantona árvore de natal, onde se não vé a gigantona boca de fome, de carêmcia, de desemprego e de mizéria escondida!
A ofuscação constante dos olhos e da mente do povo, faz milagres... faz o pobrete alegrete que grita entusiásta: Àh! que grande gôoooloo!!
Depois regressa ao barraco e junta-se à mulher e aos filhos a comer a malga do caldo, sem broa porque os miúdos já comeram a pouca que havia.
Pois viva enquanto consegue esta República de um Governo que pela primeira vez, desde Abril de 1974, se apresenta como um Governo de Esquerda Moderna... G.E.M. ?! Eles?
Sacanas!
José Faria
Caro A. João Soares,amigos,
mais de 6.000 carros foram apreendidos pelo fisco,bancos e finaceiras..."nem tudo o que luz é ouro"
Os carros amis apreendidos são justamente esses os de fogo de vista...
Não são vendidos...são alugados e depois como não pagam...vão buscá-los.
Abraços a todos
Mário Relvas
Ahhh já me esquecia...ando a distribuir este poema de alguém especial...
O ARTESÃO DO ARMAMENTO
Não sou eu quem determina o destino do mundo.
Não sou eu quem começa as guerras.
Apenas sigo o meu caminho. Faço o meu trabalho.
Nada faço de errado.
Mas não sei.
E essa é a questão,
que sempre me atormenta.
Não quem determina,
e no entanto nada faço de mal.
Faço girar parafusos pequeninos com os meus dedos,
fabricando componentes de armas
que nos ameaçam a todos.
E ainda assim não sou eu quem determina
o destino que aparece diante de nós.
Eu poderia criar outro destino,
tornando o mundo seguro para todos aqueles
que anseiam viver a sua vida.
E então eu saberia
a razão sagrada,
o significado brilhante
da nossa existência.
Ninguém então poderia destruir-nos
com as suas acções
ou iludir-nos
com as suas palavras.
O mundo que eu ajudo a fazer
não é um mundo bom.
No entanto eu não sou mau.
E não fui eu que o inventei.
Mas será isso suficiente?
Papa João Paulo II
Ora aqui está um tema que merece análises profundas até às menores partículas.
Como diz o Sé Faria, o povo não vê e tem a mente ofuscada, não só pelas propagandas mas também pela ausência de uma formação escolar e cultural adequada. E isso também se relaciona com o argumento do Relvas, a vontade de ofuscar os vizinhos leva muita gente a comprar um carrão para colocar à porta. Mas mesmo que não haja dinheiro, este é mal aplicado, circula, sai para os fabricantes dos carros, empobrecendo a nossa balança comercial
E de onde vem tanto dinheiro: do narcotráfico? da corrupção? de más gestões das empresas que o malbaratam em vez de aumentarem a produticidade?.
Seja como for, quem fica a perder é quem é mal pago, quem dá dinheiro pela droga, quem paga os produtos essenciais mais caros do que em Espanha, para os lojistas obterem mais lucros. Quem perde é também o Estado (todos nós) por os restaurantes e outros comércios não passarem factura espontaneamente e acabarem por ficar com IVA que nos cobram em vez de o entregaraem ao fisco como é seu dever.
As instituições públicas têm muito que suar para inserirem mais senso e seriedade em todos os cidadãos. Devemos ajudá-los com os nossos posts e comentários.
Um abraço de amizade
A. João Soares
E com essa, amigo
A. João Soares,
somos todos confrontados diariamente:
- Quer factura? - Áh! Num vale a pena... ou simplesmente: - Não, obrigado!
Quando todos nós deveriamos questionar logo de imediato: - MAS ISSO É COISA QUE SE PERGUNTE? ENTÃO NÃO SABE QUE TEM QUE PASSAR FACTURA QUER EU QUEIRA QUER NÃO QUEIRA. NEM QUE DEPOIS A DEITE AO LIXO...É OBRIGATÓRIO PASSAR FACTURA SEMPRE QUE SE PAGUEM BENS OU SERVÍÇOS!
E então sabem disso e ainda nos perguntam:
QUER FACTURA?
Mas que merda de fuga é esta?
José Faria
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