Sem Amarras. A sério?
O nosso blogue escolheu de forma democrática o lema «sem amarras». Mas infelizmente, persistem intenções de amarrar as ideias daqueles que não são «sensatos», que não apresentam «identidade» nem «identificação», etc.
Penso que, em qualquer crítica ou comentário, deve respeitar-se o outro, mesmo que seja completamente oposto a nós. Cada um tem a sua identidade, as suas qualidades e defeitos e ninguém tem o direito de o criticar por isso. O que é criticável são as obras, as palavras, mas de forma construtiva, isto é, se discordamos das suas ideias devemos procurar contrapor-lhes as nossas, com o pressuposto de que estas não passam de mais uma opinião que merece igual respeito do que as do outro. Há sempre várias formas de ver um problema e há espaço para opiniões diferentes conforme o lado de onde se olha o objecto. Se uma ideia merece a nossa concordância será elegante manifestar essa opinião e, se for caso disso, acrescentar mais umas achegas para que o tema fique mais aprofundado.
Criticar só para ferir e manifestar que o outro não é inteligente, sensato, autónomo é uma atitude autocrática, inquisitorial que faz lembrar procedimentos de ditaduras, de radicalismos e fundamentalismos. Os americanos têm sido criticados pelo conceito de «eixo do mal», e devemos evitar que em A Voz do Povo se gere uma ideia semelhante. Em vez de crítica, o comentário a um post deve servir para dar ao tema mais abrangência e profundidade, pois é o tema que está em análise e não a personalidade do seu autor.
Quanto à identidade, não acho que ela faça falta. Que importa que António Gedeão, ou Júlio Dinis, ou Marylin Monroe sejam nomes inventados? O que interessa são as suas obras. Devo momentos muito positivos a bloggers conhecidos virtualmente por este meio há muito pouco tempo e que se apresentam com pseudónimos como, por exemplo «Beezz» e «Deprofundis», de quem, por acaso já sei o nome, mas não foi o conhecimento deste que teve mais significado. O que interessa é aquilo que nos transmitem e a troca de ideias que com eles se pode levar a cabo. Que interessa saber se um blogger é engenheiro, médico, metalúrgico, guardador de cabras (há coisas fantásticas. Não há!)? Que interessa se tem um Mercedes ou um Fiat seicento?
Meus amigos, companheiros da Voz do Povo, espero que assumam a sério o nosso lema SEM AMARRAS. Permitam-me que seja aquilo que sou. Se podem contribuir para que as ideias que apresento consigm ser mais úteis a quem as lê, não hesitem em as comentar e apresentar achegas e ideias diferentes, com outros pontos de vista. Aceito que a minha provecta idade já não dá para grandes flexibilidades, mas como há poucos internautas da minha geração, tenho de recorrer ao convívio com os bloggers mais jovens. Espero que não me hostilizem por isso!!! Isto é, por estes conselhos paternalistas.
O nosso blogue escolheu de forma democrática o lema «sem amarras». Mas infelizmente, persistem intenções de amarrar as ideias daqueles que não são «sensatos», que não apresentam «identidade» nem «identificação», etc.
Penso que, em qualquer crítica ou comentário, deve respeitar-se o outro, mesmo que seja completamente oposto a nós. Cada um tem a sua identidade, as suas qualidades e defeitos e ninguém tem o direito de o criticar por isso. O que é criticável são as obras, as palavras, mas de forma construtiva, isto é, se discordamos das suas ideias devemos procurar contrapor-lhes as nossas, com o pressuposto de que estas não passam de mais uma opinião que merece igual respeito do que as do outro. Há sempre várias formas de ver um problema e há espaço para opiniões diferentes conforme o lado de onde se olha o objecto. Se uma ideia merece a nossa concordância será elegante manifestar essa opinião e, se for caso disso, acrescentar mais umas achegas para que o tema fique mais aprofundado.
Criticar só para ferir e manifestar que o outro não é inteligente, sensato, autónomo é uma atitude autocrática, inquisitorial que faz lembrar procedimentos de ditaduras, de radicalismos e fundamentalismos. Os americanos têm sido criticados pelo conceito de «eixo do mal», e devemos evitar que em A Voz do Povo se gere uma ideia semelhante. Em vez de crítica, o comentário a um post deve servir para dar ao tema mais abrangência e profundidade, pois é o tema que está em análise e não a personalidade do seu autor.
Quanto à identidade, não acho que ela faça falta. Que importa que António Gedeão, ou Júlio Dinis, ou Marylin Monroe sejam nomes inventados? O que interessa são as suas obras. Devo momentos muito positivos a bloggers conhecidos virtualmente por este meio há muito pouco tempo e que se apresentam com pseudónimos como, por exemplo «Beezz» e «Deprofundis», de quem, por acaso já sei o nome, mas não foi o conhecimento deste que teve mais significado. O que interessa é aquilo que nos transmitem e a troca de ideias que com eles se pode levar a cabo. Que interessa saber se um blogger é engenheiro, médico, metalúrgico, guardador de cabras (há coisas fantásticas. Não há!)? Que interessa se tem um Mercedes ou um Fiat seicento?
Meus amigos, companheiros da Voz do Povo, espero que assumam a sério o nosso lema SEM AMARRAS. Permitam-me que seja aquilo que sou. Se podem contribuir para que as ideias que apresento consigm ser mais úteis a quem as lê, não hesitem em as comentar e apresentar achegas e ideias diferentes, com outros pontos de vista. Aceito que a minha provecta idade já não dá para grandes flexibilidades, mas como há poucos internautas da minha geração, tenho de recorrer ao convívio com os bloggers mais jovens. Espero que não me hostilizem por isso!!! Isto é, por estes conselhos paternalistas.
4 comentários:
Caro A. João Soares,
meu amigo,aqui ninguém o vê como paternalista.Os visitantes não sabem a nossa idade.É um orgulho apreender os mais diversos ensinamentos.O amigo A. João Soares fundamenta os seus textos,com os quais eu tenho concordado sempre.Todas as opiniões são bem vindas,SEM AMARRAS.Os mais novos em idade,por vezes não em espírito não são minimamente beliscados nas suas opiniões que aqui colocam,por isso.Nós temos que conviver entre todas as idades e isso meu amigo chama-se juventude de espírito aberto.Não podemos dizer (sómente) no nosso tempo é que era...todos temos o nosso tempo e todos temos tempos diferentes.
SEM AMARRAS
Um abraço
Mário Relvas
Caro Mário Relvas,
Agradeço a sua visita, que fez v«com prejuizo dos seus afazeres.
Claro que sou um jovem de espírito (que peneiras!) e procuro manter esta jovialidade, usando muitas vezes uma ironia que contradiz o bom senso que aconselha a ser prudente nas observações sobre as realidades, por causa do polónio!
Mas procuro viver a democracia com alegria, isto é, com vigor positivo, que o mesmo é dizer, orientado para um futuro menos aborrecido que o actual (o futuro de ontem!)
Sugiro-lhe uma visita ao Do Mirante onde me apareceu um visitante com muita garra. Temos ali um homem para ir ao fundo dos problemas com ousadia e frontalidade.
Viva, João Soares. Aí é que está a juventude é no espírito e na capacidde de acompanhamento dos tempos modernos.
Por não haver muitos internautas, do seu tempo, é mais um motivo de orgulho da "A Voz do Povo", constar no elenco de colaboradores, com diferentes gerações. E a sua garra e vontade de acompanhamento dos sinais dos tempos, pela integração e maleabilidade intelectual... por tudo, à amizade desta equipa e muitos parabéns.
Obrigado por tão simpáticas palavras. Mas, por favor não me tornem vaidoso. Gosto de cultivar o estilo «low-profile», numa postura cinzenta, discreta, mas o certo é que não posso ficar calado, quero ser fiel à democracia, compreendida como a soberania do povo. Os meus escritos apenas pretendem ser gritos de alerta à beira do abismo, a fim de não sermos todos engolidos por ele. E se bem repararem, verão que não digo mal, procurando sugerir pistas para aquilo que penso ser uma boa solução, em conformidade com princípios e conceitos universais.
Um abraço
A. João Soares
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